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Tema 1 - Direito das coisas ou direitos reais - Direitos pessoais e direitos reais e Princípios

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Prévia do material em texto

1. Direito das coisas ou direitos reais. 
Direitos pessoais e direitos reais. 
Segundo TARTUCE, a expressão “DIREITO DAS COISAS” sempre gerou 
dúvidas do ponto de vista teórico e metodológico, principalmente quando 
confrontada com “DIREITOS REAIS” 
Direitos Reais ou Direito das COISAS? 
O citado doutrinador remonta a Silvio Rodrigues para sustentar que 
“COISAS” se consubstanciam em EXPRESSÃO GÊNERO, a abranger 
tudo o que não é humano, de onde se extrairiam os BENS, enquanto 
ESPÉCIE, porquanto coisas com interesse jurídico e/ou econômico, 
distinção conceitual que legitimaria a expressão “DIREITO DAS COISAS” 
no Código Civil, tanto no de 1916 quanto no atual, de 2002 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/ 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/ 
Washington de Barros Monteiro: “DIREITO DAS COISAS” envolve crítica doutrinária 
por não se harmonizar com a amplitude do próprio Livro do CC que trata da matéria, 
porquanto regulados TODOS OS DIREITOS REAIS E A POSSE 
Para Washington de Barros, o CC de 2002 deveria ter 
adotado, em seu Livro III, a denominação: DA POSSE 
E DOS DIREITOS REAIS 
O uso do título “DIREITO DAS COISAS” no Livro III do CC, por limitar-se a uma 
ESPÉCIE de BENS (GÊNERO), não revela boa técnica jurídica, uma vez que esse 
Livro é mais amplo, na medida que regula relações fáticas e jurídicas entre sujeitos 
e os bens da vida suscetíveis de POSSE E DIREITOS REAIS 
Para Pablo Stolze, para quem “BEM” é um conceito mais 
amplo do que o de “COISA”, a utilização de uma 
denominação por outra não traduz qualquer equívoco, 
podendo AMBAS SER TRANQUILAMENTE UTILIZADAS 
COMO SINÔNIMAS 
DIREITO DAS COISAS ou DIREITOS REAIS, como ramificação do Direito Civil, 
consistem em um conjunto de princípios e normas regentes da relação jurídica 
referente às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem, segundo uma finalidade 
social 
COISA: tudo aquilo que não é humano e 
suscetível de apropriação pelo homem 
COISAS do mundo físico, sobre as quais se pode exercer o PODER DE DOMÍNIO 
BENS CORPÓREOS, tangíveis pelo homem 
OBS. 1: O PL 6054/2019 propõe que se acrescente § único 
ao Art. 82 do CC, a fim de dispor sobre a natureza jurídica 
dos animais domésticos e silvestres 
OBS. 2: Há bens jurídicos que não são coisas, como a liberdade, a 
honra, a vida... Bens intangíveis, incorpóreos por natureza. 
Merecem ressalva os DIREITOS DE AUTOR, que têm por objeto BENS 
INCORPÓREOS e que devem ser tratados como DIREITOS DE 
PERSONALIDADE e NÃO COMO PROPRIEDADE, em seu sentido amplo 
Lei 9.610/1998 
Art. 3º Os direitos autorais reputam-se, para os efeitos 
legais, BENS MÓVEIS 
► Não há, no Código Civil, previsão para a propriedade 
literária, cultural e artística, que se encontra 
regulamentada pela Lei 9.610/1998, norma 
disciplinadora dos direitos patrimoniais e morais do autor 
Para TARTUCE, como o Código Civil trata, no livro 
do DIREITO DAS COISAS, de bens corpóreos 
ou materiais, merece crítica a inclusão, ali, entre 
os artigos 1.368-C a 1.368-F, dos FUNDOS DE 
INVESTIMENTOS, como feito pela Lei da 
Liberdade Econômica (nº 13.874/19) 
Para o doutrinador, tais fundos são compostos por BENS INCORPÓREOS ou 
IMATERIAIS e, por isso mesmo, deveriam ser tratados em lei especial, e não no 
Código Civil, que agora, com a previsão dos fundos de investimento entre os artigos 
1.368-C e 1.368-F, assume flagrante impropriedade e falta de coerência 
O direito real consiste no poder jurídico, direto e imediato, do 
titular sobre a coisa, com exclusividade e contra todos 
No polo passivo: 
os membros da 
coletividade 
No polo ativo: 
o titular do direito 
real sobre a 
coisa 
Todos devem abster-se de qualquer atitude 
que possa TURBAR O DIREITO DO TITULAR 
Ao violar-se o dever de não 
turbar o direito real alheio, 
determina-se o sujeito passivo 
até então indeterminado 
Efeito erga 
omnes 
Direitos Reais ≠ Direitos Pessoais 
DIREITO REAL: é o que afeta a coisa direta e 
imediatamente, sob todos ou sob certos respeitos 
Domínio 
Elementos no Direito Real 
● sujeito ativo 
(sujeito de direito) 
● a coisa 
(objeto de direito) 
● o domínio 
sobre a coisa 
Servidão 
Elementos no Direito Pessoal 
DIREITO PESSOAL: relação jurídica de pessoa a pessoa, 
por meio da qual o sujeito ativo pode exigir do sujeito passivo 
determinada prestação 
● sujeito ativo 
(titular de direito) 
● sujeito passivo 
(devedor) 
● determinada 
prestação 
(objeto de direito) 
Caracteres distintivos 
Prévia publicidade a obrigar a sociedade (sujeito passivo) a abster-se de 
praticar qualquer ato contrário ao direito sobre a coisa (obrigação negativa), 
sob pena do ajuizamento de uma: 
Direito real 
modo de exercício 
Quanto ao direito real, sua EFETIVAÇÃO é 
DIRETA, sem a intervenção de quem quer que 
seja. Não depende da colaboração de nenhum 
sujeito passivo para existir e ser exercido 
No direito pessoal, supõe-se necessariamente a 
intervenção de outro sujeito de direito. 
AÇÃO REAL 
Direito Pessoal 
● O OBJETO DO DIREITO REAL há de ser, 
necessariamente, uma COISA DETERMINADA 
No direito pessoal, a prestação do devedor pode ter por objeto COISA 
GENÉRICA, bastando que seja DETERMINÁVEL 
● A VIOLAÇÃO DE UM DIREITO REAL consiste sempre em 
um FATO POSITIVO 
O mesmo não se verifica sempre com o direito pessoal 
● O DIREITO REAL só encontra um sujeito passivo 
concreto no momento em que é violado. ENQUANTO NÃO 
HÁ VIOLAÇÃO, dirige-se contra todos, em geral, e contra 
ninguém, em particular 
O DIREITO PESSOAL dirige-se, desde o seu nascimento, 
contra uma pessoa determinada, e somente contra ela. 
● O DIREITO REAL concede ao titular um GOZO 
PERMANENTE, porque tende à perpetuidade 
DIREITO PESSOAL é eminentemente TRANSITÓRIO. Extingue-se no 
momento em que a obrigação correlata é cumprida 
Princípios fundamentais dos direitos reais 
● PRINCÍPIO DA ADERÊNCIA, ESPECIALIZAÇÃO 
OU INERÊNCIA 
Estabelece um vínculo, uma relação direta, imediata 
e de SENHORIA ENTRE O SUJEITO E A COISA, 
não dependendo da colaboração de nenhum sujeito 
passivo para existir 
A aderência do direito real à coisa diz 
respeito à permanente incidência 
desse direito (o real) sobre o bem, 
ainda que este bem circule de mão 
em mão e se transmita a terceiros. O 
direito real segue a coisa, em 
poder de quem quer que ela se 
encontre. A tutela do direito real é 
sempre mais enérgica e eficaz que a 
do direito de crédito (direito pessoal). 
Alusão ao filme Onde os fracos não têm 
vez, em que um sinalizador é inserido em 
uma maleta com dinheiro, seguindo a coisa 
em poder de quem com ela se encontra. 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de USAR, GOZAR 
e DISPOR da coisa, e o direito de REAVÊ-LA do poder de 
quem quer que injustamente a possua ou detenha. 
O PRINCÍPIO DA ADERÊNCIA se encontra no Art. 1.228 do CC 
Usar 
Gozar 
Dispor 
Reaver 
PODERES INERENTES À PROPRIEDADE 
Fruir 
Usar 
Dispor 
Reaver 
DIREITO REAL adere à coisa como a LEPRA AO CORPO, sempre a 
acompanhará, independentemente de usurpações 
GRAVADO DETERMINADO BEM, como no caso da servidão, nenhuma 
transmissão o afetará, pois, seja qual for o proprietário do prédio 
serviente, terá de suportar o encargo 
Como ferro em gado 
PRINCÍPIO DO ABSOLUTISMO 
DIREITO REAL se exerce ERGA OMNES, ou 
seja, CONTRA TODOS, que devem se abster 
de molestar o titular, de onde surge o DIREITO 
DE SEQUELA ou DE PERSEGUIR a coisa e 
de reivindicá-la em poder de quem quer que 
esteja (ação real), bem como o DIREITO DE 
PREFERÊNCIA. 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE OU DA VISIBILIDADE 
Os direitos reais sobre IMÓVEIS só se adquirem com o REGISTRO DO 
RESPECTIVO TÍTULO no Cartório de Registro de Imóveis. 
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só 
se adquirem com o REGISTRO NO CARTÓRIO de Registro de Imóveis dos referidos títulos 
(arts. 1.245 a 1.247),salvo os casos expressos neste Código. 
Já sobre os MÓVEIS, só depois da tradição 
Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos 
entre vivos, só se adquirem com a TRADIÇÃO. 
Por serem oponíveis erga omnes, faz-se necessário que todos possam conhecer os seus 
titulares, para não molestá-los. O REGISTRO e a TRADIÇÃO atuam como meios de 
publicidade da titularidade dos direitos reais 
PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE OU NUMERUS CLAUSUS 
A lei enumera os direitos reais de forma taxativa, não ensejando, assim, aplicação 
por analogia. O número dos direitos reais é, portanto, limitado, taxativo, considerados 
somente os elencados na lei (numerus clausus) 
 
Art. 1.225. São direitos reais: 
I. PROPRIEDADE VIII. PENHOR 
II. SUPERFÍCIE IX. HIPOTECA 
III. SERVIDÕES X. ANTICRESE 
IV. USUFRUTO XI. CONCESSÃO DE USO ESPECIAL 
PARA FINS DE MORADIA 
V. USO XII. CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE 
USO 
VI. HABITAÇÃO XIII. LAJE 
VII. DIREITO DO PROMITENTE 
COMPRADOR DO IMÓVEL 
PRINCÍPIO DA TIPICIDADE 
Somente os direitos “constituídos e configurados à luz dos tipos rígidos 
(modelos) consagrados no texto positivo é que poderão ser tidos como reais. Estes 
tipos são previstos pela lei de forma taxativa”. 
PRINCÍPIO DA PERPETUIDADE 
A propriedade é um direito perpétuo, pois NÃO SE PERDE PELO NÃO USO, mas 
somente pelos meios e formas legais: 
● desapropriação 
● usucapião 
● renúncia 
● ABANDONO 
O NÃO USO NÃO SE CONFUNDE 
COM ABANDONO 
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE 
NÃO PODE HAVER DOIS DIREITOS REAIS, DE IGUAL CONTEÚDO, SOBRE A 
MESMA COISA. Duas pessoas não ocupam o mesmo espaço jurídico, deferido com 
exclusividade a alguém, que é o sujeito do direito real. Assim, não é possível instalar-
se direito real onde outro já exista. No condomínio, cada consorte tem direito a 
porções ideais, distintas e exclusivas 
PRINCÍPIO DO DESMEMBRAMENTO 
Conquanto os direitos reais sobre coisas alheias tenham normalmente mais 
estabilidade do que os obrigacionais, são também transitórios, pois, como exposto, 
desmembram-se do direito-matriz, que é a propriedade. Quando se extinguem, como 
no caso de morte do usufrutuário, por exemplo, o poder que existia em mão de seus 
titulares retorna às mãos do proprietário, em virtude do princípio da consolidação. 
Este, embora seja o inverso daquele, o complementa e com ele convive. 
FUNÇÃO SOCIAL 
Concepção de que os direitos somente se justificam pela missão social para a qual 
devem contribuir, devendo o proprietário se comportar e ser considerado, em relação 
a seus bens, como alguém que realiza uma função 
“obrigação de empregar a propriedade 
para o crescimento da riqueza social e 
para a interdependência social” 
Orlando Gomes

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