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 A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA CONSTRUÇÃO DE ESCOLAS DEMOCRÁTICAS:
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Ana Claudia Mota
Jaqueline Jovita Natalina Borges Macedo
Maria Jocemara da Silva
Marilene Garcia Wolff ¹
Paulo da Silva Ribeiro²
RESUMO
O como principal objetivo é descrever a importância da participação da sociedade nas instituições de ensino para torná-las democráticas; a escola é um dever do Estado e dever da sociedade frequentar regularmente estabelecendo uma formação social com conhecimentos científicos, transformando a aprendizagem efetiva e significativa por parte dos alunos. A gestão democrática implica na participação da comunidade escolar (estudantes, pais, professores e funcionários) em todas as questões da organização da escola, esta atuação manifesta-se nas diferentes etapas da gestão escola: planejamento, execução e avaliação. Essa nova forma de comandar a educação estabelece fazer coletivo. A Constituição Federal de 1988 determina a participação da comunidade como um dos princípios da educação brasileira, regida por leis integrantes como Plano Nacional da Educação (PNE) e Leis de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), um dos contratempos que podemos citar é o padrão de escola arcaico onde somente a equipe administrativa detêm o poder de decisão. 
Palavras-chave: Aprendizagem. Democrática. Constituição. 
INTRODUÇÃO
	
Há muitas décadas as instituições escolares funcionavam de acordo com regras rígidas, estabelecidas por pessoas que não possuíam um conhecimento aprofundado. Com o surgimento das políticas públicas educacionais, tem como principal objetivo contribuindo para um ensino de qualidade, preocupando em formar cidadãos de caráter, convivendo com harmonia e respeito ao próximo. [1: ]
Para a compreensão da gestão democrática como direito de participação, precisamos antes, entender a escola como uma instituição social que, de acordo com a nossa legislação tem como função primeira a formação de cidadãos para participar conscientemente da sociedade em que vivem. Assim, para que a escola possa dar essa formação, ela precisa vivenciá-la no seu interior de forma concreta.
O educando deve orientar seus familiares a serem participativo nas questões sociais do meio em que está inserido, auxiliando a gestão escolar e os professores para tornar os resultados educacionais eficazes e significativos.
As palavras participação e gestão passam a ser interligadas e inseparáveis no contexto de gestão democrática participativa, todos os termos são de extrema importância, principalmente devido aos desafios colocados para a construção de uma sociedade mais democrática. As escolas públicas lutam por uma gestão democrática é um princípio presente na Constituição Federal (BRASIL, 1988), sendo orientada por processos de participação da comunidade escolar e local, mediada pela participação dos mecanismos como o Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, Assembleia Escolar, Associação de Pais e Mestres (APM), organizações associativas da escola, dentre outros.
Mas como mudar a organização do trabalho na escola? A partir da reflexão sobre os problemas que tem dificultado ou impossibilitado uma gestão democrática, observando concomitantemente as normas do sistema, através da legislação vigente e das políticas educacionais, que postulam a participação como o caminho para a resolução dos problemas da escola.
GESTÃO DEMOCRÁTICA PARTICIPATIVA
O cenário atual da educação busca oferecer um ensino de qualidade respeitando as individualidades da sociedade, construindo uma escola que possibilite um ensino de qualidade para todos, considerando as limitações de cada educando. As leis que regulamentam o ensino, técnicas educacionais são analisadas por congressos, fóruns, universidades, reuniões que buscam o desenvolvimento do ensino no Brasil visando tornar uma aprendizagem efetiva. 
A diversidade de alunos é um dos desafios, pois a sociedade tradicionalmente ordenada pela exclusão, precisando então buscar uma gestão na qual engloba a todos sem distinções. Para contemplar esses atributos no âmbito escolar há uma obrigatoriedade de renovar toda a estrutura educacional, esquecendo métodos tradicionais.
A gestão democrática é uma proposta de mudança nas escolas que tem como objetivo de tornar um local de formação de pessoas com a capacidade de elaborar e realizar seus objetivos, tais proposições posicionam os discentes na função de determinar, programar, efetivar e analisar projetos de suas preferências. A liberdade do aluno para preparar e realizar seus projetos é seguida da sua atuação na gestão escolar, que se institui de maneira democrática.
As tecnologias de informação e a comunicação são ferramentas de aprendizagem que as crianças e os jovens utilizam na contribuição da execução dos projetos, nessas instituições de ensino a função do educador é de mediador da aprendizagem e também inspirador. Algumas escolas já aderiram a esta transformação educacional e fizeram grandes mudanças na estrutura educacional comprovando que uma revolução na educação é possível, e possibilita uma educação de qualidade.
A Constituição Federal de 1988 foi desenvolvida no final do período da Ditadura, pois buscavam um período mais democrático (com a participação de todos). Reivindicavam modificações no funcionamento do Estado, o principal objetivo era colaborar de forma direta com a construção das politicas sociais e fiscalizar as ações dos estados.
Alguns governos contrários ao regime iniciaram medidas para acatar as pretensões democráticas, e tinham como objetivo fiscalizar as ações politicas setoriais. A Constituição de 1988 foi primordial a inserir a gestão democrática como principio da educação nacional, pois os conceitos de gratuidade e obrigatoriedade estão contidos em artigos precedentes.
Anteriormente as gestões aceitavam a participação dos pais somente se eles contribuíssem de modo significativo, sendo assim egocêntrico e burocrático sem considerar as contribuições da coletividade. A gestão democrática nas escolas tem como objetivo a participação ativa da comunidade nas deliberações da administração, para inspirar os alunos a serem interativos buscando uma sociedade democrática, algo que está se alterando devido as necessidades dos educandos e avanços tecnológicos.
As escolas e os sistemas de ensino precisam criar mecanismos para garantir a participação da comunidade escolar no processo de organização e gestão dessas instâncias educativas. A participação só será efetiva se os agentes que compõem a comunidade escolar conhecerem as leis que a regem, as políticas governamentais propostas para a educação, as concepções que norteiam essas políticas e, principalmente, se estiverem engajados na defesa de uma escola democrática que tenha entre seus objetivos a construção de um projeto de transformação do sistema autoritário vigente.
 Segundo a composição da LDB a Gestão Escolar democrática:
No artigo 14 da LDB diz que a metodologia de ensino estabelecerão as normas de gestão democrática e ainda os incisos I e II do referido artigo evidencia a atuação dos profissionais da educação na construção do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares (...), e ainda no artigo 3° inciso VIII diz que o ensino será ministrado com base em uma gestão democrática do ensino público, com base nisso percebe-se que existe uma repetição a fórmula da Constituição Federal no inciso VII do art. 206 apresenta como princípio uma gestão democrática podemos perceber que a Constituição delegou para LDB as orientações gerais permitindo onde cada sistema definisse e regulasse sua própria organização e funcionamento artigo 14, a LDB retoma o tema e indica:
Art. 14: Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - Participação das comunidadesescolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. (BRASIL, 1996).
Um dos princípios da democracia é a igualdade, transparência e autonomia em todos seus níveis (pedagógicos, administrativos e financeiros). Buscando o total desenvolvimento do indivíduo, formação para a ação da cidadania e competência profissional. As instituições de ensino necessitam delimitar seus propósitos, bem como as implicações, pois a gestão democrática é um artificio que assegura a cada envolvido o mesmo poder de manifestação e determinação.
Para uma boa administração necessita de dois pilares; a escola que podemos delimitar como inerente com atuação dos profissionais da educação na ordenação do projeto da escola, e de outra perspectiva se enuncia a colocação da comunidade, incorporando na composição e andamento dos concelhos escolares.
Entendemos que a democratização começa no interior da escola, por meio da criação de espaços nos quais professores, funcionários, alunos, pais de alunos etc. possam discutir criticamente o cotidiano escolar. Nesse sentido, a função da escola é formar indivíduos críticos, criativos e participativos, com condições de participar criticamente do mundo do trabalho e de lutar pela democratização da educação em nosso país. (OLIVEIRA; MORAES; DOURADO. 2014. pag. 10) 
É uma preocupação com o ensino de qualidade elevar o nível das crianças, adolescentes e jovens para entender a competitividade e os valores humanos inerentes na formação do profissional e pessoal. A Constituição Federal (BRASIL, 1988) salienta a gestão democrática como sistema de ensino que conduz a uma relação de forma organizada com pais, alunos, comunidade, funcionários e gestores cuja a finalidade é garantir a participação igualitária na construção coletiva.
Levando sempre em consideração que as unidades escolares devem ser laica, aceitando e respeitando a pluralidade cultural, criando um ambiente seguro e benéfico ao aprendizado levando em conta as especificidades de cada educando.
A gestão democrática implica, portanto, a efetivação de novos processos de organização e gestão, baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e participativos de decisão. Nesse sentido, a participação pode ser implementada e realizada de diferentes maneiras, em níveis distintos e em dinâmicas próprias no cotidiano escolar.
	
MATERIAIS E MÉTODOS
Com o objetivo de aprofundar os conhecimentos sobre a gestão democrática nas instituições de ensino realizamos pesquisas em livros e analisamos conteúdos via internet, elaboramos procedimentos pertinentes para o andamento proveitoso do trabalho. Com os materiais utilizados percebemos a importância de transformar as instituições de ensino em gestões democráticas, ou seja, com a participação de todos.
A participação dos pais na vida da escola tem sido observada em pesquisas, como um dos indicadores mais significativos na determinação da qualidade do ensino, isto é, aprendem mais os alunos cujos pais participam mais da vida da escola. (LÜCK, 2005, p.86).
	
Os pais desejam aos seus filhos uma educação de qualidade, para um bom andamento pais e escola devem caminhar juntos, com suas tarefas delimitadas sem confundir educação com escolarização. È responsabilidade dos pais propiciar a educação, lazer, valores humanos, saúde buscando o desenvolvimento integral dos filhos. Já a escola deve assegurar a aprendizagem, através de suas metodologias ambicionando seu sucesso escolar.
RESULTADO E DISCUSSÃO
Por meio dessa pesquisa e discussões sobre o tema acima citado, obtivemos diversos resultados, na gestão democrática escolar se discuti a legislação, as políticas e gestão da educação básica é um desafio para todos na escola: pais, professores, estudantes, direção, funcionários e comunidade. Esse diálogo tem o sentido de se fazer valer o direito à educação e à escola de qualidade para todos, visando à participação dos indivíduos na sociedade e sua formação cidadã. Portanto merece ser analisado cada segmento e suas possíveis formas de participação, além das legislações vigentes.
A questão da descentralização dentro da gestão participativa envolve delegar responsabilidades com alunos, pais, professores e funcionários. De forma que ainda se tenha o controle de todos os aspectos, mas que ocorra o compartilhamento de tarefas e decisões, de modo a levar a democracia ao ambiente escolar. 
A adoção de uma gestão funcional descentralizada implica na sociabilização da comunidade educativa no processo de tomada de decisão, no investimento da construção de um clima e cultura organizacional favorável e no desenvolvimento de boas práticas de participação e comunicação, em que os indivíduos passam a se sentirem envolvidos e empenhados na vida da escola, de forma que o clima organizacional seja motivador do comprometimento com a educação, convertendo a instituição de ensino em um espaço de partilha e de construção no processo de democratização da escola.
A gestão da escola configura-se em ato político, pois requer sempre uma tomada de posição política. Exige um posicionar-se diante das alternativas. A gestão escolar não é neutra, pois todas as ações desenvolvidas na escola envolvem atores e tomadas de decisões. Nesse sentido, ações simples, como a limpeza e a conservação do âmbito escolar, até ações mais complexas, como as definições pedagógicas, o trato com situações de violência, entre outras, indicam uma determinada lógica e horizonte de gestão, pois são ações que expressam interesses, princípios e compromissos que permeiam as escolhas e os rumos tomados pela escola. 
		
CONCLUSÃO 
Os mecanismos participativos atuantes na escola possuem certa eficiência, e o que mais favorece a construção de uma gestão democrática participativa é sem dúvida a atuação da equipe gestora aberta a novas ideias, uma vez que a mesma é a responsável por criar oportunidades e momentos de reflexão e construção coletiva, sem se desfazer dos mecanismos de participação, pois estes devem atuar conjuntamente em prol de uma democratização do ambiente escolar.
Adotar momentos de avaliação é essencial para se construir uma escola de qualidade, e para tal ação é necessário a participação não só de um segmento como vem ocorrendo na escola, mas de toda a comunidade, pois todos possuem capacidade de contribuição. Tal processo além de integrar a comunidade escolar, é uma ferramenta de ajustes, inovações, planejamentos e decisões, em que estas devem ser baseadas em ações passadas tão necessárias para a construção do processo educativo
Portanto, consideramos e defendemos que a gestão democrática deve ser buscada pelos gestores, não meramente para atender à legislação, mas porque ela é fundamental e necessária para atingir os objetivos educacionais. Independente da nossa postura em relação a gestão democrática, e o que ela representa no interior da escola, ou como forma possível de encaminhar o trabalho diário, ou se espaço criado e articulado pelo próprio estado para interesses hegemônicos, concluímos que qualquer ação depende do compromisso de cada um. O grau de comprometimento é a extensão das conquistas alcançadas no espaço político e pedagógico.
REFERÊNCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR-6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: setembro. 2018
LÜCK, Heloísa. et.al. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 5.ed. Petrópolis: Vozes, 2005.
OLIVEIRA; João Ferreira de. MORAES; Karine Nunes de. DOURADO; Luiz Fernandes. Gestão escolar democrática: definições, princípios e mecanismos de implementação. Políticas e gestão na educação. Goiás–GO. 2014.
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Licenciatura em Pedagogia (PED 1300) - Seminário Interdisciplinar VIII– 26/09/2018

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