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Resumo DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

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Resumo
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Conceito: A submissão a uma regra de conduta, cuja a autoridade é reconhecida ou forçadamente se impõe. É nesse sentido que nos referimos a obrigações religiosas, morais, sociais etc.
O direito das obrigações, emprega o vocábulo em sentido mais restrito, compreendendo apenas aqueles vínculos de conteúdo patrimonial, que se estabelecem de pessoa para pessoa, como Credora e Devedora, de tal modo que esteja na situação de poder exigir a prestação, e a outra, na contingência de cumpri-la.
O direito pode ser dividido em dois grandes ramos: não patrimoniais, concernentes à pessoa humana, como os direitos de personalidade e os de família. Direitos patrimoniais, que, por sua vez, se dividem em reais e obrigacionais. O primeiro está ligado ao direito das coisas, e o segundo, as obrigações pessoais ou de crédito que compões o direito das obrigações.
Pode-se dizer que o direito das obrigações consiste num complexo de normas que regem relações jurídicas de ordem patrimonial, que têm por objeto prestações de um sujeito em proveito de outro. Na verdade, as obrigações se caracterizam não tanto como um dever do obrigado, mas como um direito do credor. A principal finalidade do direito das obrigações consiste exatamente em fornecer meios ao credor para exigir do devedor o cumprimento das prestações. O direito das obrigações procura resguardar o direito do credor contra o devedor.
CARACTERÍSTICAS
O direito das obrigações tem por objeto direito de natureza pessoal, que resultam de um vínculo jurídico estabelecido entre credor, como sujeito Ativo, e o devedor, como sujeito Passivo, liame que confere ao primeiro o poder de exigir do último uma prestação.
Características dos direitos de crédito
São direitos relativos: uma vez que se dirigem contra pessoas determinadas, vinculando sujeito ativo e passivo, não sendo oponíveis erga omnes, pois a prestação apenas poderá ser exigida do devedor.
Direitos a uma prestação positiva ou negativa: exigem certo comportamento do devedor, ao reconhecerem o direito do credor de reclamá-la.
TOME NOTA! – O direito das obrigações configura exercício da autonomia privada, pois os indivíduos têm a ampla liberdade em executar a sua vontade, limitada estas apenas pela licitude do objeto, pela existência de vícios, pela moral, pelos bons costumes e pela ordem pública. Assim, por exemplo, a compra e venda se apresenta com as mesmas características gerais em qualquer país.
DIREITO PESSOAL X DIREITO REAL
O direito real pode ser definido como o poder jurídico, direto e imediato, do titular sobre a coisa, com exclusividade e contra todos. Direito real, é aquele afeta a coisa direta e imediatamente, sob todos ou sob certos respeitos, e a segue em poder de quem quer que a detenha. E direito pessoal, é direito a determinada pessoa.
O direito pessoal consiste num vínculo jurídico pela qual o sujeito ativo pode exigir do sujeito passivo determinada prestação. Constitui uma relação de pessoa a pessoa e tem como elementos o sujeito ativo, passivo e a prestação. Os direitos reais têm como elementos essenciais: o sujeito ativo, a coisa e a relação ou poder do sujeito ativo sobre a coisa, chamado domínio.
DISTINÇÕES (OBRIGACIONAIS X REAIS)
Quanto ao objeto: porque exigem o cumprimento de determinada prestação, ao passo que estes incidem sobre uma coisa;
Quanto ao sujeito: O sujeito passivo é determinado ou determinável, enquanto nos direitos reais, é indeterminado;
Quanto a duração: São transitórios e se extinguem pelo cumprimento ou por outros meios, enquanto os direitos reais são perpétuos (Ex.: desapropriação, usucapião...);
Quanto a formação: Podem resultar da vontade das partes, sendo ilimitado o número de contratos inominados, ao passo de que os direitos reais só podem ser criados por leis, sendo seu número limitado e regulado;
Quanto ao exercício: Exigem uma figura intermediaria, que é o devedor, enquanto os direitos reais são exercidos diretamente sobre a coisa, sem necessidade de um sujeito passivo;
Quanto a ação: É dirigida somente contra quem figura a relação jurídica como sujeito passivo (ação pessoal), ao passo de que a ação real pode ser exercida contra quem quer que detenha a coisa.
FIGURAS HÍBRIDAS
Espécies
“Propter Rem”: É a que recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito real. Só existe em razão jurídica do obrigado, de titular do domínio ou de detentor de determinada coisa. (Ex.: art. 1.277 – Cód. Civil)
DISTINÇÕES – “Propter Rem” X Obrigações Comum
Distinguem-se das obrigações comuns especialmente pelos modos de transmissão. Estas se transmitem por meio de negócios jurídicos, como cessão de créditos, assunção de dívida, sucessão por morte, que atingem diretamente a relação creditória. Na obrigação real, a substituição do titular passivo opera-se por via indireta, como a aquisição do direito sobre a coisa a que o dever de prestar se encontra ligado.
 
Características “Propter Rem”: 
Origem;
Transmissibilidade automática.
Natureza Jurídica – Como entendi a doutrina moderna, obrigação propter rem situa-se em terreno fronteiriço entre os direitos reais e os pessoais. Configura um direito Misto, por revelar a existência de direitos que não puramente reais e nem essencialmente obrigacionais. Tem características de direito obrigacional, por recai sobre uma pessoa que fica sujeita a satisfazer uma obrigação, e a de direito real, pois vincula o titular da coisa.
Ônus reais: São obrigações que limitam o uso e gozo da propriedade, constituindo gravames ou direitos oponíveis erga omnes, como a renda destituída sobre o imóvel. Aderem e acompanham a coisa.
DISTINÇÕES – Ônus reais X “Propter Rem”
A responsabilidade do Ônus real é limitada ao bem onerado, não respondendo o proprietário além dos limites do respectivo valor pois é a coisa que se encontra gravada. Na obrigação properter rem, responde o devedor com todos os seus bens, ilimitadamente, pois é este que se encontra vinculado.
Os Ônus reais desaparecem, perecendo o objeto. Os efeitos da obrigação Propter rem podem permanecer, mesmo havendo perecimento da coisa.
Os Ônus reais sempre implicam numa prestação positiva. A Propter rem pode surgir como uma prestação negativa.
Nos Ônus reais, a ação cabível é de natureza real. Na Propter rem, é de índole pessoal.
Nos Ônus reais, o titular da coisa responde mesmo pelo cumprimento de obrigações constituídas antes da aquisição do seu direito. Na Propter rem, o titular da coisa só responde, em princípio, pelos vínculos constituídos na vigência do seu direito.

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