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ANATOMIA-E-FISIOLOGIA-DA-MULHER-1

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1 
 
SUMÁRIO 
1 SISTEMA REPRODUTOR E MAMAS ................................................................................3 
1.1 DIFERENCIAÇÃO SEXUAL ...............................................................................................3 
1.2 SEXO GENÉTICO ..........................................................................................................4 
2 SEXO GONADAL ...............................................................................................................5 
3 SEXO GENITAL (FENOTÍPICO) ........................................................................................6 
4 SÍNTESE DOS ESTEROIDES GONADAIS .......................................................................6 
5 AÇÕES DAS GONADOTROPINAS NAS GÔNADAS ........................................................7 
6 APARELHO REPRODUTOR FEMININO ...........................................................................7 
6.1 ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS .......................................................................................7 
7 MAMAS ............................................................................................................................ 11 
8 SISTEMA URINÁRIO FEMININO .................................................................................... 13 
9 CICLO MENSTRUAL E FISIOLOGIA ENDÓCRINO-METABÓLICA .............................. 18 
9.1 EFEITOS DO ESTROGÊNIO .......................................................................................... 20 
9.2 EFEITOS DA PROGESTERONA ..................................................................................... 21 
10 FASE PRÉ-OVULATÓRIA E OVULATÓRIA ................................................................... 22 
11 CRESCIMENTO DO FOLÍCULO OVARIANO ................................................................ 23 
11.1 FASE FOLICULAR DO CICLO OVARIANO ........................................................................ 23 
11.2 CORPO LÚTEO FASE LÚTEA DO CICLO OVARIANO ....................................................... 25 
12 FASE PROLIFERATIVA (FASE ESTROGÊNICA) DO CICLO ENDOMETRIAL ............ 27 
13 FASE PÓS-OVULATÓRIA FASE SECRETORA DO CICLO ENDOMETRIAL ............... 28 
14 MENSTRUAÇÃO ............................................................................................................. 29 
15 ATO SEXUAL FEMININO ............................................................................................... 29 
16 CONTROLE NERVOSO DO ATO SEXUAL FEMININO ................................................. 31 
17 DESEJO .......................................................................................................................... 32 
18 EXCITAÇÃO .................................................................................................................... 33 
19 ORGASMO ...................................................................................................................... 34 
20 FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO ................................................................................... 35 
20.1 FERTILIDADE ............................................................................................................. 35 
 
2 
 
21 GRAVIDEZ ...................................................................................................................... 36 
22 PLACENTA ...................................................................................................................... 37 
22.1 HORMÔNIO MELANOTRÓFICO ..................................................................................... 40 
22.2 ALDOSTERONA .......................................................................................................... 40 
22.3 HORMÔNIO GONADOTRÓFICO CORIÔNICO OU GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA 
(HCG) 40 
23 LACTAÇÃO ..................................................................................................................... 41 
23.1 LACTOGÊNIO PLACENTÁRIO HUMANO (HPL) ............................................................... 42 
23.2 HORMÔNIO TIREOTRÓFICO CORIÔNICO (HCT) ............................................................ 42 
23.3 HORMÔNIO LIBERADOR DE CORTICOTROPINA (CRH) .................................................. 42 
23.4 PROGESTERONA ....................................................................................................... 43 
23.5 ESTROGÊNIO ............................................................................................................ 43 
23.6 LACTAÇÃO ................................................................................................................ 44 
23.7 MAMOGÊNESE ........................................................................................................... 44 
24 OUTRAS ALTERAÇÕES NO CORPO DA MULHER GRÁVIDA .................................... 45 
25 APARELHO REPRODUTOR .......................................................................................... 46 
25.1 ÚTERO ...................................................................................................................... 46 
25.2 COLO UTERINO ......................................................................................................... 48 
26 OVÁRIOS ........................................................................................................................ 50 
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 51 
 
 
 
3 
 
1 SISTEMA REPRODUTOR E MAMAS 
 
Fonte: brasilescola.uol.com.br 
1.1 Diferenciação sexual 
Nas cinco primeiras semanas de gestação, as gônadas femininas e masculi-
nas são indiferenciáveis, e seus tratos genitais ainda não se formaram. As células 
germinativas primordiais (oogônias) que sofrem eventual divisão reducional e matu-
ração, transformando-se em grande número de ovócitos. 
Uma linhagem celular da gônada indiferenciada transforma-se nas células da 
granulosa do folículo ovariano (epitélio celômico). A função dessas células é de sus-
tentar e fomentar as células germinativas, estimular sua maturação e orientar seu 
movimento para o interior do sistema de ductos genitais (fontes dos hormônios es-
trogênicos). 
Outra linhagem celular da gônada indiferenciada, as células mesenquimais, 
dão origem às células tecais no ovário. A função dessas células é de secretar os 
hormônios androgênicos, precursores para a síntese de estrogênios. 
A masculinidade e a feminilidade final dos indivíduos são mais bem caracteri-
zadas em termos de diferenças: sexo genético (genótipo), sexo gonadal (gônadas), 
sexo genital (fenótipo). 
 
4 
 
1.2 Sexo Genético 
 
Fonte: www.resumosetrabalhos.com.br 
O complemento cromossômico feminino normal tem 44 autossomos e 2 sexu-
ais, XX. Ambos os cromossomos X são ativos nas células germinativas. A gênese do 
ovário normal depende da presença de dois cromossomos X e da ausência do cro-
mossomo Y. Normalmente, o segundo cromossomo X de uma fêmea XX é inativado 
precocemente em todos os tecidos extragonadais. A diferenciação dos ductos geni-
tais femininos e da genitália externa requer que apenas o único cromossomo X res-
tante seja ativo no sentido de orientar a transcrição na célula. Se uma anormalidade 
da meiose, ou da mitose, produz indivíduo com apenas um cromossomo X e sem 
cromossomo Y (cariótipo XO) o fenótipo ainda será feminino, apesar das gônadas 
serem defeituosas. 
 
 
5 
 
2 SEXO GONADAL 
 
Fonte: postituloeducacionparalasexualidad.blogspot.com.br 
Com 22 a 24 dias de gestação, as células germinativas estão presentes no 
endoderma do saco vitelino, migram para a crista genital onde se associam com o 
tecido mesonéfrico para formar uma gônada indiferenciada (7 a 10 dias). A gônada 
primitiva consiste de epitélio celômico precursores das células da granulosa e das 
células do estroma do mesênquima,precursores da teca e das células germinativas. 
Na fêmea geneticamente normal, a diferenciação da gônada indiferenciada em ová-
rio começa somente com nove semanas de idade, com a ativação de ambos os 
cromossomos X. As células germinativas começam a sofrer mitose, dando origem as 
oogônias que continuam proliferando. 
Logo, a seguir, a meiose tem início em algumas oogônias que são cercadas 
por células da granulosa e do estroma. Os oócitos primários permanecem no dipló-
 
6 
 
teno (estágio tardio da prófase da meiose até a possível ovulação). O córtex predo-
mina e a medula regride. 
A capacidade do ovário primitivo de sintetizar os hormônios estrogênicos ma-
nifestase na mesma época que a síntese de testosterona começa no testículo. 
3 SEXO GENITAL (FENOTÍPICO) 
O princípio orientador estabelece que as influências hormonais positivas com 
origem normalmente na própria gônada, são necessárias para produzir a genitália 
masculina. Na ausência de qualquer influxo hormonal gonadal forma-se a genitália 
feminina. Da terceira à sétima semana, formam-se dois ductos genitais em cada lado 
do embrião. Nas fêmeas os ductos wolffianos começam a regredir com 10 a 11 se-
manas, pois os ovários não secretam testosterona. 
Os ductos mullerianos continuam crescendo e se diferenciam nas Trompas de 
Falópio, útero, colo uterino e terço superior da vagina. Com 18 a 20 semanas de 
gestação essa diferenciação é completada e não requer hormônio ovariano. A geni-
tália externa de ambos os sexos começa a diferenciar-se com 9 a 10 semanas de 
gestação. Seus componentes derivam do mesmo primórdio o tubérculo genital, a 
proeminência genital, as pregas uretrais ou genitais e o seio urogenital. 
Nas fêmeas normais, ou na ausência de qualquer gônada, os tecidos primor-
diais transformam-se em clitóris, nos grandes lábios, nos pequenos lábios e na vagi-
na inferior. Os hormônios não são essenciais para a ocorrência desse desenvolvi-
mento. Caso ocorra exposição do feto feminino a um excesso de testosterona, ou de 
outros androgênios, poderá ocorrer padrão masculino. 
4 SÍNTESE DOS ESTEROIDES GONADAIS 
Ambos os gêneros utilizam a mesma via de biossíntese dos hormônios este-
roides no tecido gonadal. Os androgênios são os precursores obrigatórios dos estro-
gênios. A etapa-chave na conversão para estrogênio é a aromatização, todas as 
etapas da via biossintética estão presentes no ovário. As células da teca sintetizam e 
secretam a progesterona e testosterona. A testosterona difunde-se para as células 
 
7 
 
da granulosa (aromatase) e é convertida em estradiol. O hormônio luteinizante esti-
mula o colesterol desmolase nas células tecais. O hormônio folículo estimulante atua 
na aromatase (células da granulosa). 
5 AÇÕES DAS GONADOTROPINAS NAS GÔNADAS 
O hormônio luteinizante estimula a linhagem das células intersticiais das 
gônadas femininas (células tecais) a secretar principalmente androgênios. Ademais, 
o hormônio luteinizante atua sobre a granulosa. O hormônio folículo estimulante atua 
sobre as células da granulosa ovariana. E o hormônio liberador de gonadotrofina 
(GhRH) está presente no hipotálamo e participa da regulação e secreção de gona-
dotrofinas no mecanismo conhecido como eixo hipotalâmico, hipofisário, gonadal. 
6 APARELHO REPRODUTOR FEMININO 
6.1 Órgãos genitais externos 
Podemos dividir a função reprodutora feminina em duas fases principais, ou 
seja, a preparação do corpo feminino para a concepção e gestação, e o período da 
própria gestação. A figura 1 representa o aparelho reprodutor feminino antes da 
concepção, onde se destacam os ovários, as Trompas de Falópio (trompas uterinas) 
e o útero, que constituem os órgãos reprodutores internos, localizados na pelve. 
Os ovários têm duas funções: a orogênese e a secreção dos hormônios se-
xuais femininos. Cada ovário adulto é fixado ao útero por ligamentos e são divididos 
em três zonas (córtex, medula e hilo): 
1. Córtex: camada mais externa e maior é revestida por epitélio germinativo e 
contém todos os oócitos, cada um dos qual incluso em um folículo; 
2. Medula: zona média contém mistura de tipos celulares; 
3. Hilo: camada mais interna, por meio da qual passam os vasos sanguíneos 
e os linfáticos. 
Quando completamente desenvolvido, o folículo ovariano desempenha di-
versos papéis críticos: 
 
8 
 
» Fornece nutrientes para o oócito; 
» Libera o oócito no tempo devido (ovulação); 
» Prepara a vagina e as Trompas de Falópio para ajudar na fertilização do 
óvulo por um espermatozoide; 
» Prepara o revestimento interno do útero para a implantação do óvulo fe-
cundado; 
» Mantém a produção de esteroides para o feto até que a placenta assuma 
esta função. 
As tubas uterinas são dois canais finos que saem de cada lado do fundo do 
útero e terminam com as extremidades próximas aos ovários, com um comprimento 
de 10cm cada, e função de transporte dos óvulos que romperam a superfície do ová-
rio para a cavidade do útero e também para a fecundação. Podemos subdividi-las 
em partes: a uterina (dentro da parede uterina), o istmo (mais estreita), a ampola 
(mais longa) e o infundíbulo (mais larga, terminando em prolongamentos chamados 
fímbrias). O ligamento responsável por sua fixação é o mesossalpinge (ligação para 
o ligamento largo). 
Já o útero apresenta a importante função de receber o ovo e desenvolver a 
gestação. Tem a forma de uma pera invertida, mas pode variar de forma, tamanho, 
posição e estrutura. 
É formado por tecido muscular que se estende amplamente durante a gravi-
dez e apresenta camadas, sendo o endométrio aquele que sofre modificações com o 
ciclo menstrual, preparando-se mensalmente para receber o ovo já fecundado e, 
caso isso não ocorra, apresenta descamação e é eliminado pela menstruação. 
Ele está localização no centro da cavidade pélvica e sua posição pode ser 
subdividida em: anteversão (é o ângulo de inclinação para frente formado entre os 
eixos da vagina e do útero), antefleção (é o ângulo de inclinação para frente formado 
entre o colo do útero e o corpo do útero) e destrotorção (é a leve inclinação do útero 
para a direita). 
É composto pela face anterior e pela posterior. É subdividido em: fundo (par-
te superior, arredondada), corpo (apresenta as faces vesical – anterior – e intestinal 
– posterior), istmo (parte estreita onde se forma o segmento inferior na gravidez – 
aplicação na cesárea) e colo (apresenta duas partes, uma supravaginal e outra va-
ginal no interior da vagina, e dois óstios um anatômico interno e outro na vagina). 
 
9 
 
Os ligamentos responsáveis por sua fixação são: redondo do útero (liga o 
fundo do útero ao monte do púbis passando pelo canal inguinal), o largo (liga as 
margens laterais do útero ao monte do útero às paredes laterais da pelve menor), o 
uterossacro (liga o colo do útero ao sacro e delimita a escavação retrouterina ou 
fundo de saco de Douglas), e o cervical transverso (liga o colo do útero à parede 
lateral da pelve). 
Sua irrigação é feita pela artéria uterina, ramo da artéria ilíaca interna. 
A vagina é considerada o órgão da cópula. É um canal de 7,5 a 10 centíme-
tros que se estende do útero, órgão interno, à vulva, estrutura genital externa. Os 
fórnices são os espaços entre a parede da vagina e o colo do útero e podem ser la-
terais, posteriores e anteriores. 
 
 
Fonte: www.ubykotex.com.au 
O óstio da vagina é a abertura da vagina para o meio externo situado na vul-
va. Já o hímen é a membrana que veda parcialmente a vagina, substituída posteri-
ormente pelas carúnculas himenais. 
O clitóris é um dos órgãos eréteis feminino, mediano, que corresponde aos 
corpos cavernosos do homem. 
 
10 
 
É envolvido por prolongamentos dos lábios menores que formam o prepúcio 
do clitóris, superiormente e frênulo do clitóris, inferiormente. Suas partes podem ser 
subdivididas em: ramos, corpo e glande. 
Os grandes lábios e os pequenos lábios são dobrasde pele e mucosa que 
protegem a abertura vaginal. 
 
 
Fonte: paposerioo.wordpress.com 
Os pequenos lábios, durante o processo de excitação, ficam intumescidos e 
aumentam sensivelmente seu tamanho durante a penetração nas relações sexu-
ais.Os grandes lábios ficam entre o monte púbico (ou monte de Vênus) e se esten-
dem até o períneo, espaço entre ânus e vulva, e são cobertos por pelos pubianos 
após a puberdade. 
O hímen é uma membrana de tecido conjuntivo forrado por mucosa tanto in-
terna quanto externamente. Ele pode variar de tamanho e forma. 
No primeiro ato sexual, sofre ruptura, permanecendo apenas pequenos fra-
gmentos no local, chamados carúnculas himenais. 
 
11 
 
7 MAMAS 
A glândula mamária, um órgão par, está situada na parede anterior do tórax 
(porção superior) e está apoiada sobre o músculo peitoral maior (da segunda à sexta 
costela no plano vertical e do esterno a linha axilar anterior no plano horizontal). As 
mamas iniciam seu desenvolvimento na puberdade. É o responsável pela produção 
de leite para os bebês em seus primeiros meses de vida. A mama é formada por 
tecido glandular, por tecido fibroso de conexão de seus lobos e por tecido gorduroso 
no intervalo entre os lobos. Cada mama apresenta uma aréola e uma papila e, sua 
região central. Na papila mamária ou mamilo, exteriorizam-se 15 a 20 orifícios duc-
tais, que correspondem às vias de drenagem das unidades funcionantes, que são os 
lobos mamários. 
O tamanho, o formato, os bicos e a aréola, bem como as glândulas Montgo-
mery, diferem individualmente de uma mulher para outra. A forma da mama não é 
afetada pelo tipo básico do corpo de uma mulher. As mamas raramente são simétri-
cas, mas, na maioria dos casos, a diferença é de mínima importância. As mamas 
pequenas têm pouco peso, são altas e empinadas e estão bem distante da parede 
do tórax. As mamas grandes são relativamente pesadas, o que faz com que pendam 
e se assentem próximas à parede do tórax. As mulheres mais jovens apresentam 
mamas com maior quantidade de tecido glandular, o que torna esses órgãos mais 
densos e firmes. Ao se aproximar da menopausa, o tecido mamário vai se atrofiando 
e sendo substituído progressivamente por tecido gorduroso, até se constituir, quase 
que exclusivamente, de gordura e resquícios de tecido glandular na fase pós-
menopausa. 
A mama é irrigada pela artéria mamária interna e por ramos da artéria axilar. 
Da artéria mamária partem os ramos perfurantes que atravessam os quatro primei-
ros espaços intercostais, em geral dois vasos por espaço, que atravessam o múscu-
lo peitoral, atingindo a face posterior da mama. Os ramos axilares da vascularização 
mamária são a artéria subescapular, a artéria torácica externa e a artéria acromioto-
rácica. A pele, a aréola, o tecido subcutâneo e o parênquima mamário são drenados 
por vasos linfáticos, que se dispõem da superfície para a profundidade, formando 
uma rede linfática que se comunica entre si. Grande parte da drenagem linfática da 
mama segue em direção aos linfonodos axilares que drenam a linfa proveniente da 
 
12 
 
região centrolateral da mama, enquanto a região medial da mama drena para os lin-
fonodos da cadeia mamária interna. Os linfonodos axilares são subdivididos em três 
níveis: linfonodos do primeiro nível axilar, linfonodos do segundo nível axilar e linfo-
nodos do terceiro nível axilar. 
Na infância, as meninas apresentam discreta elevação na região mamária, 
decorrente da presença de tecido mamário rudimentar. Na puberdade, a hipófise 
produz os hormônios folículo-estimulante e luteinizante, que controlam a produção 
hormonal de estrogênios pelos ovários. Com isso, as mamas iniciam seu desenvol-
vimento com a multiplicação dos ácinos e lóbulos. 
 
 
Fonte: www.franciscoodilio.com.br 
Na vida adulta, o estímulo cíclico de estrogênios e progesterona faz com que 
as mamas fiquem mais túrgidas no período pré-menstrual, por retenção de líquido. A 
ação do hormônio progesterona, na segunda fase do ciclo, leva a uma retenção de 
líquidos no organismo, mais acentuadamente nas mamas, provocando nelas aumen-
to de volume, endurecimento e dor. Após a menopausa, devido à carência hormonal, 
ocorre atrofia glandular e tendência à substituição do tecido parenquimatoso por 
gordura. O estrogênio fortalece a mama por meio de reservas de água e uma irriga-
ção sanguínea maior, fazendo com que as glândulas mamárias inchem e multipli-
quem o número de suas células. Estas alterações são um preparo da gravidez e sua 
 
13 
 
consequente produção de leite. Não havendo a fecundação, todos os inchaços e 
outras modificações regridem com o início da menstruação. 
8 SISTEMA URINÁRIO FEMININO 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
O aparelho urinário é constituído de dois rins, dois ureteres, uma bexiga e 
uma uretra. O rim é o responsável pela homeostase (equilíbrio do meio interno), fil-
trando o plasma e removendo as substâncias indesejáveis ingeridas pela pessoa ou 
produzidas pelo metabolismo corporal. 
Os rins são órgãos retroperitoneais que possuem a forma de um grão de fei-
jão, tendo em sua concavidade o hilo, onde se encontram vasos, nervos e cálices 
renais, que vão formar a pelve renal, que nada mais é do que a parte superior do 
ureter. Cada rim constitui-se de uma cápsula de tecido conjuntivo denso, de uma 
 
14 
 
zona cortical e de uma zona medular. Eles apresentam diversas funções, dentre as 
quais se destacam as seguintes: 
» regulação do equilíbrio hidroeletrolítico – água e eletrólitos; 
» regulação da osmolalidade e das concentrações de eletrólitos dos líquidos 
corporais; 
» regulação da pressão arterial – excreção de sódio e de água, secreção de 
renina; 
» regulação do equilíbrio ácido-básico – excreção de ácidos e regulação das 
reservas de tampões dos líquidos corporais; 
» gliconeogênese – síntese de glicose a partir de aminoácidos e outros pre-
cursores durante o jejum prolongado; 
» secreção, metabolismo e excreção de hormônios – secreção de eritropoie-
tina (estimula a produção de eritrócitos), produção da forma ativa da vitamina D 
(1,25-diidroxivitamina D3 ou calciferol); 
» excreção de produtos de degradação do metabolismo e de substâncias 
químicas estranhas – ureia, creatinina, ácido úrico, produtos finais da degradação da 
hemoglobina (bilirrubina), dentre outros. 
Néfron: unidade morfofuncional dos rins. Cada rim possui aproximadamente 
1 milhão de néfrons, que em associação formam o rim. Cada néfron é constituído 
pelas seguintes estruturas. 
» Corpúsculo renal; 
» Túbulo contornado ou contorcido proximal; 
» Alça de Henle (parte delgada e parte espessa); 
» Túbulo contornado ou contorcido distal. 
As duas porções da Alça de Henle, que são retilíneas, encontram-se na zo-
na medular do rim. Já os corpúsculos renais e os túbulos de trajeto tortuoso (contor-
cidos proximal e distal) alojam-se no córtex (zona cortical). 
» Corpúsculo renal – formado pelo Glomérulo (tufo de capilares) e pela Cáp-
sula de Bowman, que envolve o glomérulo. Cada corpúsculo renal possui dois polos: 
um vascular, em que penetra a arteríola aferente e sai à arteríola eferente; e um uri-
nário, em que nasce o túbulo contorcido proximal. Nos capilares glomerulares exis-
tem células mesangiais. 
 
 
15 
 
 
Fonte: anatpat.unicamp.br 
» Células mesangiais – situam-se no meio dos tufos capilares glomerulares, 
dando- -lhes sustentação. Produzem o mesângio, juntamente aos macrófagos e 
mastócitos, diminuindo a filtração glomerular (FG). 
» Cápsula de Bowman (ou Glomerular) é constituída de dois folhetos: Parie-
tal (externo) – formado por um epitélio simples pavimentoso, apoiado sobre uma 
membrana basal e numa delgada camada de fibras reticulares, e o Visceral (interno) 
– acoplado aos capilares glomerulares, representado por um conjunto de Podócitos 
(células com prolongamentos), cujos prolongamentos secundários estão em contato 
direto com a membranabasal glomerular, e deixam entre si espaços chamados de 
fendas de filtração. Entre os dois folhetos há o espaço capsular, que recebe o Filtra-
do Glomerular. 
» Túbulo Contorcido Proximal – tem sua parede composta por um epitélio 
cúbico simples, com células apresentando uma grande quantidade de microvilosida-
des (“Borda em escova”). O citoplasma é acidofílico, rico em mitocôndrias. A mem-
brana plasmática apresenta inúmeras interdigitações. O Túbulo Contorcido (ou Con-
tornado) Proximal possui uma parte inicial tortuosa, próxima ao Corpúsculo Renal, e 
uma parte retilínea que penetra na camada medular por uma pequena extensão, e 
que continua com a Alça de Henle. 
» Alça de Henle (partes delgada e espessa) – as Alças de Henle têm o for-
mato da letra U, ou seja, um ramo descendente e outro ascendente. Como já desta-
 
16 
 
cado, a Alça de Henle é a única parte do néfron encontrada na zona medular. Na 
maioria dos néfrons, os néfrons corticais, as Alças de Henle são curtas. Já os né-
frons justamedulares, que são em menor número, possuem suas Alças de Henle 
longas. 
» Túbulo Contorcido Distal – também é revestido por epitélio cúbico simples, 
mas diferentemente do túbulo contorcido proximal, possui a borda em escova, pois a 
parte apical das células do túbulo apresenta microvilos mais curtos e esparsos. Es-
tes túbulos encostam-se ao corpúsculo renal do mesmo néfron, modificando a pare-
de do túbulo neste ponto. As células tornam-se cilíndricas, altas, com núcleos alon-
gados e próximos uns dos outros. Essa região denomina-se mácula densa, e apare-
ce mais escura nos cortes corados, justamente por causa da proximidade dos nú-
cleos das células. Evidências experimentais demonstram que a mácula densa é 
sensível à concentração dos íons de sódio e de cloro, produzindo um sinal molecular 
que modifica o calibre da arteríola aferente, regulando assim a filtração glomerular. 
Nessa região o túbulo contorcido proximal entra em íntimo contato com as paredes 
das arteríolas aferente e eferente. Nesse ponto, a túnica média da arteríola aferente 
também se modifica apresentando, ao invés das fibras musculares lisas, as células 
justaglomerulares (JG), que apresentam características de células secretoras. 
» Ductos ou Tubos Coletores – não fazem parte da estrutura do néfron, elas 
recolhem o produto final do metabolismo de diversos néfrons. Saindo dos túbulos 
contorcidos distais, a urina vai para os ductos ou tubos coletores, que se unem na 
zona medular, formando tubos cada vez mais calibrosos e dirigindo-se para as papi-
las. Os tubos coletores mais delgados têm revestimento de epitélio cúbico. E, con-
forme se fundem e se aproximam das papilas, suas células vão se tornando mais 
altas, até virarem cilíndricas. 
» Aparelho justaglomerular – esse conjunto de alterações que ocorrem no 
túbulo contorcido distal (mácula densa) e na arteríola aferente (células justaglomeru-
lares) constituem o aparelho justaglomerular (JG). As células JG produzem a renina, 
que atua na elevação da Pressão Arterial e na secreção de aldosterona (um hormô-
nio do córtex da glândula suprarrenal). A renina atua sobre o angiotensinogênio (pro-
teína de 14 resíduos de aminoácidos produzida no fígado), retirando-lhe 4 resíduos, 
e produzindo, dessa forma, a angiotensina I, que é um decapeptídio inativo. Quando 
passa pelos pulmões, a angiotensina I é convertida em angiotensina II, um octapep-
 
17 
 
tídio altamente ativo, pela ação da ECA – enzima conversora de angiotensina. A an-
giotensina II é um vasoconstritor fundamental na regulação da pressão arterial. Pos-
sui uma ação direta no vaso, fazendo vasoconstrição, o que aumenta a resistência 
periférica e, consequentemente, eleva a pressão arterial. E também possui um efeito 
indireto, estimulando o aumento da secreção de aldosterona, que é o mais potente 
mineralocorticoide conhecido, promovendo o aumento da reabsorção de sódio e 
água em nível dos túbulos distais, fazendo com que aumente a volemia e, dessa 
forma, eleve a pressão arterial. 
Ureter: é um órgão muscular que conduz a urina do rim até a bexiga. Assim 
como os rins, são em número de dois. Cada um mede aproximadamente 25 cm. O 
ureter atravessa obliquamente a parede da bexiga, de modo que se forme uma vál-
vula que impede o refluxo da urina. O ureter é composto por três túnicas, que são as 
seguintes. 
» Túnica Mucosa: epitélio estratificado de transição que se apresenta em 
constante descamação celular; apresenta também uma dilatação do lúmem (passa-
gem do estado de vacuidade para plenitude) e evita a absorção de urina. 
» Túnica Muscular: apresenta-se nos 2/3 superiores do ureter com as se-
guintes camadas: longitudinal interna e circular externa. 
» Túnica Adventícia – constituída por tecido conjuntivo fibroelástico. 
Bexiga: é um órgão que recebe a urina formada pelos rins, armazenando-a 
por algum tempo e a conduzindo ao exterior à medida que aumenta a quantidade de 
urina dentro deste “reservatório”, o que faz com que se eleve a pressão endovesical 
(normalmente 10cm de água) e, por volta de 200–300 ml, desencadeie o reflexo da 
micção. A bexiga também é composta por três túnicas, que são as seguintes. 
» Túnica Mucosa 
› Epitélio estratificado de transição (polimorfo) 
› Lâmina própria de tecido conjuntivo denso 
» Túnica Muscular 
É constituída por três camadas que são as seguintes: 
› Longitudinal interna (formando o músculo Detrusor). 
› Circular média. 
› Longitudinal externa. 
» Túnica Adventícia e Túnica Serosa 
 
18 
 
› É constituída por tecido conjuntivo fibroelástico. Em sua porção superior, a 
bexiga possui uma pequena região revestida pelo folheto visceral do peritôneo. 
Uretra: é um tubo fibromuscular que conduz a urina da bexiga para o exteri-
or, durante o ato da micção. Nos homens, a uretra dá passagem ao esperma na eja-
culação. Já nas mulheres, é um órgão exclusivo do sistema urinário. A uretra femini-
na possui de 4 – 5cm de comprimento, revestidos por epitélio plano estratificado, 
com áreas de epitélio pseudo-estratificado colunar. Possui um esfíncter de músculo 
estriado, o esfíncter externo da uretra, próximo à sua abertura no exterior. 
9 CICLO MENSTRUAL E FISIOLOGIA ENDÓCRINO-METABÓLICA 
 
Fonte: doutissima.com.br 
Os anos reprodutivos normais da mulher caracterizam-se por alterações rítmi-
cas mensais da secreção dos hormônios femininos e por alterações físicas corres-
pondentes nos ovários e em outros órgãos sexuais. 
 
19 
 
O ciclo menstrual apresenta duração média de 28 dias. Apenas um óvulo úni-
co é liberado pelos ovários a cada mês, e o endométrio é preparado para a implan-
tação do “óvulo fertilizado”. Durante os anos reprodutivos da vida adulta (13 a 46 
anos de idade), 400 a 500 folículos primordiais se desenvolvem o suficiente para 
expelir seus óvulos (um a cada mês). Os restantes passam por degeneração (tor-
nam-se atrésicos). Entre os nove e doze anos de idade, a hipófise começa a secre-
tar progressivamente mais hormônio folículo estimulante e hormônio luteinizante 
(puberdade). Tanto hormônio folículo estimulante quanto o hormônio luteinizante 
estimulam as suas células alvo-ovarianas. 
» Fase Folicular Primeiros dias do ciclo (15 dias, variação de 9 a 23 dias) e 
envolve o desenvolvimento folicular. 
 
 
Fonte: pt-br.infomedica.wikia.com 
» Fase Ovulatória Dura de 1 a 3 dias e culmina com a ovulação. 
» Fase Lútea Corpo lúteo se desenvolve e produz progesterona e estradiol. 
Esta é a duração mais constante (13 dias) do ciclo e termina com o sangramento 
menstrual. 
 
20 
 
O sistema hormonal feminino, assim como o masculino, consiste em três hi-
erarquias de hormônios: 
» Hormônio liberador de gonadotropina (GnRH): hormônio de liberação hipo-
talâmica. 
» Hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH): hor-
mônios sexuais hipofisários anteriores, ambos secretados em resposta à liberação 
de GnRH do hipotálamo.» Estrogênio e progesterona: hormônios ovarianos, que são secretados em 
resposta aos dois hormônios sexuais femininos da hipófise anterior. 
Os níveis de LH e FSH aumentam gradualmente nos últimos anos da vida 
reprodutiva e após a menopausa, a perda do feedback negativo, faz com que os ní-
veis de gonadotropinas sejam em média 4 a 10 vezes maiores que os da fase folicu-
lar. Os principais efeitos destas variações hormonais são: adelgaçamento do epitélio 
vaginal e perda das secreções, redução da massa mamária, fogacho vascular (pul-
sos de LH) e labilidade emocional (mulheres obesas podem ter menos efeitos de 
privação estrogênica, na conversão periférica de estrogênios). 
9.1 Efeitos do Estrogênio 
› Útero: fase secretora, fase proliferativa, período menstrual. 
› Trompas de Falópio: aumenta o número de cílios e sua velocidade de ba-
timento, assim como o número de células epiteliais que estão secretando ativamen-
te, estimula as secreções tubárias que proporcionam meio mucoide no qual os es-
permatozoides podem movimentar-se eficientemente corrente acima contra o bati-
mento ciliar, fímbrias tornam-se mais vascularizadas. 
› Vagina: epitélio pavimentoso estratificado da vagina é aumentado e suas 
células acumulam glicogênio, aumento das secreções vaginais. 
› Mamas: crescimento dos ductos lobulares, aumento da aréola, aumento 
seletivo do tecido adiposo da mama. 
› Outros tecidos: modificações do fenótipo feminino adulto normal: estímulo 
de crescimento dos órgãos reprodutores internos e mamas; crescimento puberal dos 
grandes e pequenos lábios, crescimento linear (fechamento precoce dos centros de 
crescimento epifisários), aumento dos quadris e cintura pélvica, deposição específica 
 
21 
 
de gordura nas proximidades dos quadris; a massa adiposa total é duas vezes maior 
que a dos homens, enquanto a massa muscular e óssea corresponde a dois terços 
da dos homens. 
› Esqueleto: inibe a reabsorção óssea (efeitos nos osteoclastos e induz fato-
res locais de crescimento). 
› Rim: reabsorção de sódio estimulada pelo estradiol, antagonista da aldos-
terona (junto com a hidroxiprogesterona), induz a natriurese. 
› Fígado: aumento da síntese de proteínas hepáticas: globulina fixadora de 
tiroxina, globulina fixadora de cortisol, angiotensinogênio, colesteróis (VLDL, HDL e 
reduz LDL). 
› Árvore vascular: efeito vasodilatador (induz a liberação local de vasodilata-
dores como o óxido nítrico, prostaglandinas) e antivasoconstritivo (reduz a produção 
de endotelina). 
9.2 Efeitos da Progesterona 
 
Fonte: www.daquidali.com.br 
 
22 
 
› Útero: promove ações secretoras no endométrio uterino, durante a segun-
da metade do ciclo menstrual, preparando o útero para a implantação do ovo fertili-
zado, diminui a intensidade das contrações uterinas ajudando desta maneira a im-
pedir a expulsão do ovo implantado. 
› Trompas de Falópio: estimula as secreções tubárias que proporcionam 
meio mucoide, no qual os espermatozoides podem movimentar-se eficientemente 
corrente acima contra o batimento ciliar. 
› Mamas: promove o desenvolvimento dos lóbulos e dos alvéolos. 
› Ações sistêmicas: elevação da temperatura corporal (0,5ºC) que ocorre 
após a ovulação. 
› SNC: aumento do apetite, sonolência e sensibilidade exagerada do centro 
respiratório à estimulação pelo CO2. 
10 FASE PRÉ-OVULATÓRIA E OVULATÓRIA 
 
Fonte: evangelistamacielmartins.blogspot.com.br 
 
23 
 
11 CRESCIMENTO DO FOLÍCULO OVARIANO 
11.1 Fase folicular do ciclo ovariano 
Após o nascimento de uma criança do sexo feminino, cada óvulo está envolto 
por uma única camada de células granulosas, sendo definida como folículo primordi-
al. Durante toda a infância, acredita-se que as células granulosas ofereçam nutrição 
para o óvulo e para secretar um fator inibidor da maturação do oócito que mantém o 
óvulo suspenso em seu estado primordial no estágio de prófase da divisão meiótica. 
Após a puberdade, quando o FSH e o LH da hipófise anterior começam a ser secre-
tados em quantidades significativas, os ovários em conjunto com alguns dos folícu-
los dentro deles, começam a crescer. O primeiro estágio de crescimento folicular é o 
aumento moderado do próprio óvulo, cujo diâmetro aumenta duas a três vezes. Des-
sa forma, se segue o crescimento de outras camadas das células granulosas em 
alguns dos folículos, conhecidos como folículos primários. 
 
 
Fonte: ensino.unifesp.br 
Somente um único folículo amadurecerá por mês, e os demais sofrerão atre-
sia. Após uma semana ou mais de crescimento, um dos folículos começa a crescer 
 
24 
 
mais do que os outros; os outros 5 a 11 folículos em desenvolvimento involuem e se 
tornam atrésicos. Não se sabe qual a causa da atresia, mas há a possibilidade de as 
grandes quantidades de estrogênio do folículo de crescimento agir rapidamente no 
hipotálamo, deprimindo a secreção mais intensa de FSH, bloqueando, desta forma, 
o crescimento posterior dos folículos menos bem desenvolvidos. Dessa forma, o folí-
culo maior continua a crescer por causa de seus efeitos de feedback positivo intrín-
secos, enquanto todos os outros folículos param de crescer e efetivamente involu-
em. Esse processo de atresia é importante, pois normalmente permite que apenas 
um dos folículos cresça o suficientemente todos os meses para ovular, o que evita 
que uma criança se desenvolva em cada gravidez. O folículo único é denominado 
folículo maduro. A ovulação na mulher que tem um ciclo sexual de 28 dias se dá 14 
dias depois do início da menstruação. Um pouco antes de ovular a parede externa 
protuberante do folículo incha-se rapidamente e uma pequena área no centro da 
cápsula folicular, denominada estigma, projeta-se como um bico. Em 30 minutos ou 
mais, o líquido começa a vazar do folículo por meio do estigma, que rompe inteira-
mente permitindo que um líquido mais viscoso, que ocupava a porção central do folí-
culo, projete-se para fora. O líquido carrega consigo o óvulo cercado por uma massa 
de milhares de pequenas células granulosas denominadas coroa radiada. O pico LH 
é necessário para o crescimento folicular final e para a ovulação. Sem este hormô-
nio, até mesmo quando grandes quantidades de FSH estão disponíveis, o folículo 
não progredirá ao estágio de ovulação. Cerca de dois dias antes da ovulação, a taxa 
de secreção de LH pela hipófise anterior aumenta bastante, subindo 6 a 10 vezes e 
com um pico em torno de 16 horas antes da ovulação. O FSH também aumenta cer-
ca de 2 a 3 vezes ao mesmo tempo, e FSH e LH agem sinergicamente causando a 
rápida dilatação do folículo durante os últimos dias antes da ovulação. O LH tem 
ainda um efeito específico nas células granulosas e tecais, convertendo-as princi-
palmente em células secretoras de progesterona. Portanto, a taxa de secreção de 
estrogênio começa a cair cerca de 1 dia antes da ovulação, enquanto quantidades 
cada vez maiores de progesterona começam a ser secretadas. O LH causa rápida 
secreção dos hormônios esteroides foliculares que contêm progesterona. Em algu-
mas horas ocorrem dois, ambos necessários para a evolução: a teca externa (a cáp-
sula do folículo) começa a liberar enzimas proteolíticas dos lisossomos, o que causa 
a dissolução da parede capsular do folículo e consequente enfraquecimento da pa-
 
25 
 
rede, resultando em mais dilatação do folículo e degeneração do estigma. Simulta-
neamente, há um rápido crescimento de novos vasos sanguíneos na parede folicular 
e, ao mesmo tempo são secretadas prostaglandinas nos tecidos foliculares. 
11.2 Corpo Lúteo Fase Lútea do Ciclo Ovariano 
Durante as primeiras horas depois da expulsão do óvulo do folículo, as célu-
las granulosas e tecais internas remanescentes e mudam rapidamente para células 
luteínicas. Elas aumentam de tamanho e tornam-se repletas de inclusões lipídicas 
que dão a elas uma aparência amarelada. Este processo é chamado de luteiniza-
ção, e a massa total de células é denominadacorpo lúteo. 
Na mulher normal, o corpo lúteo cresce aproximadamente 1,5 centímetro de 
diâmetro, atingindo esse estágio de desenvolvimento 7 a 8 dias após a ovulação. 
Então, ele começa a evoluir e efetivamente perde suas funções secretórias, bem 
como sua característica lipídica amarelada. O estrogênio particularmente e a proges-
terona em menor extensão, secretados pelo corpo lúteo durante a fase luteínica do 
ciclo ovariano, têm efeitos de feedback potentes na hipófise anterior, mantendo ta-
xas secretórias reduzidas tanto de FSH quanto de LH. 
Durante a infância, os estrogênios são secretados apenas em quantidades 
mínimas, mas na puberdade, a quantidade secretada na mulher sob a influência dos 
hormônios gonadotrópicos hipofisários aumenta 20 vezes ou mais. Nessa época, os 
órgãos sexuais femininos mudam daqueles de uma criança para os de um adulto. 
Os órgãos genitais femininos aumentam de tamanho e os estrogênios também alte-
ram o epitélio vaginal de um tipo cuboide para um tipo estratificado, considerado 
mais resistente a traumas e infecções do que o epitélio antigo. As mamas primordi-
ais de homens e mulheres são exatamente iguais. De fato, sob a influência de hor-
mônios apropriados a mama masculina durante as primeiras duas décadas de vida 
pode desenvolver-se o suficiente para produzir leite da mesma maneira que as ma-
mas femininas. Os estrogênios causam desenvolvimento dos tecidos estromais das 
mamas, crescimento de um vasto sistema de ductos, e depósito de gordura nas 
mamas. Os lóbulos e alvéolos das mamas desenvolvem-se até certo ponto sob a 
influência apenas dos estrogênios, mas é a progesterona e a prolactina que deter-
minam o crescimento e a função final das estruturas. 
 
26 
 
Os estrogênios inibem a atividade osteoclástica nos ossos e, portanto, esti-
mulam o crescimento ósseo. Na puberdade quando a mulher entra em seus anos 
reprodutivos, seu crescimento em altura torna-se rápido durante muitos anos. Entre-
tanto, os estrogênios têm outro efeito potente sobre o crescimento esquelético: cau-
sam a união das epífises com a haste dos ossos longos. Este efeito do estrogênio 
na mulher é bem mais forte do que o efeito semelhante da testosterona no homem. 
Consequentemente, o crescimento da mulher geralmente para muitos anos antes do 
crescimento do homem. Os estrogênios aumentam ligeiramente a taxa metabólica 
do corpo todo, mas apenas cerca de um terço a mais que o aumento causado pelo 
hormônio sexual masculino testosterona. Causam também depósito de quantidades 
maiores de gordura nos tecidos subcutâneos. Consequentemente, a porcentagem 
de gordura corporal no corpo do homem é menor, pois contém mais proteína. Os 
estrogênios não afetam muito a distribuição de pêlos. Entretanto, os pêlos efetiva-
mente desenvolvem-se na região pubiana e nas axilas após a puberdade. Os andro-
gênios formados em quantidades crescentes pelas glândulas adrenais femininas 
após a puberdade são os principais responsáveis por isto. Os estrogênios fazem 
com que a pele desenvolva uma textura macia e normalmente lisa, mas, ainda as-
sim, a pele da mulher é mais espessa que a de uma criança ou de uma mulher cas-
trada. Além disso, os estrogênios fazem com que a pele se torne mais vasculariza-
da, o que muitas vezes está associado à pele mais quente, promovendo, maior san-
gramento nos cortes superficiais do que se observa nos homens. 
 
27 
 
12 FASE PROLIFERATIVA (FASE ESTROGÊNICA) DO CICLO ENDOMETRIAL 
 
Fonte: www.plasticaplexus.com.br 
No início de cada mês, grande parte do endométrio descamou-se pela 
menstruação. Após a menstruação, resta apenas uma pequena camada de estroma 
endotelial e as únicas células epiteliais restantes são as localizadas nas porções re-
manescentes profundas das glândulas e criptas do endométrio. Sob a influência de 
estrogênios, secretados em grandes quantidades pelo ovário durante a primeira par-
te do ciclo ovariano mensal, as células do estroma e as células epiteliais proliferam-
se rapidamente. A superfície endometrial é reepitelizada 4 a 7 dias após o início da 
menstruação. Em seguida, antes de ocorrer a ovulação, a espessura do endométrio 
aumenta bastante devido ao crescimento progressivo das glândulas endometriais e 
novos vasos sanguíneos no endométrio. 
 
28 
 
13 FASE PÓS-OVULATÓRIA FASE SECRETORA DO CICLO ENDOMETRIAL 
 
Fonte:www.natalben.com 
Após a ovulação, durante grande parte da última metade do ciclo mensal, a 
progesterona e o estrogênio são secretados em grande quantidade pelo corpo lúteo. 
A progesterona causa inchaço e desenvolvimento secretório acentuados do endo-
métrio e as glândulas aumentam em tortuosidade, para produzir um endométrio al-
tamente secretor que contenha grandes quantidades de nutrientes armazenados 
para prover condições apropriadas para a implantação de um óvulo fertilizado duran-
te a última metade do ciclo mensal. 
Cerca de uma em cada três mulheres sofre de tensão pré-menstrual (TPM) 
com a aproximação do período menstrual, que é caracterizada por um conjunto de 
sintomas e sinais que se manifesta um pouco antes da menstruação e desaparece 
com ela. Se eles persistirem, não se trata da síndrome de TPM, pois ela está direta-
mente relacionada com a produção dos hormônios femininos. Sua causa não é mui-
to conhecida, mas acredita-se que os sintomas são desencadeados pela ação do 
estrogênio e da progesterona antes da menstruação. O estresse também pode pio-
rar os sintomas, assim como o consumo excessivo de chocolate e bebidas contendo 
cafeína (como café). 
 
29 
 
14 MENSTRUAÇÃO 
 
Fonte:www.donagiraffa.com 
A menstruação é causada pela redução de estrogênio e progesterona, no fi-
nal do ciclo ovariano mensal. Durante as 24 horas que precedem o surgimento da 
menstruação, os vasos sanguíneos tortuosos que levam o sangue às camadas mu-
cosas do endométrio tornam-se vasoespásticos, supostamente devido a algum efeito 
da evolução como a liberação de um material vasoconstritor. O líquido menstrual 
normalmente é não coagulado porque uma fibrolisina é liberada em conjunto com o 
material endometrial necrótico. A presença de coágulos durante a menstruação mui-
tas vezes representa uma evidência clínica de patologia uterina. Quatro a sete dias 
após o início da menstruação a perda de sangue para, porque nesse momento, o 
endométrio reepitalizou-se. 
15 ATO SEXUAL FEMININO 
O orgasmo feminino refere-se ao prazer sexual intenso alcançado pelas mu-
lheres por meio da relação sexual, masturbação ou outros meios de forma única ou 
múltipla. 
 
30 
 
É sentido por intensas contrações rítmicas, principalmente na região vaginal, 
durando aproximadamente de 0,8 segundos cada, totalizando de 3 a 12 contrações; 
com a sensação de prazer aumentando em intensidade a cada momento, até que se 
atinja o clímax, seguido do relaxamento. 
 
 
Fonte:br.blastingnews.com 
Cada mulher sente o orgasmo de forma distinta: algumas só conseguem 
mediante estimulação clitoriana, penetração, preliminares longas/curtas e outras 
nunca conseguiram atingir o pico de prazer máximo na hora do sexo. 
 
31 
 
16 CONTROLE NERVOSO DO ATO SEXUAL FEMININO 
 
Fonte:www.gnoticia.com.br 
O controle do ato sexual feminino inicia-se com a estimulação do sistema 
nervoso superior e/ou estimulação local dos genitais (principalmente a região do cli-
tóris). Essas estimulações levam para a medula informações que ativam os neurô-
nios do sistema parassimpático, que por meio de sinapses com a vagina, útero, geni-
tais externos provocam vasodilatação nessas regiões, tornando-as intumescidas, o 
que corresponde à sensação de excitação. As células que estão no epitélio da vagi-
na e as glândulas vestibulares também são estimuladas pelo sistema parassimpático 
liberando muco (lubrificação). Em resposta ao sistema parassimpático, o sistema 
simpático é ativado após chegar ao ápice da estimulação. A ativação do sistema 
simpático produzirácontrações rítmicas da vagina, o útero e músculos pélvicos, o 
que corresponde ao momento do orgasmo feminino. 
A função biológica do orgasmo feminino, diferente do que ocorre nos ho-
mens, ainda não é um consenso. Alguns pesquisadores acreditam que o fato dos 
humanos andarem em posição ereta tenha ocasionado problemas, pois o local que o 
esperma entra nas mulheres, o óstio do colo do útero, fica localizado numa posição 
superior. Segundo essa hipótese, o orgasmo provocaria relaxamento na mulher, e 
que, por sua vez, deveria ficar deitada para facilitar a fertilização. 
Em 1970, alguns estudos analisaram a pressão intravaginal e intrauterina 
quando as mulheres faziam sexo. O que se descobriu é que há que uma diferença 
 
32 
 
de pressão durante orgasmos, o que levaria o esperma para dentro do canal cervi-
cal, aumentando as chances de fecundação do óvulo. Esta hipótese chama-se hipó-
tese da sucção. Alguns cientistas ainda constatam que o orgasmo feminino não teria 
qualquer função biológica, sendo comparável ao mamilo dos homens (vestígio evolu-
tivo das mamas femininas), que seria apenas um vestígio evolutivo do orgasmo 
masculino. Ainda, existem aqueles que acreditam que seria possível de forma cons-
ciente ou não, a mulher fazer a seleção de genes melhores por meio do orgasmo, 
uma vez que alguns pesquisadores desvendaram que 1 minuto antes do homem 
ejacular e 45 minutos depois, na ocorrência de orgasmo feminino, aumentam a re-
tenção de esperma. O orgasmo feminino foi dividido na década de 1960, em fases: 
desejo, excitação, orgasmo, orgasmos múltiplos. 
17 DESEJO 
Primeira Fase Sexual, em que os instintos são estimulados e os apetites 
crescem. O desejo, ou a sensualidade, é uma experiência subjetiva que incita a pes-
soa a buscar atividade sexual. Em termos cerebrais, há mensagens neurofisiológicas 
que motivam a busca por sexo. 
 
 
Fontewww.saudedicas.com.br 
Esses sinais neurológicos ainda não foram bem explicados, mas já se fala 
em uma espécie de Centro de Desejo Sexual no Cérebro, que seria constituído prin-
cipalmente por uma pequena região cerebral denominada Claustro. Nas mulheres, o 
 
33 
 
olfato e principalmente o tato, são bastante responsáveis pelo aumento do desejo 
sexual. 
18 EXCITAÇÃO 
A Segunda Fase do Ciclo Sexual ocorre quando o corpo passa a responder 
fisiologicamente frente aos estímulos que dispararam o desejo sexual. Ou seja, a 
excitação é a resposta do corpo ao desejo. 
Na mulher, a excitação é demarcada pela produção de uma secreção res-
ponsável pela lubrificação vaginal. Duas alterações fisiológicas são as principais pro-
tagonistas nessa fase. 
A congestão vascular, que é o aumento da quantidade de sangue superficial 
e/ou profunda acumulada em alguns órgãos do aparelho genital e extragenital femi-
nino, e a miotonia, que é a crescente e involuntária contração de fibras musculares. 
Mas a resposta sexual feminina não aparece apenas nos genitais. 
 Ela é um continuo de todo o corpo frente a estímulos. Aparece nos seios 
(mamas), com um pequeno aumento de seu tamanho e com a ereção dos mamilos. 
Há também o rubor sexual, quando a pele fica mais avermelhada, e tanto a pressão 
sanguínea quanto à frequência cardíaca e respiratória tendem a aumentar. 
 
 
Fonte:www.tananetuai.com 
 
34 
 
Ocorrem contrações musculares nos órgãos próximos aos genitais, como o 
reto (região anal), a uretra e a bexiga. Todos os órgãos genitais femininos vão sofrer 
as mesmas alterações fisiológicas de vasocongestão e miotomia. Tanto o clitóris, 
quanto os pequenos e grandes lábios aumentam de tamanho, ficando edemaciados 
e avermelhados. Os grandes lábios se retraem deixando a entrada da vagina livre. O 
clitóris fica protegido sob um prepúcio (pele) e a vagina passa a produzir uma secre-
ção parecida com a saliva por um fenômeno semelhante à transudação (uma espé-
cie de suor da parede vaginal; muitos, erroneamente, acreditam ser a ejaculação 
feminina). Há sensação de contração muscular irregular desses órgãos interno. 
19 ORGASMO 
Esta é a última Fase do Ciclo da Resposta Sexual. O orgasmo, o êxtase, o 
gozo ou ápice de prazer ocorre quando há liberação de toda a tensão sexual acumu-
lada. 
A profunda vasocongestão do clitóris, pequenos e grandes lábios e do terço 
inferior da vagina denominamos plataforma orgásmica. Pode ocorrer uma contração 
muscular prolongada e espástica de 4 a 5 segundos nesta região, antes de ocorrer a 
descarga orgásmica. 
 O orgasmo acontece: há uma explosão de contrações rítmicas e involuntá-
rias na plataforma orgásmica a uma frequência de aproximadamente 12 vezes, a 
cada 0,8 segundos. 
 
35 
 
20 FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO 
20.1 Fertilidade 
 
Fonte:www.paisefilhos.com.br 
O óvulo permanece viável e capaz de ser fertilizado depois de ser expelido 
do ovário por um período provavelmente de no máximo 24 horas. 
 Portanto, é preciso haver um espermatozoide disponível logo depois da 
ovulação para ocorrer fertilização. Alguns espermatozoides podem permanecer fér-
teis no aparelho reprodutor feminino por até cinco dias. 
A administração de estrogênio ou progesterona, desde que nas quantidades 
apropriadas durante a primeira metade do ciclo mensal, pode inibir a ovulação. 
A razão disso é que a administração apropriada de um desses hormônios 
pode evitar o pico pré-ovulatório da secreção de LH pela hipófise, que é essencial à 
evolução. Entretanto, estudos experimentais sugerem que imediatamente antes de 
ocorrer o pico, é provável que haja uma depressão abrupta da secreção de estróge-
no, o que causa o efeito de feedback subsequente na hipófise anterior que ao pico 
de LH. 
 A administração de hormônios sexuais evitaria a depressão hormonal ovari-
ana inicial que representaria o sinal desencadeador da ovulação. O problema de es-
tabelecer métodos de supressão hormonal da ovulação tem sido o de desenvolver 
 
36 
 
combinações adequadas de estrógenos e progestinas que suprimam a ovulação, 
mas não causem outros efeitos indesejáveis. 
Portanto, praticamente todas as pílulas anticoncepcionais usadas no contro-
le da fertilidade consistem em alguma combinação de estrógenos e progestinas sin-
téticas. A principal razão de se usar sintéticos, pois os hormônios naturais são quase 
que inteiramente destruídos pelo fígado pouco tempo depois de serem absorvidos 
pelo trato gastrointestinal na circulação porta-hepática. 
21 GRAVIDEZ 
 
Fonte:/www.dermatologia.net 
Na gravidez, a placenta forma quantidades especialmente grandes de gona-
dotropina coriônica humana (HCG), estrogênios, progesterona e somatotropina cori-
ônica humana, sendo que as três primeiras, e provavelmente também a quarta, são 
essenciais a uma gravidez normal. 
A menstruação normalmente ocorre em uma mulher não grávida por volta de 
quatorze dias depois da ovulação, época em que grande parte do endométrio uterino 
descamou-se da parede uterina e é expelido para fora. 
Se isto ocorresse após a implantação de um óvulo, a gravidez seria termina-
da. Entretanto, isso é evitado pela secreção de gonadotropina coriônica humana pe-
 
37 
 
los tecidos embrionários em desenvolvimento da seguinte maneira: simultaneamente 
ao desenvolvimento das células trofoblásticas do óvulo recém-fertilizado, o hormônio 
gonadotropina coriônica humana é secretado pelas células troblásticas sinciciais pa-
ra os líquidos maternos. 
 A secreção desse hormônio pode ser medida no sangue pela primeira vez 
oito a nove dias após a ovulação, pouco depois do blastocisto implantar-se no en-
dométrio. Em seguida, a taxa de secreção aumenta rapidamente, atingindo um nível 
máximo em torno de 10 a 12 semanas de gestação e diminuindo novamente a um 
valor baixo em torno de 16 a 20 semanas de gestação, continuando neste nível pelo 
restante da gravidez. 
 A gonadotropina coriônica humana tem como função evitar a involução do 
corpo lúteo no final do ciclo sexual feminino mensal. Elaefetivamente faz com que o 
corpo lúteo secrete quantidades ainda maiores de seus hormônios sexuais (proges-
terona e estrógeno) pelos próximos meses. 
Esses hormônios impedem a menstruação e fazem com que o endométrio 
continue a crescer e a armazenar grandes quantidades de nutrientes, em vez de 
descamar no produto menstrual. 
22 PLACENTA 
A placenta, assim como o corpo lúteo, secreta tanto estrógeno como proges-
terona e o mais importante é que os estrogênios secretados pela placenta não são 
sintetizados de novo a partir de substratos básicos na placenta. 
 Em vez disso, eles são sintetizados quase inteiramente a partir dos compos-
tos esteroides androgênicos, que são formados tanto nas glândulas adrenais da mãe 
quanto nas glândulas adrenais do feto. 
A função do estrógeno é de proliferação na maioria dos órgãos reprodutores 
e anexos da mulher como: aumento do útero materno, das mamas, ductos da mama, 
genitália externa feminina da mãe. 
Outra importante função é a que relaxa os ligamentos pélvicos da mãe, de 
maneira que as articulações sacorilíacas tornam-se relativamente maleáveis, e as 
 
38 
 
sínfise pubiana elástica, essas mudanças fazem com que facilite a passagem do feto 
por meio do canal do parto. 
 
 
Fonte:www.pinterest.com 
A progesterona é secretada em quantidades moderadas pelo corpo lúteo no 
início da gravidez e depois é secretada em enormes quantidades pela placenta. 
É um hormônio essencial da gravidez porque é ela que faz as células decí-
duas desenvolverem- se no endométrio uterino, e essas células têm um papel impor-
tante na nutrição do embrião inicial. 
Ela também diminui a contractilidade do útero grávido, evitando assim que 
contrações uterinas causem aborto espontâneo. 
A progesterona contribui para o desenvolvimento do concepto mesmo antes 
da implantação, pois especificamente aumenta as secreções das tubas uterinas e do 
útero, proporcionando material nutritivo apropriado para o desenvolvimento da móru-
la e do blastocisto. 
A somatomamotropina coriônica humana é um hormônio placentário desco-
berto mais recentemente. É secretado progressivamente durante todo o restante da 
gravidez em proporção direta ao peso da placenta. 
 
39 
 
 Não se sabe ao certo suas funções, a única coisa que se pode afirmar é 
que esse hormônio diminui a sensibilidade à insulina e a utilização de glicose pela 
mãe, disponibilizando assim, quantidades maiores de glicose para o feto. 
Outra função é que promove a liberação de ácidos graxos livres das reser-
vas de gordura da mãe, proporcionando assim uma fonte alternativa de energia para 
o metabolismo materno durante a gravidez. 
Ou seja, hoje acredita-se que a somatomamotropina coriônica humana é um 
hormônio metabólico geral com implicações nutricionais específicas tanto para a 
mãe quanto para o feto. 
A placenta tem três funções principais: 
» metabólica; 
» endócrina; 
» de trocas. 
Nesse contexto, o enfoque é dado à placenta com órgão endócrino. A gravi-
dez é acompanhada de modificações endócrinas nos compartimentos materno, pla-
centário e fetal, que se relacionam intimamente. A placenta elabora hormônios pro-
teicos e esteroides. É um órgão incompleto, pois para sintetizá-los necessita de pre-
cursores não só maternos, mas principalmente, fetais. 
O vilo corial produz: 
» Hormônio Gonadotrófico Coriônico ou Gonadotrofina Coriônica Humana 
(HCG); 
» Somatotrófico Coriônico ou Somatomamotropina Coriônica Humana (HCS) 
ou Lactogênio Placentário Humano (HPL); 
» Hormônio Tireotrófico Coriônico (HCT); 
» Hormônio Corticotrófico Coriônico (HCC); 
» Hormônios coriônicos similares aos fatores liberadores e inibidores hipo-
talâmicos; 
» Hormônio liberador de gonadotrofina hipofisária (LHRH ou GnRH); 
» Hormônio liberador de tireotrofina (TRH); 
» Somatostatina (inibidor do Somatotrófico); 
» Hormônio liberador de corticotropina (CRH); 
» Outros hormônios; 
› hormônio melanotrófico; 
 
40 
 
› aldosterona. 
22.1 Hormônio melanotrófico 
Atua nos melanócitos para liberação de melanina, aumentando a pigmenta-
ção da aréola, abdômen e face. 
22.2 Aldosterona 
Mantém o equilíbrio de sódio, pois a progesterona estimula sua eliminação e 
a aldosterona promove sua reabsorção. 
22.3 Hormônio Gonadotrófico Coriônico ou Gonadotrofina Coriônica Humana 
(HCG) 
 É um hormônio glicoproteico, secretado desde o início da formação da pla-
centa pelas células trofoblásticas, após nidação (implantação) do blastocisto. 
 De forma geral, tem função de manter o corpo lúteo, de modo que as taxas 
de progesterona e estrogênio não diminuam, garantindo, assim, a manutenção da 
gravidez (inibição da menstruação) e a ausência de nova ovulação. Por volta da 15ª 
semana de gestação, com a placenta já formada e madura produzindo estrógeno e 
progesterona, ocorre declínio acentuado na concentração de HCG e involução do 
corpo lúteo. 
 Atua no início da gestação como estímulo para manutenção funcional e 
morfológica do corpo lúteo. 
 É como LH hipofisário, tem ação luteotrófica. 
 Protege o ovo, que se comporta como enxerto, da rejeição imunológica ma-
terna. 
 Estimula a síntese de esteroides, por meio da ativação do sistema enzimáti-
co glicogênio-fosforilase e da aromatase, aromatizando os precursores C-19, trans-
formando-os em estrógenos. 
 Tem atividade tireotrófica intrínseca. 
 
41 
 
 Na diferenciação sexual para o feto do sexo masculino, a HCG estimula as 
células de Leydig fetais em torno da nona semana para produzir andrógenos. 
 Pode estimular a produção de relaxina, que é produzido primeiramente pelo 
corpo lúteo e mais tarde pela placenta. Esta aumenta a flexibilidade da sínfise púbi-
ca e dos ligamentos das articulações sacroilíaca e sacrococcígea, ajudando a dilatar 
o colo uterino durante o trabalho de parto. 
23 LACTAÇÃO 
 
Fonte:pt-br.infomedica.wikia.com 
Durante a gravidez, há a necessidade de uma proliferação dos alvéolos e 
dos dutos para a lactação. Isto ocorre devido à ação dos hormônios progesterona e 
estrogênio. 
O lactogênio placentário e a prolactina também são muito importantes na 
preparação das mamas. A prolactina começa a ser produzida ainda na puberdade, 
mas em pequena quantidade. 
O surto deste hormônio acontece em decorrência da gravidez, e é aumenta-
do, gradativamente, durante a amamentação. 
 
42 
 
Tal hormônio é responsável pelo crescimento e pela atividade secretora dos 
alvéolos mamários. O lactogênio placentário age como a prolactina, desenvolvendo 
os alvéolos. 
Estes dois hormônios estão presentes durante toda a gravidez, porém suas 
quantidades não são aumentadas, devido à inibição causada pelos altos níveis de 
progesterona e estrogênio. 
 Ao final do trabalho de parto, há uma queda nos níveis destes dois últimos 
hormônios, ocasionando um aumento nas quantidades de prolactina e lactogênio 
placentário, o que possibilita o início da produção de leite. 
23.1 Lactogênio Placentário Humano (HPL) 
 Hormônio proteico, de estrutura química semelhante à da prolactina e da 
somatotrofina hipofisária. 
 Começa a ser secretado pela placenta em torno da 4ª semana de gestação. 
 Aumenta na mesma proporção da massa placentária, alcançando os níveis 
máximos após 32 semanas, permanecendo relativamente constante depois disso. 
 Facilita a preparação das glândulas mamárias para a lactação. 
 Promove a liberação de ácidos graxos a partir do tecido adiposo, fornecen-
do fonte alternativa de glicose para produção de ATP pela mãe. 
 Induz a diminuição da sensibilidade à insulina e da utilização de glicose na 
mãe, determinando maior disponibilidade de glicose para o feto. 
23.2 Hormônio Tireotrófico Coriônico (HCT) 
 O soro da gestante tem efeito estimulante sobre a tireoide durante toda a 
gestação. 
 Alcança maior nível no fim do primeiro trimestre. 
23.3 Hormônio Liberador de Corticotropina (CRH) 
São análogos aos neuro-hormônios sintetizado pelo hipotálamo, e tambémformado no citotrofoblasto do vilo corial. 
 
43 
 
É considerado como “relógio” que estabelece as condições do nascimento. 
 A secreção começa por volta da 12º semana e aumenta muito até o final da 
gravidez. O CRH proveniente da placenta tem um segundo efeito, aumenta a secre-
ção de cortisol (necessário para o amadurecimento dos pulmões fetais e para a pro-
dução de surfactante). 
23.4 Progesterona 
Durante as duas primeiras semanas de gestação, a progesterona estimula 
as glândulas tubárias e endometriais a secretarem os nutrientes de que depende o 
zigoto. 
 A placenta começa a produzir progesterona em torno de 6 semanas e com 
12 semanas já produz quantidade suficiente para substituir a produção feita pelo 
corpo lúteo. De forma geral, ela relaxa a musculatura lisa, o que diminui a contração 
uterina, para não ter a expulsão do feto. 
 Aumenta o endométrio, pois se o endométrio não estiver bem desenvolvido, 
poderá ocorrer um aborto natural ou o blastocisto se implantar (nidação) além do 
endométrio. 
Este hormônio é importante para o equilíbrio hidroeletrolítico, além de esti-
mular o centro respiratório no cérebro, fazendo com que aumente a ventilação, e 
consequentemente, fazendo com que a mãe mande mais oxigênio para o feto. 
A progesterona também complementa os efeitos do estrogênio nas mamas, 
promovendo o crescimento dos elementos glandulares, o desenvolvimento do epité-
lio secretor e a deposição de nutrientes nas células glandulares, de modo que, 
quando a produção de leite for solicitada a matéria-prima já esteja presente. 
23.5 Estrogênio 
A produção envolve uma contribuição materna, placentária e fetal. No início 
da gestação é produzido pelo corpo lúteo sob estimulação da HCG e depois pela 
placenta, porém para completar a síntese depende dos precursores dos hormônios 
esteroides, tanto materno como fetal. 
 
44 
 
De forma geral, promove rápida proliferação da musculatura uterina; grande 
desenvolvimento do sistema vascular do útero; aumento dos órgãos sexuais exter-
nos e da abertura vaginal, proporcionando uma via mais ampla para o parto; rápido 
aumento das mamas; contribui ainda para a manutenção hídrica e aumenta a circu-
lação. 
Dividido em estradiol e estrona – que estão na corrente materna; e estriol – 
que está na corrente fetal, é medido para avaliar a função feto-placentária e o bem-
estar fetal. Mas suas principais funções são: 
 Em associação com a relaxina promove um relaxamento e amolecimento 
dos ligamentos pélvicos e da sínfise pubiana para melhor acomodar o útero em ex-
pansão. 
 Atua no fluxo útero-placentário aumentando-o. 
 Estimula a formação da prolactina hipofisária, bloqueando os receptores 
prolactínicos mamários e inibindo a lactogênese na gestação. 
 Estimula a hiperplasia e hipertrofia das fibras musculares uterinas e sua ati-
vidade contrátil ao acionar a produção das prostaglandinas. 
 Estimula a força contrátil do miocárdio para aumentar o débito cardíaco na 
gravidez. 
23.6 Lactação 
Lactação é o processo que envolve a secreção e a ejeção de leite a partir 
das glândulas mamárias. 
A lactação é dividida em três fases: 
1. Mamogênese: desenvolvimento da glândula mamária. 
2. Lactogênese: início da lactação. 
3. Lactopoese: manutenção da lactação. 
23.7 Mamogênese 
A unidade morfofuncional das mamas é o alvéolo mamário. O desenvolvi-
mento da glândula mamária inicia com a puberdade e termina no climatério ou com a 
castração. 
 
45 
 
Na menacme o estrogênio exerce efeito proliferativo nos canais mamários e 
a progesterona produz o crescimento e a expansão dos alvéolos. A diferenciação 
completa do tecido funcional da mama requer, além dos esteroides sexuais, a parti-
cipação de diversos outros hormônios: prolactina (PRL), hormônio do crescimento 
(GH), cortisol, tiroxina e insulina. 
Na gestação, acentua-se o crescimento das estruturas glandulares mamárias 
pela produção acentuada de estrogênios, progesterona e do lactogênio placentário 
humano (HPL), todos segregados pela placenta. Além disso, a gravidez caracteriza-
se pelo acréscimo do cortisol livre no plasma, hiperinsulinemia e hipertireoidismo 
fisiológicos. A PRL cresce na gestação durante o 1º trimestre e aumenta progressi-
vamente até o termo. 
24 OUTRAS ALTERAÇÕES NO CORPO DA MULHER GRÁVIDA 
As adaptações anatômicas, fisiológicas e bioquímicas à gravidez são pro-
fundas, muitas delas iniciam-se quase logo após a fecundação e prolongam-se por 
toda a gestação. 
A maior parte das alterações ocorre em resposta a estímulos fisiológicos 
produzidos pelo feto. Igualmente espantosa é a rapidez com que uma mulher que 
esteve grávida retoma, quase completamente, o seu estado pré-gestacional após o 
parto e a lactação. 
Durante uma gravidez normal, virtualmente todos os órgãos e sistemas so-
frem alterações anatômicas e fisiológicas que podem modificar consideravelmente 
os critérios de diagnóstico e tratamento de doenças. Assim, adaptações fisiológicas 
de uma gravidez normal, podem ser mal interpretadas como patológicas e também 
podem desmascarar ou agravar doenças pré-existentes. 
 
46 
 
25 APARELHO REPRODUTOR 
25.1 Útero 
Na mulher não grávida o útero pesa +/- 70 g e tem uma cavidade de 10 ml 
ou menos. Durante a gravidez o útero transforma-se para albergar o feto, a placenta 
e o líquido amniótico, num volume total que ronda os 5 L numa gravidez normal de 
termo, mas podendo atingir os 20 L ou mais. 
Assim o útero aumenta a sua capacidade 500 a 1000 vezes acima do seu 
estado não grávido, atingindo um peso de +/- 1.100 g. O crescimento do útero dá-se 
à custa do estiramento e marcada hipertrofia das células musculares, sendo mínimo 
o aumento em número dos miócitos. A acompanhar o aumento de tamanho das cé-
lulas musculares há uma acumulação de tecido fibroso, particularmente na camada 
muscular externa, juntamente com um aumento do tecido elástico, o que confere 
elasticidade e resistência à parede uterina, que no termo apresenta uma espessura 
de 1,5 cm ou menos. 
No início da gravidez, a hipertrofia uterina deve-se maioritariamente ao estí-
mulo do estrogénio e talvez também da progesterona e não à pressão do seu conte-
údo, uma vez que as mesmas alterações se verificam em situações de gestação ec-
tópica. 
Após as 12 semanas de gravidez, o aumento do tamanho uterino relaciona-
se predominantemente com a pressão exercida pelos produtos da concepção em 
crescimento. A posição da placenta também influencia a extensão da hipertrofia do 
útero, visto que a porção desse que a rodeia cresce mais rapidamente do que o res-
tante órgão. No fim da 12ª semana de gravidez, o útero ultrapassa a pélvis e à me-
dida que continua a crescer, impacta-se com a parede abdominal anterior, desloca 
os intestinos lateralmente e superiormente e continuando a crescer quase atinge o 
nível do fígado. Quando a grávida está em pé, a parede abdominal susta o útero. Na 
posição supina o útero vai para trás, pousando sobre a coluna vertebral e os gran-
des vasos adjacentes, particularmente a veia cava inferior e a aorta. 
Fluxo sanguíneo útero-placentar – a entrega da maior parte das substâncias 
essenciais ao crescimento e metabolismo do feto e placenta, assim como a remoção 
 
47 
 
dos resíduos metabólicos, depende de uma perfusão adequada do espaço intervilo-
so placentar. 
A perfusão placentar depende do fluxo sanguíneo uterino total, que provem 
principalmente das artérias uterinas e ováricas. O fluxo sanguíneo uteroplacentar 
aumenta progressivamente durante a gravidez, variando entre 450 e 650 ml/min pró-
ximo do termo. 
O aumento progressivo do fluxo sanguíneo materno-placentar ao longo da 
gravidez ocorre principalmente à custa de vasodilatação, enquanto o fluxo sanguí-
neo feto-placentar aumenta por um crescimento continuado dos vasos placentares. 
Esta vasodilatação está na dependência da estimulação estrogênica e da progeste-
rona, na medida em que estescondicionam uma diminuição da resistência vascular. 
Outros mediadores influenciam também a circulação uteroplacentar: as ca-
tecolaminas (diminuem significativamente a perfusão placentar como consequência 
de um aumento da sensibilidade do leito vascular à adrenalina e noradrenalina 
quando comparada com a vasculatura sistêmica), a angiotensina II (na gravidez 
normal os vasos apresentam-se refractários ao seu efeito vasopressor, o que ajuda 
a aumentar o fluxo sanguíneo uteroplacentar), o óxido nítrico – anteriormente cha-
mado fator de relaxamento derivado do endotélio (é um potente vasodilatador liber-
tado pelas células endoteliais com importantes implicações na modificação da resis-
tência vascular e consequentemente na perfusão uteroplacentar durante a gravidez. 
 
 
48 
 
 
25.2 Colo Uterino 
Apenas um mês após a concepção, o colo uterino começa a sofrer um amo-
lecimento e se apresentar cianótico, resultante do aumento da vascularidade e ede-
ma juntamente com a hipertrofia e hiperplasia das glândulas cervicais. 
Embora o colo tenha uma pequena quantidade de músculo liso, seu maior é 
tecido conjuntivo. 
 
 
49 
 
 
Fonte:graphicwitness.medicalillustration.com 
O rearranjo desse tecido conjuntivo rico em colágeno é necessário para 
permitir funções tão diversas como a manutenção de uma gravidez até ao termo, 
dilatação para permitir o parto e reparação após o parto de forma a permitir uma no-
va gravidez bem sucedida. As células da mucosa endocervical produzem quantida-
des copiosas de um muco espesso que obstrui o canal cervical rapidamente após a 
concepção. 
 
50 
 
26 OVÁRIOS 
 
Fonte:rondoniaempauta.com.br 
Normalmente, apenas se encontra um único corpo amarelo nos ovários de 
uma mulher grávida. Este funciona, maximamente, durante as primeiras 6 a 7 sema-
nas de gravidez, produzindo a progesterona necessária à manutenção da gravidez. 
A sua remoção cirúrgica antes das 7 semanas de gravidez resulta numa quebra ab-
rupta dos valores séricos de progesterona e, subsequente, aborto espontâneo. 
Relaxina – este hormônio proteico tem semelhanças estruturais com a insu-
lina e com os fatores de crescimento insulina-like I e II. A sua ação biológica principal 
é a remodelação do tecido conjuntivo do aparelho reprodutor, permitindo a acomo-
dação da gravidez e um parto bem-sucedido. É segregada pelo corpo amarelo, de-
cídua e placenta. 
 
 
51 
 
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