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O que e esquitossomosse 
A esquistossomose é uma doença muito comum no Brasil,conhecida como (barriga d’água), causada pela infestação de vermes platelmintos trematódeos Schistossoma mansoni, parasitando as veias do fígado e intestino no ser humano.
Agente Causador
Parasita do ramo dos platelmintos (vermes achatados), da classe trematódea, da família Schistosomatidae, gênero schistosoma, denominado Schistosoma mansoni.
Os sexos do Schistossoma mansoni são separados. O macho mede de 6 a 10 mm de comprimento. é robusto e possui um sulco ventral, o canal ginecóforo, que abriga a fêmea durante o acasalamento. A fêmea é mais comprida e delgada que o macho. Ambos possuem ventosas de fixação, localizadas na extremidade anterior do corpo e que facilitam a adesão dos vermes às paredes dos vasos sanguíneos.
Estatísticas da doença, grupos de prevalência
No Brasil as áreas endêmicas importantes abrangem os estados do Rio
Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo
e Minas Gerais. Os índices de prevalência mais elevados ocorrem em municípios
dos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Minas Gerais. Os estados com
distribuição focal são Pará, Maranhão, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul
 Ciclo de vida 
1- Os vermes adultos vivem no interior das veias do interior do fígado. Durante o acasalamento, encaminham-se para as veias da parede intestinal executando, portanto, o caminho inverso ao do fluxo sanguíneo.
2- Lá chegando, separam-se e a fêmea inicia a postura de ovos (mais de 1.000 por dia) em veias de pequeno calibre que ficam próximas a parede do intestino grosso. Os ovos ficam enfileirados e cada um possui um pequeno espinho lateral. Cada um deles produz enzimas que perfuram a parede intestinal e um a um vão sendo liberados na luz do intestino.
3-Misturados com as fezes, alcançam o meio externo. Caindo em meio apropriado, como lagoas, açudes e represas de água parada, cada ovo se rompe e libera uma larva ciliada, o miracídio, que permanece vivo por apenas algumas horas.
4- Para continuar o seu ciclo vital, cada miracídio precisa penetrar em um caramujo do gênero Biomphalaria. Dentro do caramujo, perde os cílios e passa por um ciclo de reprodução assexuada que gera, depois de 30 dias, numerosas larvas de cauda bifurcada, as cercárias.
5-Cada cercária permanece viva de 1 a 3 dias. Nesse período, precisa penetrar através da pele de alguém, por meio de movimentos ativos e utilizando enzimas digestivas que abrem caminho entre as células da pele humana. No local de ingresso, é comum haver coceira. Atingindo o sangue, são encaminhadas ao seu local de vida.
Transmissão
A transmissão ocorre por meio do contato com águas contaminadas com cercárias do S. mansoni. Os ovos do verme são eliminados pelas fezes humanas. Em contato com a água, os ovos eclodem e liberam larvas, denominadas miracídios, que infectam caramujos hospedeiros intermediários que vivem nas águas doces. Após quatro semanas as larvas abandonam o caramujo na forma de cercárias e ficam livres nas águas naturais.
O contato dos seres humanos com essas águas é a maneira pela qual é adquirida a doença. O período de transmissibilidade acontece a partir de 5 semanas após a infecção, o homem pode excretar ovos viáveis do verme nas fezes durante vários anos. Os caramujos vivem, em média, um ano. Quando infectados diminuem a duração de vida e sobrevivem liberando cercárias por semanas até meses. Já o período de incubação ocorre entre 2 e 6 semanas após a infecção.
Diagnóstico 
Clínico (principais sintomas): Na fase aguda pode apresentar febre, dor de cabeça, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarreia. Em alguns casos o fígado e o baço podem inflamar e aumentar de tamanho. Na forma crônica a diarreia se torna mais constante, alternando-se com prisão de ventre, e pode aparecer sangue nas fezes. Além disso, o paciente pode sentir tonturas, dor de cabeça, sensação de plenitude gástrica, coceira no ânus, palpitações, impotência, emagrecimento e endurecimento do fígado, com aumento de seu volume. Nos casos mais graves da fase crônica o estado geral do paciente piora bastante, com emagrecimento e fraqueza acentuada e aumento do volume do abdômen, conhecido popularmente como barriga d´água.
Laboratorial (exames realizados): Exame parasitológico de fezes. Método Kato-Katz, que permite a visualização e contagem dos ovos por grama de fezes. Os testes sorológicos não estão disponíveis na rotina.
Tratamento
O tratamento para os casos simples é domiciliar, com o uso dos medicamentos indicados pelos médicos e que têm distribuição gratuita na rede pública de saúde. As dosagens são definidas de acordo com a idade e peso dos pacientes. O tratamento de escolha com antiparasitários, substâncias químicas que são tóxicas ao parasita.
Atualmente existem três grupos de substâncias que eliminam o parasita, mas a medicação de escolha é o Oxaminiquina ou Praziquantel ou, que se toma sob a forma de comprimidos na maior parte das vezes durante um dia.
Já os casos graves geralmente requerem internação hospitalar e tratamento cirúrgico.

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