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DEFESA RESPOSTA DO RÉU - processo civil II

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DEFESA RESPOSTA DO RÉU
Após a citação VÁLIDA do réu, ocorrerão as seguintes situações:
A) omissão do réu – revelia (arts. 285, 302, 319 e 320)
B) réu admite o direito do autor – extinção do processo com julgamento do mérito (art. 269, II, CPC)
C) réu apresenta sua defesa - art. 297, CPC
Assim como o direito de ação, a defesa também é um direito público subjetivo, e apoiado no devido processo legal (ampla defesa/contraditório).
Proposta a ação - citação válida: direito de apresentar defesa (arts. 219, 263 e 297, CPC)
Art. 297. O réu poderá oferecer, no prazo de 15 dias, em petição escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção ou reconvenção
OBSERVAÇÕES
Procedimento sumário não cabem: reconvenção (apenas pedido contraposto – art. 278, §1º, CPC); ação declaratória incidental; intervenção de 3º (exceto assistência , denunciação da lide (seguro – 280, CPC) e recurso de 3º prejudicado
Nos JEC não caberá intervenção de terceiros (lei 9099/95, art. 10); e todas as defesas deverão estar incluídas na contestação, exceto as exceções de impedimento e suspeição (9099/95, arts. 30 e 31)
CONTESTAÇÃO
Defesa direta do réu contra o autor, que inclui a defesa processual (preliminares – art. 301, CPC) e a defesa de mérito (direito material).
As preliminares serão mencionadas antes do mérito, e também analisadas pelo magistrado. Se não forem acolhidas, passa-se a análise do mérito.
Não cabe aditamento, devendo, portanto, serem alegadas todas as matérias no momento da contestação (princípio da eventualidade ou da concentração).
Deve conter: exposição clara e precisa de sua versão; meios de prova a serem produzidas; pedido de improcedência da ação
Defesa processual – se reconhecida:
A) o processo será julgado extinto sem julgamento do mérito, se ocorrer umas das possibilidades do art. 267, CPC. Ex.: carência de ação;
B) o réu alega alguma falha sanável por parte do autor. Se este não sanar, cabe extinção. Ex.: juntada das custas, regularização da procuração;
C) alteração da competência – exceção de incompetência
Defesa processual (indireta), pode ser:
Defesa dilatória: é aquela q não atinge a relação jurídica processual, apenas provocando a prorrogação do processo. Ex.: reconhecimento da inexistência ou nulidade de citação; incompetência absoluta; conexão (art. 301, I, II e VII). Há paralisação temporária do processo até seu final.
Defesa peremptória: este tipo de defesa se acolhida, ocorre a extinção a relação jurídica processual. Ex.: litispendência, coisa julgada, convenção de arbitragem, carência de ação (art. 301, V, VI, IX e X)
Defesa de Mérito
Discute-se a relação jurídica material (informações trazidas pelo cliente; legislação; jurisprudência; doutrina)
O réu requer a improcedência (o processo será analisado com julgamento do mérito – art. 269, I, CPC); E TAMBÉM, poderá requerer a extinção sem julgamento do mérito
OBS.: prescrição e decadência são matéria de mérito, assim a ação será extinta COM julgamento do mérito
Defesa de mérito, pode ser:
Direta: quando o réu nega o fato constitutivo ou admite o fato, porém, com outras circunstâncias.
Indireta: quando o réu não nega os fatos, mas apresenta fatos modificativos (caso fortuito), impeditivos (incapacidade do contratante) ou extintivos (pagamento, prescrição) do direito do autor
CONTESTAÇÃO POR NEGAÇÃO GERAL
Não é admitida;
A contestação deve conter os pressupostos do art. 300;
A contestação dos fatos deve ser específica, quer dizer, deve-se contestar ponto a ponto – ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA;
Art. 333;
Só cabe negativa (ou genérica) por parte de um curador nomeado pelo juiz, por exemplo – art. 302, §único; esta defesa elide os efeitos da revelia, assim deve o autor provar as suas alegações;
Não se caracteriza a revelia para os litisconsortes, quando apenas um deles apresenta a contestação – art. 320, I, CPC
EXCEÇÃO – art. 304, CPC
Utilizada nas questões que não podem ser reconhecidas pelo juiz “ex oficio”; incidentes processuais; autuadas em apenso (art. 299, CPC) e apresentadas dentro do prazo da contestação
São defesas processuais indiretas, haja vista não obstarem o julgamento de mérito, mas pretendem sanar um problema em relação ao juízo 
Espécies: arguição de incompetência (art. 122); arguição de impedimento (art. 134); arguição de suspeição (art. 135)
Quando recebidas, o processo SE SUSPENDE, até julgamento das mesmas (art. 265, III e 306, CPC). Após, reabre-se prazo para contestar. Ex.: se apresentada a exceção no 5º dia, ainda restarão, 10 dias para contestar.
Exceção de incompetência, apenas a relativa; pois, a absoluta será reconhecida de ofício pelo magistrado. Porém, se não analisada, o réu poderá argui-la no corpo da contestação.
No procedimento sumário, deverá constar exceção de incompetência e contestação na mesma peça e no mesmo ato. Não cabe reconvenção.
Estrutura Exceção de Incompetência
Art. 312, CPC (exceção: processada pelo apenso – art. 299, 2º parte, CPC)
Excipiente = quem propõe (réu); excepto = autor da demanda
Fundamento legal : art. 307 e ss + 112, CPC
Pedido: a) acolhimento da exceção; b) suspensão do processo (306 + 265, III); c) apensamento aos autos principais; d) intimação do excepto para manifestação em 10 dias; e) procedência para o encaminhamento dos autos à vara
Protestar por provas – 309, CPC
Não há valor da causa
Exceções de Impedimento e de Suspeição – arts. 134 ou 136 e 135, CPC 
OBJETIVO: afastar o juiz parcial para que não decida de forma prejudicial
Petição ao juiz da causa com a devida fundamentação
Se a suspeição não for oposta, o juiz torna-se imparcial e poderá julgar a causa; motivos de presunção relativa (iuris tantum)
Se o impedimento não for apresentado, não ocorre a preclusão e o vício não se convalida, cabendo propor ação rescisória da sentença (485, II)
Se a sentença transitar em julgado, não resta mais nada em relação a SUSPEIÇÃO. Porém, no IMPEDIMENTO a parte prejudicada utiliza-se da ação rescisória
O juiz ao receber e concordar com a susp/imp, remeterá o processo ao seu substituto legal; 
NÃO CONCORDANDO, manifestar-se-á em 10 dias, e o processo será enviado ao tribunal, e se este analisar e não verificar a fundamentação, arquivará; CASO CONTRÁRIO, o juiz será condenado às custas e o processo remetido ao substituto legal
O juiz pode se afastar do processo por motivo de foro íntimo, por escrito e enviará para o seu órgão superior disciplinar;
Quando o excepto for promotor de justiça ou perito, o juiz de 1º grau é que decidirá a exceção, cabendo agravo da decisão que resolveu o incidente;
Nos JECs o colégio recursal é quem decidirá as exceções de parcialidade
RECONVENÇÃO – Art. 315
Apresentação de defesa através da contestação (pólo passivo), e conjuntamente, através da reconvenção (pólo ativo), onde formulará pretensões contra o autor (contra ataque do réu);
Tem natureza jurídica de ação judicial;
Deve possuir as condições da ação e pressupostos processuais específicos:
a) haver conexão entre a reconvenção e a ação principal; b) o juiz da causa principal deve ser competente; c) os procedimentos da ação principal e da reconvenção devem ser compatíveis; d) que o autor não seja legitimado extraordinário – art. 6º, CPC (pois este não é titular o direito)
Não há necessidade de apresentar a contestação para se reconvir; a reconvenção será aceita mesmo sem a contestação; da mesma maneira que se for revel na ação principal, poderá reconvir;
Apenas uma condição: se apresentar as duas formas, devem ser simultâneas; se assim não for, ensejará a preclusão consumativa;
Não é possível reconvir em ações cautelares e execuções; nos processos de conhecimento apenas quando for de jurisdição contenciosa; no procedimento sumário (art. 278, §1º); nos JEC (art. 31, Lei 9099/95); nas execuções fiscais (art. 16, §3º, LEF)
Não cabe reconvenção em ações dúplices: em algumas ações o réu pode fazer determinados pedidos na contestação. Ex.: ações possessórias (proteção possessória e indenização por benfeitorias – art. 922, CPC); ação renovatóriade locação (art. 74, LI); ação de prestação de contas (914, CPC); 
Se ocorrer desistência da ação principal ou ser extinta sem julgamento do mérito, não obstará o andamento da reconvenção, pois esta é autônoma;
Ação principal e reconvenção serão julgadas na mesma sentença, conforme art. 318, CPC
DIFERENÇAS: reconvenção X declaratória incidental
1) só o réu pode reconvir; autor e réu podem utilizar a ADI;
2) não há necessidade da contestação para reconvir; há necessidade da contestação para utilizar a ADI;
3) se extinta a ação principal, não se extinguirá a reconvenção, por ser autônoma; extinta a principal, a ADI segue a mesma sorte.;
4) reconvenção é ação de conhecimento; ADI é declaratória;
REVELIA
O que é revelia: ausência de resposta do réu ou apresentação fora do prazo. 
Na ocorrência da revelia = Art. 319. Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor. (efeito material da revelia)
OBS.: O réu passa a ser tratado como ausente, pois os atos processuais correm independente de sua intimação. (efeito processual da revelia). Porém, se tiver advogado, este será normalmente intimado dos atos processuais ocorridos. Assim, os efeitos processuais não ocorrem, apenas os materiais (fatos).
Rito ordinário = prazo de 15 dias para apresentar sua defesa
Rito sumário = réu comparece à audiência desacompanhado de advogado, mesmo estando presente, aplica-se a revelia
Mandado de citação – “não sendo contestada a ação, se presumirão aceitos pelo réu, como verdadeiros, os fatos articulada pelo autor” (art. 285). A ausência desta observação, anula o ato citatório
Revelia = presunção de veracidade dos fatos (efeito material) e não intimação do réu dos atos processuais (efeito processual). Desnecessidade de produção de provas; permissão do julgamento antecipado da lide (art. 330, II).
A revelia não quer dizer, obrigatoriamente, o reconhecimento dos fatos narrados na PI = se esta contiver falhas quanto aos pressupostos e condições da ação, o processo será extinto sem julgamento do mérito (267)
Porém: Art. 320. A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no artigo antecedente (não produção do efeito material – veracidade dos fatos):
I - se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
II - se o litígio versar sobre direitos indisponíveis (alimentos, da personalidade: vida, liberdade, saúde);
III - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público, que a lei considere indispensável à prova do ato.
Espécies de revelia:
A) total: ausência de manifestação;
B) parcial: deixa de se manifestar sobre algum ponto registrado na PI;
C) formal: há apresentação da defesa porém não vem instruída com a procuração ou apresentar defesa sem procurador;
D) material: há apresentação da contestação, porém não há impugnação específica (contestação genérica)
Não há como se não considerar implícita a idéia de que a presunção de veracidade decorrente de revelia do adversário só poderá produzir todos os efeitos quanto a fatos revestidos de credibilidade e verossimilhança. Aliás, há que se distinguir entre reconhecimento de fatos (juízos de afirmação sobre realidades externas, que se opõem a tudo o que é ilusório, fictício, ou apenas possível) e sequelas de sua afirmação. Só o fato objetivo não contestado é que se presume verdadeiro. Tal presunção não alcança cegamente as consequências de sua afirmação. Assim, não assumem véstia de dogma de fé meras estimativas de prejuízo perante o fato tornado indiscutível pela revelia do adversário. (TJSP, Apelação 255.718, Rel. Des. Azevedo Francheschini) Elpídio Donizetti
Art. 9º, CPC - Curador especial – réu revel (exceção ao ônus da impugnação especificada) = contestação genérica – Afastada a aplicação da revelia – autor deve provar seu direito
Além do artigo 320 que afasta a revelia, ainda podemos citar o art. 52, § único, CPC
Art. 321. Ainda que ocorra revelia, o autor não poderá alterar o pedido, ou a causa de pedir, nem demandar declaração incidente, salvo promovendo nova citação do réu, a quem será assegurado o direito de responder no prazo de 15 (quinze) dias. + Art. 264. Feita a citação, é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de pedir, sem o consentimento do réu, mantendo-se as mesmas partes, salvo as substituições permitidas por lei. Art. 322, §único e a Súmula 231, STF: o revel, em processo cível, pode produzir provas desde que compareça em tempo oportuno.
“O autor promove ação de reparação de danos ao fundamento de que o veículo de sua propriedade, um Fusca 66, foi extraordinariamente danificado por ato culposo do réu, que colidiu o veículo por ele conduzido, uma Ferrari 2005. Na inicial, o autor pediu R$180.000,00 título de reparação, sendo R$100.000,00 de danos materiais, necessários ao reparo integral do Fusca, e R$80.000,00 de danos morais. O réu, embora revel (ou simplesmente não tenha contestado), pode ingressar no processo na fase de especificação de provas (324). Ocorre que a presunção de veracidade alcança tão somente a matéria fática, no caso, o abalroamento culposo. Quanto às consequências jurídicas do fato (ato ilícito), a indenização,nada obsta a que o réu discuta os seus limites. Pode o réu demonstrar que o autor não experimentou danos morais e que os danos materiais, segundo o princípio da restitutio in integrum, não podem superar o valor de mercado do Fusca 66, qual seja, R$1500,00”. Elpído Donizetti
Referências : Humberto Theodoro Jr. Elpídio Donizetti, Moacir Amaral.

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