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Teoria Clássica

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C.E. AYDANO DE ALMEIDA
Claudia Monteiro, Evelyn Pires, Rosan Paulo e Suellen Costa.
ADMINISTRAÇÃO GERAL
Teoria Clássica
Teoria da administração científica
Nilópolis - RJ
2018
Teoria Clássica
A Teoria Clássica da Administração (ou Fayolismo), foi idealizada e desenvolvida na Europa por Henri Fayol. Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do Homem Econômico e pela busca da máxima eficiência. Também é caracterizada pelo olhar sobre todas as esferas (operacionais e gerenciais), bem como na direção de aplicação do topo para baixo (da gerência para a produção). O modo como Fayol encarava a organização da empresa à Teoria Clássica a impostação de abordagem anatômica e estrutural.
O surgimento da Abordagem Clássica de Administração é devida, principalmente, ao advento da Revolução Industrial.
Com ela, as empresas passaram por um processo de rápido e desorganizado crescimento, sendo necessária, portanto, uma atividade que abordasse as questões empresariais de maneira menos improvisada, como era feito até então.
Outro fator importante é que, com o aumento das empresas e, complexidade de sua administração, bem como o crescimento da concorrência, a busca por meios de melhorar a eficiência das organizações tornou-se regra no período. A divisão dos cargos e tarefas e a constante necessidade de redução de custos e desperdícios, fez com que o estudo desenvolvido por Fayol fosse tão marcante em sua época.
Para Fayol, a organização e a administração são indispensáveis em qualquer tipo de empresa, não importando qual o seu negócio. Toda empresa, independente de seu grau de complexidade, possui um conjunto de operações básicas, a saber: operações técnicas, operações comerciais, operações financeiras, operações de segurança, operações de contabilidade e operações administrativas.
E é justamente nas operações administrativas para onde as empresas devem voltar sua atenção. De acordo com Fayol, a função administrativa envolve formular o programa geral de ação da empresa, coordenando seus esforços e harmonizando seus atos. Desta forma, Fayol descreve o ato de administrar como Prever, Organizar, Comandar, Controlar e Coordenar, o que ficou conhecido com a sigla POC3.
Fayol destaca 14 princípios que utilizou com mais frequência na administração, a saber:
(1) Divisão do trabalho: o funcionário que executa a mesma tarefa adquire maior habilidade e rapidez e, por isso, produz mais, e, consequentemente, tem um rendimento maior. Toda mudança gera um impacto que reduz a produtividade do funcionário. Este princípio favorece a separação do poder e a especialização da tarefa.
 (2) Autoridade e responsabilidade:  a autoridade envolve o direito de dar ordens e de se fazer obedecer. No entanto, não existe autoridade sem responsabilidade. É uma via de mão dupla. Onde alguém recebeu a autoridade para fazer algo, existirá também a responsabilidade por parte desta pessoa em se fazer direito o que lhe foi delegado. 
(3) Disciplina: objetiva a obediência, assiduidade e assertividade, bem como a demonstração do respeito. É fundamental em qualquer empresa. Pode-se, inclusive, estabelecer um código de regras e condutas aceitáveis e punições e sanções para os que não o seguirem.
(4) Unidade de comando: cada funcionário deve estar sob as ordens de um único chefe, não havendo dualidade de comando, o que seria prejudicial, pois confunde o funcionário e desestabiliza as funções de poder.
(5) Unidade de direção: deve existir um só chefe e um só programa de operações com um só objetivo. Os funcionários devem se empenhar por um objetivo comum, geral. Na unidade de direção, as forças e os esforços são coordenados em prol de um único objetivo.
(6) Subordinação do interesse particular ao geral: é preciso haver uma conciliação entre o interesse de ambas as partes, porém, o interesse do funcionário nunca pode estar acima do interesse maior da empresa.
(7) Remuneração do pessoal: deve satisfazer tanto empregados quanto empregadores. Procura-se estabelecer remuneração equitativa, encorajando e recompensando o esforço útil.
(8) Centralização: o cérebro é o responsável por direcionar impulsos e informações para todas as partes do corpo. Desta forma, toda empresa deve ter um cérebro, direcionando as informações, ainda que através de seus intermediários.
(9) Hierarquia: cadeia de comando e comunicação distribuída em níveis, desde o nível mais alto até o nível mais baixo, passando por todos os níveis da distribuição de tarefas e das funções de gestão e comando.
(10) Ordem: Um lugar para cada coisa e cada coisa em  seu lugar. Um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar. Este princípio visa garantir que as coisas estejam nos melhores locais possíveis, de acordo com sua utilização e que sejam sempre devolvidas aos mesmos lugares, para garantir a ordem e evitar o desperdício de tempo. 
(11) Equidade: todos devem ser tratados com justiça e igualdade, garantindo maior satisfação dos empregados.
(12) Estabilidade do pessoal: Leva tempo para um funcionário aprender a desempenhar sua função adequadamente e com rapidez. Porém, uma vez aprendida a função, deve-se manter a lealdade, ou seja, permitir que o funcionário demonstre o seu melhor desempenho na função. 
(13) Iniciativa: todos os funcionários devem ser incentivados a demonstrar iniciativa em resolver problemas. Porém, é preciso ter um certo equilíbrio para que a iniciativa não desconfigure a ordem e a hierarquia.
(14) União do pessoal: talvez este seja o princípio mais importante. Sem união e harmonia qualquer empresa irá se deteriorar.
Teoria da administração científica 
A administração científica é um modelo de administração criado pelo americano Frederick Winslow Taylor no fim do século XIX e início do século XX e que se baseia na aplicação do método científico na administração com o intuito de garantir o melhor custo/benefício aos sistemas produtivos. Em 1903, ele publicou o livro “Administração de Oficinas” onde expõe pela primeira vez suas teorias.
Taylor propõe a racionalização do trabalho por meio do estudo dos tempos e movimentos. Os operários deveriam ser escolhidos com base em suas aptidões para a realização de determinadas tarefas (divisão do trabalho) e então treinados para que executem da melhor forma possível em menos tempo. Taylor, também, defende que a remuneração do trabalhador deveria ser feita com base na produção alcançada, pois desta forma, ele teria um incentivo para produzir mais.
Princípios da Administração Científica
Em seu segundo livro “Principles of Scientific Management” (Princípios de Administração Científica), publicado em 1911, Taylor apresenta seus estudos, porém com maior ênfase em sua filosofia, e introduz os quatro princípios fundamentais da administração científica:
Princípio de planejamento – substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos – sai de cena o improviso e o julgamento individual, o trabalho deve ser planejado e testado, seus movimentos decompostos a fim de reduzir e racionalizar sua execução.
Princípio de preparo dos trabalhadores – selecionar os operários de acordo com as suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida.
Princípio de controle – controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta.
Princípio da execução – distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível.
A teoria proposta por Taylor e que causou uma verdadeira revolução no sistema produtivo seguiu sendo aperfeiçoada ao longo dos anos apesar das críticas e é sem dúvida alguma a precursora da Teoria Administrativa. Contribuíram para o desenvolvimento da administração científica: Frank e Lilian Gilbreth que se aprofundaram nos estudos dos tempos e movimentos e no estudoda fadiga propondo princípios relativos à economia de movimentos; Henry Grant que trabalhou o sistema de pagamento por incentivo; Harrington Emerson que definiu os doze princípios da eficiência; Morris Cooke que estendeu a aplicação da administração científica à educação e às administrações públicas; e Henry Ford que criou a linha de montagem aplicando e aperfeiçoando o princípio da racionalização proposto por Taylor.
As principais críticas a administração científica (AC) de Taylor são:
Para os críticos a AC transformou o homem em uma máquina. O operário é tratado como apenas uma engrenagem do sistema produtivo, passivo e desencorajado de tomar iniciativas.
A padronização do trabalho seria mais uma intensificação deste do que uma forma de racionalizar o trabalho;
A superespecialização do operário facilita o treinamento e a supervisão do trabalho, porém, isso reduz sua satisfação e ele adquire apenas uma visão limitada do processo;
A AC não leva em conta o lado social e humano do trabalhador. A análise de seu desempenho leva em conta apenas as tarefas executadas na linha de produção;
A AC propõe uma abordagem científica para a administração, no entanto, ela mesma carece de comprovação científica e teve sua formulação baseada no conhecimento empírico;
A AC se restringe apenas aos aspectos formais da organização não abrangendo por exemplo o conflito que pode haver entre objetivos individuais e organizacionais;
A AC trata da organização como um sistema fechado sem considerar as influências externas.
CONCLUSÃO: Enquanto Taylor preocupava-se com as tarefas executadas pelos operários do chão de fábrica, Fayol estava preocupada com os níveis mais altos da hierarquia de uma empresa, considerando que a gestão e o controle adequados eram a chave para o sucesso da organização.
Com base na produção e foco nas tarefas, a principal preocupação de Taylor era aumentar a produtividade da empresa através da racionalização do operário, ou seja, a eficiência industrial.
Fayol enfatiza a estrutura organizacional, constituindo uma pirâmide inversa à forma piramidal da administração científica, sendo de cima para baixo (organização -> departamentos).
BIBLIOGRAFIA: 
Teoria clássica
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/teoria-classica-da-administracao-segundo-henri-fayol/13239/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_cl%C3%A1ssica_da_administra%C3%A7%C3%A3o 
http://www.estudoadministracao.com.br/ler/18-11-2014-abordagem-classica-idalberto-chiavenato-administracao-publica/
http://www.administradores.com.br/artigos/academico/administracao-cientifica-x-abordagem-classica/98484/
 Teoria científica
https://www.infoescola.com/administracao_/administracao-cientifica/
http://www.administradores.com.br/artigos/academico/teoria-geral-da-administracao/104646/
http://www.administradores.com.br/artigos/academico/administracao-cientifica-x-abordagem-classica/98484/

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