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Sintese As proteinas na alimentação animal

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As proteínas são nutrientes orgânicos nitrogenados presentes em todas as células vivas, entretanto, são essenciais à vida de todo animal. Para algumas espécies animais, como homem, suínos, aves, cães etc, a quantidade importa tanto quanto a qualidade e outras espécies, como bovinos, ovinos e quinos, já não acontece o mesmo. A proteína é indispensável para o crescimento, produção e reprodução do animal, pois forma o principal constituinte do seu organismo.
	A composição química das proteínas são carbono(51 a 55%), hidrogênio (6,5 a 7,3%), oxigênio (21,5 a 23,5 %) e nitrogênio (15,5 a 18%). Muitas contem enxofre (0,5 a 2,0%) e algumas possuem ferro e fósforo (0,0 a 1,5%). As proteínas são unidades polimerizadas de aminoácidos, que são produtos finais de hidrolise, que é quando as proteínas são fervidas durante horas com ácidos fortes ou quando executadas por enzimas próprias. Durante a digestão, dá-se também o seu desdobramento até os aminoácidos, que são unidades de absorção.
	As proteínas tem diversas funções como estrutural, fonte de energia, regulação do metabolismo, mecanismo de defesa, balanço de fluidos, genética e transporte. 
	A função estrutural pode ser dividida entre formação dos tecidos, que diz que o principal constituinte dos órgãos e da maioria dos tecidos, são as proteínas e sua função nenhuma outra sustância pode fazer e peles, pelos, penas, unhas, chifres e músculos são constituídos praticamente só de proteínas, e divida em manutenção e reparo, já que as proteínas servem para a renovação de novos tecidos, com necessidades que variam segundo o estagio de desenvolvimento e a categoria do animal dentro da espécie.
	As proteínas atuam como fonte de energia quando em excesso ou quando faltam os carboidratos e gorduras.
	Dentro da regulamentação do organismo, encontramos secreções glandulares, já que muitos hormônios e enzima são protéicos ou contem resíduos de aminoácidos como parte essencial de sua estrutura, como a pepsina e a tripsina, já a insulina possui, ao menos, nove aminoácidos. A tiroxina é um aminoácido iodado e a adrenalina tem como substância fundamental a tirosina. Também podemos citar a desintoxicação do organismo, já que durante o metabolismo há produção de ácido benzóico, que seria bastante tóxico para o próprio organismo, que é combatido com uma combinação sua com a glicina produzindo o ácido hipurico, que não é tóxico. E por ultimo, a síntese de outras substancias importantes para o metabolismo, como a creatina. 
	No mecanismo de defesa, a proteína atua uma importante função, a formação de anticorpos imunoglobulinas. 
	Balanço de fluidos é a manutenção do equilíbrio ácido-base que tem a participação das proteínas, a albumina sérica tem poder tamponante neste sistema. 
	Na genética tem a função de formação de nucleoproteínas. 
	Além de transportar hemoglobina, mio globina e globulinas.
	Para a digestão e absorção de proteínas, elas devem ser desdobradas até o aminoácido, que é a forma que a permite ser absorvida. Porem, pequenos peptídios podem ser absorvidos nas vilosidades intestinais. A digestão e a absorção é importante para que as proteínas se tornem aptas para o metabolismo. As proteínas não digeridas são eliminadas na matéria fecal do animal, junto com as proteínas de origem microbiana e das enzimas utilizadas na digestão.
	A qualidade de uma proteína para a nutrição do animal que a ingeriu, é determinada pelos seus próprios aminoácidos presentes nas substâncias protéicas.
	
	O valor protéico bruto de um alimento se da quimicamente a partir do seu conteúdo em nitrogênio, a percentagem de nitrogênio obtido, em termos de proteína bruta, multiplicando-se por 6,25 e esse processo se baseia em duas suposições, a primeira seria que todas as proteínas contêm 16% de nitrogênio e a segunda que todo o nitrogênio contido no alimento está na forma protéica. 
Essas suposições não são inteiramente correta pois as proteínas dos alimentos possuem diferentes teores de nitrogênio e, portanto, seria necessário usar fatores de conversão diferentes e a suposição de que todo nitrogênio presente no alimento vem da proteína também não é correta, pois sabe-se que podem estar presentes muitos outros compostos nitrogenados não protéicos, como nas amidas, aminas, aminoácidos livres, sais de amônio, glicosídeos, alcalóides, pigmentos, entre outros.
	Os aminoácidos que não são sintetizados no organismo animal ou não são em qualidade suficiente, recebem a denominação de aminoácidos essenciais. De modo geral, são os aminoácidos necessários ao crescimento e a produção. Aqueles que normalmente podem ser sintetizados, são classificados como não essenciais. O valor biológico de uma proteína não é afetado, se ela for deficiente num aminoácido não essencial.
	Há uma inter-relação entre os aminoácidos essenciais e não essenciais. Se estes últimos não forem fornecidos em quantidade adequada, terão que ser sintetizados e os seus radicais aminicos são retirados dos aminoácidos presentes, portanto os essências.
	A avaliação da proteína, pode ser dividida em duas classes. A Classe 1 ou Proteínas completas, são as proteínas que contem todos os aminoácidos essenciais em quantidade que se aproxima do ideal, a única proteína de origem animal que não se enquadra nessa classe, é a gelatina. A Classe 2 ou Proteínas incompletas, são as proteínas deficientes em um ou mais aminoácido, as proteínas da maioria dos vegetais, se encaixam nesse grupo. 
	As proteínas de origem animal são completas, com exceção da gelatina, não haverá síntese de uma proteína nos tecidos do organismo se os alimentos não fornecerem cada um dos aminoácidos essenciais necessários. Na prática de alimentação, as misturar de alimentos apresentam valor biológico mais alto do que os alimentos isolados, as proteínas vegetais são, na maioria, incompletas, mas não são deficientes nos mesmo aminoácidos. 
	A suplementação protéica resulta numa conseqüência importante, os alimentos da mistura necessitam fornecer proteínas de alta qualidade, para que a suplementação corrija as deficiências das diversas proteínas empregadas, a suplementação só é valida, quando feita junto da alimentação. 
	Os elementos ricos em proteínas têm, em geral, preços mais elevados do que os alimentos ricos em carboidratos e pobres em proteínas. Por esse motivo, procura-se conhecer o mínimo que se deve fornecer aos animais.
	O aminoácido é usado para produzir energia, ocorrendo sua desaminação a acido úrico, subindo o nível desse composto no sangue. O excesso de aminoácido não é aconselhado por que é um nutriente de custo elevado, a oxidação resulta em composto nitrogenados que sobrecarregam o fígado e os rins e apenas 60% da proteínas se torna disponível para produzir energia e quando o nível de aminoácido é muito grande, pode haver uma intoxicação do animal.
	
	A deficiência de aminoácidos causa acumulo no sangue até ser absorvido, torna o crescimento do animal mais lento, em aves ocorre empenamento retardado e nas aves também pode haver canibalismo.

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