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Perguntas Norteadoras de BMF 3 - Órgãos Sexuais Aula 1 - Aspectos macroscópicos do sistema gonadal e reprodutor masculino / Aspectos microscópicos do sistema gonadal e reprodutor masculino. Questões Norteadoras: 1. Citar quais são as estruturas externas e internas do sistema genital masculino? Os órgãos do sistema genital masculino são os testículos (gônadas masculinas), um sistema de ductos (ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra), as glândulas sexuais acessórias (próstata, glândula bulbouretral e vesículas seminais) e diversas estruturas de suporte, incluindo o escroto e o pênis. Os testículos (gônadas masculinas) produzem esperma e secretam hormônios (testosterona). O sistema de ductos transporta e armazena esperma, auxiliando na maturação e o conduz para o exterior. 2. Descrever a localização de cada uma das estruturas do genital masculino? O testículo é um órgão par (direito e esquerdo), situado numa bolsa músculo-cutânea, denominada escroto, a qual está localizada na região anterior do períneo, logo por trás do pênis.Cada testículo tem forma ovóide, com o grande eixo quase vertical, e ligeiramente achatado no sentido lateromedial, do que decorre apresentar duas faces, duas bordas e duas extremidades. As faces são lateral e medial, as bordas anterior e posterior e a extremidades superior e inferior. O epidídimo, estende-se longitudinalmente na borda posterior do testículo. Ele apresenta uma dilatação superior que ultrapassa o pólo superior do testículo, que é denominada cabeça; um segmento intermediário que é o corpo e inferiormente, uma porção mais estreita, que é a cauda do epidídimo. 3. Descrever a vascularização e inervação dos testículos, vias condutoras, glândulas anexas e pênis? A vascularização do testículo: artérias testiculares se originam na aorta abdominal A vascularização do testículo e epidídimo: Artéria testicular, Artéria deferencial, Artéria cremastérica, Plexo pampiniforme e Veia testicular A vascularização da glândula seminal: A. deferente, A.vesical inferior e A. retal média Vascularização do pênis: é irrigado principalmente por ramos das artérias pudendas internas 4. Qual a constituição morfológica das glândulas seminais, próstata e bulbouretrais? Vesículas seminais: segregam o líquido seminal, que juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, fará parte do esperma (cerca de 60% do volume total). Este fluido contém frutose, fundamental na mobilização de energia indispensável à mobilidade dos espermatozóides; bicarbonato, para manter um pH alcalino que neutraliza a acidez na uretra; enzimas e prostaglandinas (hormonas). O líquido seminal é conduzido até à uretra através dos canais deferentes. Próstata: glândula acessória de maior dimensão, que segregam o líquido prostático directamente para a uretra. O líquido prostático é rico no ião citrato (nutriente para os espermatozóides) e enzimas anticoagulantes (fibrinolisina), contribuindo com cerca de 30% do volume total do esperma. O seu pH alcalino auxilia na manutenção da alcalinidade do sêmen favorecendo a mobilidade dos gâmetas. A próstata permite também a passagem para a uretra da urina, alternando assim funções entre o aparelho reprodutor e o aparelho urinário. Glândulas de Cowper: também designadas por glândulas bulbo-uretrais, mesmo antes da ejaculação segregam fluidos que perfazem os restantes 10% do volume total do esperma. O muco alcalino segregado para a uretra neutraliza a acidez da urina que, eventualmente, possa aí permanecer e permite a lubrificação do pênis facilitando a sua penetração na vagina durante o acto sexual. 5. Qual a estrutura histológica dos componentes do sistema gonadal e reprodutor masculino? 6. Quais são os tipos celulares que formam a parede dos túbulos seminíferos e no interstício dos testículos? O epitélio seminífero é um epitélio estratificado complexo e incomum, formado por duas populações básicas de células: As células de Sertoli, também conhecidas como células de suporte ou de sustentação. Essas células não se replicam depois da puberdade. As células de Sertoli são células colunares, com extensos prolongamentos apicais e laterais que circundam as células espermatogênicas adjacentes e que ocupam os espaços entre elas. No entanto, essa elaborada configuração das células de Sertoli não pode ser claramente identificada em preparações de rotina coradas pela hematoxilina e eosina (H&E). As células de Sertoli determinam a organização estrutural dos túbulos, uma vez que se estendem por toda a espessura do epitélio seminífero As células espermatogênicas, que se replicam e se diferenciam regularmente em espermatozóides maduros. Essas células derivam de células germinativas primordiais originadas do saco vitelino, que colonizam as cristas gonádicas durante o desenvolvimento inicial do testículo. As células espermatogênicas apresentam-se em diferentes estágios de desenvolvimento e estão organizadas em camadas pouco definidas entre células de Sertoli adjacentes. As células espermatogênicas mais imaturas, denominadas espermatogônias, repousam sobre a lâmina basal. As células mais maduras, denominadas espermátides, estão inseridas na porção apical da célula de Sertoli, em que margeiam o lúmen do túbulo. 7. Qual é a morfologia microscópica da mucosa do epidídimo? Epidídimo: Anatomicamente dividido em cabeça, corpo e cauda. a) Cabeça Túbulos Eferentes Epitélio pseudoestratificado com células basais e cilíndricas ciliadas. Característica morfológica: luz irregular b) Corpo e Cauda Ducto Epididimário Revestido por epitélio pseudoestratificado com células basais e principais com microvilos longos, circundado por tecido conjuntivo frouxo contendo células musculares lisas em arranjo circular. 8. Qual é a morfologia microscópica das camadas do ducto deferente? Canal deferente: Túnica Mucosa Epitélio pseudoestratificado cilíndrico com microvilos bem desenvolvidos Lâmina própria rica em fibras elásticas Túnica Muscular Bem desenvolvida e organizada em três direções: Longitudinal interna Circular média Longitudinal externa Túnica Adventícia Tecido Conjuntivo Frouxo com vasos e nervos. Aula 2 - Caso clínico: infertilidade por abuso de andrógenos - Relação hormonal do eixo hipotálamo-hipófise-testículo. Síntese dos hormônios androgênicos. / Prática de histologia (glândulas acessórias) Questões Norteadoras: 1. Qual a relação dos hormônios hipofisários com as diferentes fases de desenvolvimento das células presentes nos testículos? Fatores hormonais que estimulam a espermatogênese: Testosterona: é secretada pelas células de Leydig, é essencial ao crescimento e a divisão das células germinativas na formação dos espermatozóides. Hormônio Luteinizante (LH): estimula a célula de Leydig. Hormônio Folículo Estimulante (FSH): estimula as células de Sertoli Controle por Feedback Negativo da atividade dos túbulos seminíferos → papel do Hormônio Inibina : Quando os túbulos seminíferos não produzem espermatozóides, a secreção de FSH pela glândula hipófise anterior aumenta acentuadamente. Ao contrário, quando a espermatogênese é excessivamente rápida, a secreção de FSH diminui. Acredita-se que a causa deste efeito de feedback negativo sobre a hipófise anterior seja a secreção pelas células de Sertori de um outro hormônio chamado inibina. Este hormônio tem um forte efeito direto sobre a glândula hipófise anterior, inibindo a secreção de FSH, e possivelmente um pequeno efeito sobre o hipotálamo, inibindo a secreção de GnRH. A inibina é uma glicoproteína, como o LH e o FSH.. Estrogênios: são formados a partir das testosteronas pelas células de Sertoli. Fica disponível para o amadurecimento do espermatozóide. Hormônio do crescimento (GH): é necessário paracontrolar as funções metabólicas de fundo dos testículos. Promove a divisão inicial das próprias espermatogônias. 2. Qual a relação da função dos hormônios androgênicos com os eventos reprodutivos, comportamentais e a infertilidade masculina? Testosterona é uma andrógeno produzido pelas células intersticiais do testículo (Células de Leydig), com uma produção limitada na córtex da adrenal. Funções: - Estimular os últimos estágios da espermatogênese e prolongar a meia vida do espermatozóide no epidídimo - Promover o crescimento, desenvolvimento e atividade secretória dos órgãos sexuais acessórios do homem - Manter características sexuais secundárias e características sexuais ou libido no homem 3. Qual a ação de anabolizantes androgênicos sobre a infertilidade masculina? A administração exógena dessas substâncias afetam o eixo hipotálamo-hipofisário-gonadal, resultando num feedback negativo na secreção do hormônio folículo-estimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH) que, por sua vez, diminuem a produção de Testosterona endógena, resultando na redução da espermatogênese. Caso Clínico: 1. Qual a função das células de Leydig e células de Sertoli? Células de Leydig (células intersticiais) -> produção de testosterona, e ainda hormônios androgênicos (estimulada pelo LH); Células de Sertoli -> produzem as proteínas de diferenciação que auxiliam na espermatogênese. 2. Qual a relação do uso de esteroides androgênicos anabolizantes com a infertilidade masculina? Há inibição do eixo do eixo hipotalâmico-hipofisário, o anabolizante irá inibir o hipotálamo e hipófise, logo, não vai produzir o LH e FSH, inibindo a espermatogênese por não ter as proteínas produzidas pelas células de Sertoli 3. Quais outras consequências estão relacionadas com o uso abusivo de EAA? Atrofia testicular (pelo eixo inibido muito tempo), câncer no fígado, tumores de próstata, ginecomastia, problema cardiovascular, estrias, disfunções sexuais, insônia, hipertrofia de clitóris. Aula 3 - Características do sistema reprodutor feminino./Laboratório de anatomia (Sistema reprodutor masculino e feminino) Questões Norteadoras: 1. Qual a localização topográfica dos ovários? Ele está situado por trás do ligamento largo do útero e logo abaixo da tuba uterina, sendo que seu grande eixo se coloca paralelamente a esta. Em virtude do 1/3 distal da tuba uterina normalmente estar voltada para baixo, o ovário toma uma posição vertical, com uma extremidade dirigida para cima e outra para baixo 2. Como descrever a vascularização e inervação dos ovários? Vascularização: Artéria ovariana, capilares ricamente anastomosados Veia ovariana Drenagem linfática: vasos linfáticos do ovário, lnn. aórticos lombares Inervação: Plexo nervoso ovárico, conectado aos plexos aórticos e hipogástrico 3. Como descrever a localização topográfica do útero, da vagina, das tubas uterina e genitália externa? O útero é um órgão oco, ímpar e mediano, em forma de uma pêra invertida, achatada na sentido antero-posterior, que emerge do centro do períneo, para o interior da cavidade pelvina. O útero está situado entre a bexiga urinária, que está para frente, e o reto, que está para trás A vagina é um tubo músculo-membranoso mediano, que superiormente insere-se no contorno da parte média da cérvix do útero e para baixo atravessa o diafragma urogenital para se abrir no pudendo feminino, cujo orifício chama-se óstio da vagina Tuba Uterina é um tubo par que se implanta de cada lado no respectivo ângulo látero-superior do útero, e se projeta lateralmente, representando os ramos horizontais do tubo. Os Órgãos Externos são superficiais ao diafragma urogenital e acham-se abaixo do arco púbico. Compreendem o Monte do Púbis, os Lábios Maiores e Menores do pudendo, o Clitóris, o Bulbo do Vestíbulo e as Glândulas Vestibulares Maiores. Estas estruturas formam a vulva ou pudendo feminino. As glândulas mamárias também são consideradas parte do sistema genital feminino. 4. Como descrever a vascularização e inervação do útero, das tubas uterinas, vagina e genitália externa? Vascularização do útero: Artéria ovárica, artéria uterina e ramos da artéria pudenda interna; Veia ovárica que forma plexos venosos que acompanham as artérias; Drenagem linfática: lnn. aórticos lombares; Aula 4 - Introdução da histologia do sistema reprodutor feminino/Caso clínico: puberdade precoce - Interações hormonais promotoras da diferenciação sexual Questões Norteadoras: 1. Quais são as interações hormonais responsáveis pelo ingresso em puberdade na menina e pela manutenção da atividade cíclica ovariana? A maior parte do controle das funções sexuais das mulheres começa com a secreção do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) pelo hipotálamo. Este hormônio, por sua vez, estimula a hipófise anterior a secretar dois outros hormônios: hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo-estimulante (FSH). Por sua vez, o LH e o FSH estimulam a secreção de estrogênio e progesterona pelos ovários. Na puberdade quando a hipófise anterior inicia a secreção de FSH e LH os ovários começam a crescer e produzir óvulos, e durante cada ciclo menstrual, ocorre à liberação de um óvulo maduro pronto para a fertilização. No início da puberdade feminina, os ovários, estimulados pelo hormônio luteinizante e o hormônio folículo-estimulante secretados pelo hipotálamo, iniciam a secreção dos hormônios estrogênio e progesterona. O estrogênio secretado em grande quantidade durante a puberdade causa o crescimento dos ovários, trompas de falópio, útero e a vagina. Além de ocorrer aumento da genitália externa, com depósito de gordura no monte pubiano e nos grandes lábios e aumento dos pequenos lábios. O estrogênio causa desenvolvimento dos tecidos estromais das mamas, crescimento de um vasto sistema de ductos e depósito de gorduras nas mamas. Os lóbulos e alvéolos das mamas desenvolvem-se até certo ponto sob a influência apenas dos heterogêneos, mas é a progesterona e a prolactina que determinam o crescimento e a função final dessas estruturas (VILLAR, L. & COLS. Endocrinologia Clínica). Os heterogêneos inibem a atividade osteoclástica nos ossos e, portanto estimulam o crescimento ósseo. Na puberdade, quando a mulher entra em seus anos reprodutivos, seu crescimento em altura torna-se rápido durante muitos anos, conhecido como “estirão de crescimento”, entretanto o estrogênio causa a união das epífises com a haste dos ossos longos. Conseqüentemente, o crescimento da mulher geralmente pára muitos anos antes do crescimento do homem. O estrogênio causa também depósito de gordura nos tecidos subcutâneos, sendo que a quantidade de gordura no corpo da mulher é maior do que no do homem, que contém mais proteína. Além do depósito de gordura nas mamas e no subcutâneo, os estrogênios causam depósito de gordura nos glúteos e nas coxas, o que é característico da aparência feminina. Os estrogênios não afetam muito a distribuição de pêlos, entretanto os pêlos se desenvolvem nas axilas e região pubiana estimulados pelos androgênios formados pelas glândulas adrenais femininas. A progesterona causa inchaço e desenvolvimento secretório no endométrio. E um excesso de substâncias secretório acumula-se nas células epiteliais glandulares. A finalidade dessa fase e produzir um endométrio altamente secretor que contenha grandes quantidades de nutrientes armazenados para a nutrição e implantação de um óvulo fertilizado. Se o óvulo não for fertilizado a secreção de estrogênio e progesterona diminui, ocorrendo a menarca, a primeira menstruação da menina. A progesterona também atua sobre as mamas promovendo o desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos, fazendo com que as células alveolares proliferam-se aumentem e adquirem uma natureza secretora, entretanto a progesteronanão faz com que os alvéolos secretam leite, para isso é necessária uma estimulação adicional do hormônio prolactina. 2. Quais são as interações hormonais que atuam sobre o ovário e promovem o desenvolvimento folicular, ovulação, a regressão de corpo lúteo e a menstruação? CICLO OVARIANO: Caract: Dura em média 28 dias . (curto:20/longo:4 5) Função: crescimento folicular + liberação do óvulo para a fecundação Relação hormônios gonadotrópicos – hormônios sexuais: A membrana das células-alvos ovarianas , esperaram a chegada dos recepc tores específicos de LH e FSH > Se combinam e ativam um sistema, no citoplasma da célula, chamado “segundo mensageiro do monofosfato de adenosina cíclico” > forma proteínas (cinase) e enzimas > estimular a produção dos hormônios sexuais . Liberação de FSH estimula os folículos : Crescimento do Folículo ovariano: ● Na infância: No ovário : FOLÍCULO PRIMORDIAL = ovócito 1 circundado por uma camada única de célula da granulosa (nutrem e secretam um fator inibidor da maturação dele- pausa no estágio da prófase da meiose). ● Pós puberdade/menarca: -LH/FSH começam a ser secretados significadamente > ovários e folículos começam a crescer: -1 estágio) Óvulo cresce em diâmetro (aumenta de 2 a 3x) 2 estágio) Ocorre, em alguns folículos , desenvolvimento de outras camadas da célula granulosa = FOLÍCULO PRIMÁRIO. Primeiros dias do ciclo: -Aumento de secreção de LH/FSH (quanto FSH maior e antes) > crescimento de 6 a 12 folículos primários por mê s + proliferação das célula da granulosa > formando mais camadas em volta do ovócito. -Em volta das camadas de célula da granulosa > aparecem células tecas (ou intersticiais ou fusiformes ) > divididas em 2 camadas: teca interna= característica epitelioide (reveste proteção) + característica de secreção de hormônios sexuais teca externa = se desenvolve > cápsula de tecido conjuntivo (vascularizada-nutrição) Depois de alguns dias: 3 estágio = antral/ de Graaf -Camada de célula da granulosa > secreta o líquido folicular (alta concentração de estrogênio) > forma o antro (espaço intracelular entre camada de célula da granulosa e a camada teca com líquido folicular). [Folículos maiores = folículos vesiculares: Se dão pelo crescimento acelerado com ajuda do FSH. Pq? = Estrogênio > liberado no folículo > + receptores de FSH > feedback positivo (célula granulosa ficam mais sensíveis ao FSH e crescem mais )/ LH] - folículos antrais tem um crescimento explosivo > ovócito 2 cresce em diâmetro de 3 a 4x Antes da ovulação: 1 dos folículos cresce mais que os outros > os que sobram (de 5 a 11) > involuem (sofrem atresia, ou seja, folículos atrésicos) O que pode explicar: Alta concentração de estrogênio diminuia secreção intensa de FSH, bloqueando o crescimento dos ovos menos desenvolvidos . O folículo que continua crescimento é em resposta ao seu feedback positivo. Pq a atresia é importante= evita de mais de uma criança se desenvolva em cada gravidez . Necessário um pico de LH: (não se sabe pq) hipófise aumenta a concentração de LH de 6 a 10 x FOLÍCULO MADURO : Possui desenvolvimento suficiente para ovular, com 1 a 1,5cm de diâmetro Horas antes : -Teca externa ajuda na dilatação do folículo (seretando enzimas) -Crescimento vasos sanguíneos + hormônios que dilatam esses vasos nos tecidos foliculares Ovulação= 14º dia (c ic lo de 28) Parede externa do folículo incha (transudação do plasma)/dilata (graças a alta concentração de LH e FSH) > área do centro folicular (estigma) > projeta-se para fora > 2 min dps o estigma se rompe > o óvulo (envolto pelas muitas camadas de célula da granulosa= coroa radiata) é carregado por um líquido viscoso e m direção as fímbrias . ÓVULO É EXPULSO. ● Fase Lútea: Ocorre o processo de luteinização = Célula da granulosa + célula tecas internas = células luteínicas > aumentam em diâmetro 2 a 3x > ganham cor amarelada (inclusões lipídicas ou produtos da atv celular) Resultado= massa total de células é chamada de corpo lúteo. NO CORPO LÚTEO (órgão extremamente secretor) : Ação do LH : O que eram as célula da granulosa = tornam -s e retendo lisos > produz em hormonios exuais O que eram as células tecais = tornam -se androgênios (androstenediona + testosterona) O que fazem : Proliferar > aumentam > secretam > degeneram Sobre a produção de estrogênio e progesterona: darão efeito feedback na hipófise > diminuindo concentração de LH e FSH + células luteínicas secretam o hormônio inibina (que também inibe o FSH) > tudo isso “estimulará” a involução do corpo lúteo > baixas concentrações (parada quase súbita) dos hormônios sexuais + inibina > efeito feedback na hipófise > secreção de LH e FSH > dão início a novo crescimento de folículos > seguindo o ciclo. [o corpo cresce até 1,5 cm em diâmetro (7-8 dias pós ovulação) > começa a involuir > perde funções secretoras + cor amarela > em 12 dias : passa a ser “corpus albicans ” (torna-se tecido conjuntivo que vai ser absorvido ao longo dos meses)]. OBS: na gestação (2 a 3 meses) outro hormônio (gonadotropina coriônica) pode prolongar a vida do corpo lúteo. 3. Quais são os fatores determinantes da puberdade feminina? Telarca: aparecimento do broto mamário (é o 1° sinal); Pubarca ou Adrenarca: surgimento dos pelos pubianos; Menarca: primeira menstruação 4. Qual as características histológicas do ovário? Ovário é revestido por um epitélio (de origem celomática) que varia do tipo pavimentoso ao cilíndrico simples (denominado impropriamente de epitélio germinativo). Logo abaixo deste epitélio há uma camada de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea. O estroma do ovário, entre as estruturas medulares e corticais, possui algumas células fusiformes, denominadas de células intersticiais ou de Leydig. Estas últimas respondem aos estímulos das gonadotrofinas e produzem hormônios sexuais, principalmente androgênios. Na região cortical, dependendo da fase e da idade, podem-se identificar: folículos ovarianos, corpo lúteo e corpos albicantes 5. Como diferenciar a região cortical e medular ovariana? A medula do ovário, que é constituída por tecido conjuntivo frouxo, rico em vasos sangüíneos, célula hilares (intersticiais), e a córtex do ovário, rica em folículos ovarianos, corpo lúteo e células intersticiais. Na região cortical predominam os folículos ovarianos, os quais são formados por ovócitos envolvidos por células epiteliais (células foliculares ou da granulosa). 6. Como diferenciar os diferentes folículos ovarianos e suas fases? Caso Clínico: Puberdade Precoce Menina, 5a6m, trazida pela mãe referindo que a mama começou a aumentar há 4 meses e que começaram a surgir pelinhos na região genital. Mãe está preocupada se a criança já irá menstruar e parar de crescer. Menarca da mãe aos 12 anos, gonadarca do pai = não sabe informar. Nega contato com hormônios femininos ou masculinos (não existe esses compostos em casa). Altura da mãe = 162cm Altura do pai = 175cm estatua alvo* = (altura da mãe + altura do pai /2)-6,5 +-10cm *canal familiar de estatura alvo Sempre utilizar estatiômetro para medir a estatura!!! Exame Físico: Criança ativa, corada, hidratada, fácies incaracterística Peso = 23kg(percentil = p75 IC) altura = 121,0cm (>p95 IC) IMC = 15,71 (p50 corrigido pela IE) Desvio padrão altura = +2,16 Idade estatural = 7a3m Velocidade de crescimento = ? (vemos pelos menos com 4m de uma medida de altura da outra) Classificação desenvolvimento puberal (Tanner)= M2-3 P2-3 Sem pêlos em axilas. Restante ndn Idade óssea = 7anos Perguntas: 1. Qual a idade normal de início da puberdade? Mulher= 8-14 anos (mãe ou criança percebe em torno de 8 meses depois) Homens= 9-14 anos 2. Quaissão os principais hormônios produzidos nos ovários? Estrógeno e progesterona, estradiol, estriol, estrona, 17 hidroxiprogesterona, dehidroepiandrosterona (DHEA), androstenediona. 3. Descreva o eixo hipotálamo-hipófise- ovários com seus hormônios e feedbacks. GnRH hormônio liberador de gonadotropina > Vai para a adeno-hipófise > que produz e secreta LH e FSH > estimulam os ovários a secretarem estrogênios (folículos) e Progestinas (corpo lúteo). As intensidades de secreção desses hormônios é bem diferente ao longo do ciclo. O hormônio liberador, GnRH, altera bem menos (secretado a cada 1h e meia em pulsos curtos ) O LH e FSH estimulam os ovários a produzir estrógeno e progesterona e ao atingir o valor máximo faz o feedback negativo Feedback positivo na hipófise O hipotálamo produz ... e estimula a produção de LH e FSH pela hipófise, que estimula a produção de estrógeno e progesterona pelos ovários Efeito Feedback Negativo: Grandes quantidades de progesterona e estrógenos inibem a produção de FSH e LH. Inibina também atua no feedback Efeito FeedBack Positivo: 24-48 horas antes da ovulação; A hipófise passa a secretar grandes quantidades de LH e FSH, causando a ovulação; Causa desconhecida 4. Quais são os períodos da evolução sexual feminina? Infância → período pré-hebético ou pré-puberdade → maturidade → pré-menopausa → climatério ou menopausa → pós-menopausa → senectude Primeiro sangramento uterino = menarca Fase Maturidade = menacme ESQUEMA DE CONTROLE GONADAL AO LONGO DE TRÊS FASES DA VIDA 5. Quais são os períodos indicativos da puberdade feminina? Gonadarca (início do desenvolvimento das gônadas): entre 8-9 anos na menina e entre os 9-10 anos no menino; Telarca (início do desenvolvimento mamário): entre os 9-11 anos na menina; Adrenarca (aumento da função do córtex da adrenal, com formação de androgênios - ocorre um pouco antes ou um pouco depois da gonadarca) - pubarca (formação dos pêlos 9-11 anos nas meninas e 9-12 anos nos meninos. Menarca (primeiro sangramento genital - ciclo anovulatório): 11-13 anos na menina obviamente. TELARA= início do desenvolvimento das mamas (2 anos depois da menarca) Aula 5 - Fisiologia da Gestação Questões Norteadoras: 1. Quais hormônios estão envolvidos com a gestação e quais suas funções? Os hormônios produzidos na gestação são responsáveis pelas modificações corporais nas gestantes e que vão permitir o desenvolvimento e o amadurecimento fetal, o parto e a lactação. São constituídos de esteróides (colesterol: progesterona e estrogênio) e proteínas (gonadotrofina coriônica humana, lactogênio placentário humano). A produção é influenciada pela saúde geral e pelo estado nutricional da gestante. A endocrinologia da gestação pode ser dividida em duas fases: Ovariana: até 8 e 9 semanas de gestação. Nessa fase, ocorre o estímulo para produção de gonadotrofina coriônica humana (hCG), que é responsável pela secreção esteróides. Placentária: a partir de 8 e 9 semanas de gestação, quando a placenta passa a produzir esteróides em quantidades crescentes. Principais hormônios e suas funções na gestação: hCG (células do trofoblasto e placenta): apresenta papel fundamental no início da gravidez enquanto a placenta não é capaz de produzir progesterona e estrógeno em quantidades suficientes para promover a evolução dessa nova condição fisiológica. Impede rejeição imunológica do embrião; estimula a produção de relaxina pelo ovário, peptídeo que, juntamente com a progesterona, inibe a contratilidade espontânea do útero. Estimula a produção de progesterona pelo ovário. É detectada no sangue 8 dias após a fecundação e em 15 dias se for pesquisada a urina. Sua detecção é a confirmação da gravidez, e é o hormônio usado nos kits para teste de gravidez comercializados em farmácias. Progesterona (placenta): sua principal ação é relaxar a musculatura lisa do útero, mas interfere em outros órgãos, como o intestino, diminuído sua motilidade. Essa ação possibilita maior tempo para absorção dos nutrientes, porém desencadeia o quadro d e constipação intestinal. Favorece a deposição de gordura; aumenta a excreção de sódio; reduz a pCO2 arterial e alveolar; interfere no metabolismo do ácido fólico; e participa da mamogênese; estimula o apetite materno na 1ª metade da gestação . O desequilíbrio na produção desse hormônio pode contribuir para o processo de ganho de peso durante a gestação. Estrógeno/Estrogênio (placenta): sua principal ação é aumentar a elasticidade da parede uterina e do canal cervical. Essa ação é causada pela alteração dos mucopolissacarídios do tecido conjuntivo, tornando-o mais hidroscópico e, portanto, mais elástico. Reduz as proteínas séricas; afeta a função tireoidiana; interfere no metabolismo do ácido fólico; causa hiperpigmentação cutânea; diminui o apetite n a 2ª metade da gestação. Promove o desenvolvimento do tecido glandular mamário, determinando a proliferação do sistema ductal e, em conjunto com a progesterona, inibe a secreção d e prolactina no eixo hipotálamo-hipofisário e, consequentemente, a secreção de leite durante a gestação. Lactogênio Placentário Humano (hPL) ou Somatomamotropina Coriônica Humana (hCS) (placenta): Ação amiotrófica na gravidez, mas não está envolvido na produção láctea. Promove mobilização das reservas de glicogênio (glicogenólise), aumentando a glicemia materna, associada à resistência insulínica. Promove lipólise e elevação dos níveis sanguíneos de ácidos graxos livres. Assim, ficam bloqueadas a retirada da glicose circulante pela célula e a gliconeogênese, favorecendo a captação de glicose e aminoácido pelo feto. Insulina (pâncreas): as gestantes têm resposta de insulina normal à glicose no início da gravidez, mas, à medida que o período gestacional avança, torna-se necessária mais insulina para transportar a mesma quantidade de glicose. A gestação é considerada um estado hiperinsulinêmico, pois se caracteriza pela menor sensibilidade à insulina, em parte explicada pela ação dos hormônios antagonistas da insulina, como progesterona, cortisol, prolactina e hormônio lactogênio placentário. Os níveis glicêmicos em jejum tendem a ser menos elevados na gestante; em compensação, os níveis pós -prandiais são mais altos, especialmente nas gestantes em que não há aumento adequado da produção de insulina. O aumento da glicose necessária para o feto sobrecarrega o sistema de tal modo que a insulina fica menos eficiente no final da gestação. Reduz a glicemia, para promover a produção energética e síntese de gordura. Tiroxina (tireóide): esse hormônio regula as reações oxidativas envolvidas na produção de energia (taxa metabólica basal). Os hormônios progesterona e estrógeno participam de mecanismos homeostáticos que envolvem a tiroxina e o hormônio estimulante da tireoide (TSH). A hiperventilação promovida pela progesterona garante maior suprimento de oxigênio para a p rodução de energia, sem que seja necessário sobrecarregar a função da tireoide. Hormônio do crescimento (hCT) (Pituitária anterior): Eleva a glicemia; estimula o crescimento dos ossos longos; promove a retenção de nitrogênio. Glucagon (Pâncreas): Eleva a glicemia pela proteólise tecidual. Aldosterona (Córtex adrenal): Promove retenção de sódio e excreção de potássio. Renina-angiotensina (Rins): Estimula a secreção de aldosterona, promove retenção de sódio e água; aumenta sede. Calcitonina (Tireóide): Inibe reabsorção óssea de cálcio. 2. Como descrever as modificações dos padrões hormonais da unidade materno-fetal-placentária ao longo da gestação e seus efeitos? 3. Como ocorre o gerenciamento hormonal do custo energético da gestação? Como relacionar com Diabetes gestacional? Metabolismo Hídrico: a retenção de água é evento fisiológico na gestação devidoà queda da osmolaridade plasmática. Edemas nos membros inferiores são comuns, sendo favorecidos pelo aumento da pressão venosa e pela redução da pressão intersticial. O edema generalizado com ganho repentino de peso é observado em cerca de 30% das gestantes e, quando acompanhado de hipertensão arterial e proteinúria, configura quadro de pré-eclampsia. Metabolismo Protéico: as necessidades protéicas estão aumentadas na gestação para atender a demanda do feto, do útero, das mamas, da placenta, do volume sangüíneo. Para atender ao balanço nitrogenado positivo, a ingestão protéica deve responder por 25% do valor energético da dieta. Metabolismo dos Carboidratos: a gestação normal se caracteriza por leve hipoglicemia de jejum, hiperinsulinemia e hiperglicemia pós-prandial. No início da gestação, o estrogênio e a progesterona estimulam a secreção endógena de insulina e melhoram a utilização periférica de glicose. Na segunda metade da gestação, há incremento da produção de hormônios contra-insulares, como a somatomamotrofina coriônica humana, que estimulam a lipólise e poupam a utilização de glicose; o que caracteriza resistência periférica à ação da insulina. Metabolismo Lipídico: as concentrações sanguíneas de lipoproteínas e de lipídeos totais aumentam no decorrer da gestação. O colesterol total aumenta 50%, enquanto os triglicerídeos podem triplicar. Devido à ação da progesterona e do estrogênio sobre o fígado, a concentração de lipoproteína de baixa densidade (LDL) atinge seu maior valor na idade gestacional de 36 semanas; enquanto a lipoproteína de alta densidade (HDL) atinge seu pico na idade gestacional de 25 semanas, mostrando queda até 32 semanas tendo seu valor é mantido até parto. Na primeira metade da gestação, os valores plasmáticos de lipídeos totais e glicerol diminuem em razão do acúmulo de gordura corporal. No último trimestre, estas reservas eles se tornam necessárias como fonte energética. Metabolismo Eletrolítico: há retenção de sódio no organismo materno em decorrência do aumento do líquido amniótico e da expansão do líquido extracelular. As necessidades de iodo estão aumentadas na gestação (a tireóide depura 2 vezes o volume habitual de sangue para tentar manter a captação adequada de iodo). As concentrações plasmáticas de cálcio e de magnésio diminuem durante a gestação, mas a absorção intestinal se encontra aumentada para suprir as necessidades fetais. A absorção intestinal de ferro está aumentada em 20%, podendo ser de 40% quando as reservas maternas são precárias. A anemia ferropriva (por deficiência de ferro) na gestação está associada a parto prematuro, abortamento tardio e retardo de crescimento intra-uterino. Metabolismo das Vitaminas: com exceção das vitaminas K e E, as concentrações sangüíneas das vitaminas diminuem na gestação. As concentrações sangüíneas das vitaminas K e E aumentam na gestação em decorrência da mobilização das reservas maternas.A suplementação de vitamina A, no período gestacional, está associada à teratogênese (defeitos da embriogênese). A deficiência de ácido fólico está associada ao desenvolvimento de defeitos de fechamento do tubo neural, abortamento e outras anomalias fetais. Diabetes Mellitus Gestacional (DMG): Qualquer nível de intolerância a carboidratos resultando em hiperglicemia de gravidade variável com início ou diagnóstico durante a gestação. Fisiopatologia - elevação de hormônios contrarreguladores da insulina, estresse fisiológico imposto pela gravidez e a fatores predeterminantes (genéticos ou ambientais). O principal hormônio relacionado com a resistência a insulina durante a gravidez é o hormônio lactogenio placentario (hPL), contudo, sabe-se hoje que outros hormônios hiperglicemiantes como cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina também estão envolvidos. - Considerações gerais: A gravidez é naturalmente diabetogênica (hormônios). Feto → grande consumidor de GLICOSE. Energia: feto e placenta exigem valores adequados de O2 e glicose. Transporte passivo de glicose facilitado ( placenta ). Glicose fetal 10-20 mg < materna. Insulina não ultrapassa a placenta. Pâncreas fetal após 12 semanas torna-se eficiente. Glicose sanguínea 15%> plasmática. - Resistência insulínica: Hiperplasia de células beta do pâncreas com > sensibilidade seguida por > progressivo da resistência à insulina. Esse aumento da resistência, leva a um aumento da produção de insulina, levando o pâncreas à exaustão. Insulina e ILGF – metabolismo energético, proliferação celular, desenvolvimento e diferenciação tissular. Tendência de fetos de gestantes diabéticas (elevação da insulina para compensarem o excesso de glicose que entra através da placenta) serem macrossômicos (GIG). Peptídeo pré-insulínico - Apoptose e regulação placentária. HÔRMONIOS MAIS DIABETOGÊNICOS: Hormônios diabetogênicos – • HPL ( hormônio lactogênio placentário ) no final da gestação, a placenta chega a produzir quase 1 grama/dia. Meia vida curta – pós-parto. • H. do crescimento ( liberação de ACTH e cortisol ) • Progesterona Associação com efeito pós-receptor celular. OBS : HPL meia vida curta (pós-parto); começa a ser secretado na 4ª semana, com pico no 2º tri; ações: antagonista da insulina, promove lactação e síntese hormonal (hormônios esteroidais) 4. Quais hormônios atuam no processo de fertilização, implantação e manutenção da gestação? Quando, durante o ciclo menstrual, ocorre a fecundação , o embrião atinge o útero e a placenta secreta um hormônio chamado de hCG – Human chorionic gonadotropin – que impede a degeneração do corpo lúteo. Este tem a função de manter a produção de progesterona e estrógeno, hormônios críticos para a manutenção da gestação. A produção ovariana destes hormônios inibe a produção hipofisária de LH e FSH, impedindo o estímulo de novos folículos ovarianos e, conseqüentemente, a ovulação durante todo o período da gestação. Há assim um bloqueio do ciclo menstrual. No final da gravidez o corpo lúteo se desintegra, diminui a quantidade de progesterona, provocando a contração do útero que facilita a expulsão do feto durante o parto. 5. Como reconhecer e justificar os elementos indicadores da viabilidade fetal? A viabilidade fetal está ligada ao grau de amadurecimento de seus órgãos e aos recursos disponíveis para a assistência ao nascido prematuramente. De uma maneira geral, os fetos com mais de trinta e quatro semanas de gestação (oito meses e meio) apresentam significativas condições de sobrevivência, haja vista que nesta época o amadurecimento pulmonar é adequado para a respiração na maior parte dos conceptos. No entanto, em vários centros de tratamento intensivo neonatal consegue-se sobrevivência de fetos desde a vigésima sexta (seis meses e meio) semana de gravidez. Classificam-se os prematuros em pré-viáveis (de 22 a 25 semanas de gravidez) e viáveis (de 26 a 36 semanas de gravidez). Caso Clínico: Mulher, 28 anos, grávida de seu primeiro filho, com 34 semanas de idade gestacional, sem intercorrências. É internada na UTI do hospital de sua cidade com quadro de Insuficiência respiratória devido a “Gripe Suína”. Em uso de Tamiflu desde a internação. Paciente no terceiro dia de internação evoluiu com piora importante do quadro clínico e baixa saturação (70%) mesmo com ventilação mecânica otimizada e baixo débito cardíaco. Optado por cesárea de urgência. Recém nascido (RN) nasceu em parada cardiorrespiratória e foi prontamente iniciado manobras de reanimação neonatal com sucesso. RN foi encaminhado para UTI neonatal Perguntas: 1. Sabendo que se trata de um bebê prematuro (34 semanas), a indicação da cesárea está correta? Porquê? A cesárea é indicada, pois a gestação não está completa e, assim, a mãe não está produzindo os hormônios necessários para um parto normal. 2.A baixa saturação O2 materna interfere com a saturação do recém-nascido? Sim, uma vez que a troca de gases é feita pela placenta e se a mãe está com uma baixa saturação, não pode oferecer a saturação adequada para o bebê. 3. Como o baixo débito cardíaco contribui para o RN nascer em parada cardiorrespiratória? Como o DC da mãe está baixo, consequentemente sua circulação sanguínea na região do útero também irá diminuir, fazendo com que chegue menos sangue para às artérias uterinas responsáveis por fornecer oxigênio para o bebê. 4. Dê uma explicação para o recém nascido ter nascido em parada cardiorrespiratória. Devido ao pouco sangue chegando às artérias uterinas com o sangue materno, o bebê não irá receber oxigênio suficiente, contribuindo assim para o RN nascer em parada cardiorrespiratória. 5. Quais hormônios atuam no processo de fertilização, implantação e manutenção da gestação Fertilização → Implantação → progesterona e estrogênio Manutenção → hcG, progesterona Aula 6 - Caso clínico: menopausa / Eixo hipotálamo-hipófise-ovário: ciclo ovariano e uterino Perguntas Norteadoras: 1. Quais hormônios hipofisários estão relacionados com as diferentes fases de desenvolvimento dos folículos ovarianos? Diferentes hormônios agem neste processo, os mesmos ativam folículos primordiais (formados na fase fetal),tornando-os folículos dominantes, que podem alcançar o estágio mais desenvolvido, passando a ser chamado de folículo de Graaf ou folículo ovulatório. Destacam-se os hormônios hipofisários, ou seja, produzido pela hipófise (glândula endócrina), que possui múltiplas funções, localizada na parte inferior do cérebro, controlada pelo hipotálamo. Ocorre o aumento do FSH (follicle-stimulatinghormone), hormônio envolvido na estimulação e desenvolvimento dos folículos. Com o óvulo quase maduro é, o momento da ovulação. Para isso, é necessária a liberação de outro hormônio, o LH, este é responsável pelo processo final de maturação do folículo e pela liberação do óvulo. O nível de estrogênio no corpo aumenta e causa um rápido crescimento do hormônio luteinizante, o LH, que age no processo final da foliculogênese, e faz o folículo dominante romper e liberar o óvulo maduro que entrará na tuba uterina, processo que recebe o nome de ovulação. Na sequência, o folículo vazio se transforma em corpo lúteo, que antes abrigava o óvulo e, depois passa a possuir papel importante na secreção da progesterona, que inibe a síntese de FSH e LH que já tiveram sua função realizada no desenvolvimento folicular. A progesterona agora passa a atuar para que o endométrio se mantenha grosso e, possa ser possível a gravidez. Na ausência da fecundação do óvulo, este hormônio age na menstruação. 2. O que é climatério e menopausa? A menopausa é a última menstruação, que geralmente ocorre por volta dos 50 anos. Com a chegada da menopausa, a mulher já não pode mais engravidar de forma natural – é o fim de seu tempo reprodutivo. Já o climatério é o conjunto de sintomas que surgem antes e depois da menopausa, causados, principalmente, pelas variações hormonais típicas desse período, e que podem ocasionar uma série de flutuações no ciclo menstrual. Nessa fase de transição, é comum que as menstruações fiquem mais espaçadas. Por isso, a menopausa só é “diagnosticada” após a mulher passar pelo menos 12 meses sem menstruar. 3. Quais são os efeitos gerais, reprodutivos e periféricos dos hormônios ovarianos? 4. Quais mecanismos envolvem o ato sexual feminino? No cérebro a região sexual localiza-se no hipotálamo onde estão localizados os neurotransmissores que ativam e que inibem o desejo, chamados de centros póstero-laterais e centros ventro-mediais respectivamente, agindo de forma antagonista. Esses centros estão relacionados aos centros do prazer e da dor. Por esse motivo quando o centro do desejo é acionado, ocorre a ativação do centro do prazer, proporcionando a pessoa uma sensação prazerosa. Já quando o centro da dor é ativado, pode haver uma inibição do desejo pelo centro relacionado. As endorfinas são compostos químicos produzidos pelas células cerebrais que proporciona um efeito de euforia, bem estar e alívio. Essa substância é liberada no Sistema Nervoso Central (SNC) e vai ao mesmo tempo estimular o centro do prazer e inibir o centro da dor. Já quando se estimula o centro da dor, a produção de endorfina é bloqueada. Na fase do desejo, também estão envolvidos alguns hormônios, estrógeno e testosterona na mulher e no homem apenas a testosterona que vão agir nos centros sexuais do hipotálamo. Na mulher na carência de testosterona o estímulo sexual pode ser dado pelo Hormônio Luteinizante (LH), secretado pela hipófise anterior. Caso Clínico: Caso Clínico: Perimenopausa Mulher, 48 anos, branca, advogada, procedência atual e pregressa de Bauru Paciente refere que a menstruação está irregular há 1 a 6 meses. Inicialmente começou a vir em ciclos mais curtos (sempre foram de 28 dias e passaram a ser de 21 dias), depois começou a ter alguns meses que falhava. Também o volume do sangramento ficou bem variável, um ciclo com muito pouco e outro com muito sangramento. Há 4 meses não menstrua, sendo a DUM em 20.07.18 Desde a última menstruação há 4 meses vem apresentando ondas de calor que aparecem subitamente da cintura para cima, chegando a ficar com o rosto vermelho e todo molhado de suor. Refere que não possuem fatores de melhora, duram cerca de 1 minuto e acontecem tanto durante o dia quanto à noite (mas principalmente à noite), atrapalhando seu sono. Aliás, tem tido mais insônia e cansaço. O humor está mais lábil, chora com facilidade e está mais irritada/com menos tolerância Refere que os cabelos estão caindo mais e as unhas estão quebradiças, a pele ficou seca, os olhos estão ardendo e ficando vermelhos com mais frequência. Está com diminuição da libido, com secura vaginal e dor durante o ato sexual. G3A1C1, filha com 19 anos e filho com 17 anos. Aborto espontâneo completo aos 31 anos com 8 semanas. POT laqueadura aos 35 anos. POT prótese mamária aos 40 anos. Nega HAS, dislipidemia prévia, diabetes. Antecedentes Pessoais: Alergia a lactose descoberta há 5 anos (tinha diarréia na época), usando apenas produtos com zero lactose. Atualmente diz que usa 200ml de leite zero lactose pela manhã e 1 iogurte zero lactose à tarde. Fratura de Colles D há 3 meses, ficou com imobilização por um mês, fez fisioterapia por 20 dias e voltou às atividades normais há 30 dias. Pilates 2x por semana e caminhadas 30 minutos 2x por semana. Antecedentes Familiares: Menopausa da mãe aos 49 anos, osteoporose com fratura de Colles E aos 53 anos e de colo de fêmur D aos 72 anos, falecida devido a Pneumonia durante recuperação da fratura de colo de fêmur. Pai falecido de morte súbita aos 46 anos, tabagista e hipertenso, com sobrepeso. Irmão mais velho (com 53 anos) hipertenso, sobrepeso, sedentário. Irmã mais jovem (com 45 anos) apenas com sobrepeso. Nega Ca ginecológico em si ou na família. Nega TVP ou embolia pulmonar em si ou na família Exame Físico: Peso = 62,72kg Alt = 1,60m IMC = 24,5 Circunferência abdominal = 79cm Circunferência quadril = 90cm CQ/CA = 0,87 Vigil, ativa, orientada. Apresentou dois episódios de fogachos durante a consulta, ficando com a face vermelha, sudoréica e muito incomodada. Pele ressecada, cabelos opacos e unhas quebradiças. Exame ginecológico: mamas normais. Vulva sem alterações, Vagina com paredes ressecadas, paciente sente dor à introdução do espéculo. Restante : ndn Exames Complementares: FSH = 85UI/L (menopausa>30) E2 = 25 pg/ml (hipoestrogenismo<40) Densitometria óssea = osteoporose CT = 250mg/dl HDL = 44mg/dl (meta hdl>50) TG = 168mg/dl (meta TG<150) LDL = 172,4mg/dl (meta LDL <130) GJ = 90mg% e HbA1c =5,6% Mamografia e US das mamas = ndn US TV = ovários diminuídos de tamanho Fratura de Colles (rádio distal): pode ser a primeira fratura de fragilidade óssea 1) Quais são as alterações mais importantes no organismo feminino, observadas ao longo do ciclo sexual mensal? Alterações nos ovários, órgãos sexuais e mamas. Objetivo: Reprodução - Preparação do gameta e do endométrio uterino. 2) Quais são os principais hormônios que participam deste ciclo sexual feminino? Compare a atuação destes hormônios no sistema reprodutor masculino. 3) Como descrever o ciclo sexual feminino? Destaque os principais pontos. Na fase proliferativa, também chamada de fase folicular, o folículo cresce e se prepara para a ovulação. Esse crescimento é estimulado pelo hormônio FSH, e à medida que o folículo cresce, começa a produzir estrógenos, um grupo de hormônios que estimulam o desenvolvimento do endométrio. Nesse processo, vários folículos são estimulados, mas apenas um deles termina o crescimento, acumulando líquido em seu interior e transformando-se em folículo maduro ou folículo de Graaf. Ao atingir um determinado nível no sangue, o estrógeno começa a estimular a hipófise a liberar grandes quantidades de LH e FSH, que irão induzir a ovulação, que geralmente ocorre no décimo quarto dia após o início do ciclo menstrual. Na fase secretória, também conhecida como fase lútea, o LH estimula as células do folículo ovariano rompido a se transformarem em corpo amarelo, também chamado de corpo lúteo. É no corpo lúteo que ocorrerá a produção de estrógeno e progesterona. Caso não ocorra a fecundação do ovócito secundário, ocorrerá a fase menstrual. Nessa fase, o corpo lúteo se degenera, parando de produzir progesterona e estrógeno. A queda na produção desses hormônios faz com que o útero sofra descamação, ocorrendo a menstruação, que pode durar de três a sete dias, dependendo da mulher e de suas condições fisiológicas. Essa queda nas taxas de progesterona e estrógeno faz com que a hipófise volte a produzir FSH, reiniciando um novo ciclo menstrual. 4) Defina: menacme. Menacme: Período fértil da mulher, que vai da primeira menstruação (menarca) à última menstruação (menopausa) 5) Como se comporta a reserva folicular ovariana ao longo da vida? Diminui ao longo dos anos 6) Como explicar os sintomas da menopausa (fogachos, secura vaginal, dispareunia, pele seca, queda de cabelos) levando em consideração a fisiologia dos hormônios femininos? A menopausa resulta da diminuição da secreção dos hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, devido à perda definitiva da atividade folicular ovariana. A redução da função ovariana e, consequentemente, do feedback negativo, resultará na elevação das concentrações do FSH, sendo esta a primeira indicação laboratorial do climatério inicial. 7) Em qual etapa da meiose encontra-se o ovócito no folículo de Graaf? Metáfase II Aula 7 - Caso clínico: amamentação/ Anatomia das glândulas mamárias/Lactação/Fisiologia da lactação Perguntas Norteadoras: 1. Quais são os benefícios da amamentação para a mãe e o recém-nascido? O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e inúmeras são suas vantagens. Para a mãe, há uma possível proteção contra câncer de mama e ovário; e para a criança, os principais benefícios incluem a proteção das vias respiratórias e do trato gastrintestinal contra doenças infecciosas. O leite materno promove ganho de peso adequado, é livre de contaminação, promovendo proteção imunológica, e estimula o vínculo afetivo entre mãe e filho. 2. Quais são os principais aspectos da fisiologia da lactação? A prolactina é o hormônio secretado pela hipófise anterior, e sua concentração no sangue aumenta uniformemente desde a quinta semana de gestação até o nascimento, após o parto aumenta de 10 a 20 vezes em relação ao nível normal antes da gravidez. A prolactina tem a função de promover a secreção do leite. Entretanto o estrogênio e a progesterona funciona como antagonista inibindo a própria secreção do leite. A secreção de somatomamotropina coriônica humana (hormônio relacionado à nutrição do feto) pela placenta mantém a prolactina da hipófise materna durante a gestação, mesmo assim os efeitos do estrogênio e progesterona inibem a secreção do leite além de pequenas gotas diárias durante o período gestacional. Logo após o parto os níveis de estrogênio e progesterona produzidos pela placenta tem queda acentuada, permitindo o efeito lactogênio da prolactina da hipófise materna assuma seu papel natural da secreção do leite. A produção do leite requer a secreção de outros hormônios maternos imprescindíveis à formação da composição do leite rico em aminoácidos, ácidos graxos, glicose e cálcio, são eles: o hormônio do crescimento, cortisol, o hormônio paratireóideo e a insulina. Após o nascimento da criança os níveis de secreção de prolactina voltam aos níveis normais não-grávido, entretanto quando a mãe amamenta o filho, os receptores nervosos dos mamilos atingem o hipotálamo, provocando secreção de prolactina maior de 10 a 20 vezes, permanecendo elevado por até uma hora. Caso esse surto seja cessado, ou por lesão no hipotálamo ou hipofisária ou, também, caso ocorra à paralisação do aleitamento, a mama produzirá leite por em média mais uma semana. Caso a criança continue sugando a produção do leite continuará por vários anos, entretanto em menor quantidade a partir dos sete a nove meses do parto. Sabe-se que o hipotálamo controla a secreção de quase todos os hormônios da hipófise anterior inclusive a prolactina. Entretanto o controle da prolactina difere dos demais hormônios: o hipotálamo estimula a produção de todos os hormônios, mas inibe a produção da prolactina. Assim lesões do hipotálamo ou do sistema de condução porta-hipotálamo-hipofisário aumentam a secreção de prolactina e inibe a secreção dos outros hormônios da hipófise anterior. Poderemos concluir que a secreção da prolactina seja controlada por um fator inibidor do hipotálamo e transmitido para hipófise pelo sistema porta-hipotálamo-hipofisário. Esse fator é denominado hormônio de inibição da prolactina. 3. Quais os aspectos anatômicos das mamas? Observar a relação com o músculo peitoral maior com a mama Constituída por lobos mamários que apresentam ductos lactíferos e todos vão desembocar no canal lactífero que vai dar acesso ao mamilo Abaixo, na mama, se encontram os lóbulos que tem dentro alvéolos (ácinos) que tem dentro ductolos que desembocam nos ductos lactífero. Unidade anátomo-funcional da mama: lobo mamário, havendo cerca de 15 – 20; Representados por 15 - 20 ductos terminais que se exteriorizam pelo mamilo; Cada ducto (lactífero) drena um lobo formado por 20 a 40 lóbulos;Cada lóbulo consiste de 10 a 100 alvéolos Ligamento de cooper - ligamento suspensor da mama - aponeurose do músculo Peitoral maior 4. Qual a morfologia microscópica das camadas que formam o útero, tuba uterina, vagina e mucosa da genitália externa? Ovário: Revestido externamente por epitélio cúbico simples Camada Cortical Logo abaixo do revestimento epitelial está a túnica albugínea de tecido conjuntivo denso não vascularizado. O estroma ovariano encontra-se repleto de folículos ovarianos em vários graus de desenvolvimento: Folículo primordial: ovócito com uma camada de células foliculares planas Folículo primário: ovócito com uma camada de células foliculares cúbicas Folículo secundário: ovócito com várias camadas de células foliculares (granulosa) e aparecimento das tecas interna e externa provenientes da diferenciação das células do estroma. Se caracteriza pela presença do ANTRO FOLICULAR eocorre também a presença de folículos atrésicos que variam seu estágio de degeneração, caracterizados de uma forma geral pela autólise do ovócito. Camada Medular Tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado Útero Os preparados abaixo mostram um corte longitudinal da parede do útero onde é possível identificar o endométrio e parte do miométrio com várias direções de fibras musculares lisas. A presença de numerosas artérias reflete dois importantes plexos vasculares situados nas camadas medianas do miométrio. A serosa e parte do miométrio não aparecem nestas lâminas. Fase Proliferativa ou estrogênica: O endométrio apresenta o revestimento interno cilíndrico simples apoiado num abundante córion onde se pode ver a formação de glândulas tubulosas endometriais. As glândulas possuem uma luz bem definida e um aspecto retilíneo. A base das glândulas se mostra dilatada e está localizada na camada basal do endométrio, próxima do miométrio. Fase Secretora ou progestacional: Nesta lâmina observa-se um aumento do endométrio (mucosa) e uma abundância das glândulas endometriais que aparecem tortuosas, com a borda serrilhada e luz ampla, características desta fase secretora. O endométrio é espesso e edemaciado nesta fase do ciclo mestrual. Colo Uterino: O segmento do colo uterino apresenta duas regiões histológicas distintas: o endocervix e o exocervix. Endocervix - revestido por epitélio cilíndrico simples apresenta um córion preenchido por tecido conjuntivo onde estão presentes glândulas mucosas. Exocervix - o epitélio estratificado plano reveste a porção externa do colo uterino, estando ausentes as glândulas nesta região. O córion capilar apresenta muitos vasos sanguíneos que se destacam no campo. Canal Vaginal: Corte do canal vaginal onde se observa o epitélio estratificado pavimentoso. As células deste epitélio, são produtoras de glicogênio, e muitas delas aparecem pouco coradas pelo acúmulo destas substâncias. O córion e bem desenvolvido e apresenta papilas conjuntivas frequentes, sendo chamadas de córion papilar. As camadas subsequentes, muscular e adventícia, estão pouco evidentes nesta lâmina. Tuba Uterina: O aspecto altamente pregueado da mucosa desse preparado é característico da região da ampola. A mucosa é revestida por epitélio cilíndrico simples secretor contendo células produtoras de muco intercaladas com células cilíndricas ciliadas. A lâmina própria é unida diretamente à túnica muscular que apresenta uma camada circular interna e uma longitudinal externa. Externamente ao corte identifica-se a túnica serosa típica com mesotélio peritoneal. 5. Qual a morfologia microscópica das mamas? Caso Clínico 1: Paciente sexo feminino, 18 anos, G1P1A0, sem pré-natal, cesárea indicada por desproporção cefalopélvica com rotura precoce de membrana em uso de cefalosporina por 48 h. Em alojamento conjunto. Feto único, sexo feminino, 3.100 g. ao nascer. AIG, a termo. Puérpera foi ao berçário solicitando leite porque "meu bebê chora muito e de meus peitos só sai uma aguinha". Pergunta se o antibiótico não está fazendo mal para o seu bebê e com que não tenha leite Pediatra plantonista examina o RN no seu 3o. dia de vida e verifica que tem bom estado geral, choro forte, reflexos primitivos presentes, ausência de abalos e tremores de extremidades: exame físico normal. Duas leucometrias com os 3 parâmetros normais. Ao examinar as mamas da paciente observa que os mamilos são protusos, e que à expressão manual há saída de pequena quantidade de colostro. Paciente recebe apoio da enfermagem sobre o aleitamento e verificação do peso do RN no momento de alta (3.050kg). Paciente retorna ao posto de saúde, bebê com 15 dias de vida, para consulta de puericultura acompanhada da avó paterna. Continua achando que seu leite é fraco e que a filha sofre muito de cólicas. Há uma semana, por orientação de sua sogra, vem oferecendo água fervida (que ele não aceita), chás de erva-doce, camomila e erva-cidreira. Exame físico do RN normal. Peso: 3.130 g. Exame das mamas: túrgidas, distendidas, presença de fissuras peri mamilares bilateralmente, saída de leite à expressão manual. Mamilos protusos. Mãe demonstra muita dor quando o RN é colocado para sugar. Foi observada uma mamada, onde se notou erros de técnica (mal posicionamento/pega inadequada) e uso de chupeta. Caso Clínico 2: Queixa-se de cólicas uterinas ao amamentar e está um pouco preocupada pelo bebê estar mamando apenas em uma das mamas, pois recebeu diversas orientações sobre os benefícios da amamentação durante o pré-natal e gostaria muito de manter a amamentação. Avó refere que não amamentou nenhum dos seus 5 filhos, porque doía muito e seu leite era insuficiente e, questiona a possibilidade da introdução de leite artificial, apesar da repreensão da filha sobre o comentário O Recém-nascido é do sexo masculino, nascido de parto fórcipe, com 37 semanas, 3.970 g e 52 cm. Está no 3º dia de vida, encontra-se em Alojamento Conjunto, em berço comum, em ar ambiente, corado, hidratado, afebril (36,2°C), normocárdico (120 bpm) e eupneico (28 rpm). Ausculta cardíaca e pulmonar sem alterações. Apresenta boa pega e sucção vigorosa da mama materna esquerda, mas não consegue abocanhar mamilo materno direito. Abdome flácido e globoso, coto umbilical gelatinoso e sem sinais de infecção, mantendo cord-clamp. Períneo com bom aspecto. Descamação em pés e tornozelos. Mecônio e micção presentes (SIC) Caso Clínico 3; Lactente de 3 meses, sexo masculino, nascido de parto normal, 35 semanas e 2 dias, sem intercorrências no período perinatal. Peso ao nascimento de 2,7 kg Mãe, 25 anos, casada, realizou pré-natal (8 consultas), mas refere que não recebeu muitas orientações sobre amamentação no período do pré-natal e logo após o parto até o momento da alta o bebê dormiu no berçário, para descanso da mãe. G1P1A0, sem antecedentes mórbidos, boa saúde, parou de amamentar pois refere que achou que o leite era fraco e por isso o bebê só dormia. Paciente também refere que voltou a trabalhar cedo, por ser diarista, dificultando a amamentação. Fica a maior parte do tempo sozinha, esposo caminhoneiro Lactente em uso leite integral associado a mucilagem desde os 2 meses de vida. É levado ao pronto - socorro com quadro de diarreia aquosa (mais de 5 episódios dia), com raios de sangue, e febre , iniciado há 3 dias. Dá entrada no pronto atendimento infantil em regular estado geral, temperatura axilar = 38,3°C, fontanela anterior deprimida, pulsos filiformes, tempo de enchimento capilar maior que 3 segundos, sinal da prega lentificado. Peso à admissão: 3,8 kg Perguntas: 1. Como é a anatomia das mamas e as principais alterações estruturais na gestação e na amamentação? Formação das glândulas mamárias ( 5ª e 6ª semana de vida intrauterina) segue a memória filogenética dos mamíferos e caracteriza-se pelo surgimento da linha mamária, que corresponde a uma fita de tecido epidérmico que se estende da base axilar até a região inguinal (mais espesso em determinadas regiões que posteriormente irão se desenvolver em glândulas). Na espécie humana, a maior parte da linha mamária atrofia e desaparece, dando origem a apenas um par de glândulas. Em casos anômalos, remanescentes embrionários podem permanecer → glândulas (polimastia) ou mamilos (politelia) extranumerários na linha inguinoaxilar. As glândulas mamárias são glândulas sudoríparas apócrinas tubuloalveolares modificadas O desenvolvimento das glândulas mamárias no sexo feminino inicia-se no período puberal e só atinge plenitude caso a mulher engravide e amamente. Gravideze ao período de amamentação → papel imprescindível no crescimento e na diferenciação das mamas. Os limites anatômicos da mama adulta: Superior o segundo ou o terceiro arco costal e inferior a sexta ou a sétima costela. Lateral linha axilar anterior/média e medial a borda lateral do esterno A mama contém de 15 a 20 lobos de tecido glandular, que constituem o parênquima da glândula mamária. (20 a 40 lóbulos). Cada lóbulo contem 10 a 100 alvéolos. Cada lobo é drenado por um ducto lactífero, que se abre independentemente na papila mamária. Profundamente à aréola, cada ducto apresenta uma porção dilatada, o seio lactífero ou galactóforo. Entre os lóbulos e ductos, as mamas são preenchidas por tecido gorduroso e conjuntivo O primeiro trimestre caracteriza-se por alongamento e ramificação dos dúctulos terminais. As células epiteliais de revestimento e as células mioepiteliais proliferam e diferenciam-se a partir das células progenitoras da mama encontradas no epitélio dos dúctulos terminais. O segundo trimestre caracteriza-se pela diferenciação dos alvéolos a partir das extremidades em crescimento dos dúctulos terminais. O desenvolvimento do tecido glandular não é uniforme. Observa-se variação no grau de desenvolvimento até mesmo em um único lóbulo. As células variam quanto a seu formato, de achatadas a colunares baixas. O estroma de tecido conjuntivo intralobular é infiltrado por plasmócitos, linfócitos e eosinófilos à medida que a mama se desenvolve. Nesse estágio, a quantidade de tecido glandular e a massa da mama aumentam principalmente devido ao crescimento dos alvéolos. O terceiro trimestre começa com a maturação dos alvéolos. As células glandulares epiteliais tornam-se cubóides, com núcleos localizados no citoplasma basal da célula. Essas células desenvolvem um RER extenso, e surgem vesículas secretoras e gotículas de lipídios no citoplasma. A proliferação efetiva das células estromais interlobulares declina, e ocorre aumento subsequente da mama por meio de hipertrofia das células secretoras e acúmulo de produto secretor nos alvéolos Terceiro trimestre → mamas atingem capacidade máxima de produção e de secreção de proteínas, lactose e lípídes, além de atividade exponencial de determinadas enzimas como a galactosiltransferase e a lactose sintetase (prolactina) O aumento do volume mamário → desenvolvimento vascular localizado → surgimento de veias visíveis pela epiderme, denominadas rede de Haller. A inervação do tegumento → abundante e está comprometida com os arcos reflexos neurais envolvidos na lactogênese e na galactocinese. A proteção epitelial → desenvolvimento das glândulas sebáceas do mamilo – os tubérculos de Montgomery. As glândulas mamárias sofrem proliferação e desenvolvimento acentuados ao longo da gravidez durante a sua preparação para a lactação, sob a influência do estrogênio (proliferação dos componentes ductais) e da progesterona (crescimento dos alvéolos).A prolactina tem a ação na lactogênese inibida pelo estrogênio e pela progesterona até o nascimento. Atualmente, acredita-se que o crescimento das glândulas mamárias também dependa da existência de prolactina, que é produzida pela adeno-hipófise, de somatomamotropina coriônica humana (hCS), que é produzida pela placenta; e de glicocorticoides da suprarrenal 2. Quais os benefícios da amamentação para as mães? Secreção merócrina. O componente protéico do leite é sintetizado no RER, acondicionado em vesículas secretoras limitadas por membrana para o seu transporte no complexo de Golgi e liberado da célula por fusão da membrana da vesícula com a membrana plasmática Secreção apócrina. O componente de gordura ou lipídios do leite surge como gotículas de lipídios livres no citoplasma. O lipídio coalesce para formar grandes gotículas que passam para a região apical da célula e projetam-se no lúmen do ácino. As gotículas são revestidas por um envoltório de membrana plasmática quando são liberada Prolactina estimula a ação de enzimas catalisadoras da união de alfalactoalbumina e glicose reaça, como a galactosiltransferase e a lactose sintetase Benefícios Maternos da amamentação: Perda de peso mais rápida- evitando complicações como obesidade e comorbidades materna. Método anticoncepcional natural. Queda da fertilidade em países em que os índices de aleitamento apresentaram ascensão nos últimos anos. Vínculo mãe- filho. Impacto social e econômico→ redução de gastos com materiais consumidos com o aleitamento artificial (famílias carentes). Crianças que recebem leite materno adoecem menos, necessitando de menor número de atendimentos médicos, hospitalizações e medicamentos, menor abstenção dos pais ao trabalho 3. Quais os benefícios da amamentação para o recém- nascido? Crianças que não são amamentadas com leite materno apresentam maior risco de óbito por diarreia (risco 14,2 vezes maior), doenças respiratórias (3,6 vezes) e outros tipos de infecções (2,5 vezes), quando comparadas a aquelas que recebem aleitamento materno exclusivo. Proteção contra síndrome da morte súbita do lactente, diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2, sobrepeso/obesidade, doença de Crohn, retocolite ulcerativa, linfoma, doenças alérgicas (asma/rinite/eczema) e outras doenças crônicas do aparelho digestório. Saúde bucal: redução na ocorrência de má oclusões e papel importante na prevenção da mordida aberta. A amamentação também está relacionada com melhor desempenho em testes de inteligência. A amamentação exclusiva é benéfica do ponto de vista nutricional. 4. Quais as principais causas de desmame precoce? Falta de conhecimento e conscientização da população em geral (papel do pré-natal, importância da técnica utilizada na amamentação, posicionamento da dupla mãe/bebê e a pega/sucção do bebê (transferência efetiva do leite da mama para a criança e prevenção de lesões mamilares). Práticas inadequadas dos profissionais de saúde (ausência de preparo para orientações adequadas, despreparo no manejo de complicações com ingurgitamento mamário, práticas hospitalares tais como atraso na primeira mamada, separação mãe-filho, mamadas em horários preestabelecidos e uso desnecessário de leites industrializados e bicos/chupetas) Cultura, crenças e mitos Falta de confiança ou baixa autoestima da mãe Falta de apoio e suporte familiar e comunitário (apoio paterno) Trabalho da mulher (relação entre trabalho materno e duração e padrão de amamentação é influenciada por tipo de ocupação, número de horas no trabalho, leis trabalhistas e suporte ao aleitamento materno no ambiente de serviço) Promoção inadequada de substitutos do leite materno (marketing abusivo de fórmulas infantis) Problemas relacionados à saúde materna (cirurgia redutora de mamas, mamilos invertidos, mamas hipoplásicas, complicações mamárias no puerpério. Escolaridade materna apresenta associação com desmame precoce, isto é, quanto maior for a escolaridade, maior será a duração do aleitamento materno. Mães de crianças com baixo peso ao nascer, primíparas, tabagistas têm grande risco de interrupção do aleitamento precocemente. Estudos revelam que o tabagismo, além de alterar a produção láctea, também reduz a prevalência de aleitamento materno. Problemas relacionados ao bebê 5. Quais as contra-indicações para a amamentação? A amamentação está contraindicada às mulheres que utilizam drogas ilícitas ou não têm controle sobre a ingestão de álcool Tiveram bebês com galactosemia, fenilcetonúria Portadoras da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), HTLV 1e 2. Tuberculose em atividade e ainda não tratada. O leite materno, entretanto, não contém o bacilo.Pode, portanto, ser ordenhado e oferecidoao recém-nascido.. Existe risco de transmissão do citomegalovírus pelo leite materno para lactentes prematuros e imunodeficientes. Os recém-nascidos prematuros citomegalovírus-soronegativos não devem receber leite humano de mães com sorologia positiva. Mães que utilizem determinados fármacos (citotóxicos, sais de ouro..); ou fazem tratamento para câncer de mama 6. Descrever os principais mitos sobre a amamentação. “Amamentar faz os peitos caírem” “Meu leite é fraco” “O bebê chora muito, meu leite não sustenta ele “ “Meu bebê é prematuro e não posso amamentar” “Voltei a trabalhar e não posso amamentar” “Tenho mamas pequenas e não produzo leite” “Precisei parar de amamentar pois tomei antibiótico” Aula 8 - Caso clínico de parto normal: Fisiologia do trabalho de parto Questões Norteadoras: 1. Quais condições hormonais são responsáveis pelo início do trabalho de parto? Para a expulsão do feto, no trabalho de parto, são necessárias contrações mais potentes, que são estimuladas por dois agentes: (1) a ocitocina, hormônio peptídica produzido pelo hipotálamo e liberado pela neurohipófise (2) prostaglandinas, particularmente a PGE2 e a PGF2α. Embora se conheçam os estímulos para as contrações do trabalho de parto, desconhece-se o fator responsável pelo seu início. Quando o DHEA-S é fornecido à placenta, é convertido em estrogênios (sobretudo estriol) que estimulam, no útero, a produção de receptores para a ocitocina, receptores para a prostaglandinas e de gap-junctions entre as células miometriais. A síntese de receptores para as prostaglandinas e ocitocina torna o miométrio mais sensível a estes agentes. As gap-junctions (que funcionam como sinapses eléctricas) sincronizam e coordenam as contrações uterinas 2. Como ocorre o aumento de excitabilidade uterina próximo ao termo? → Aumento da excitabilidade uterina próximo ao term o O útero fica progressivamente mais excitável, até que finalmente desenvolve contrações rítmicas tão fortes que o bebê é expelido; Duas características levam às contrações responsáveis pelo parto: - Mudanças hormonais progressivas que aumentam a excitabilidade da musculatura uterina ; - Mudanças mecânicas progressivas. - → Maior proporção de estrogênios com relação à progesterona A progesterona inibe a contratilidade uterina durante a gravidez, ajudando a evitar a expulsão do feto, por sua vez, os estrogênios têm tendência de aumentar a contratilidade uterina ; Tanto progesterona como estrogênio são secretados em quantidade progressivamente maior durante grande parte da gravidez, mas a partir do sétimo mês a secreção de estrogênio continua a aumentar enquanto a de progesterona se mantém estável ou diminui . → Ocitocina causa contração no útero: É secretada pela neuro-hipófise e especificamente causa contrações uterinas ; A irritação do colo uterino durante o trabalho de parto estimula a liberação de ocitocina . → Efeito dos hormônios fetais sobre o útero: A hipófise secreta grande quantidade de ocitocina, o que teria um papel de excitação uterina; Glândulas adrenais do feto liberam grande quantidade de cortisol, estimulante uterino; Membranas fetais liberam prostaglandinas, no momento do trabalho de parto, aumentando a intensidade das contrações uterinas . → Distensão da musculatura uterina: A distensão de órgãos de musculatura lisa geralmente aumenta sua contratilidade; A distensão intermitente, como ocorrer repetidamente no útero, por causa dos movimentos fetais , pode também provocar a contração dos músculos lisos . → Distensão ou irritação do colo do útero O obstetra muitas vezes induz o trabalho de parto rompendo as membranas para que a cabeça do bebê distenda o colo uterino ou irritando -o de outras formas . → Início do trabalho de parto – feedback positivo para seu desencadeamento 3. Quais são os efeitos dos hormônios fetais sobre o útero? 4. Quais são os estágios do parto? Tudo começa com o início de contrações uterinas regulares e próximas umas das outras. Sendo a primeira fase do trabalho de parto a dilatação, período em que a mulher começa a sentir dores. Essas contrações favorecem o rompimento da bolsa das águas e a sucessiva saída do líquido amniótico. Com continuidade dá-se início ao período expulsivo. Quando do nascimento do bebê, aguardamos naturalmente a saída da placenta que dura em média uns 30 minutos, sem a necessidade de puxá-la. Evitando forçar a musculatura uterina, realizando apenas uma leve tração. Agora vivenciamos um momento singular na vida de mais um trinômio (mãe-filho-pai). Esperamos que com esse artigo você tenha compreendido melhor a experiência gestacional da mulher sob a perspectiva fisiológica da gestação.
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