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Farmacodinâmica
Dose do fármaco administrada
Concetração do fármaco na circulação sistêmica
Concentração do fármaco no local de ação
Efeito Farmacológico
Resposta clínica
-Toxicidade
-Eficácia
Ação das drogas: efeito do fármaco com receptor.
Efeito das drogas: consiste no resultado final da função biológica.
Tipos de efeitos das drogas:
Citotóxica: destruição seletiva de células (antibióticos).
Irritação: efeito lesivo sobre as células (ácidos que irritam a mucosa gástrica).
Depressão: diminuem a atividade celular (barbitúricos – deprimem o SNC).
Estimulação: aumento da atividade celular (Adrenalina).
Quantidade adequada da droga necessária para produzir um efeito de resposta no paciente. 
Dose analgésica da aspirina: 0,3 a 0,6g.
Dose antiinflamatória da aspirina 3 a 6g/dia.
Tipos de doses:
Dose terapêutica,Dose profilática, Dose tóxica
As substâncias químicas que possuem afinidade por um determinado receptor, podem ser chamadas de agonistas ou antagonistas.
Quando fármaco de liga a um receptor = criação de um complexo – altera o funcionamento celular.
Nenhum fármaco é totalmente específico nas suas ações, aumento da dose afeta outros alvos = efeitos colaterais. 
Sítio de ação: locais onde as substâncias endógenas ou exógenas (fármacos)interagem para promover uma resposta fisiológica ou farmacológica.
Em Farmacologia: Receptor é o local onde o fármaco interage e produz efeito um efeito farmacológico. 
Droga+receptor
1. Efeito máximo: agonista pleno/total
2. efeito parcial: agonista parcial
3. nenhum efeito: antagonista
Os fármacos, em sua maioria, são eficazes, porque se ligam a proteínas-alvo, que consistem em:
Enzimas, transportadores, canais de íons, receptores, parede/membrana celular
Os agonistas causam alterações na função celular, produzindo vários tipos de efeitos; os antagonistas ligam-se aos receptores sem provocar essas mudanças.
A potência de um agonista depende de dois parâmetros: a afinidade (tendência a ligar-se a receptores) e a eficácia (capacidade, uma vez ligado, de provocar alterações que produzem efeitos). Para os antagonistas a eficácia é zero.
agonistas totais (que podem produzir efeitos máximos) exibem alta eficácia, agonistas parciais (que só podem produzir efeitos submáximos) possuem eficácia intermediária.
agonistas inversos é um agente capaz de se ligar ao mesmo receptor que um agonista, mas induzindo uma resposta farmacológica oposta (R BZD, R histamina).
O antagonismo competitivo reversível
na presença do antagonista, a curva de concentração do agonista é desviada para a direita, sem alteração da sua inclinação ou do máximo, sendo a extensão do desvio uma medida da relação da dose;
a relação da dose aumenta de modo linear com a concentração do antagonista.
Reduz a potência da droga.
Receptores: propranolol, benzodiazepínicos, atropina, 
Canais iônicos: anestésicos locais
Enzimas: aspirina, captopril
Moléculas transportadoras: glicosídios cardíacos, fluoxetina
São denominados receptores ionotrópicos.
Participam principalmente na transmissão sináptica rápida.
A ligação do ligante (fármaco) e a abertura do canal ocorrem numa escala de tempo de milissegundos.
Receptores acoplados à proteína G
São denominados receptores metabotrópicos.
Consistem em sete domínios que atravessam a membrana. Uma da alça intracelular é maior do que as outras e interage com a proteína G.
A proteína G é uma proteína de membrana que consiste em três subunidades (), em que a subunidade possui atividade de GTPase.
São termos sinônimos que descrevem a perda do efeito de um fármaco em poucos minutos. O termo tolerância é usado para descrever uma redução gradual na resposta a um fármaco, podendo levar vários dias.
Vários mecanismos podem estar envolvidos:
alteração de receptores;
perda de receptores;
exaustão de mediadores (anfetamina);
aumento da degradação metabólica;
adaptação fisiológica.
Farmacocinética
Dose do fármaco administrada
Concetração do fármaco na circulação sistêmica
Distribuição- Fármaco nos tecidos de distribuição
Biotransformação e Excreção- Fármaco metabolizado ou excretado
Ação das drogas: efeito do fármaco com receptor.
CONCEITO Þ estuda os processos de absorção, distribuição, metabolismo e excreção dos fármacos.
ABSORÇÃO DE FÁRMACOS
Passagem do fármaco pelas membranas mucosas para a circulação sanguínea. Quatro maneiras:
difusão direta através dos lipídios;
difusão pelos poros aquosos;
proteína transportadora transmembrana;
pinocitose.
Difusão Simples: lipossolúveis e PM (peso molecular)
Difusão por Poros: hidrossolúveis e PM
Transporte Ativo: hidrossolúveis e PM
Difusão simples (lipídica)
Grande nº de barreiras lipídicas que separam os compartimentos do corpo. 
Moléculas apolares: difundem-se através das membranas celulares.
Moléculas pequenas
Alta lipossolubilidade
Moléculas não ionizadas
Ex: anestésicos, alcaloides, hormônios.
Existe uma estreita correlação entre a solubilidade lipídica e a permeabilidade da membrana celular às diferentes substâncias
Propriedades físico-químicas dos fármacos que influenciam na absorção:
Lipossolubilidade: substâncias não polares atravessam facilmente as membranas por difusão passiva. Fármaco lipossolúvel penetra no SNC.
Tamanho da molécula: menores passam com facilidade.
pH e ionização: os fármacos são ácidos e bases fracos, cuja ionização varia com o pH do meio. A forma não carregada sofre difusão através da membrana lipídica.
FORMA NÃO IONIZADA - APOLAR
ATRAVESSAM membranas por Difusão Simples se o fármaco for lipossolúvel
FORMA IONIZADA - POLAR 
NÃO ATRAVESSAM membranas por DIFUSÃO SIMPLES
A acidificação (ácido ascórbico) da urina acelera excreção de bases fracas e retarda a de ácidos fracos.
A alcalinização (bicarbonato) da urina reduz a excreção de bases fracas e aumenta a de ácidos fracos.
Difusão passiva simples depende:
Moléculas pequenas, alta lipossolubilidade, moléculas não ionizadas
Transporte mediado por transportadores
Transporte mediado por transportadores é importante para drogas quimicamente relacionadas a substâncias endógenas.
Difusão facilitada: sem gasto de energia,
transporta na direção do gradiente eletroquímico.
Transporte ativo: ocorre contra gradiente eletroquímico, por exemplo com Na+.
Ligação dos fármacos às proteínas plasmáticas influencia na distribuição, a qual depende da:
concentração da substância livre;
sua afinidade pelos sítios de ligação;
concentração de proteínas plasmáticas – GRAU DE NUTRIÇÃO.
Locais de absorção dos fármacos
Trato gastrintestinal:
Mucosa bucal, mucosa gástrica, mucosa intestino delgado, mucosa intestino grosso, pulmão (administração por inalação), pele
Grande área de superfície absortiva e circulação no local de administração favorecem a absorção
Mucosa gástrica:
pobre vascularização; pH entre 1,0 e 3,5 
Refeições sólidas, ácidas, gordurosas, quentes e volumes líquidos acima de 300 ml tendem a induzir um acentuado retardo do esvaziamento gástrico
Pode retardar a chegada do fármaco ao intestino delgado, principal local de absorção – retardar a velocidade de absorção.
Mucosa intestino delgado:
Camada única de células, vilosidades e microvilosidades, alto suprimento sanguíneo, ampla superfície de absorção.
Diarreia: menor absorção
Constipação: maior absorção 
Fatores ligados ao paciente que influenciam na absorção
* Tempo de trânsito intestinal;
* Esvaziamento gástrico;
* Condições patológicas (aumento ou diminuição da motilidade intestinal, retenção no estômago);
* Metabolismo de primeira passagem.
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS
CONCEITO: Passagem do fármaco da corrente
circulatória para o interstício/células/tecidos.
Padrão de equilíbrio da distribuição depende:
permeabilidade através das barreiras teciduais;
ligação no interior do compartimento;
partição do pH (ionização);
partição lipídio: água (lipossolubilidade).
ligação a proteínas plasmáticas e dos tecidos (toxicidade).
Ligação dos fármacos às proteínas plasmáticas influenciana distribuição, a qual depende da:
concentração da substância livre;
sua afinidade pelos sítios de ligação;
concentração de proteínas plasmáticas – GRAU DE NUTRIÇÃO.
Barreira hematoencefálica
Camada contínua de células endoteliais
Inacessível agentes antineoplásicos, aminoglicosídeos (lipossolubilidade insuficiente)
Inflamação (meningite) possibilita passagem
Substâncias que penetram o SNC
Drogas polares, lipossolúveis, tamanho molecular reduzido (álcool), elevado coeficiente de partição óleo/água
Barreia placentária
Pode restringir a passagem dos fármacos da circulação materna para a fetal;
A Gicoproteína P – transportador de efluxo – limita a exposição fetal a substâncias potencialmente tóxicas
É um tecido metabolizador que pode transformar fármacos, produzindo metabólitos, e até inativá-los, protegendo os órgãos imaturos do feto;
Por outro lado, os metabólitos produzidos pela placenta podem ser mais tóxicos do que o fármaco e lesar o feto.
ELIMINAÇÃO DE FÁRMACOS
Eliminação da substância Þ perda irreversível do corpo Þ metabolismo e excreção
Metabolismo Þ conversão enzimática
Excreção Þ eliminação da substância inalterada ou seus metabólitos
Vias de eliminação:
os rins Þ urina, forma inalterada ou metabólitos polares;
o sistema hepatobiliar Þ reabsorção no intestino;
os pulmões Þ anestésicos gerais (gases);
leite e suor Þ eliminação de quantidade desprezível, porém com significado sobre o lactente (bebê)
Metabolismo
Refere-se a interação do fármaco com o organismo, geralmente por processos enzimáticos, com objetivo de facilitar a eliminação.
 Modificação bioquímica que visa tornar o fármaco mais polar (mais facilmente eliminado pelos rins).
 Envolve dois tipos de reações bioquímicas: Reações de Fase 1 e Reações de Fase 2.
Reação de Fase I e Reação de Fase II
Local: ocorre no fígado, no retículo endoplasmático liso, enzimas microssomais, citocromo P450
REAÇÕES DE FASE I
São catabólicas (oxidação, redução e hidrólise), em geral, formam produtos mais reativos quimicamente (algumas vezes mais tóxicos e carcinogênicos).
Sistema da Monooxigenase P450
Citocromo P450 são proteínas da heme
São catabólicas;
Produzem grupos reativos que podem ser tóxicos. 
Etanol – metabolizado pelo álcool desidrogenase além da CYP2E1.
Citocromo P450
Principal mecanismo para metabolização de fármacos e xenobióticos;
Relacionado a efeito tóxicos de medicamentos;
Envolvido no mecanismo de interação de medicamentos. 
REAÇÕES DE FASE II
São anabólicas, (conjugação Þ glicuronidação - síntese), formando geralmente produtos inativos e facilmente excretáveis.
Conjugado Þ farmacologicamente inativo e menos
lipossolúvel (hidrossolúvel), excreção urina ou bile.
Substâncias endógenas Þ Bilirrubina, corticosteroides
Inibição do P450 :induzem a atividade da enzima CYP450, aumentam velocidade de excreção = biodisponibilidade menor.
Indução de Enzimas Microssomais: induzem a diminuição da enzima CYP450, diminuem excreção – biodisponibilidade maior. 
	 Via renal
Os fármacos podem ser eliminados do organismo na FORMA INALTERADA e na forma de METABÓLITOS (polares). 
Os fármacos LIPOSSOLÚVEIS não são eficientemente eliminados pelos rins. A maioria dos fármacos lipossolúveis é metabolizada a compostos mais POLARES, que são então eliminados na urina. 
A via renal constitui a principal via de eliminação e é realizada pelos seguintes processos:
Filtração glomerular
Secreção tubular ativa
Difusão passiva através do túbulo renal
Difusão através do túbulo renal
Excreção lenta - substâncias com alta
lipossolubilidade e elevada permeabilidade capilar.
Substância polar e baixa permeabilidade capilar Þ concentração 100x mais alta na urina do que no plasma
Ionização dependente do pH
LATÊNCIA: intervalo desde tempo de administração até início do efeito. Depende da absorção, distribuição e localização do sítio ativo. 
Duração de ação: intervalo de tempo que dura entre o momento que inicia e termina a ação; depende da distribuição e eliminação; efeito desaparece: foi eliminado. 
Idosos → a excreção renal de fármacos diminui.
Insuficiência renal → fármacos e metabólitos ativos excretados fundamentalmente pelos rins podem acumular-se → TOXICIDADE.
Recém-nascidos e prematuros → filtração glomerular e fluxo plasmático renal são aproximadamente 30% a 40% inferiores aos dos adultos.

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