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Paper GESTÃO

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O PAPEL DA GESTÃO ESCOLAR NA INCLUSÃO DOS ALUNOS COM NECESSIDADES  ESPECIAIS 
Roberta Schauffert
Profª Katia Emília Maciel  
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia PED 1063 – Estágio Gestão Supervisionado III 
20/10/2017
 
RESUMO
O objetivo deste paper é apresentar considerações a respeito da importância da equipe gestora de uma unidade escolar, bem como o papel do gestor frente a inclusão de estudantes com necessidades especiais. 
A pesquisa foi feita em uma escola municipal tendo como finalidade para o estágio do curso de pedagogia com a presença da Tutora responsável da turma 1063.
 Palavra chave: Gestão Escolar. Inclusão. Diversidade.
1 INTRODUÇÃO
Ao conhecer o papel do gestor escolar e as ações que estão sendo desenvolvidas podemos ter uma avaliação sobre as atuações  dos profissionais para a inclusão no ensino regular, podemos analisar como pode ser vista a escola, espaço e como o gestor tem o compromisso de estimular práticas inclusivas a se tornar uma escola mais justa.  A escola é um espaço para todos, que deve se  tornar um espaço democrático, uma escola para todos, mas ainda convivemos com práticas discriminatórias e de exclusão. 
  A LDB 9394/96 Art. 4º  define os princípios democráticos reforçando o parecer da constituição federal sobre o ensino básico e seu direitos.  No inciso III ressalta que  ¨ - O atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; e o Art 58 ressalta que ¨Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)¨,  resumindo cabe a escola oferecer condições para que o aluno tenha o atendimento que  atende as suas necessidades de aprendizagem.
Diante da importância do gestor escolar na prática da inclusão é de suma importância que ele busque sua atuação baseada na diversidade. Temos em vista que o gestor exerce a liderança da escola, todos que compõem este ambiente estão se espelhando em suas ações, partindo desse pressuposto o gestor deve ter a consciência da importância de escola inclusiva.
 A década de 1990 inicia com o impacto dos efeitos das conquistas estabelecidas da Constituição Federal de 1988, que em seu art. 206 inciso I afirma a igualdade de condições de acesso e permanência na escola e, em seu art. 208, inciso III assegura o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. (RIBEIRO, 2003,p.46) 
                                    
2-GESTÃO EDUCACIONAL E INCLUSÃO
A gestão escolar democrática evidencia caminhos por uma escola que tenha expressão da liberdade e diversidade, “lidar com a diversidade e o conflito de ideias, com as influências da cultura, e com os sentimentos e emoções presentes nas relações dos sujeitos consigo mesmo com o mundo a sua volta” (ARAÚJO 2005, p.7).
Os alunos com necessidades especiais, tem direito a uma escola inclusiva e o gestor tem a obrigação de preparar esse ambiente para atender as necessidades do aluno, garantindo o seu direito. quando se fala de inclusão e acessibilidades não se fala somente no físico mas também no pedagógico. Uma escola inclusiva tem como obrigação adaptar o seu ambiente, capacitar  os seus profissionais, preparar o espaço para o acolhimento.
O gestor para colaborar com a inclusão deve mobilizar a sociedade e acompanhar as transformações dos sistemas educacionais, deve buscar contribuir para qualidade de ensino e aprendizagem, e sempre responder aos anseios daqueles grupos que têm sido excluído do processo educativo.  O diretor deve buscar comportamentos de pensamentos e ações cooperativas a serviço da inclusão. É de fundamental importância a superação dessas barreiras previsíveis e pode fazê-la através de palavras e ações adequadas que reforçam o apoio aos professores. “Uma administração escolar bem sucedida depende de um envolvimento ativo e reativo de professores e do pessoal (...) desenvolvimento de trabalho em grupo no sentido de atender as necessidades dos estudantes” (BRASIL, 1997, p,9)
O gestor escolar que se propõe a atuar numa prática inclusiva envolve-se na organização das reuniões pedagógicas, desenvolve ações relacionadas à acessibilidade universal, identifica e realiza as adaptações curriculares de grande porte e fomenta as de pequeno porte, possibilita o intercâmbio e o suporte entre os profissionais externos e a comunidade escolar. “Diante da orientação inclusiva, as funções do gestor escolar incluem a definição dos objetivos da instituição, o estímulo à capacitação de professores, o fortalecimento de apoio às interações e a processos que se compatibiliza com a filosofia da escola” (SANT’ANA, 2005, p. 228).
O estágio de gestão escolar nos permite conhecer melhor a atuação do gestor e o seu papel na inclusão dos alunos especiais, nos levando a ter uma percepção real da importância do gestor e de suas competências para a prática das adequações do projeto de aprendizagem e na atuação da profissão ao qual hoje somos acadêmicos e pretendemos ser docente 
 
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
O meu Estágio Supervisionado III, em gestão escolar, foi realizado em uma escola municipal na cidade de São José, SC. O Centro Educacional Municipal Professora Maria Iracema Martins de Andrade, segundo o  Projeto Político Pedagógico (PPP) é compreendido como um processo de ação participativa e democrática de toda a Comunidade Escolar, interagindo em busca de objetivos, interesses e ações comuns. Sendo assim, é imprescindível a participação de pais/responsáveis, alunos e de todos os profissionais da escola, pois são estes quem confere identidade à escola e aponta para uma direção. Diante desta realidade e através das orientações da LDB/9394/96 e da Proposta Curricular do Município de São José, surge o desafio de construir e (re)construir o Projeto Político Pedagógico. A Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Pais/responsáveis, Alunos e Funcionários, desde 2002, vêm organizando, discutindo e sistematizando propostas que norteiam o processo educacional desta Unidade de 6 Ensino. Tais discussões são balizadas pelos princípios filosóficos histórico-culturais, cujo conhecimento se constrói pela interação do sujeito com o meio social e sua apropriação efetiva-se por meio da mediação entre os conceitos científicos e cotidianos, de forma interdisciplinar e contextualizada.¨ 
O Centro Educacional Municipal Professora Maria Iracema Martins de Andrade está localizado na Travessa Paulo Luckner, transversal à Rua Otto Júlio Malina, S/N – Bairro Ipiranga – São José – SC. Foi construído em 2001, amparado pela Lei Nº 3772 de 17 de dezembro de 2000. Deu início às suas atividades no dia 11 de Março de 2002, sendo inaugurado no dia 22 de Março, marco de seu aniversário, e recebeu o nome de Centro Educacional Municipal Barreiros, em homenagem ao Bairro e à sua comunidade. Em 06 de junho de 2005, por meio da Lei nº 4309/06, a escola passou a se chamar “Centro Educacional Municipal Professora Maria Iracema Martins de Andrade”, em homenagem a uma educadora, política e eminente cidadã josefense. Isso ocorreu devido à duplicidade de nomes em duas escolas do mesmo bairro, situação esta em que o primeiro “Centro Educacional Barreiros” reclamou o seu direito por ser a mais antiga. Criada para atender à grande demanda de crianças, adolescentes e jovens das diversas comunidades e bairros: Barreiros, Bela Vista, Ipiranga, Dona Adélia, Jardim Florianópolis, Jardim das Acácias, Jardim Santiago, e outras localidades, esta instituição tinha como metas principais, nos primeiros meses de funcionamento, a organização dos aspectos administrativos, pedagógicos e financeiros, comotambém o início da construção coletiva do Projeto Político Pedagógico. Por um tempo, ofereceu o ensino pré-escolar, o fundamental e o supletivo, funcionando nos períodos matutino, vespertino e noturno. Em 2002 teve como matrícula inicial mil oitocentos e quarenta e três alunos e como matrícula final dois mil e oitocentos alunos com seis turmas de Pré-escola, trinta e cinco turmas de Séries Iniciais (1ª a4ª série), dezesseis turmas de séries finais (5ª a 8ª série) e trezentos e seis alunos no ensino supletivo de 5ª a 8ª série (período noturno). No ano de 2012 o grupo percebeu a necessidade de realizar um diagnóstico socioeconômico da Unidade de Ensino para conhecer melhor a realidade das famílias atendidas. Mediante este verificou-se que as famílias atendidas em sua maioria, utiliza transporte escolar para o trajeto à escola, mora “de favor” em casa de parentes próximos ou em casa alugada, possui 01 aparelho celular e computador com acesso à Internet, tem acesso a TV à cabo, faz uso do sistema de saúde público, recebe até 02 salários mínimos e, apenas 20% recebe bolsa-família. Em relação ao espaço físico contamos com: 30 salas de aula, 01 sala de dança, 01 sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE) para atendimento aos alunos com deficiência, 01 sala para atender ao projeto da Banda Marcial, 01 secretaria, 02 salas de Educação Física, 01 auditório, 01 biblioteca, 01 ateliê de artes, 02 Centros Tecnológicos (CATIS I e II), 01 sala de professores, 02 salas de vídeo, 01 sala de hora atividade, 04 depósitos, 01 sala de almoxarifado, 01 sala de direção, 01 sala de especialistas, 01 sala de ASG’s, 01 cozinha, 01 portaria, 01 refeitório, 01 quadra coberta, 01 ginásio de esportes, e 10 banheiros. (Anexo 01 mapa do espaço físico) De 2002 a 2015, ocorreram mudanças significativas na organização do espaço físico. Em se tratando da sala de dança, a mesma foi equipada com espelhos, barras e som apropriado para as atividades desenvolvidas. O espaço da biblioteca foi esteticamente renovado, com aquisição e instalação de 02 ar-condicionado, mesas, estantes, cortinas, pintura e um canto para hora do conto (2013). Seu acervo é renovado a cada ano com recursos do PDDE. O ateliê de artes foi pensado com o objetivo de haver um ambiente propício e específico para o desenvolvimento das atividades artísticas (2013). Outro espaço relevante foi a sala de hora-atividade (2013), onde os  professores realizam seus estudos, pesquisas, planejamentos e trocas entre seus pares. Foi reservado um espaço para a instalação da sala do AEE(Atendimento Escolar Especializado) para atendimento aos alunos com deficiências (2010); foi aberta mais uma sala para atender ao projeto da Banda (2011);reforma de uma sala destinada para a secretaria (2011); abriu-se uma sala para o arquivo morto (2011). Em 2007 foi adquirido o terreno ao lado da escola e, em 2008, deu-se início à construção de uma quadra poliesportiva, concluída em 2010 para atender às aulas de Educação Física. O Ginásio Municipal de Esportes de Barreiros, referido anteriormente, foi construído pela Prefeitura Municipal de São José, no terreno de propriedade do Governo do Estado de Santa Catarina, em parceria com a escola estadual vizinha - EEB Wanderley Júnior. Sendo assim, este espaço é dividido entre ambas as escolas. A escola ofereceu em 2015, em parceria com a SME, o projeto de dança, atletismo, voleibol, handebol, Banda Marcial, coral e Apoio Pedagógico no contra turno. 
 A gestão da escola foi muito atenciosa e contribuindo bastante no nosso trabalho de estágio. Através dela ficamos sabendo que a escola tem recurso da Prefeitura, FNDE (MEC),  PNAIC. A escola em relação a inclusão tem um trabalho diferenciado, com uma adaptação, com avaliação diagnóstica e se necessário são encaminhados para o atendimento com a AEE. A primeira inclusão foi em 2006 sem o auxílio de um professor para a educação especial. Havia uma pequena acessibilidade, a escola foi se adaptando e hoje já possui o espaço adequado e uma sala específica para o atendimento de alunos com necessidades especiais. O segundo professor de turma tem reuniões semanais com a AEE, tem um auxílio para adaptação do plano de aula e se necessário for a intervenção da equipe pedagógica em sala.
Pude perceber em meu estágio que o ambiente escolar é muito adequado, limpo, espaço organizado, fácil acesso a  todos, com salas ambientes para práticas de atividades como dança, informática, sala de capoeira, sala de jogos.  
    A escola ampara os profissionais da educação bem como os da educação especial, a gestão tem a  preocupação de ensinar, valorizar e capacitar os profissionais. A partir desse estágio de gestão educacional, pude ver uma nova porta em relação ao papel do gestor na escola, me permitindo ter outros conhecimentos e uma vivência com a realidade das interações e as dinâmicas que acontecem no cotidiano do ambiente escolar.
De acordo com Lima e Pimenta (2004, p 100  ) 
                             
 ’ o estágio não pode ser uma completa preparação para o magistério, mas é possível nesse   espaço, professores, alunos e comunidade escolar  e universidade trabalharem que questões básicas de alicerce, a saber: o sentido da profissão, o que é ser professor na sociedade em que vivemos, como ser professor, a realidade dos alunos da escola do ensino fundamental, a realidade dos professores nessas escolas’
O estágio de gestão escolar, me proporcionou um novo conhecimento da realidade do educando e do gestor em sua função dentro de uma unidade de ensino que visa buscar a aperfeiçoação da educação inclusiva .
De acordo com Pimenta e Lima (2006, p.6), “a profissão docente é uma prática social, ou seja, como tantas outras, é uma forma de se intervir na realidade social, no caso, por meio de educação que ocorre, não só, mas essencialmente nas instituições de ensino”
       
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
         
 O estágio curricular obrigatório de gestão escolar foi um momento essencial para a minha formação me dando uma outra visão e conhecimento de um ambiente escolar onde o gestor se faz presente e sabe a importância da inclusão do aluno com necessidades especiais. Sabemos que a dificuldades na construção de uma escola inclusiva, com infraestrutura, materiais, sala de recurso e apoio equipe de apoio. Mas, o gestor escolar tem o papel importante de permitir que a inclusão seja uma realidade e não somente algo imposto pela lei.
 A LDB garante a inclusão do estudante especial como um direito e o gestor deve contribuir com a lei e com a normalização referente ao acesso , no ensino regular. Dentro deste contexto se reitera a importância do gestor na inclusão dos alunos no ambiente escolar. 
“ Construir uma educação emancipadora e inclusiva é instituir continuamente novas relações educativas numa sociedade contraditória e excludente” (BRASIL, 2004, p.18).
 
REFERÊNCIAS
ARAUJO, Ulisses F. Escola, democracia e a construção de personalidades morais. Campinas, 2005. 
BRASIL. Declaração de Salamanca e linhas de ação sobre a necessidades educativas especiais. Brasília. Ministério da Justiça/Secretaria Nacional de direitos humanos, 1997. 
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Nº 9394 de 20 de dezembro de 1996.
RIBEIRO, Mª Lúcia Sprovieri, BAUMEL, Roseli Cecília Rocha de Carvalho Educação Especial do querer ao fazer. São Paulo. Avercamp, 2003.
PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágios e Docência. São Paulo: Cortez, 2004

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