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Profa Andressa Rodrigues de Souza 2018 Promoção da saúde foi nominada, pela primeira vez, pelo sanitarista Henry Sigerist, no início do século XX. Ele elaborou as quatro funções da Medicina: promoção da saúde, prevenção das doenças, tratamentos dos doentes e reabilitação. Segundo a sua concepção, a promoção da saúde envolveria ações de educação em saúde e ações estruturais do Estado para melhorar as condições de vida da população (DEMARZO, 2008). Primária Secundária Terciária Quaternária Promoção da saúde e prevenção específica. A promoção da saúde aparece como prevenção primária, confundindo- se com a prevenção referente à proteção específica (vacinação, por exemplo). Corresponde a medidas gerais, educativas, que objetivam melhorar a resistência e o bem-estar geral dos indivíduos (comportamentos alimentares, exercício físico e repouso, contenção de estresse, não ingestão de drogas ou de tabaco), para que resistam às agressões dos agentes. Orientação para cuidados com o ambiente, para que esse não favoreça o desenvolvimento de agentes etiológicos (comportamentos higiênicos relacionados à habitação e aos entornos). Secundária (diagnóstico e tratamento precoce; limitação da invalidez) Engloba estratégias populacionais para detecção Diagnóstico e tratamento precoce; limitação da invalidez. Engloba estratégias populacionais para detecção precoce de doenças, como por exemplo, o rastreamento de câncer de colo uterino. Também contempla ações com indivíduos doentes ou acidentados com diagnósticos confirmados, para que se curem ou mantenham-se funcionalmente sadios, evitando complicações e mortes prematuras. Isto se dá por meio de práticas clínicas preventivas e de educação em saúde, objetivando a adoção/mudança de comportamentos (alimentares, atividades físicas) Reabilitação Consiste no cuidado de sujeitos com sequelas de doenças ou acidentes, visando a recuperação ou a manutenção em equilíbrio funcional. Conceito atual capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo • maior participação em seu controle. Trabalhar com os Estilos de Vida: sedentarismo, estresse, alto consumo de alimentos industrializados, uso de drogas lícitas e ilícitas. Superar a assistência fragmentada: estabelecer cuidado integral às necessidades com uma relação dialógica - valores sociais, culturais, econômicos (subjetividades). Promover Educação em Saúde: aumentar a autonomia dos sujeitos. Articular o saber científico com o saber popular. Construir Espaços Saudáveis: meio ambiente, ambientes de trabalho, escolas (violência / pouca interação escola /comunidade). Entender as singularidades de cada sujeito. Promover saúde é uma atitude complexa: Necessidade de trabalhar com outros setores (Assistência Social, Educação, Esporte, Cultura, etc) = Ações Intersetoriais. Favorecer maior participação popular = surgem as necessidades de saúde da sociedade; participação em projetos de saúde = empoderar os sujeitos. SAÚDE Asp. Culturais Asp. Sociais Asp. Econômicos SUBJETIVIDADES DO SER HUMANO Reduzir não somente as mortes prematuras Reduzir as chances de produzir incapacidades e sofrimento crônico. OBJETIVO: gestão compartilhada entre: Usuários Trabalhado rda Saúde Movimentos Sociais Outros Setores Décadas de 70 e 80: a sociedade começa a perceber que eram insuficientes as intervenções curativas para a produção da saúde e da qualidade de vida em uma sociedade. Crise dos hospitais. Surgem debates sobre o conceito de Determinantes Sociais da Saúde . Falta de Saneamento Básico Violência Desemprego Fome Dificuldade de acesso à Educação 1ª Conferencia Internacional de Promoção da Saúde - Ottawa, 1986: • Participação de 35 países. • Foi referência ao desenvolvimento das ideias de promoção à saúde em todo o mundo. • A Promoção à Saúde inclui, além dos cuidados de saúde, outros determinantes como: renda, proteção ambiental, trabalho, etc. • Propõe ações com vistas à diminuição das desigualdades sociais. • Adoção de uma postura intersetorial para a formulação de políticas públicas e sua ação sobre o setor saúde (educação, serviço social, saneamento, renda, etc) • Criação de ambientes favoráveis à saúde: proteção do meio ambiente e a conservação dos recursos naturais. • Reorientação dos serviços de saúde: não voltar-se apenas para a doença e sim para a saúde (integralidade das ações). • Participação social: maior autonomia dos indivíduos e da coletividade. Inclui uma ação nova e fundamental, que é o controle desse processo que passa a ser responsabilidade de todos os cidadãos = Controle Social. Dificuldades no processo de mudança de estilo de vida (média de 100 dias). Hegemonia do modelo biomédico centrado na doença. Profissionais da saúde desconhecem o verdadeiro significado de “promoção à saúde”. • Promoção x Prevenção ??? Dificuldades em promover a autonomia das pessoas. Dificuldade em compreender saúde a partir da determinação de diversos fatores e não somente a ausência de doenças. Ações de promoção de saúde (ex: grupos de gestantes) associadas a programas de pré- natal têm reduzido em até 75% o baixo peso e o parto pré termo. No Brasil, programas de incentivo às práticas esportivas e atividades culturais têm tido resultados positivos na redução da violência e do uso de álcool, tabaco e outras drogas. Portaria MS/GM no 399 – 22 de fevereiro de 2006 (Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde) Pacto pela Saúde – três dimensões: Pacto pela Vida Pacto em Defesa do SUS Pacto de Gestão “Promoção da Saúde” é uma das 6 prioridades do Pacto pela Vida! Conjunto de reformas institucionais pactuado entre as três esferas de gestão do SUS (União, estados e municípios). Objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de assistência e gestão. • Estabelece METAS E COMPROMISSOS para cada ente da federação. Os gestores do SUS determinaram as 6 prioridades da situação de saúde da população brasileira: • Saúde do Idoso • Controle de Câncer de colo uterino e mama • Redução da Mortalidade infantil e materna • Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e às endemias (dengue, hanseníase , tuberculose, malária e influenza) •Promoção da Saúde • Fortalecimento da Atenção Básica • Objetivo Geral - Promover a qualidade de vida - Reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes: condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais e transporte. Portaria no 687 – 30 de março de 2006 Objetivos Específicos Diretrizes Ações 1.Incorporar e implementar ações de promoção da saúde, com ênfase na atenção básica (1º acesso); 2. Ampliar a autonomia e a co-responsabilidade de sujeitos e coletividades, no cuidado integral à saúde; 3. Promover o entendimento da concepção ampliada de saúde; 4. Contribuir para o aumento da resolubilidade do sistema de saúde. 5.Favorecer a preservação do meio ambiente e a promoção de ambientes (casa, trabalho, escolas, etc) mais seguros e saudáveis);6.Ampliar os processos de integração baseados na gestão democrática; 7.Prevenir fatores determinantes de doenças e agravos à saúde. Estimular as ações intersetoriais, buscando parcerias; Fortalecer a participação social; Promover mudanças na cultura organizacional, com vistas à adoção de práticas horizontais de gestão. Alimentação saudável; Prática corporal/atividade física; Prevenção e controle do tabagismo; Redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas; Redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito; Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz; Promoção do desenvolvimento sustentável. Incentivo ao aleitamento materno; Campanhas sobre alimentos saudáveis; Estimulo à ações que promovam escolhas alimentares saudáveis por parte dos beneficiários dos programas de transferência de renda. Inserir ações de atividade física na comunidade (caminhadas, prescrição de exercícios, práticas lúdicas, esportivas e de lazer). Realização de campanhas de divulgação, estimulando modos de viver saudáveis com objetivo de reduzir fatores de risco para DCNT. Campanhas educativas de combate ao tabaco (mídia, escolas, UBS, etc); Aumentar o acesso dos fumantes aos grupos de apoio para cessação de fumar. Ações educativas, principalmente para crianças e adolescentes sobre as consequências da “direção alcoolizada”. Investimento na sensibilização e capacitação dos gestores e profissionais de saúde na identificação e encaminhamento adequado de situações de violência intrafamiliar e sexual. Implementação da ficha de notificação dos casos de violência. Apoio ao envolvimento da esfera não- governamental (empresas, escolas, igrejas e associações) no desenvolvimento de políticas públicas de promoção da saúde, em especial no que se refere ao movimento por ambientes saudáveis. Programa Saúde na Escola (PSE). Academias da saúde ao ar livre. Grupos de Caminhada (ESF/PACS). Conselhos Municipais de Saúde. Pesquisar quais são as ações de PROMOÇÃO DA SAÚDE existentes em seu município. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Política nacional de promoção da saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Universidade Federal de São Paulo. Especialização em Saúde da Família Reorganização dos Sistemas de Saúde: Promoção da Saúde e Atenção Primária à Saúde. – São Paulo: Universidade Federal de São Paulo, 2011. CARTA DE OTTAWA. Primeira conferência internacional sobre promoção da saúde. Ottawa, novembro de 1986.
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