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FARMACOLOGIA BÁSICA Farmacologia... ato de prescrever ❑Seleção do fármaco: ❑Prevenir, reverter ou atenuar (processo patológico). Terapêutica medicamentosa + científica e + racional ❑Atingir o órgão em concentrações adequadas: ❑ Dose, via e intervalo. “Janela terapêutica” menores concentrações geradoras de efeito concentrações potencialmente tóxicas S U B T E R A P I A T O X I C I D A D E Como prescrever??????? • Situações fisiológicas – Idade – Sexo – Peso – Gestação • Hábitos do paciente – Fumo – Álcool • Doenças – Insuficiência renal – Insuficiência hepática ORIENTAÇÕES PROVENIENTES DA FARMACOCINÉTICA Substância Química (Drogas) + Sistema Biológico Efeito benéfico (Droga-medicamento) Efeito maléfico (Droga-tóxico) Toxicologia Farmacoterapia; Diagnóstico; Prevenção de doenças (Profilaxia) Para evitar gravidez; Alimentos como medicamentos Drogas órfãs Efeitos Farmacologia É o estudo das substâncias que interagem com sistemas vivos por meio de processos químicos. Farmacologia Médica É a ciência das substâncias utilizadas na prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças. FARMACOLOGIA CLÍNICA Estudo dos efeitos dos fármacos em seres humanos: • Fármacos úteis para prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças humanas; • Substâncias sem uso terapêutico frequentemente responsáveis por intoxicação doméstica, industrial ou ambiental; • Substâncias usadas com fins recreativos ou substâncias de abuso. Farmacologia Atual Desenvolvimento de nova droga Como agem os fármacos “ As moléculas de um fármaco devem exercer alguma influência química em um ou mais constituintes da célula para produzir uma resposta farmacológica.” • É necessário que as moléculas dos fármacos fiquem tão próximas a estas moléculas a ponto de alterar a sua função. •Pontos -alvo para ligação dos fármacos: •Enzimas • Moléculas transportadoras • Canais iônicos • Receptores •Ramo da Farmacologia que estuda os processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos. •É o que o organismo faz sobre a droga. Ramo da Farmacologia que estuda os mecanismos de ação e os efeitos fisiológicos dos fármacos. É o que a droga faz no organismo. FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA Toxicidade Eficácia Dose da droga administrada Concentração da droga na circulação sistêmica Concentração da droga no local de ação Efeito farmacológico Resposta clínica ABSORÇÃO DISTRIBUIÇÃO ELIMINAÇÃO Droga metabolizada ou excretada Droga nos tecidos de distribuição F A R M A C O C IN É T IC A FARMACODINÂMICA TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA Relação Risco X Benefício “O que distingue um fármaco de um veneno é a dose” Galeno FARMACOLOGIA • Estuda quantitativamente a cronologia dos aspectos bioquímicos e fisiológicos dos efeitos dos fármacos. • Divide-se em duas áreas principais: FARMACOLOGIA FARMACODINÂMICA o que o fármaco faz com o organismo. FARMACOCINÉTICA o que o organismo faz sobre o fármaco. DROGA FARMACOCINÉTICA •Vias de administração •Absorção •Distribuição •Biotransformação •Eliminação ORGANISMO FARMACODINÂMICA •Local de ação •Mecanismo de ação •Efeitos Concentração no local do receptor RELAÇÕES ENTRE FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA FARMACOCINÉTICA • OBJETIVO: • Estabelecer a quantidade do fármaco que se encontra disponível num determinado local do organismo para exercer uma ação farmacológica. Concentração do fármaco no plasma é o melhor índice de efeito clínico que a dose administrada. • Determinação adequada da posologia (F.F; dose indicada; intervalo entre as doses; via administração). • Interpretação da resposta inesperada ao medicamento – ex: ausência de efeito e presença de efeito colateral. • Motivos: • 1. paciente não segue instruções; • 2. paciente não é instruído; • 3. Modificação da biodisponibilidade; • 4. Erros de medicação; • 5. Interação droga – droga; • 6. Cinética anormal de distribuição e eliminação. IMPORTÂNCIA DA FARMACOCINÉTICA •Melhor compreensão da ação das drogas, intensidade - duração do efeito terapêutico e tóxico depende do LADME. • Posologia em situações especiais. Ex: paciente com insuficiência renal • Pesquisa – aspectos farmacocinéticos ex: meia vida do fármaco. IMPORTÂNCIA DA FARMACOCINÉTICA Sistema LADME Fármaco na forma farmacêutica FASE BIOFARMACÊUTICA FASE FARMACOCINÉTICA FASE FARMACODINÂMICA FÁRMACO DISPONÍVEL PARA ABSORÇÃO FÁRMACO DISPONÍVEL PARA AÇÃO EFEITO FARMACOLÓGICO Liberação do P.A. Sítio de administração Sistema LADME Interação fármaco-receptor IMPORTÂNCIA DA FARMACOCINÉTICA IMPORTÂNCIA DA FARMACOCINÉTICA FARMACOCINÉTICA FARMACOCINÉTICA Fármaco no local de absorção Fármaco no corpo Fármaco excretado Metabólitos Tempo FARMACOCINÉTICA CLÍNICA Tempo Sucesso Falha Toxicidade Fármaco livre ligado Metabólitos Plasma FARMACOCINÉTICA A b s o rç ã o Distribuição VIAS DE INTRODUÇÃO Fármaco Sistema biológico Cutânea Gastrintestinal Alveolar Vascular Hemato-encefálica Placentária Barreira Biológica FARMACOCINÉTICA Refere-se ao processamento dos fármacos no organismo, incluindo sua: –Absorção: barreiras corporais →circulação sanguínea. –Distribuição: fármaco da corrente sanguínea →tecidos. –Biotransmormação: é a transformação do fármaco em outra(s) substância(s), por meio de alterações químicas,. – Excreção: é a retirada do fármaco do organismo, inalterado ou por metabólitos ativos e/ou inativos. Absorção –Absorção passagem através de membranas biológicas até atingir a circulação sanguínea. –Ação da droga depende da sua concentração ao chegar a biofase (local de ação). –Para atingir a biofase é preciso que a droga penetre no organismo rapidamente superando os processos de metabolização (biotransformação) e de excreção, e assim manter a concentração adequada em tempo suficiente para que haja a ação. FATORES ENVOLVIDOS NA ABSORÇÃO LIGADOS AO MEDICAMENTO •Lipossolubilidade •Peso molecular •Grau de ionização •Concentração LIGADOS AO ORGANISMO •Vascularização do local •Superfície de absorção •Permeabilidade capilar Vias de introduçãoCaracterística da membrana Fatores relacionados à substância química Fatores relacionados ao organismo Fatores que influenciam na taxa de absorção do fármaco 2-Grau de ionização do fármaco: •Resultado: •Formas não ionizadas→lipossolúvel difundir-se através das membranas. •Formas Ionizadas → INCAPAZ de atravessar membrana lipoprotéica FATORES RELACIONADOS À SUBSTÂNCIA QUÍMICA 3-Tamanho e carga dos íons ou moléculas. 1- Solubilidade: ↑lipossolubilidade da substância, maior a capacidade de atravessar as membranas lipoprotéicas. Relacionados com o organismo • local de administração: pele ou ar • grande área de superfície e bom fluxo sangüíneo. • mecanismos de absorção; • vias de introdução; • locais de armazenamento; • barreiras hematoencefálica e placentária; • processos de biotransformação; • indução e inibição de sistemas enzimáticos; • e excreção. 1- Biodisponibilidade é a velocidade e a quantidade relativa da substância que alcança intacta a circulação geral, ou seja, a concentração disponível na corrente sangüínea para a ação. Características: • espessura de 7 a 9 nm; •dupla camada de fosfolipídios: • com grupos polares na face externa, •ácidos graxos perpendiculares no espaço interno, •proteínas inseridas na bi-camada formando poros (água). • Ácidos graxos não têm estrutura rígida (fluidos ) •→ Fluidez: garante rápida a absorção, podendo a membrana ser considerada uma estrutura dinâmica. Membranas Biológicas 2- Transporte através da membrana: Fármacos e membranas biológicas •Fármacos usam espaços intercelulares são para entrar nas células; •Água , sais e compostos de baixo peso molecular →transporte através da membrana biológica; •Membrana celular é uma estrutura dinâmica,mutável e adaptável à passagem de diferentes substâncias. •Comportamento funcional é variável no organismo→ diferenças na velocidade de absorção, quantidade e tipo de substâncias transportadas pelas membranas celulares. Membrana plasmática fase hidrófoba hidrófilas hidrófilas TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 1.Transporte passivo • Difusão simples •Filtração 2. Transportes especializados • Transporte ativo • Difusão facilitada • Endocitose - Difusão simples: contínuo movimento de moléculas e íons em líquidos ou gases. - Depende da lipossolubilidade, do gradiente de concentração, do coeficiente de partição óleo/água e do grau de ionização da substância química. - Ex.: álcool. Difusão simples Membrana lipídica intracelularextracelular Toxicante Toxicante MECANISMOS DE TRANSPORTE Transporte Passivo Difusão Simples • segue um gradiente de concentração em virtude de sua solubilidade na camada lipídica; • é diretamente proporcional ao gradiente de concentração através da membrana; • partícula se mova ao acaso, o soluto se direciona para “invadir” áreas de menor concentração; • transporte do soluto é realizado na região de maior para a de menor concentração através da membrana, sem interferência e gasto de energia pela membrana. • Processo onde água flui através dos poros da membrana e carrega consigo qualquer soluto pequeno que atravesse os poros. •Depende do tamanho, da carga e da forma das partículas. •Ex.: A uréia é uma substância absorvida por filtração. Filtração extracelular intracelular Toxicante Toxicante membrana celular MECANISMOS DE TRANSPORTE Transporte Passivo Ocorre a favor de um gradiente de concentração. Depende da disponibilidade de um transportador, que tem a função de tornar a substância a ser transportada solúvel em lipídeos. MECANISMOS DE TRANSPORTE Transporte Especializado DIFUSÃO FACILITADA Líquido extra- celular Partícula insolúvel em lipídios Proteína transportadora Citoplasma Características: Requer um “transportador” ; Realiza-se contra gradiente de concentração; Implica gasto de energia (ATP); Utilizado apenas por substâncias de peso molecular elevado, hidrossolúveis ou ionizadas; Mecanismo utilizado por ácidos e bases fortes. MECANISMOS DE TRANSPORTE Transporte Especializado Transporte Ativo ocorre contra um gradiente de concentração e através do consumo de energia. Depende da seletividade e saturabilidade de um transportador (T). TRANSPORTE ATIVO Líquido extra-celular Citoplasma Sítios de fixação de K+ Bomba K+/ Na+ Sítios de fixação de Na+ Fonte: http://sis.nlm.nih.gov/enviro/toxtutor/Tox2/index.html Ocorre quebra da tensão superficial e formação de vesículas denominadas pinocíticas. Este tipo de transferência tem sido importante para a remoção de material particulado dos alvéolos por fagócitos e do sangue pelo sistema reticulo endotelial do fígado e baço. MECANISMOS DE TRANSPORTE Transportes Especializados Pinocitose e fagocitose ENDOCITOSE Líquido extra-celular Citoplasma Membrana Fonte: http://sis.nlm.nih.gov/enviro/toxtutor/Tox2/index.html Mecanismos de transporte na membrana Velocidade de transporte de substâncias através de uma membrana é influenciada • pela espessura e área permeável da membrana; • características do fármaco; • tamanho, forma molecular e coeficiente de partição lipídeo/água. • o pH do meio determina seu grau de dissociação em solução. ABSORÇÃO Cmax Tmax ASC ABSORÇÃO Fator de Biodisponibilidade (F): Fração da dose administrada que chega inalterada à circulação sistêmica Fintravenosa = 100% Foutra via 100% Foutra via = ASCoutra via / ASCintravenosa ABSORÇÃO Biodisponibilidade: Velocidade e extensão de absorção de um fármaco a partir de uma forma de administração Biodisponibilidade Relativa: Comparação da biodisponibilidade de um fármaco a partir de diferentes formas de administração ABSORÇÃO Biodisponibilidade e Biodisponibilidade relativa Parâmetros Avaliados: Cmax = pico de concentração Tmax = tempo onde ocorre Cmax ASC = Área sob a curva de concentração plasmática versus tempo ABSORÇÃO Transporte através de membranas Concentração Transporte mediado por carreador Difusão passiva Taxa máxima T a xa i n ic ia l d e t ra n s p o rt e (q u a n ti d a d e /t e m p o ) ABSORÇÃO A permeabilidade é facilitada por: • peso molecular; • lipossolubilidade; • ionização da molécula; • características físicas da barreira: superfície de contato, espessura e gradiente de concentração; Ex: anestesia x inflamação. ABSORÇÃO Difusão Passiva através de membranas Taxa de Penetração = P/E x S x C P = permeabilidade E = espessura S = superfície C = gradiente de concentração Transporte através de barreiras epiteliais Esôfago Estômago Intestino delgado Intestino grosso ABSORÇÃO: Refere-se ao movimento da droga de seu local de administração à circulação. Locais: mucosa oral, pele, intestino, músculos. Dependentes da via de administração: Ingestão oral Adminstração sublingual Adminstração parenteral Administração transdérmica BIODISPONIBILIDADE: Proporção de uma dose administrada que atinge a circulação sistêmica Fatores dependentes: • velocidade e magnitude de absorção da droga • fração de droga absorvida após metabolização Ex: Propanolol I.V. = 5mg Oral = 40mg a 80mg Droga Sist. porta hepático 1a passagem Circulação sistêmica Fração dependente da metabolizacao hepática Fatores que interferem a distribuição • Características do fármaco: lipossolubilidade, tamanho, ionização, tamanho complexo farmaco-receptor. • Débito cardíaco; • Permeabilidade capilar; • Conteúdo de lipídeo no tecido; • Ligação à proteínas plasmáticas. Meia-vida plasmática DISTRIBUIÇÃO :Proporção de distribuição da droga pelo organismo, após haver alcançado a circulação sistêmica ../Farmacologia 1/Meia vida plasmática.ppt DISTRIBUIÇÃO Fatores que condicionam o movimento da droga * Do compartimento intravascular (plasmático) para: o extravascular (intersticial); o cefalorraquidiano; o extravascular e intracelular cerebral; o placentário; o túbulo renal ; * Do extracelular para o intracelular. Distribuição - Estudo Droga chega ao sangue: Concentração plasmática da droga, permeabilidade do endotélio capilar, ligação das drogas às proteínas plasmáticas e a biodisponibilidade e volume de distribuição da droga. DISTRIBUIÇÃO Tecido Massa (Kg) Fluxo sangüíneo (mL/min) Fluxo sangüíneo (% débito cardíaco) cérebro 1,4 750 13,9 coração 0,3 250 4,7 fígado 2,9 1500 27,8 rins 0,3 1260 23,3 músculo 64,4 840 15,6 pele 4,0 462 8,6 corpo todo 70 5400 100 DISTRIBUIÇÃO HorasMinutos C o n c e n tr a ç ã o T e c id u a l ( m g /K g ) C o n c e n tr a ç ã o n a g o rd u ra ( m g /K g ) Gordura Rins Cérebro Proteínas plasmáticas Ligam-se a fármacos e a outros constituintes do organismo. Albumina mais abundante no plasma e serve como depósito e proteína transportadora para muitos compostos exógenos e endógenos. •Liga-se a um grande número de fármacos. •Importância da ligação de proteínas-fármaco: relaciona-se com o efeito adverso: equilíbrio da fração ligada (inativa) e a fração livre (ativa); MAIOR EFEITO ADVERSO QUANTO MAIOR A FRAÇÃO LIVRE. O grau de ligação proteica das drogas depende: - afinidade entre as drogas e proteínas plasmáticas; - concentração sanguínea da droga; - concentração das proteínas sanguíneas. DISTRIBUIÇÃO O perfil de distribuição de um fármaco em humanos é avaliado pelo Volume aparente de distribuição (Vd). Vd = (Dose x F)/Cp Cp = concentração plasmática no tempo zero Permeabilidade Capilar As drogas atravessam as paredes capilares por duas vias: •Transcelular – por pinocitose, difusão simples e tranporte ativo. •Intracelular– sistema de poros ou canais existentes no endotélio, entre as células Rim – excreta maior parte dos hidrossolúveis. Fígado – biossintetiza macromolécs e recebe subst. absorvidas intestino delgado antes de serem distribuídas Volume Real de Distribuição Podem variar de acordo com a droga: • lipossolubilidade • polaridade e ionização • grau de ligação com ptns plasmáticas ou teciduais Volume Real de Distribuição Ou paciente: • idade; • peso e tamanho corporais; • hemodinâmica; • concentração das proteínas plasmáticas; • estudos patológicos; • genética. DISTRIBUIÇÃO Compartimento e Volume Exemplos de Fármacos Água Água corporal total (0,6 L/Kg) Pequenas moléculas hidrossolúveis (etanol) Água extracelular (0,2 L/Kg) Moléculas hidrossolúveis maiores (gentamicina) Sangue (0,08 L/Kg) Plasma (0,04 L/Kg) Moléculas ligadas às proteínas plasmáticas e moléculas grandes (heparina) Gordura (0,2 – 0,35 L/Kg) Moléculas lipossolúveis (DDT) Osso (0,07 L/Kg) Alguns íons metálicos (chumbo, fluoreto) ELIMINAÇÃO as drogas do organismo pode ocorrer tanto por modificação metabólica quanto por excreção (predominantemente renal). A remoção de uma droga do organismo é quantificada como seu clearance ou depuração, expresso pelo volume do plasma do qual a droga é completamente eliminada por unidade de tempo (ex. ml/min). • Cuidados com interações medicamentosas Algumas drogas inibem o clearance hepático de outras drogas. EXCREÇÃO •Eliminação de um fármaco sem modificação de sua estrutura molecular. •Processos: Filtração glomerular,secreção tubular, reabsorção→ néfrons. •Drogas removidas do corpo através da urina, inalterada ou como metabólitos polares (ionizados); •Substâncias lipofílicas (apolares): metabolizadas, em produtos mais polares → excretados na urina. EXCREÇÃO Túbulo Proximal Túbulo Coletor Túbulo Distal Alça de Henle Glomérulo Sangue arterial Sangue venoso FARMACOCINÉTICA - EXCREÇÃO Representação esquemática da reabsorção e secreção no néfron. Características da droga (lipos- solubilidade, peso molecular), reabsorção e secreção. Esquema de um néfron localizando filtração glomerular, reabsorção e secreção tubulares CÁPSULA DE BOWMAN Filtração de todas as substâncias de baixo peso molecular ALÇA DE HENLE Reabsorção de água TUBOS COLETORES Reabsorção de água TÚBULO PROXIMAL Secreção ativa de algumas drogas eletrolíticas fracas, especialmente ácidos. Reabsorção de água TÚBULO DISTAL Excreção passiva e reabsorção de drogas lipossolúveis. Reabsorção de água URINA EXCREÇÃO Túbulo Proximal Alça de Henle Túbulo Distal Túbulo Coletor Glomérulo Filtração Reabsorção Ativa Secreção Reabsorção Passiva Depuração (“Clearance”) • Taxa de eliminação, normalizada com a concentração de um fármaco; • Volume de líquido biológico (sangue ou plasma) que contém a quantidade da droga removida pelo rim (na depuração renal) ou ainda metabolizada pelo fígado (depuração hepática) na unidade de tempo - ml/min ou ml/min/kg [Cltot = Clrim + Clhep + Cloutros ] • É extremamente relevante para estabelecer a dose da droga em tratamento de longo prazo. INFLUÊNCIA DO pH URINÁRIO NA EXCREÇÃO Tempo de meia vida (t ½) •É o tempo necessário para que a concentração plasmática de determinado fármaco seja reduzida pela metade BIOTRANSFORMAÇÃO Modificação da estrutura molecular de um fármaco por meio de reações metabólicas enzimáticas, gerando uma nova substância química - o metabólito. BIOTRANSFORMAÇÃO FASES DO METABOLISMO DE FÁRMACOS EXEMPLO: Aspirina Ácido salicílico Glicuronídio Fármaco Fase 1 Derivado Fase 2 Conjugado Oxidação Hidroxilação Desalquilação Desaminação Conjugação METABOLISMO DAS DROGAS Representação esquemática Metabolismos de FASE I : convertem o fármaco original em um metabólito mais polar através de oxidação, redução ou hidrólise. O metabólito resultante pode ser farmacologi-camente inativo, menos ativo ou, às vezes, mais ativo que a molécula original. Algumas drogas polares são conjugadas na sua forma original sem passarem por reações da Fase I. REAÇÕES DE FASE I REDUÇÃO, HIDRÓLISE. OXIDAÇÃO, Resultam em produtos, em geral, mais reativos quimicamente e, portanto, algumas vezes mais tóxicos ou carcinogênicos do que a droga original Preparam a droga para sofrer a reação de fase II. Fase II do Metabolismo Compreende reações de conjugação REAÇÕES DE FASE II CONJUGAÇÃO Resultam normalmente em compostos inativos BIOTRANSFORMAÇÃO (FASE I) BIOTRANSFORMAÇÃO (FASE II) BIOTRANSFORMAÇÃO INDUTORES ENZIMÁTICOS INDUTOR FÁRMACOS AFETADOS Benzopireno Teofilina Barbitúricos Barbitúricos, cloranfenicol, cortisol, clorpromazina, cumarínicos, estradiol, testosterona, fenilbutazona, fenitoína Fenilbutazona Cortisol, digitoxina Rifampicina Cumarínicos, digitoxina, metoprolol, glicocorticóides, metadona, anticoncepcionais orais, propranolol INDUTORES ENZIMÁTICOS A estimulação da atividade das enzimas microssomais por medicamentos e outras substâncias representa importante problema clínico. Drogas como analgésicos, anticonvulsivantes, hipoglicemiantes orais, sedativos e tranqüilizantes estimulam a sua própria biotransformação e a de outras drogas. A indução enzimática: ▪ a veloc. de biotransformação hepática da droga; ▪ a velocidade de produção dos metabólitos; ▪ a depuração plasmática da droga; ▪ a meia-vida sérica da droga; ▪ as concentrações séricas da droga livre e total; ▪ os efeitos farmacológicos se os metabólitos forem inativos. Um indutor pode estimular ativamente a síntese de uma enzima O citocromo P450 é rapidamente induzido por muitas drogas INIBIÇÃO ENZIMÁTICA A inibição das enzimas microssomais: • Diminui a velocidade de produção de metabólitos; • Diminui a depuração total; • Aumenta a meia vida da droga no soro; • Aumenta as concentrações séricas da droga livre e total; •Aumenta os efeitos farmacológicos se os metabólitos forem inativos. Inibidores da biotransformação de drogas: Exposição aguda ao etanol Cloranfenicol e alguns outros antibióticos Cimetidina Dissulfiram Propoxifeno Enzimas que sofrem interferência de inibidores: - Colinesterases, - Monoaminooxidase (MAO), - Aldeído Desidrogenase, - Álcool Desidrogenase - Citocromo P450. INIBIDORES ENZIMÁTICOS INIBIDOR FÁRMACOS AFETADOS Cloranfenicol Antipirina, dicumarol, tolbutamida Cimetidina Clordiazepóxido, diazepam, warfarina Cetoconazol Ciclosporina, astemizol, terfenadina Fenilbutazona Fenitoína, tolbutamida Grapefruit Alprazolam, atorvastatina, ciclosporina, cisaprida Dissulfiram Antipirina, álcool, fenitoína, warfarina Álcool Clordiazepóxido, diazepam, metanol BIODISPONIBILIDADE • É a fração do fármaco administrado que atinge a circulação sistêmica; • É expressa como a fração do fármaco administrado que tem acesso a circulação sistêmica na forma quimicamente inalterada; • Quantidade de fármaco disponível no organismo para utilização;. • Absorção adequada não garante biodisponibilidade, devido alguns fármacos serem biotransformados, no fígado, antes de atingirem a circulação geral (metabolismo de primeira passagem); • Influencia a resposta clínica, a escolha das doses e as vias de administração. ELIMINAÇÃO O perfil de eliminação de um fármaco em humanos pode ser avaliado pela Depuração (CL). CL = (Dose x F)/ASC A depuração mede o volume de sangue que fica livre do fármaco por unidade de tempo. ELIMINAÇÃO A depuração intrínseca de um órgão ou tecido corresponde à capacidade de remover o fármaco do sangue durante a sua perfusão. A depuração tecidual é o produto da depuração intrínseca de um órgão ou tecido pelo fluxo sangüíneo local. A depuração total de um fármaco corresponde ao somatório das depurações teciduais. ELIMINAÇÃO A V A V Q = Fluxo sangüíneo CA = Concentração arterial CV = Concentraçãovenosa ELIMINAÇÃO E = Razão de extração = Depuração intrínseca E = (CA – CV)/ CA ELIMINAÇÃO = Depuração Tecidual ELIMINAÇÃO ELIMINAÇÃO Fármaco Fluxo Razão de Extração CL Alta Razão de Extração Baixa Razão de Extração Símbolos: aumento Pouca mudança redução FATORES QUE INTERFEREM NA ELIMINAÇÃO DOS FÁRMACOS Fluxo sangüíneo hepático (ml/min) D e p u ra ç ã o ( m l/ m in ) ELIMINAÇÃO O perfil de eliminação de um fármaco em humanos também pode ser avaliado pelo Tempo de meia-vida (T1/2). T1/2 = Vd x 0,693/CL O T1/2 é o tempo necessário para a concentração plasmática de um fármaco cair à metade. PERÍODO DE LATÊNCIA tempo entre a administração até o aparecimento do primeiro efeito EFEITO MÁXIMO geralmente atingido quando a concentração da droga chega ao máximo FATORES QUE INTERFEREM NA ELIMINAÇÃO DOS FÁRMACOS Ligação às proteínas plasmáticas FATORES QUE INTERFEREM NA ELIMINAÇÃO DOS FÁRMACOS 1 mês 2 meses Idade FATORES QUE INTERFEREM NA ELIMINAÇÃO DOS FÁRMACOS Idade FATORES QUE INTERFEREM NA ELIMINAÇÃO DOS FÁRMACOS Idade Neonatos NeonatosAdultos Adultos Fração Livre Fármaco Volume (L/Kg) FATORES QUE INTERFEREM NA ELIMINAÇÃO DOS FÁRMACOS ELIMINAÇÃO O perfil de metabolização de um fármaco em humanos pode ser avaliado pela Razão Metabólica (RM) RM = ASCfármaco/ASCmetabólito ELIMINAÇÃO A excreção renal de um fármaco em humanos pode ser avaliada pela Fração Excretada (FE) FE = Massafármaco na urina/(Dose x F)
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