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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL CENTRO DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS ITALO BOLOGNA CURSO TÉCNICO DE LOGÍSTICA EDUARDO AUGUSTO DUARTE DE PAIVA MIKHAEL VIEIRA FERNANDES PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO E EXPEDIÇÃO NO CDD DOS CORREIOS DE MORRORÓ/RN MOSSORÓ (RN) 2017 EDUARDO AUGUSTO DUARTE DE PAIVA MIKHAEL VIEIRA FERNANDES PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO E EXPEDIÇÃO NO CDD DOS CORREIOS DE MORRORÓ/RN Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso Técnico em Logística do SENAI – Centro de Educação e Tecnologias Ítalo Bologna, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial à obtenção do título de Técnico em Logística. Professor Orientador: Antônio Fernandes da Silva Tavonne Leite da Costa MOSSORÓ (RN) 2017 EDUARDO AUGUSTO DUARTE DE PAIVA MIKHAEL VIEIRA FERNANDES PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO E EXPEDIÇÃO NO CDD DOS CORREIOS DE MORRORÓ/RN Trabalho de conclusão de curso apresentado a banca Examinadora do CETIB – Centro de educação Ítalo Bologna, como requisito para a obtenção do título de técnicos em logística Professor Esp. Antônio Fernandes da Silva ____________________________________ Orientador Professor Tavonne Leite da Costa ____________________________________ Examinador __________________________________ Examinadora MOSSORÓ (RN) 2017 DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho ás nossas mães, que sempre estão conosco em todas nossas trajetórias de vida, e aos professores que esteve conosco. AGRADECIMENTOS A todos os professores do SENAI – Centro de Educação e Tecnologia Ítalo Bologna que colaboraram e construíram bases sólidas no meu desenvolvimento e aprendizagem para o crescimento profissional. Seus nomes são inesquecíveis e por isso, dedico-lhes minha profunda admiração e respeito. A todos aqueles que acreditaram na realização deste trabalho e deram-me forças e estímulo para dar prosseguimento a esta pesquisa e obter sucesso. Em especial, ao nosso orientador, professor Antônio Fernandes, ao professor Francisco Moisés, aos nossos colegas de turma, e ao gerente do CDD dos Correios de Mossoró, Anderson Campelo. Aos nossos pais, maiores incentivadores desse trajeto. RESUMO Os Correios é uma instituição, que dentre suas diversas atividades realiza a distribuição de correspondências, onde foi retratada neste trabalho. O tema foi escolhido pela disponibilidade da instituição em dar entrevista e passar as informações necessárias. Na presente pesquisa foi objetivado discorrer sobre todas as temáticas e atividades que giram em torno de distribuição física, além de identificar gargalos e desenvolver propostas para eliminá-los. Para a realização do estudo foi feito um levantamento bibliográfico, além de pesquisas descritivas e qualitativas. Em Mossoró, o processo de expedição das correspondências acontece todos os dias pela manhã, e à tarde os carteiros realizam a separação das correspondências para entregar no próximo dia útil, e durante essa jornada de trabalho diária de um carteiro é feito um monitoramento através de softwares de controle de serviço de cada um dos carteiros, e em alguns desses o acesso só é permitido para o gerente do CDD (Centro de Distribuição Domiciliar). O CDD em que tivemos acesso a uma visita foi à agência dos correios no centro de Mossoró-RN, onde só são realizadas entregas de correspondências como cartas, faturas, revistas, etc. Ao final do estudo foi alcançado o objetivo de compreender e retratar todas as temáticas e todos os conceitos que estão presentes em distribuição física, e também foi dado melhorias para alguns gargalos identificados no processo. Palavras-chave: Correios, Logística, Distribuição, Expedição e Processo. LISTA DE ILUTRAÇÕES Imagem 1 - Exemplos de equipamentos de estocagem e movimentação............. 15 Imagem 2 - Página de login do SGDO .................................................................. 22 Imagem 3 - Formulário controle da produção ........................................................ 22 Imagem 4 - Armário com identificação para TD-1 ................................................. 23 Imagem 5 - Recolhimento das cartas .................................................................... 24 Imagem 6 - Armários com identificação para TD-2 ............................................... 24 Imagem 7 - Página de login do SIOP .................................................................... 25 Imagem 8 - Boletim de itinerário ............................................................................ 26 Imagem 9 - Planilha de reordenamento ................................................................ 26 Imagem 10 - Página inicial do SIGEM ................................................................... 27 Imagem 11 - Página Inicial do SRO ...................................................................... 28 Imagem 12 - Compactação de carga .................................................................... 28 Imagem 13 - Caixetas para armazenagem ........................................................... 29 Imagem 14 - Caixeta CTA -04 ............................................................................... 29 Imagem 15 - Manuseio de caixetas ....................................................................... 29 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 8 2 DEFININDO LOGÍSTICA ............................................................................................................ 9 2.1 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA ........................................................................................................... 9 2.2 TRANSPORTE .........................................................................................................................11 2.3 MODAIS DE TRANSPORTE ..................................................................................................11 2.3.1 Ferroviário ................................................................................................................. 12 2.3.2 Rodoviário ................................................................................................................. 12 2.3.3 Aeroviário .................................................................................................................. 12 2.3.4 Hidroviário ................................................................................................................. 12 2.3.5 Dutoviário .................................................................................................................. 13 2.4 ADMINISTRAÇÃO DE TRÁFEGO .........................................................................................13 2.4.4 Roteirização............................................................................................................... 13 2.5 MANUSEIO E ACONDICIONAMENTODO PRODUTO ......................................................14 2.5.1 Equipamentos ........................................................................................................... 15 2.5.2 Codificação e marcação de itens ............................................................................. 16 2.6 PROCESSO DISTRIBUIÇÃO-RECEBIMENTO ...................................................................16 2.6.1 Análise de qualidades e quantidades ...................................................................... 16 2.6.2 Descarregamento de veículos.................................................................................. 16 2.7 PROCESSO DISTRIBUIÇÃO-EXPEDIÇÃO .........................................................................17 2.7.1Separação de produtos ............................................................................................. 17 2.7.2 Carregamento do veículo ......................................................................................... 17 2.7.3 Geração de documentação de transporte e Entrega do produto .......................... 18 2.8 CUSTOS LOGÍSTICOS ..........................................................................................................18 3 METODOLOGIA .........................................................................................................................20 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA......................................................................................20 4 ANÁLISE SITUACIONAL ..........................................................................................................22 5 PROPOSTAS DE MELHORIAS ................................................................................................31 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................32 8 1 INTRODUÇÃO Neste trabalho será abordado o processo de distribuição em um CDD (Centro de Distribuição Domiciliar) dos correios, nesse caso nós utilizaremos as informações referentes aos processos ocorridos no CDD dos correios de Mossoró-RN, agência do centro, onde são feitas apenas as entregas de correspondências, e não são realizadas expedições de materiais maiores feitos para a entrega. O presente estudo discorre sobre as várias vertentes da logística que estão presentes na instituição, mas principalmente sobre a logística de distribuição física, que é a vertente responsável pela principal atividade, a de entrega das correspondências. A pesquisa vai consistir em conceitos logísticos e explanar como os processos ocorrem na prática, como por exemplo os que softwares são utilizados na atividades e a metodologia de trabalho do CDD dos correios em Mossoró-RN. O tema abordado neste trabalho foi escolhido pela acessibilidade ao órgão onde retratamos no trabalho, o CDD dos correios de Mossoró-RN. Durante toda sua percorrida, o trabalho buscará responder a seguinte pergunta: Como acontece o processo de expedição do centro de distribuição dos correios de Mossoró-RN? O objetivo geral da pesquisa é analisar o processo de distribuição de uma correspondência levando em conta todo o processo de manuseio, acondicionamento e expedição, até chegar ao recebedor ou cliente final, além de identificar gargalos ou erros do processo que podem ocorrer, e apresentar propostas de soluções viáveis. A pesquisa buscará passar os conhecimentos adquiridos sobre os fatores que englobam a temática de distribuição física, analisando o comportamento da empresa quanto a essa área da logística. Também será analisado o processo de monitoramento dos carteiros em sua jornada de trabalho através de softwares disponibilizados pelo gerente do centro de distribuição. 9 2 DEFININDO LOGÍSTICA Logística trata das funções realizadas em uma organização, e nem sempre foi utilizada apenas em empresas, pois foi muito utilizada em guerras como descreve Ching: Relacionava-se com todo o processo de aquisição e fornecimento de materiais durante a Segunda Guerra Mundial, e foi utilizado por militares americanos para atender a todos os objetivos de combate da época (CHING 2010, p.1). A logística é a área organizacional que promove melhorias e propõe soluções para gargalos da produção, desde o recebimento da matéria até chegar às mãos do cliente final. Em outras palavras Pozo explica que: A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final (POZO 2008, p.3). Segundo Salgado (2013), a logística é um objeto de melhora se bem planejado. Seja lá qual for a vertente logística, seja de compras, de produção, de armazenagem, de distribuição, de serviços, ela sempre vai estar relacionada a soluções, melhorias e organização. Dessa forma, Salgado (2013, p.10) dá uma definição final de logística, de que “A logística caminha rigorosamente através de processos e atividades executadas sequencialmente, em cada empresa e em todas as empresas que, juntas, formam uma cadeia, chegando ao cliente final”. 2.1 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA Buller (2012), diz que a distribuição física é uma área da logística que se preocupa em entrega de produtos acabados e semiacabados e serviços ao cliente de uma empresa, ou seja, é um ramo que abrange atividades como de transporte, estoques, processamento de pedidos, programação de produtos, controle de materiais e manutenção de informações. A distribuição configura-se quando o produto final está pronto para entrega ao cliente. 10 Para Novaes (2007, p.123), a distribuição “é o segmento da Logística que desloca os produtos acabados desde a manufatura até o consumidor final”. Novaes (2007, p.241), comenta que “O objetivo geral da distribuição física, como meta ideal, é o de levar os produtos certos para os lugares certos, no momento certo e com o nível de serviço desejado, pelo menor custo possível”. Simplificando todas essas atividades, Bertaglia (2016, p.167) diz que “a distribuição física consiste, basicamente, em três elementos globais: recebimento, armazenagem e expedição”. a) Recebimento O recebimento consiste quando o veículo com algum tipo de carga chega ao centro de distribuição ou armazém para retirar a carga do veículo, nesse processo também acontece a análise e conferencia dos produtos, como a pesagem e contagem. b) Armazenagem A armazenagem consiste no armazenamento de produtos acabados. Inicia- se logo após o recebimento, e são armazenados em armazéns ou centros de distribuição. O ambiente do local varia de acordo com produto, para que seja conservado o produto. c) Expedição A expedição é o despacho de produtos para um cliente final ou terceiros. O processo consiste na verificação do produto, preparação de documentos para envio, pesagem e carregamento de veículos. Resumindo a expedição é a transferência de um produto para outro local (BERTAGLIA, 2016). Baseado em Ballou (1993), a distribuição sendo a parte da logística que tem mais altos custos, normalmente é o processo que as empresas têm bastante prudência, tendo vista que as empresas tem o desafio de entregar o produto com um alto nível de serviço requisitado e ao mesmo tempo tentar simplificar os custos dessa atividade. 11 Distribuição Física é o ramo da logística empresarial que trata de movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da firma. Costuma ser a atividade mais importante em termos de custos paraa maioria das empresas, pois absorve cerca de dois terços dos custos logísticos (BALLOU, 1993, p.40). O autor citado anteriormente, também comenta que o gerenciamento da distribuição é feita em três níveis que ocorre de forma sequencial de acordo com a importância do nível. Sendo os três níveis estratégico, tático e operacional. O estratégico preocupa-se em definir qual vai ser o método da distribuição, ou seja, observa, qualifica e estabelece o sistema utilizado. Esse nível de administração é o mais irrestrito, já que abrange decisões gerais no processo. Segundo Ballou (1993) a administração tática preocupa-se em retirar um melhor aproveitamento do sistema, isto é, otimizar os processos ordenados pelo nível estratégico. A administração operacional é o último nível dessa cadeia hierárquica, mas não o menos importante no desenvolvimento da logística de distribuição física, em razão de que o nível operacional tem a finalidade de executar as tarefas ordenadas, é a parte em que faz o produto chegar ao cliente final. A atividade central dessa administração é a supervisão e a execução de tarefas diariamente 2.2 TRANSPORTE Ballou (1993, p.113), afirma que “o transporte representa o elemento mais importante do custo logístico na maior parte das firmas”. Segundo Pozo (2008), o transporte consiste nos meios para movimentar o produto, sistemas de transportes podem variar com o tempo de acordo com o tipo de carga que vai ser transportada e necessidades dos clientes. 2.3 MODAIS DE TRANSPORTE Os modais de transporte são os tipos de carregamento utilizados para efetuar o adequadamente as atividades logísticas de uma empresa dependendo da situação e da necessidade do produto a ser entregue ao cliente. 12 2.3.1 Ferroviário De acordo com Fernandes (2012, p.95), o modal ferroviário é um “Sistema de transporte que se utiliza de ferrovias com trens e comboios para o deslocamento de materiais”. Pozo (2008) define o modal ferroviário, como lento, de transporte de matérias- primas ou manufaturados, mas de baixo custo. 2.3.2 Rodoviário O modal rodoviário o mais usado no Brasil, é um transporte que utiliza um veículo que movimenta cargas por rodovias (FERNANDES, 2012). Costuma-se ser utilizado para distâncias curtas de produtos finais, é o modal mais competitivo na área de pequenas cargas (POZO, 2008). CAIXETA FILHO e MARTINS (2001), falam que a vantagem competitiva do sistema rodoviário é incontestável, pois pode oferecer um serviço porta-a-porta, pois os outros sistemas se limitam a instalações fixas e não tem a flexibilidade do rodoviário. 2.3.3 Aeroviário Fernandes (2012, p.91), define o modal aéreo como um “Sistema de transporte utilizado para cargas aéreas. Modal de transporte mais adequado para mercadorias de alto valor agregado, volumes baixos e com prioridade ou urgência de entrega”. É o modal mais seguro em relação a perda e danos dos produtos, tem vantagem em longas distancias, por causa da sua alta velocidade (POZO,2008). 2.3.4 Hidroviário De acordo com Fernandes (202, p.92), “O modal marítimo representa o transporte de cargas através da navegação entre os portos de países bem como os processos de cabotagem na movimentação dos mais diversos materiais e produtos”. 13 Esse sistema é muito influenciado pelas condições climáticas, por causa disso é um sistema sazonal. Movimenta produtos a granel e produtos de alto valor em contêineres (POZO, 2008). 2.3.5 Dutoviário Pozo (2008, p.79), afirma que “o duto é usado para movimentar produtos líquidos e gasosos por longas distâncias. Os custos de movimentação são muito baixos, mas a linha de produtos atendida é limitada e seu custo de instalação, elevado”. 2.4 ADMINISTRAÇÃO DE TRÁFEGO De acordo com Ballou (1993) a gestão de transporte preocupa-se em tomar decisões diárias para que a movimentação de produtos seja eficaz. Dessa forma o gestor de transporte tem a missão de fazer escolhas estratégica para que a carga posse ser entregue com um bom nível de serviço e custo concomitantemente. 2.4.4 Roteirização A roteirização é a etapa da logística que determina o trajeto de um objeto de entrega, levando em consideração o tempo, local e disponibilização de cada entregador, adequando as situações à necessidade de entrega do produto e do consumidor ou receptor. Em notas de rodapé, Fernandes explica roteirização: Processo de determinação de como um embarque será movimentado entre origem e destino. Necessita do destino do transporte, da rota do transportador e, direta ou indiretamente, do tempo na rota. Especificamente, as rotas estão publicadas em um tarifário de rotas que pode ser referido como tarifa de frete. (FERNANDES, 2012, p.143) Para solucionar gargalos em suas rotas, que acabam gerando alguns custos logísticos fora do desejado, as empresas usam a roteirização, que age em problemas parecidos com o citado por Ballou (1993, p.145) 14 Quando uma empresa possui frota própria, ela freqüentemente encontra problemas ao despachar um veículo à partir de uma base central para uma série de paradas intermediárias, devendo o veículo retornar então à base central. (BALLOU, 1993, p.145) Os problemas que ocorrem na área da logística de distribuição são: Entrega, em domicílio, de produtos comprados nas lojas de varejo ou pela Internet; Distribuição de produtos dos CDs para lojas de varejo; Distribuição de bebidas em bares e restaurantes; Distribuição de dinheiro para caixas eletrônicos de bancos; Distribuição de combustíveis para postos de gasolina; Distribuição de artigos de toalete (toalhas, roupa de cama etc.) para hotéis, restaurantes e hospitais; Coleta de lixo urbano; Entrega domiciliar de correspondência etc (NOVAES, 2004, p.290). Pozo (2008) vê a roteirização como um elemento essencial da logística, que pode ser um diferencial competitivo e estratégico quando associado à logística de transportes. Os objetivos da roteirização são vários como o aumento de eficiência do setor operacional, ou seja, uma maior qualidade nos serviços de entrega prestados aos clientes. Também promove a diminuição de custos e a simplificação de rotas. Como afirma Novaes (2004, p.289), “O processo de roteirização visa propiciar um serviço um serviço de alto nível aos clientes, mas ao mesmo tempo mantendo os custos operacionais e de capital tão baixos quanto possível”. 2.5 MANUSEIO E ACONDICIONAMENTO DO PRODUTO O manuseio de materiais é a movimentação do produto em pequenas distâncias, no ambiente interno de lojas, depósitos, fábricas e CD´S. A movimentação de materiais aumenta o risco de dano ou perda do produto, como afirma Ballou (1993, p.171), além disso, diz que “o correto gerenciamento do manuseio” é importante para que não ocorram erros. O manuseio ou movimentação interna de produtos e materiais significa transportar pequenas quantidades de bens por distâncias relativamente pequenas, quando comparadas com as distâncias na movimentação de longo curso executadas pelas companhias transportadoras. Esta atividade é executada em depósitos, 15 fábricas e lojas, assim como no transbordo entre modais de transporte. Seu interesse concentra-se na movimentação rápida e de baixos custos das mercadorias (BALLOU, 1993, p.172). Segundo Buller (2012), o manuseio de materiais é um processo de apoio a logística e que atividade não é realizada por transportadoras e devem ter custos baixos. O custo dessa atividade pode variar de acordo com o tamanho dos espaços disponíveispara a movimentação, aspectos como arranjo físico influenciam na movimentação dos produtos, pois o arranjo físico do local deve permitir um ótimo fluxo de materiais. Conforme Buller (2012, p.86), “A otimização dos espaços utilizados reduz as necessidades de movimentação e, por consequência, os custos. A eficiência da movimentação é influenciada também pelo tamanho da carga a movimentar”. 2.5.1 Equipamentos Os Equipamentos e acessórios são fundamentais para facilitar da atividade de transporte de materiais (PAOLESCHI, 2013, p.134). De acordo com Buller (2012, p.86), “existem equipamentos de estocagem e movimentação dos mais variados tipos, manuais, automáticos e mistos”. Tadeu (2010, p.308), afirma que: Métodos e equipamentos de movimentação interna ineficientes podem acarretar altos custo as para empresa devido ao fato que atividade de manuseio deve ser repetida várias vezes e envolve segurança e integridade dos produtos. A utilização de equipamentos adequados para cada tipo de material a ser transportado pode contribuir para melhor execução dessa tarefa. Imagem 1 – Exemplos de equipamentos de estocagem e movimentação Fonte: Buller (2012, p.87) 16 2.5.2 Codificação e marcação de itens Quando produtos vão ser movimentados por sistemas de manuseios, eles são identificados com todas as informações necessárias para que ocorro um manuseio proveitoso. De acordo com Messias (1979, p. 87), a codificação “consiste em ordenar os materiais da empresa segundo um plano metódico e sistemático, dando a cada um deles um determinado número.” Para Dias (1993, p.189-190), a codificação preocupa-se em “representar todas as informações necessárias, suficientes e desejadas por meio de números e/ou letras”. Existem várias formas de codificação, mas os sistemas mais utilizados são: a) Sistema alfabético; b) Sistema alfanumérico; c) Sistemas numérico e decimal. 2.6 PROCESSO DISTRIBUIÇÃO-RECEBIMENTO Baseado em Bertaglia (2016), o processo distribuição-recebimento é a parte que acontece o recebimento do produto ou material, para que ele seja movimentado até o armazém ou centro de distribuição. O autor citado ainda comenta que o recebimento é muito importante na atualização dos estoques. 2.6.1 Análise de qualidades e quantidades Bertaglia (2016), fala que os produtos quando são recebidos, as vezes podem passar por uma análise de qualidade, mas isso só corre eventualmente dependendo do tipo do produto. O autor finalizado afirmando que a checagem de quantidades acontece todas as vezes que o documento é recebido, comparando a quantidade no documento com a quantidade física. 2.6.2 Descarregamento de veículos 17 Bertaglia (2016), diz que o descarregamento acontece depois de passar por todos os procedimentos anteriores: Solicitação ou necessidade de abastecimento. Qualidade de acordo com os parâmetros permitidos. Quantidade dentro do limite de tolerância aceitável (BERTAGLIA, 2016, p.170). 2.7 PROCESSO DISTRIBUIÇÃO-EXPEDIÇÃO O processo distribuição-expedição é a parte que vai ser realizada atividades como a separação de produtos e preparação de pedidos, planejamento e a programação do transporte (BERTAGLIA ,2016). 2.7.1 Separação de produtos Após o planejamento e programação do transporte, ou seja, estabelecer rotas de transporte para entrega do produto inicia-se a etapa de separação de produtos. Resumindo a separação consiste no manuseio de produtos do estoque para ser entregue ao cliente ou colocado para ser executado o carregamento do veículo (BERTAGLIA, 2016). Segundo Moura (2006), o picking ou separação do pedido, consiste em uma atividade de retirada de materiais no estoque dos centros de distribuição para as áreas de envio do produto. De acordo com Alegre (2005, p.6): A tarefa começa com a conversão do pedido do cliente para uma lista de picking, chamada de picking list, a qual mostra locações específicas para cada tipo de produto, quantidade e sequência da coleta de produtos a serem recolhidos. O operador viaja através do centro de distribuição, coletando os produtos do armazém e os transportando ao local de empacotamento e distribuição. 2.7.2 Carregamento do veículo Segundo Bertaglia (2016), carregamento do veículo consiste em colocar a carga no veículo que vai movimentar o produto para o cliente. O carregamento poder 18 ser influenciado pelo tipo e características do material a carregar, infraestrutura para carregamento e características do veículo a ser carregado. Bertaglia (2016, p.179), afirma que “a eficiência no carregamento do veículo pode ser uma vantagem competitiva, principalmente em locais com restrições de capacidade”. 2.7.3 Geração de documentação de transporte e Entrega do produto Compreende na emissão de um documento com detalhes sobre o produto como peso, quantidade, valor etc. também com detalhes sobre o transporte atendendo as exigências do governo, cliente e empresa de transporte. A geração de documento é uma tarefa necessária (BERTAGLIA, 2016). Logo após a documentação, ocorre a entrega ao cliente. Bertaglia (2016, p.181), fala que “corresponde ao processo de entrega do produto ao cliente e de seu recebimento, quando então se verifica se o pedido foi entregue conforme solicitado e se a qualidade está dentro dos parâmetros aceitáveis”. 2.8 CUSTOS LOGÍSTICOS Equilibrar o nível e o custo do serviço é uma das tarefas mais importantes da área de logística de uma empresa, em outras palavras, o setor de logística tenta agradar ao máximo o seu cliente através de um serviço que seja bom, mas que também tenha um preço adequado para o consumidor final. Pozo (2008, p.107) complementa que: “A função da logística é a constante melhoria da rentabilidade e da oferta de nível de serviço ao cliente como fator de desempenho competitivo” Portanto, quando há um aumento no nível de serviço, isso pesa no orçamento da empresa, que acaba tendo que gastar mais por um progresso no processo de confecção de seu produto, e que consequentemente irá custar mais caro para os clientes. E então é aí que encontramos o problema, nem sempre o cliente está disposto a gastar dinheiro em um produto caro. Sendo assim, a logística entra exatamente nesse ponto, amenizando o que chamamos de “custos logísticos”, sendo tudo que é gasto pela empresa para que produto chegue até o cliente. Os custos logísticos também contam com transporte, entrega, expedição no geram, então no valor do produto não está descontado só o preço do material para a 19 confecção do produto, mas também o custo com transportes, como diz Pozo: “Os custos referem-se aos gastos efetuados com materiais e insumos (produção do bem, no caso da indústria), aquisição do produto (no caso do comércio) ou realização dos serviços” (POZO, 2008, p. 108). Rocha (2008, p.39) mostra uma maneira de analisar os custos, classificando- os em: Custos fixos: São aqueles propensos a continuarem uniformes à medida que a atividade se modifica ou pelo menos dentro de um certo intervalo; Custos variáveis: Modificam-se conforme a atividade se altera; Custos diretos: Podem ser associados diretamente a produtos específicos; Custos indiretos: São os chamados custos de administração ou o que sobra após a alocação dos custos diretos, ou seja, que não podem ser alocados diretamente a um produto. 20 3 METODOLOGIA Baseado em Gil (2010), para o desenvolvimento desta pesquisa foi utilizado o método de pesquisa descritiva, que consiste na caracterização,análise, correlacionando variáveis de um grupo, empresa, etc. O autor supracitado ainda aborda que a pesquisa também pode definir-se como bibliográfica, pois foram desenvolvidas com base em materiais já publicados como livros, revistas, teses, dissertações e periódicos. Para a construção do referencial teórico foi elaborado um levantamento bibliográfico em páginas na internet, artigos impressos e digitais, livros e a página da Instituição Correios. Quanto à abordagem da pesquisa ela pode ser considerada qualitativa, pois de acordo com Goldenberg (1997), a pesquisa qualitativa preocupa-se no entendimento de uma organização de forma explanada, e não em quantidades. As características do estudo qualitativo resumem – se em descrever, compreender e explicar. Foi realizada uma visita no centro de distribuição domiciliar de Mossoró- RN, acompanhada pelo Gerente do CDD Anderson Campelo, analisando as atividades no setor operacional. Para a coleta de dados foi realizado uma entrevista com um roteiro de perguntas estruturado para realizar a análise proposta. Também foi feita uma entrevista com o gerente, que respondeu oito perguntas. 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA História do serviço postal A história dos Correios no Brasil vem de muito tempo atrás, onde o Brasil ainda era colônia de Portugal, e os portugueses que aqui estavam enviavam cartas a coroa portuguesa. Com o passar do tempo os correios evoluíram assim como o país, razão pela qual os principais fatos ligados à implantação e ao aperfeiçoamento dos serviços postais fornecem um panorama do próprio desenvolvimento histórico brasileiro. De lá pra cá os correios evoluíram muito, passando de mão em mão, mudando e otimizando serviços para uma melhor satisfação do recebedor. Com a chegada da tecnologia Foram incrementados sistemas, também foram criados vários recursos como o SEDEX, FAC, ECT, entre outros. 21 História da empresa No Brasil desde 25 de Janeiro de 1663, os correios buscam se reinventar a cada ano, focado na satisfação dos seus clientes, muitas vezes com serviços disponibilizados por tecnologias de ponta. 53,3% de seu faturamento é graças aos serviços exclusivos (carta, telegrama e correspondência agrupada). Missão “Conectar pessoas, instituições e negócios por meio de soluções postais e logísticas acessíveis, confiáveis e competitivas.” (CORREIOS) Valores Integridade em todas as relações, pautada na ética, na transparência e na honestidade; Respeito às pessoas, valorizando suas competências e prezando por um ambiente justo e seguro; Compromisso com o resultado, assegurando retornos consistentes à sociedade; Responsabilidade na prestação de serviços e no uso consciente de recursos para assegurar a sustentabilidade do negócio; Orgulho em servir à sociedade e pertencer aos Correios; Orientação ao futuro para responder às necessidades dos clientes com agilidade. (CORREIOS) Prêmios Todo ano os correios recebem prêmios nacionais e internacionais, devido a sua qualidade nos serviços, satisfação do cliente e respeito aos seus colaboradores. São inúmeros prêmios todos os anos, em diversas áreas que correspondem aos serviços prestados pela empresa. 22 4 ANÁLISE SITUACIONAL De acordo com as respostas da entrevista, quanto à primeira questão o gerente explica que atualmente as cartas da unidade são recebidas por dois moldes: primeiro, a informação é recebida via sistema chamado SGDO: Sistema de Gerenciamento Operacional – imagem 2; e o segundo, o recebimento da carga utilizando um formulário padrão chamado Controle de Produção – imagem 3. Imagem 2 – Página de login do SGDO Fonte: Correios Imagem 3 – Formulário controle da produção Fonte: Correios 23 Neste Controle de Produção mostra o indicativo da capacidade de carga por caixeta e seus respectivos tipos. Quanto à segunda questão, as cartas que serão distribuídas são recebidas três dias antes da saída para a realização da atividade, isso ocorre devido ao processo de entrega matutina, pois hoje o município de Mossoró é contemplado com esse projeto. Todas as atividades internas na preparação da carga são sempre no dia anterior, ou seja, é realizado o seguinte processo: TD-1, Triagem por CEP -1, onde todos os carteiros simultaneamente realizam a separação por faixas de CEP de forma coletiva, conforme faixas alocadas e identificadas nas etiquetas amarelas, de acordo com a imagem 5. Nesta processo é separado as correspondências não mecanizáveis, ou seja, que não são separadas na máquina chamada centralizador. Imagem 4 – Armário com identificação para TD-1 Fonte: Correios Após o término da TD-1 é realizado um procedimento chamado dominó, onde todos os carteiros realizam o recolhimento em todas as posições de forma organizada, separando os objetos por formato para viabilizar o processo para a próxima etapa, a TD-2. 24 O recolhimento é realizado da seguinte forma da imagem 5. Imagem 5 – Recolhimento das cartas Fonte: Correios TD-2, Triagem por CEP-2, onde todos os carteiros individualmente realizam a separação da sua percorrida, e/ou separação de outras percorridas, essa é uma forma de equilibrar a separação da TD-2 entre os empregados - Imagem 6, pois a TD-2 é a triagem das correspondências que foram separadas por máquina. Imagem 6 – Armários com identificação para TD-2 Fonte: Correios 25 Quanto a terceira questão, o gerente comenta que uma das premissas muito importante e que seria ideal para a configuração de uma percorrida seria o CEP, mas uma vez que o CEP, não é atribuído de forma lógica, fica impossível partir dessa premissa, então é levado em consideração outros dados que são alimentados em um sistema chamado SIOP (Sistema Integrado da Área Operacional). Imagem 7- Página de login do SIOP Fonte: Correios A partir desse sistema são alimentados com informações que a partir dos dados compilados partem para a configuração das percorridas nos mapas, esse sistema é a base para compor um Centro de Distribuição Domiciliar, ele informa toda a necessidade do efetivo para uma unidade de distribuição, tais como: a) Gerente b) Supervisor e quantidade c) Carteiros d) Veículos, moto, bicicleta, carro, etc. e) Medições dos logradouros das ruas, volume de carga, pontos de entrega etc. Após realizado este levantamento é definido onde partem para a roteirização onde utilizam um documento normatizado pela ETC (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), onde um dos manuais em especifico se chama: MANDIS (Manual de Distribuição e Coleta), este manual regulamenta todo o processo de distribuição, e também a lei postal 6.538 de 22 de junho de 1978. É utilizado um formulário chamado de Boletim de Itinerário – imagem 8: 26 Imagem 8 – Boletim de itinerário Fonte: Correios Este formulário além de ser utilizado para percorridas pedestre é também utilizado para percorrida de bicicleta e motorizada. As legendas das informações necessárias para compor a roteirização da percorrida do carteiro, são: LOGRADOURO: nome da rua completo NUMERAÇÃO DO TRECHO: número da residência correspondente ao inícioda rua e a numeração final. I/R: informar se a numeração é regular ou irregular quando a numeração é irregular é utilizada outra ferramenta que nos auxiliar para a distribuição. Quando a numeração for irregular utilizam uma ferramenta chamada de planilha de reordenamento. Imagem 9 - Planilha de reordenamento Fonte: Correios 27 NUMERAÇÃO DOS PONTOS: G.U (Grande Usuário) D.A (Depósito Auxiliar), utilizado quando a carga de serviço é superior. C.C (Caixa de Coleta) Z/L/U (forma de distribuição na rua para cada forma a um tempo diferenciado). Quanto a quarta questão, um dos principais problemas/gaps/gargalos na distribuição de correspondências é o fato de existir uma sazonalidade no cruzamento de postagem em alto número, superando a capacidade produtiva da unidade, se existe uma média de distribuição de 19.000 objetos dependendo da postagem e do cliente esse número pode mudar em especifico a essa unidade. Quanto a quinta questão, hoje são utilizados três programas que auxiliar nesse trabalho. SIOP (Sistema Integrado da Área Operacional) SIGEM (Sistema de Gestão de Entrega Matutina) – imagem 10, este sistema absorve as informações do SIOP. SRO (Sistema de Rastreamento de Objetos) – imagem 11, este sistema transforma em dados às informações geradas pelos sistemas anteriores. Também, neste sistema contempla as atividades pertinentes ao processo operacional em suas modalidades em suas respectivas áreas. Imagem 10 – Página inicial do SIGEM Fonte: Correios 28 Imagem 11 – Página Inicial do SRO Fonte: Correios Quanto a sexta questão, existe uma gerencia chamada de CEREL (Central de Relacionamento com Cliente), que promove pesquisas a fim de verificar a satisfação dos clientes dos Correios. Quanto a sétima questão, o armazenamento da carga é realizado em caixetas e sua movimentação interna de carga é utilizada mesas de múltiplo uso, ou carrinhos apropriados para carga e descarga. Imagem 12 – Compactação de carga Fonte: Correio 29 Imagem 13 – Caixetas para armazenagem Fonte: Correio Imagem 14 – Caixeta CTA -04 Fonte: Correios Imagem 15 – Manuseio de caixetas Fonte: Correios 30 Quanto a oitava questão, atualmente os Correios trabalham com o modelo de custeio ABC ou custeio Activity Based Costing, baseado em suas atividades. É um método de custeio que está baseado nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos. Em todas as etapas do processo operacional é utilizado o processo Cross docking, que é o descarregamento de carga entre carretas sem que elas fiquem armazenadas, apenas ocorrendo o processo de carga e carga sem passar pelo estoque. Dois tipos de modais é utilizado para o transporte da carga: Aéreo (cargas urgentes com menor prazo) e Terrestre (com maior prazo de entrega). 31 5 PROPOSTAS DE MELHORIAS Nos correios existem dois processos de separação de correspondências onde é utilizado o CEP, a TD-1 (Triagem por Distrito 1), e a TD-2 (Triagem por distrito 2). Atualmente a empresa trabalha com a TD-1, devido esse processo atuar com produtos não mecanizáveis, ou seja, aqueles objetos que devido ao volume ou tamanho não passam por separação em máquinas, o tempo médio dessa atividade é de acordo com a carga do centro de distribuição, nessa situação o tempo da unidade de Mossoró gira em torno de 15 minutos. Então se esse tempo fosse atribuído diretamente ao processo TD-2 a empresa iria induzir mais objetos e consequentemente mais ganho para a entrega no dia posterior, ou seja, se na unidade de Mossoró não tivesse o tempo da TD-1, iria ter um ganho maior na TD-2 que ocasionaria no aumento da distribuição de correspondências. Outro ponto que seria de grande importância se atribuído aos correios, seria trabalhar com entregas agendadas dos chamados objetos qualificados, aquelas que necessitam a assinatura do destinatário no ato da entrega, pois além da segurança moderna, hoje com a oficialização de assinatura digital, ou imagem da entrega, agilizaria muito o processo, embora a empresa conte uma estrutura gigantesca no país, hoje tem um projeto semelhante em São Paulo, área distantes de grandes centros são os últimos a terem esse tipo de projeto implantado. Outra proposta de melhoria seria o trabalho com lote cadenciado de postagens, pois todos os meses no período do dia 01 ao dia 15 os correios recebem um alto índice de postagens com os vencimentos das faturas de clientes corporativos como Bradesco, Santander, Banco do Brasil, etc. O que acaba causando um grande gargalo, pela razão de extrapolar a capacidade produtiva da empresa, provocando o descontentamento do cliente. Seria interessante durante esse período em que os clientes corporativos fazem suas postagens das faturas do dia 01 ao dia 15, a empresa não receber qualquer tipo de postagens de grandes clientes, pois poderá ocorrer falhas na produção. 32 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Como os Correios é uma instituição pública federal que trata diariamente com envios e recebimento de mercadorias, através do desenvolvimento desta pesquisa foi possível conhecer os fatores que englobam a temática de distribuição física, como o recebimento de uma correspondência até a sua expedição. Desse modo, foi observado que as atividades dos carteiros no setor operacional, são todas padronizadas, buscando cumprir eficientemente todos os processos envolvidos na área operacional do centro de distribuição domiciliar. Foi visto todos os recursos que contribuem para que a empresa realize o ciclo de recebimento, acondicionamento e expedição. No entanto, apesar dessa padronização, nota-se que o Centro de Distribuição de Mossoró-RN necessita de algumas melhorias para tornar o processo mais eficiente ou para resolver gargalos ou erros de processo que foram identificados. Com isso, todos os intuitos do estudo foram alcançados, como a identificação dos softwares ou ferramentas para controle usado no processo, que são o SRO, SGDO, SIOP e SIGEM. Além disso, alguns softwares analisados são para uso do nível estratégico, pois há uma restrição de alguns softwares que só podem ser utilizados pelo gerente, não só programas para monitoramento dos carteiros, mas também para auxilio a eficiência dos processos. Ao analisar as atividades executadas para que a correspondência cheguem ao seu destino final, percebeu-se que o processo adotado pelos Correios é bastante otimizado buscando uma melhor qualidade nos serviços. 33 REFERÊNCIAS ALEGRE, Alexander Rivera. Método heurístico para escolha do sistema de picking de um operador logístico: um estudo de caso. 2005. 112 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005. Disponível em:<http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/265613/1/RiveraAlegre_Alexa nder_M.pdf>. Acesso em: 18 jul. 2017. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993. 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São Paulo: CENGAGE, 2010. 35 APÊNDICE A – ROTEIRO DA ENTREVISTA 1- Como é feita a recepção das cartas? 2- Como é feita a separação para a distribuição? 3- Como é feita a roteirização dos carteiros? 4- Quais os entraves/problemas/gaps/gargalos na distribuição de correspondências? 5- Quais os softwares para a roteirização? 6- Como é medido o nível de satisfação dos clientes? 7- Como é feita a armazenagem dos produtos não entregues? 8- Quais são os custos logísticos?