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DIREITO DO TRABALHO I - AULA 29

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HORAS EXTRAS ILÍCITAS 
Aula 29
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Conceito legal
Horas extras ilícitas – são consideradas ilícitas todas as horas extraordinárias realizadas pelo empregado de forma contrária ao ordenamento legal. 
O desrespeito aos limites legais implicará em pagamento integral das horas realizadas ao empregado acrescidas do adicional de no mínimo 50%.
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Natureza do adicional de horas extras 
Por decorrerem da prestação de serviços pelo empregado a natureza jurídica do adicional de horas extras é SALARIAL. 
Por ser salarial ela integrará as verbas decorrentes do contrato de trabalho. Ex. Entram no cálculo das férias, 13º salários, Repousos, FGTS, e verbas rescisórias. 
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INTERVALOS 
Conceito : Período destinado legalmente para o descanso e lazer do empregado objetivando a reposição de suas forças físicas e psicológicas. 
Base legal: Art. 6º CF + Art. 71 da CLT.
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Classificação dos Intervalos 
Intervalos Gerais – aplicado a qualquer tipo de trabalhador conforme o número de horas trabalhadas – Art. 71 da CLT. 
Intervalos especiais – aplicados a certos tipos de atividades em razão de suas características – Ex. digitadores 10 minutos para cada 90 trabalhados (Súmula 346 TST).
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CONTINUAÇÃO 
Intervalos INTRAJORNADAS – aqueles realizados DENTRO da jornada do empregado. Ex. Das 12:00 às 13:00 em uma jornada das 8:00 às 17:00. 
Os intervalos intrajornadas básicos estão previstos no artigo 71 da CLT. 
Intervalos INTERJORNADAS - aqueles realizados ENTRE uma jornada e outra de trabalho. Ex. Empregado sai as 17:00 e somente retorna as 8:00 do dia seguinte. 
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continuação
O intervalo interjornada corresponde ao mínimo de 11 horas entre um período e outro de trabalho e está previsto no artigo 66 da CLT. 
Se não for respeitado tal regra haverá o pagamento de horas extras pelo tempo que não foi respeitado. Ex. Empregado saiu as 24:00 e voltou as 8:00 terá 3 horas extras.
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Efeitos da não concessão do intervalo 
Artigo 74 § 4º da CLT – a não concessão do intervalo para refeição implica em pagamento como horas extras com no mínimo 50% de adicional. 
Paga-se pela totalidade do período não concedido. 
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SÚMULA 437 DO TST
Regulamenta a questão dos desrespeitos ao intervalo para refeição e descanso.
Existindo o desrespeito será paga a hora de intervalo como extra acrescida do adicional mínimo de 50%.
Não são considerados válidos acordos ou convenções coletivas que reduzam o horário de intervalo. 
A hora de intervalo desrespeitada terá natureza salarial. 
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Súmula 437 do TST
INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
 I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração. 
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CONTINUAÇÃO DA SÚULA 437 DO TST
II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.   
III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.
 
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CONTINUAÇÃO DA SÚMULA 437 DO TST
IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT. 
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QUESTÃO DO REGISTRO DE HORÁRIOS
Obrigatoriedade do controle – art. 74 da CLT. 
TODO EMPREGADOR COM MAIS DE 10 EMPREGADOS TEM QUE POSSUIR CONTROLE DE JORNADA. 
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Tipos de controle de jornada.
Admitem-se TRÊS TIPOS de controle:
A) Manual – empregado anota horário em LIVRO PONTO. 
B) Mecânico – empregado bate o ponto em relógio mecânico. 
C) Eletrônico – empregado passa cartão ou há o controle biométrico de entrada e saída. 
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Questão do PONTO ELETRÔNICO.
Para o ponto eletrônico o empregador deverá seguir as regras das Portarias 1510/2009 sob pena do Judiciário desconsiderar a validade do sistema de controle. 
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Efeitos da Súmula 338 do T.S.T.
Quanto ao ônus de prova, a Súmula 338 do TST define as regras sobre o tema. 
Se houver controle britânico de horário – o ônus de prova é do empregador. 
Nos demais casos prevalece a regra geral do artigo 818 da CLT (ônus de prova é de quem alega). 
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continuação
Se a empresa possuir os cartões de ponto e não juntá-los ao processo haverá a presunção favorável ao horário mencionado pelo empregado em inicial.
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