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Introdução 
O ácido desoxirribonucleico é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e alguns vírus. O seu principal papel é armazenar as informações necessárias para a construção das proteínas e RNA. Os segmentos de DNA responsáveis por carregar a informação genética são denominados genes. O restante da sequência de DNA tem importância estrutural ou está envolvido na regulação do uso da informação genética.
A molécula de DNA consiste em duas cadeias de nucleotídeos dispostas em hélice em torno de um eixo. As bases púricas e pirimídicas de cada cadeia polinucleotídica situam-se dentro da hélice dupla, em planos paralelos entre si e perpendiculares ao eixo da hélice (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2005).
Dentro da célula, o DNA pode ser observado numa estrutura chamada cromossoma. Antes da divisão celular os cromossomas são duplicados através de um processo chamado replicação. Eucariontes como animais, plantas e fungos têm o seu DNA dentro do núcleo enquanto que procariontes como as bactérias o têm disperso no citoplasma. Dentro dos cromossomas, proteínas da cromatina como as histonas compactam e organizam o DNA. Estas estruturas compactas guiam as interações entre o DNA e outras proteínas, ajudando a controlar que partes do DNA são transcritas. O DNA é responsável pela transmissão das características hereditárias de cada ser vivo.
O isolamento do DNA de material vegetal é uma etapa importante quando se tem por objetivo a análise da estrutura e organização do material genético das plantas. Diversas técnicas foram e vem sendo desenvolvidas para se obter ácidos nucléicos íntegros, sem modificações estruturais, e forma a beneficiar os estudos na área de biologia celular e molecular vegetal.
Fig.1- estrutura do DNA 
Objetivo 
Observar estruturas de DNA a partir de mecanismos de isolamento em laboratório.
Materiais 
Para a elaboração da prática de extração de DNA precisa-se de: 
- 2 béquers de tamanho médio (500 ml);
- Almofariz;
- Pistilo;
- Meia cabeça de alho;
- 1 bastão;
- Álcool gelado;
-Isopor com gelo;
- Banho-maria;
- Coador de café ou papel filtro;
- Detergente neutro;
- Sal de cozinha;
- 1 colher;
-100 ml de água
Procedimentos para a extração de DNA:
Etapa 1- Maceração do alho: Quanto mais amassado estiver o material, maior será sua superfície de contato com a solução de lise e melhor a ação da solução sobre as células. Isto permitirá a liberação de uma maior quantidade de moléculas de DNA e, portanto, um bom rendimento.
Com o auxílio de um almofariz e um pistilo, macera-se o alho até que se forme um creme. 
Fig.2- Maceração do alho
Etapa 2- Solução de lise: Essa solução de lise é assim denominada devido a sua função de rompimento da membrana plasmática e outras membranas. O detergente permite a desestruturação das moléculas de lipídios das membranas biológicas. O sal proporciona o ambiente favorável para a extração de DNA, neutralizando a carga negativa dos grupos fosfatos dessa molécula. Depois de macerado, adiciona-se uma colher de sal e uma colher de detergente á esse creme de alho, mexe ate formar uma mistura homogênea, passe o creme feito para um béquer médio, e depois adiciona-se 100 ml de água. 
 Fig.4 – Mistura colocada no béquer e com adição de 100 ml de água
Fig. 3 - Mistura contendo o alho, sal e detergente 
 
Etapa 3- Incubação no Banho-Maria: A temperatura elevada promove agitação das moléculas, facilitando a ação do detergente em desestabilizar as membranas lipídicas. A alta temperatura também ajuda a inativar enzimas que podem degradar o DNA. Alternativamente ao banho-maria, pode ser utilizado: 
- caixa de isopor contendo água fervente ou banho-maria em fogão, com fogo brando.
Coloca-se esse béquer no banho-maria em torno de 10 à 15 minutos à 65 °C.
Fig 5- Incubação do béquer ao banho-maria, primeiro béquer á esquerda
Etapa 4- Incubação do material no isopor com gelo: O resfriamento do filtrado no gelo permitirá a precipitação do DNA.
Introduz o béquer no isopor contendo gelo, colocar esse béquer o mais profundo possível, para que haja melhor resultado. Deixe agir por uns 10 minutos no gelo. 
 Fig. 6- Incubação no gelo, primeiro béquer á direita
Etapa 5- Filtração do material: Coa-se o material mais grosso, para que possa visualizar melhor o resultado no final do experimento. Com o auxílio de um coador de café, coamos o material até mais ou menos metade de um outro béquer, podendo espremer ou usar um bastão para facilitar a descida do líquido.
 Fig. 8- Filtração com o auxílio de um bastão
Fig.7- Filtração feita com um papel filtro
Etapa 6- Adição do álcool gelado ao material: O álcool gelado diminui a solubilidade do DNA com a ajuda do sal adicionado inicialmente. O DNA, menos solúvel em álcool, formará um aglomerado que precipitará junto com outras moléculas. Adicionar o álcool gelado em velocidade lenta auxilia na eficiência de precipitação do DNA.
Adicione o álcool gelado escorrendo vagarosamente pela parede do béquer. O volume de álcool deve ser aproximadamente equivalente ao do material filtrado. 
Depois de todas as etapas feitas, em alguns minutos o DNA começa a ser visto subindo ao topo do Béquer. 
 Fg. 9- Adição de álcool á mistura, DNA ainda ficando em suspensão.
Passando alguns minutos mais, o DNA fica completamente em suspensão, nitidamente se vê o emaranhado no topo do béquer.
 Fig.10- DNA completamente em suspensão.
Conclusão
O DNA é material genético que compõe grande parte dos vírus e todos os organismos celulares. O armazenamento e a transmissão das informações genéticas é função primordial do DNA. O estudo do mesmo é importante para a identificação de doenças, bem como a sua posterior correção, além de proporcionar modificações com a finalidade de adaptação das espécies a determinados fatores externos, o que possibilita uma maior produtividade, se tratando de vegetais. Compreender como as plantas produzem o alimento que comemos é, portanto, importante para sermos capazes de alimentar o mundo e fornecer segurança alimentar para as futuras gerações, como exemplo através do cruzamento entre plantas.
Referências Bibliográficas 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO J. Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: 8ª ed. Guanabara. 2005.
http://botanicaonline.com.br/geral/arquivos/bmaterial6.pdf
 
Relatório de Biologia Molecular
Extração de DNA
 Alexandra Neves da Costa 131221026 
João Victor Couto 1312221055
Professora Ida Carolina

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