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TELHADO 3

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Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 159
1.1. Telha de cimento amianto 
 
O cimento amianto, nome popular do fibro-cimento, é um material de construção 
composto por mais de 90% de cimento e menos de 10% de fibras de amianto crisotila. 
Desenvolvido no final do século XIX pelo industrial austríaco Ludwig Hatschek, desde 
então, esse material tem sido largamente utilizado na fabricação de telhas, caixas-d'água e 
peças acessórias para telhados. O amianto, também conhecido como asbesto, é uma fibra 
mineral natural utilizada como matéria-prima na produção de peças de cimento-amianto. 
A telha de cimento amianto responde por mais de 80% do consumo mundial de 
amianto. No Brasil, o setor responde por aproximadamente 90% do amianto consumido 
sendo representado por cerca de 24 fábricas. Aproximadamente 50% dos telhados no Brasil 
são de cimento amianto, constituindo-se numa alternativa prática e barata de cobertura para 
habitações e galpões industriais. O percentual de amianto no produto varia de 8 a 12%, que 
adicionado ao cimento e à água é capaz de propiciar resistência à tração compatível com a 
utilização do produto. 
O amianto ou asbesto é uma fibra mineral natural sedosa que, por suas propriedades 
físico-químicas (alta resistência mecânica e às altas temperaturas, incombustibilidade, boa 
qualidade isolante, durabilidade, flexibilidade, indestrutibilidade, resistente ao ataque de 
ácidos, álcalis e bactérias, facilidade de ser tecida, etc.), abundância na natureza e, 
principalmente, baixo custo tem sido largamente utilizado na indústria. É extraído 
fundamentalmente de rochas compostas de silicatos hidratados de magnésio, onde apenas 
de 5 a 10% se encontram em sua forma fibrosa de interesse comercial. Os nomes latino e 
grego, respectivamente, amianto e asbesto, têm relação com suas principais características 
físico-químicas, incorruptível e incombustível. Está presente em abundância na natureza 
sob duas formas: serpentinas (amianto branco) e anfibólios (amianto marrom, azul e 
outros), sendo que a primeira - serpentinas- corresponde a mais de 95% de todas as 
manifestações geológicas no planeta. Já foi considerado a seda natural ou o mineral 
mágico, já que vem sendo utilizado desde os primórdios da civilização, inicialmente para 
reforçar utensílios cerâmicos, conferindo-os propriedades refratárias. 
 O amianto utilizado no Brasil é da variedade Crisotila, mineral de hábito fibroso do 
grupo das serpentinas. A fórmula empírica da Crisotila é [Mg3 SI2 O5 (OH)4]. Ocorre na 
forma de veios compactos de fibras no interior da rocha serpentinito. As fibras geralmente 
estão dispostas perpendicularmente às paredes dos veios, com comprimento de 1 a 25 mm 
ou, excepcionalmente, maior (figura 1a). A Crisotila possui uma série de propriedades 
físicas e químicas importantes, das quais se destacam as resistências ao calor e à tração, 
maciez, flexibilidade e fiabilidade. Estas propriedades possibilitam uma utilização 
industrial ampla e diversificada, tais como, em fibro-cimento, materiais de fricção e de 
tecelagem, papéis, papelões e filtros especiais. Na Europa e nos EUA, a maior parte do 
amianto consumido, até a década de 70, era anfibólios (figura 1b), aplicados especialmente 
em isolamento térmico. O amianto anfibólico é praticamente proibido em todo o mundo 
desde a década de 70, tendo sido, no Brasil, muito pouco utilizado. 
O Brasil está entre os cinco maiores produtores de amianto do mundo sendo 
também um grande consumidor, havendo por isto um grande interesse científico a nível 
mundial sobre nossa situação, quando praticamente todos os países europeus já proibiram 
seu uso. A maior mina de amianto em exploração no Brasil situa-se no município de 
Minaçu, no Estado de Goiás, é administrada por empresas ligadas ao grupo multinacional 
francês Saint-Gobain, em parceria com empresa Eternit suíça, em cujos países de origem é 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 160
proibido o seu uso desde o início da década de 90. No Brasil, o amianto tem sido 
empregado em milhares de produtos, principalmente na indústria da construção civil 
(telhas, caixas d' água de cimento-amianto etc.) e em outros setores e produtos como 
guarnições de freio (lonas e pastilhas), juntas, gaxetas, revestimentos de discos de 
embreagem, tecidos, vestimentas especiais, pisos, tintas etc. 
O Canadá, segundo maior produtor mundial de amianto, é o maior exportador desta 
matéria-prima, mas consome muito pouco em seu território (menos de 3%). Para se ter uma 
idéia de ordem de grandeza e da gravidade da questão para os países pobres: um cidadão 
americano se expõe em média a 100 g/ano, um canadense a 500 g/ano e um(a) brasileiro(a), 
mais ou menos, a 1.200 g/ano. Este quadro inicial nos indica uma diferença na produção e 
consumo do amianto entre os países do Norte e do Sul, em especial, o Brasil, explicada 
pelo fato de que o amianto é uma fibra comprovadamente cancerígena e que os cidadãos do 
Norte já não aceitam mais se exporem a este risco conhecido. O amianto é um bom 
exemplo de como estes países transferem a produção a populações que desconhecem os 
efeitos nocivos deste produto, enquanto para eles buscam outras alternativas menos 
perigosas, recorrendo à política do duplo-padrão: produção e comercialização de produtos 
proibidos nos países desenvolvidos e liberados para os países em desenvolvimento. 
Entre as doenças relacionadas ao amianto estão a asbestose (doença crônica 
pulmonar de origem ocupacional), cânceres de pulmão e do trato gastrointestinal e o 
mesotelioma, tumor maligno raro e de prognóstico sombrio, que atinge a pleura e o 
peritônio, e tem um período de latência em torno de 30 anos. Destas doenças poucas foram 
caracterizadas como ocasionadas pela exposição ao amianto no Brasil. Menos de uma 
centena de casos estão citados em toda a literatura médica nacional do século XX, sendo 
este um dos mecanismos que tornam estas patologias invisíveis aos olhos da sociedade, 
fazendo-a crer que a situação brasileira é diferente da de outros países, levando com isto a 
um protelamento de decisões políticas, entre as quais o seu banimento ou proibição. 
 
 
(a) (b) 
 
Figura 1: Rochas de extração do amianto. Crisotila (a) e anfibólico (b). 
 
Telhas de cimento amianto disponíveis no mercado brasileiro 
 
 Diversas telhas de fibro-cimento com suas características técnicas e procedimentos 
de aplicação serão apresentadas a seguir. Este material baseia-se no catálogo eletrônico da 
Brasilit S.A. (www.brasilit.com.br), porém outros fabricantes de telhas de fibro-cimento 
possuem produtos de perfis idênticos ou semelhantes aos apresentados. Por limitação de 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 161
espaço serão apresentadas as características técnicas da telha ondulada e kalheta 44, que são 
dois tipos de telhas bastante usadas em obras agrícolas. 
 
• Telha Vogatex 
 
Economia e resistência são as principais qualidades da telha Vogatex. Possui peso 
reduzido, simplicidade estrutural, exigindo o mínimo de mão-de-obra e madeiramento leve. 
Seu desenho consagrado acentua a funcionalidade e facilidade de fixação, reduzindo 
sensivelmente o custo da cobertura. Perfeita para coberturas mais simples, como: 
residências, depósitos, estacionamentos, aviários, canteiros de obras, etc. 
 
 
Perfil 
 
 
Características geométricas 
 
Vão livre máximo (m) 
Largura total (m) 
Largura útil (m) 
Peso médio (kg/m²) 
Balanço máximo (m) 
Balanço mínimo (m) 
Inclinação mínima 
Recobrimento lateral 
Recobrimento 
longitudinal 
1,15 
0,50 
0,45 
10 
0,15 
0,10 
27% (15º) 
1 onda 
0,15m 
 
 
 
Dimensões, pesos nominais e número de apoios 
 
Comprimento (m)Peso nominal (kg) Nº de apoios 
1,44 
2,22 
4,50 
9,00 
2 
3 
 
 
 
Características técnicas 
 
Composição básica 
Condutibilidade térmica 
Dilatação térmica 
Dilatação por absorção 
Módulo de elasticidade 
Resistência ao fogo 
Resistência a ataques químicos 
Isolamento sonoro 
Norma técnica (ABNT) 
cimento, água e fibras de amianto 
k=0,31 W/m ºC (20 ºC) 
0,01 mm/m ºC 
2 mm/m (reversível) 
E=15000 a 20000 MPa 
até 300 ºC 
imune a gases secos. Imune a vapores úmidos (ph > 6) 
razoável 
NBR 12800 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 162
 
Normas para projeto 
 
Vão livre máximo 
 
• telha 1,22 m 
 
 
 
 
• telha 2,44 m 
 
 
Balanço livre 
 
• na largura 
 
 
 
 
 
• no comprimento (com ou sem 
calha) 
 
 
 
 
 
 
 
Recobrimento 
 
• no comprimento 
 
 
 
 
 
 
• na largura 
 
 
 
 
 
 
Peça complementar 
 
 
• cumeeira articulada 
 
 
 
 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 163
 
Recomendações de montagem 
 
Fixação 
 
 
 
 
 
 
Ordem de montagem 
 
 
 
 
Como andar no telhado 
 
 
 
Armazenamento 
 
 
 
 
 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 164
• Telha Ondulada 
 
A Telha Ondulada é um produto de grande versatilidade para coberturas e 
fechamentos laterais em obras de qualquer porte. Vence grandes áreas de telhado com 
rapidez de montagem e fixação, exigindo, ainda, estrutura de apoio simplificada. É 
econômica, resistente e durável, oferecendo uma variada gama de peças complementares 
que preenchem as exigências de arquitetos, projetistas e construtores. Muito eficiente tanto 
em residências como em indústrias e demais edificações de porte, apresentando grande 
aplicação também em obras agrícolas. 
 
 
 
Perfil 
 
 
Características geométricas 
 
 
Vão livre máximo (m) 
 
Largura total (m) 
Largura útil (m) 
Peso médio (kgf/m²) 
 
Balanço máximo (m) 
Balanço mínimo (m) 
Inclinação mínima 
Recobrimento lateral 
Recobrimento longitudinal 
1,69 (6 mm)
1,99 (8 mm)
1,10 
1,05 
18 (6 mm) 
24 (8 mm) 
0,40 
0,25 
9% (5º) 
* 
** 
* 9 a 17% - 1 ¼ de onda com cordão de vedação. Acima de 10% - ¼ de onda 
** 9 a 17% - 0,25 m. 18 a 26% - 0,20 m. Acima de 27% - 0,14 m 
 
 
Dimensões, pesos nominais e número de apoios 
 
Comprimento (m) Peso nominal (kg) Nº de apoios 
1,22 
 
1,53 
 
1,83 
 
2,13 
 
2,44 
 
3,05 
 
3,66 
 
16,3 (6mm) 
21,7 (8 mm) 
20,4 (6mm) 
27,2 (8 mm) 
24,4 (6mm) 
32,5 (8 mm) 
28,4 (6mm) 
37,9 (8 mm) 
32,5 (6mm) 
43,4 (8 mm) 
40,7 (6mm) 
54,0 (8 mm) 
48,8 (6mm) 
65,0 (8 mm) 
2 
2 
2 
2 
2 
2 
3 
2 
3 
3 
3 
3 
3 
3 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 165
 
Características técnicas 
 
Composição básica 
Condutibilidade térmica 
Dilatação térmica 
Dilatação por absorção 
Módulo de elasticidade 
Resistência ao fogo 
Resistência a ataques químicos 
Isolamento sonoro 
Norma técnica (ABNT) 
Cimento, água e fibras de amianto 
k=0,31 W/m ºC (20 ºC) 
0,02 mm/m ºC 
2 mm/m (reversível) 
E=15000 a 20000 MPa 
até 300 ºC 
Imune a gases secos. Imune a vapores úmidos (ph > 6) 
Bom, inerte à vibrações 
NBR 7581, 7196, 8055, 9066 
 
 
Normas para projeto 
 
Vão livre máximo 
 
• telha 6 mm 
 
 
 
 
• telha 8 mm 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 166
Balanço livre 
 
 
Recobrimento 
 
• no comprimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• na largura 
 
 
 
 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 167
Peças complementares 
 
 
• cumeeira normal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• cumeeira universal 
 
 
 
 
 
 
• cumeeira articulada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• cumeeira shed 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 168
 
• espigão universal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• rufo 
 
 
 
 
 
 
 
 
• telha com ventilação 
 
 
 
 
 
 
 
 
• telha com iluminação zenital 
(clarabóia) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 169
 
Recomendações de montagem 
 
Apoio das telhas 
 
As faces das terças em contato com 
as telhas devem situar-se em um 
mesmo plano. Não apoiar as telhas 
em arestas (quinas) ou faces 
arredondadas. 
 
Fixação das telhas 
 
A fixação das telhas é feita com 
parafusos com rosca soberba, para 
apoio em madeira, ou ganchos, para 
apoio metálico ou de concreto. O 
bom desempenho e a segurança 
contra danos causados pela ação dos 
ventos em coberturas com telhas 
Ondulada dependem, em grande 
parte, da aplicação correta dos 
elementos de fixação. Os elementos 
de fixação devem obedecer à norma 
NBR 8055. 
 
Parafuso com rosca soberba 
Fabricado em ferro galvanizado a 
fogo, com Ø 8 mm (5/16") e cabeça 
com estampa especial. 
Uso: São imprescindíveis em 
coberturas sujeitas a forte sucção de 
vento e nas telhas do beiral, bem 
como nas coberturas com inclinação 
abaixo de 10° (l8%). 
A=110 mm: Para fixação de telhas e 
peças complementares 
A=150 mm: Para fixação de peças 
complementares 
A=200 mm: Para fixação do espigão 
normal 
A=230 mm: Para fixação da placa de 
ventilação cumeeiras 
 
Gancho com rosca reto L 
De ferro, com Ø 8 mm (5/16"), com 
porca sextavada, galvanizada a fogo. 
Uso: Fixação de telhas e peças 
complementares em apoio metálico 
 
 
 
 
 
 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 170
ou de concreto. 
 
Em cada telha 2 parafusos com rosca 
soberba ou ganchos com rosca, nas 
cristas da 2a e 5a ondas. 
 
 
 
 
 
Ordem de montagem e corte 
dos cantos 
 
A montagem é iniciada sempre do 
beiral para a cumeeira. Águas 
opostas do telhado devem ser 
cobertas simultaneamente. Usar a 
cumeeira como gabarito para manter 
o alinhamento das ondas. 
A montagem deve ser feita, sempre 
que possível, no sentido contrário 
dos ventos predominantes na região. 
No recobrimento de quatro cantos de 
telhas, os dois intermediários devem 
ser cortados, como mostra a figura 
ao lado. 
 
 
 
 
 
 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 171
Como andar no telhado 
 
Não pisar diretamente sobre as 
telhas. Usar tábuas apoiadas 
em três terças. Em telhados 
muito inclinados amarrar as 
tábuas para evitar 
deslizamento. 
 
 
Armazenamento 
 
Empilhamento horizontal 
Deve ser feito em local plano e 
firme, em pilhas apoiadas sobre 
calços. Cada pilha deve ter no 
máximo 100 telhas (80 cm a 1 m de 
altura). 
 
 
 
 
 
Empilhamento vertical 
Quando for necessário estocar 
grandes quantidades de telhas, 
convém empilhá-las verticalmente. 
Encostar as telhas em paredes 
formando carreiras de até 300 telhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 172
• Telha Canalete 90 
 
A telha Canalete 90 apresenta o perfil ideal para coberturas e fechamentos laterais 
com segurança e durabilidade. Permite a criação de vãos livres arrojados eamplos beirais. 
Apresenta design moderno e funcional, facilitando as composições arquitetônicas, tendo 
grande aceitação em projetos industriais, comerciais e institucionais de grande porte. 
 
 
Perfil 
 
Características geométricas 
 
 
Vão livre máximo (m) 
Largura total (m) 
Largura útil (m) 
Peso médio (kgf/m²) 
Balanço máximo (m) 
Balanço mínimo (m) 
Inclinação mínima 
Recobrimento lateral (m) 
Recobrimento longitudinal (m) 
7,00 
1,00 
0,90 
24 
2,00 
0,20 
* 
0,10 
0,25 
* Inclinação mínima sem recobrimento 3% (2º) 
 Inclinação mínima com recobrimento 9% (5º) 
 
 
Dimensões, pesos nominais e número de apoios 
Comprimento (m) Peso nominal (kgf) Nº de apoios 
3,00 
3,70 
4,60 
6,00 
6,70 
7,40 
8,20 
9,20 
55 
67 
83 
109 
122 
134 
149 
167 
2 
2 
2 
2 
2 
2 
2 
2 
 
 
Características técnicas 
Composição básica 
Peso específico 
Condutibilidade térmica 
Dilatação térmica 
Dilatação por absorção 
Módulo de elasticidade 
Resistência ao fogo 
Resistência a ataques químicos 
Isolamento sonoro 
Norma técnica (ABNT) 
Cimento, água e fibras de amianto 
δ=1600 kgf/m3 
k=0,31 W/m ºC (20 ºC) 
0,01 mm/m ºC 
2 mm/m (reversível) 
E=15000 a 20000 MPa 
até 300 ºC 
Imune a gases secos. Imune a vapores úmidos (pH > 6) 
Bom, inerte à vibrações 
NBR 5639, 5640, 6123, 8055 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 173
 
Normas para projeto 
 
Vão livre e balanço máximo 
 
Pela definição da ABNT (NBR 5639) 
vão livre é a maior das duas distâncias 
entre orifícios de fixação ou entre as 
linhas do primeiro ponto de contato do 
canalete em cada apoio. Em coberturas 
não usar apoio intermediário. 
 
 
 
 
Inclinação 
 
Inclinação mínima: 
• Sem recobrimento longitudinal: 2° 
(3%). 
• Com recobrimento longitudinal: 5° 
(9%). 
 
 
 
Recobrimento 
 
Só admitido para inclinações iguais ou 
superiores a 5° (9%). Deve ser feito 
sempre sobre apoio. É indispensável o 
uso de: afastador (exceto quando usar 
gancho auxiliar), massa de vedação e 
trava. Deve-se fazer cortes de cantos. 
 
 
 
 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 174
Peças complementares 
 
• Cumeeira normal e terminal 
A cumeeira normal é usada no 
recobrimento do encontro de duas águas 
do telhado. Para inclinações de 2° (3%) 
e 5° (9%). A cumeeira normal terminal 
deve ser usada nas extremidades da 
linha de cumeeira. 
 
Montagem: 
Para perfeito encaixe os canaletes das 
duas águas devem estar bem alinhados. 
A cumeeira é usada como gabarito de 
montagem. 
 
Dimensões básicas 
Cumeeira normal: 
Inclinação 2° (3%) 
Inclinação 5° (9%) 
Cumeeira normal terminal: 
Inclinação 2° (3%) 
Inclinação 5° (9%) 
 
Fixação: 
Deve ser feita pelas abas da peça. Usar 
ganchos com rosca ou fixadores de aba, 
de acordo com o tipo de apoio ou de 
montagem. 
Furo com broca Ø 16 mm (5/8"). 
 
• Cumeeira articulada 
Tem a mesma finalidade da cumeeira 
normal, porém com a possibilidade de 
ser utilizada em telhados com 
inclinações maiores, entre 2° (3%) e 
22,5° (50%). É composta de duas peças: 
aba inferior e aba superior unidas por 
articulação. 
 
Montagem: 
A colocação das cumeeiras articuladas é 
iniciada do mesmo lado em que for 
iniciada a colocação dos canaletes. 
Antes da montagem devem ser feitos os 
cortes de cantos, tanto das cumeeiras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 175
como dos canaletes. 
 
Fixação: 
Feita com ganchos com rosca junto com 
os canaletes. Furar com broca Ø 16 mm 
(5/8"). 
 
• Cumeeira shed 
Para recobrimento na concordância 
entre cobertura e fechamento lateral. 
Pode ser usada também como 
acabamento de extremidade de 
canaletes. 
 
Montagem: 
Colocação iniciada do mesmo lado em 
que forem iniciados os canaletes. 
Encomendar sempre uma peça a mais 
para arremate da última cumeeira. 
 
Fixação: 
Usar ganchos com rosca, parafusos com 
rosca soberba ou fixadores de abas, de 
acordo com o tipo de apoio ou de 
montagem. 
Furar com broca Ø 16 mm (5/8"). 
Como acabamento de beirais a fixação é 
feita sempre afastada do apoio, com 
fixadores de abas. Usar um fixador de 
abas em cada aba e um na nervura 
central. As extremidades que ficam em 
balanço são solidarizadas também com 
fixadores. 
 
• Terminal de Aba Plana 
Para arremate entre a extremidade do 
canalete e outra superfície. Pode ser 
usada também como cumeeira shed. 
São dois tipos de peças: direita e 
esquerda. A peça direita serve para 
montagem da esquerda para a direita; a 
peça esquerda para montagem no 
sentido oposto. Fixação afastada do 
apoio: Feita com fixadores de abas. 
Furar com broca Ø 13 mm (1/2"). 
Fixação sobre o apoio: Feita com 
 
 
 
 
 
 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 176
ganchos com rosca junto com os 
canaletes. Furar com broca Ø 16 mm 
(5/8"). 
 
Montagem: 
Iniciada do mesmo lado em que for 
iniciada a colocação dos canaletes. 
Sobre a última peça colocada, fixar a 
bolsa cortada da peça adquirida a mais. 
 
Fixação: 
Usar ganchos com rosca ou fixadores de 
abas, de acordo com o tipo de apoio ou 
de montagem. 
 
• Rufo 
Para impedir a penetração de água entre 
extremidades de canaletes e faces de 
parede, caixas d'água, etc. Os rufos 
proporcionam perfeito arremate com a 
parede. 
 
Montagem: 
Observar o afastamento de 
aproximadamente 2 cm da parede em 
virtude de possíveis dilatações do 
conjunto de cobertura. A vedação é feita 
com um contra-rufo. 
 
Fixação: 
Usar fixadores de abas autotravantes 
para fixar o rufo sobre as abas do 
canalete. Furar com broca Ø 13 mm 
(1/2"). 
 
• Tampão 
O tampão veda a extremidade do 
canalete. 
 
Fixação: 
Feita com fixadores de abas 
autotravantes. Furar com broca Ø 
13mm (1/2"). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 177
• Placa Pingadeira 
Fixada na face inferior do canalete, 
impede a entrada de água de chuva. É 
usada também como acabamento de 
beirais. 
 
Fixação: 
Feita com fixadores de abas 
autotravantes. Furar com broca Ø 13 
mm (l/2"). Usar massa de vedação e 
fixador de abas autotravantes. 
 
 
 
 
Recomendações de montagem 
 
 
a. As faces das terças de apoio devem 
ser coplanares (ficar em um mesmo 
plano), para ter um contato uniforme e 
perpendicular aos canaletes. 
b. Inicia-se a montagem a partir do 
beiral para a parte alta do telhado. 
c. Para manter o alinhamento das cristas 
dos canaletes na linha da cumeeira, as 
águas opostas do telhado devem ser 
cobertas simultaneamente. Usar a 
cumeeira como gabarito de montagem. 
d. A montagem deve ser feita no sentido 
contrário ao dos ventos predominantes 
na região. 
 
 
Ordem de colocação: 
Os números referem-se à ordem de 
colocação dos canaletes. Onde há 
sobreposição de 4 cantos de canaletes, 
deve-se fazer o corte de canto dos 2 
intermediários, conforme esquema de 
montagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 178
 
 
Observar que: 
1. Os cantos a serem cortados 
dependem do sentido de montagem dos 
canaletes. 
2. Os cortes devem ser feitos antes do 
içamento dos canaletes. 
3. Para maior precisão pode-se usar 
gabaritos feitos com pedaços de 
canalete. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como andar sobre os canaletes: 
Nunca pise nas abas dos canaletes. 
 
 
 
 
 
 
Fixação das telhas 
 
Elementosde fixação: 
• Parafuso com rosca soberba 
8x150mm 
• Gancho com rosca uma extremidade 
8mm com porca. 
 
 
 
 
 
Técnica das Construções – Edmundo Rodrigues 179
 
 
 
Armazenamento 
 
Escolher lugar plano e firme, o mais próximo do 
local de içamento dos cavaletes e de fácil acesso 
para o veículo de entrega. 
Para facilitar o manuseio, empilhar os 
cavaletes de modo que as bordas fiquem 
alternadas, a 5 cm uma da outra, no 
sentido do comprimento. 
Não colocar outros materiais sobre a 
pilha. Na mesma pilha por somente 
cavaletes do mesmo comprimento. 
Evitar remanejamento de pilhas. Estas 
devem ser feitas sobre calços de 
madeira e colocados sobre tábuas. 
A distância entre os calços e a quantidade é 
igual para todos, não varia de acordo com o 
comprimento dos cavaletes conforme a tabela 
abaixo: (*) 
 
 
 
 
(*) Comprimento (m) 9,2 8,2 7,4 6,7 6,0 4,6 3,7 3,0 
 No de calços por pilha 4 4 4 4 4 2 2 2 
 Distância "A" (m) 2,5 2,2 1,8 1,7 1,5 2,6 2,1 1,6 
 Distância "B" (m) 0,85 0,80 0,8 0,8 0,7 1,0 0,8 0,7 
 No de peças por pilha 50 50 50 50 50 50 50 50

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