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NOÇÕES BÁSICAS DO DIREITO TRIBUTÁRIO

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NOÇÕES BÁSICAS DE
DIREITO TRIBUTÁRIO
Conteúdo Programático:
Direito Público e Privado. Conceito de Direito, Direito objetivo e subjetivo,, fontes do Direito, fases da lei, noções de interpretação jurídica aplicada. O Direito Constitucional, o Direito Administrativo, o Direito Internacional, o Direito Penal, o Direito Tributário (financeiro), Direito Processual. O Direito Civil, o Direito Comercial, o Direito Trabalhista e o Direito do Consumidor.
Direito e Legislação Tributária. Aspectos Legais do Direito Tributário, ordem econômica e financeira, sistema Tributário Nacional, finanças públicas, princípios constitucionais tributário, poder de tributar, Código Tributário Nacional. Competência Tributária, limitações, poderes e atributos, competência tributária da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, competência cumulativa, comum e residual. Receitas Públicas e Tributos, conceito e classificação de receitas, conceito e classificação de tributos, impostos, taxas e contribuições de melhorias, contribuições parafiscais e empréstimo compulsório, distribuição de receitas tributárias. Normas Gerais de Direito, Tributário, legislação tributária, obrigação tributária (principal ou acessória), crédito tributário e administração tributária. Ilícito Tributário, infrações tributárias, sanções administrativas e penais, crimes fiscais. Contencioso Tributário, processo administrativo tributário, processo judicial, conselhos de contribuintes.
Conceito de Direito
“DIREITO É UM COMPLEXO DE NORMAR REGULADORAS DA CONDUTA HUMANA, COM FORÇA COATIVA.”
Correia e G. Sciascia. Manual de direito romano. 5ª edição 
“Direito é um conjunto de normas executáveis coercitivamente, reconhecidas ou estabelecidas e aplicadas por órgãos institucionalizados“
Paulo Dourado de Gusmão
Conceito de Direito
“DIREITO OBJETIVO pode definir-se como o complexo das regras impostas aos indivíduos nas suas relações externas, com caráter de universalidade, emanadas dos órgãos competentes segundo a constituição e tornadas obrigatórias mediante a coação”. (Ruggiero)
DIREITO SUBJETIVO é o poder que as pessoas têm de fazer valer seus direitos individuais.
DIREITO PÚBLICO – envolve normas voltadas para a organização do Estado, que não podem ser mudadas pela vontade das partes. Ex.: como a obrigação de pagar tributos.
DIREITO PRIVADO- envolve normas voltadas para a regulamentação de condutas eminentemente particulares, podendo, dentro do limite da lei serem alteradas pela vontade das partes. Ex.: normas contratuais.
Fontes do Direito
Fontes do Direito
Processo Legislativo
FASES (ou tramitação) DO PROCESSO (ou do procedimento) LEGISLATIVO:
1ª Fase = INICIATIVA = É a faculdade que a Constituição atribui a alguém ou a algum órgão para apresentar projeto de lei, inaugurando o processo legislativo;
2ª Fase = COMISSÕES TÉCNICAS = Divide-se: Comissões Temporárias (aquela que inicia e termina o trabalho dentro da mesma legislatura) e Comissões Permanentes (aquela que passa de uma legislatura para outra legislatura);
3ª Fase = CASA OU CÂMARA REVISORA = Obrigatoriamente o projeto iniciado por uma das casas deve ser revisto pela outra casa;
4ª e 5ª Fases = DISCUSSÃO E VOTAÇÃO = Na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal de acordo com a apresentação do projeto. A primeira câmara que examina o projeto é chamada de iniciadora. A segunda, de revisora. Na iniciadora, o projeto passa primeiro pelo crivo das comissões permanentes e, posteriormente, é levado à discussão e votação em plenário (que é o ato de decisão que se toma por maioria dos votos) = Atos do Poder Legislativo;
Processo Legislativo
 6ª e 7ª Fases = SANÇÃO E VETO = Respectivamente, são o ato pelo qual o Presidente da República dá a sua aquiescência ao projeto de texto legal que lhe é submetido, ou seja, o projeto de lei que acaba de chegar do Congresso Nacional discutido e votado. Vetar significa dizer, discordar dos termos de um projeto de lei. O veto pode ser total ou parcial;
8ª Fase = PROMULGAÇÃO = Uma das fases da elaboração da lei. Ela atesta oficialmente a existência de uma lei nova que não foi votada pelo Congresso Nacional (geralmente nas matérias de iniciativa do Presidente da República) = Atos do Poder Executivo; e.......
9ª Fase = PUBLICAÇÃO = Última fase da elaboração de uma lei. Com ela a lei se torna executável (vigente – eficaz) em todo o Território Nacional. É o modo oficial estabelecido para possibilitar o conhecimento da lei por todos. A publicação ocorre na imprensa oficial, ou seja: Diário Oficial da União (DOU). Diário Oficial do Estado (DOE). Diário Oficial do Município(DOM). 
Noções de Interpretação do Direito
Código Tributário Nacional
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I - a analogia;
II - os princípios gerais de direito tributário;
III - os princípios gerais de direito público;
IV - a eqüidade.
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.
A lei tributária não pode alterar os conceitos para aplicação em normas relativas a tributos. Os significados devem sempre ser os mesmos!!
Noções de Interpretação do Direito
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
Estes benefícios devem ser aplicados conforme a letra da lei!
Observação – A analogia aplica-se apenas quando existir uma lacuna na lei. OU SEJA, NÃO EXISTE PREVISÃO ESPECÍFICA!!
“(…) a analogia só é aplicada na ausência de disposição expressa na legislação tributária. Por essa expressão, identificam-se não apenas as leis, tratados e decretos, mas, também os atos normativos expedidos pela autoridade admistrativa (arts. 96 e 100 do CTN)”. ( STJ – RESP 1037560/SC)
Relação entre Direito Tributário e outros ramos do Direito
Relação entre Direito Tributário e outros ramos do Direito
Relação entre Direito Tributário e outros ramos do Direito
Relação entre Direito Tributário e outros ramos do Direito
Relação entre Direito Tributário e outros ramos do Direito
Direito Tributário
Sistema Tributário Nacional
Sistema Tributário Nacional - Capítulo I do Título VI – Tributação e Orçamento, compreendido entre os artigos 145 e 169.
ESTRUTURA:
Seis Seções, a saber:
 Seção I  -  Dos Princípios Gerais ( art. 145 a art. 149-A )
 Seção II  -  Das Limitações do Poder de Tributar (art. 150 a art. 152 )
 Seção III  -  Dos Impostos da União ( art. 153 a art. 154 )
 Seção IV  -  Dos Impostos dos Estados e do Distrito Federal ( art. 155 )
 Seção V  -  Dos Impostos dos Municípios ( art. 156 ) 
 Seção VI  -  Da Repartição das Receitas Tributárias ( art. 157 a art. 162).
Legislação Tributária
Artigo 96 do Código Tributário Nacional:
 A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. 
O Sistema Tributário Nacional é composto inicialmente pelas normas trazidas na Constituição Federal, mas também devem ser consideradas as leis ordinárias, complementares, regulamentos, decretos, portarias, instruções normativas e demais atos.
Legislação Tributária
Decreto – espécie normativa que tem por finalidade complementar os termos da lei, trazendo especificações
e detalhes. Não pode inovar o mundo jurídico, mas apenas regulamentar o conteúdo da lei, a fim de conferir-lhe aplicabilidade. 
Portaria – atos normativos expedidos por chefes de repartições públicas determinando a tomada de providências oportunas e conveniêntes para o andamento do serviço público – Ex: portaria com identificação da forma de preenchimento de guia de recolhimento, horário de atendimento de postos fiscais. 
Resolução – ato do Congresso Nacional ou de suas Casas, destinado à regulamentar ato de sua competência, geralmente com efeitos internos. Através de resoluções podem ser fixadas alíquotas de tributos (art. 155, §2°, inciso IV e V, “a”e “b”, da CF.
Consultas Fiscais – instrumentos previstos em legislsção federal e estaduais, que permitem aos contribuintes formularem questionamentos ao Poder Público, a fim de dirimir dúvidas justificadas sobre a aplicação da legislação fiscal. Seu resultado vincula a Administração ao consulente. Podem ser utilizadas como referência para demais, porém não possuem força obrigatória contra o Poder Público.
Tributo – Conceito 
Para que seja possível a apresentação das espécies tributárias, princípios constitucionais, isenções, imunidades, dentre outros, antes de mais nada é preciso que se conheça a definição do principal elemento do Direito Tributário, qual seja, O TRIBUTO.
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
O tributo é uma receita DERIVADA, ou seja advém do patrimônio privado!!
Existem ainda receitas originárias, representadas pela exploração do patrimônio do próprio Estado.
Tributos previstos na Constituição Federal
IMPOSTOS
 Nominados (arts. 145, I, 153, 155, 156)
Residuais (art. 154, I)
Extraordinários de guerra (art. 154, III)
TAXAS 
De Poder de Polícia (art. 145, II, primeira parte)
De Serviços Públicos Específicos e Divisíveis (art. 145, II, segunda parte)
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA (art. 145, III)
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS 
Sociais (art. 149 e 195)
De Intervenção no Domínio Econômico (art. 149)
Do Interesse de Categorias Profissionais (art. 149)
De Iluminação Pública Municipal e Estadual (art. 149 – A)
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS 
Extraordinários de calamidade ou guerra (art. 148, I)
De Investimento (art. 148, II)
Espécies Tributárias
Imposto – definido pelo artigo 16 do CTN como tributo cujo fato gerador é uma stuação desvinculada de qualquer atividade estatal. Disto resulta que o imposto ocupa a posição de grande fonte de receita, haja vista representar ingressos nos cofres públicos, sem destinação específica, podendo ser utilizado para qualquer atividade de manutenção estatal.
Taxas – representam tributos cobrados dos contribuintes em razão de uma contraprestação estatal, caracterizada pelo exercício do Poder de Polícia ou utilização efetiva ou potencial de serviço público especifica e divisível prestado ou colocado a disposição. (art. 77 CTN). Este tributo somente é devido quando o contribuinte usufrui de uma atividade estatal.
Contribuição de melhoria – tributo devido em razão da valorizaão de imóvel decorrente da construção de obras públicas. A cobrança depende de plano prévio com identificação do limite total da obra e identificação individualizada da valorização. (art. 81/82 CTN) – Destaque que há possibilidade de instituição de legislação específica para cada ente estatal.
Espécies Tributárias
Contribuição de melhoria – tributo instituído em razão de hipóteses específicas, a fim de obter meios de custeio. Há previsão de devolução dos valores coercitivamente exigidos dos contribuintes.
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
Já ocorreram muitos debates sobre o empréstimo compulsório ser um tributo, mas
hoje o entendimento já está pacificado – (TRF1, 3T, AC94.01.32066-7/DF)
Espécies Tributárias
Contribuições – há ainda a previsão constitucional de contribuições pela União voltada ao interesse de categorias profissionais (anuidade OAB), intervenção no dominio econômico (CIDE – combustíveis) e contribuições sociais (sistema S)
	Estas também são chamadas de contribuições especiais e usualmente são destinadas para órgãos específicos, não ingressando nos cofres da União.
	Existem ainda as contribuições previstas no artigo 195 da Constituição Federal, destinadas ao custeio da Previdência Social
	Previsão – art. 149 e 195 da CF
Quadro de contribuições
Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas
	(A) 	Contribuição anuidade - art. 149
	(B) 	Contribuição sindical - Artigo 8ø, inciso IV, parte final, CRFB, e, artigos 578 a 580, CLT. 
2) Contribuições de intervenção no domínio econômico
	(A)	CIDE royalties - Artigo 149 e 214, inciso IV, CF CRFB e Lei nø10.168/2000
	(B)	CIDE combustível - Artigo 149 e Lei nø10.336/01 
3) Contribuições sociais – Artigos149, 212, § 5§ e 240, todos da CF 
	(A) 	Contribuições sociais gerais
		(A.1)	 Contribuição ao salário educação;
		(A.2)	 Contribuição ao sistema "S" 
	(B) Contribuições para a seguridade social - Artigos 149 e 195, da CRFB; 
	(B.1) Importador;
	(B.2) Receita de loterias;
	(B.3) Trabalhador;
	(B.4) Empregador e empresa; 
		 (B.4.1) Contribuição social patronal sobre a folha de pagamento;
		 (B.4.2) Contribuição ao PIS/PASEP; 
	 (B.4.3) Contribuição sobre lucro líquido – CSLL;
		 (B.4.4) – Contribuição para o financiamento da seguridade social – COFINS
	
(C) Contribuições residuais - Artigos 195, õ4ø, 154, inciso I, ambos da CF.. 
Competência Tributária
 União Estados Município 
 IR ICMS ISS
 IPI IPVA IPTU
 II ITCMD ITBI
 ITR
 IE
 IOF
Competência Tributária
Competência tributária é a capacidade de efetivamente criar e cobrar o tributo. Isto ocorre através de uma lei específica, a ser criada pelo ente político designado pela Constituição Federal.
Tipos de Competência:
Concorrente - dois ou mais entes dividem a mesma matéria entre si.
Comum - todos os entes podem legislar integralmente sobre a matéria. É uma espécie de competênica concorrente. Ex.: Art. 23 da Constituição Federal.
Concorrente – vários entes podem legislar sobre a matéria, porém cada um atuará num campo específico – Normas gerais ou normas especiais. Ex.: Art. 24 da Constituição Federal.
Residual - A competência residual é uma competência pra eventos futuros, supervenientes. A Constituição Federal a direciona para a União.
Princípios Constitucionais
Princípios também são normas jurídicas, nem sempre expressas na legislação, detento a especial função de orientar a atividade do legislador, aplicador do Direito e também as ações dos contribuintes. São os alicerces do ordenamento jurídico porque definem suas premissas.
Os princípio são "multifuncionais" (CANOTILHO), sendo que pelo menos três funções podem ser apontadas aos princípios no direito em geral:
		a) função fundamentadora;
 		b) função orientadora da interpretação;
		c) função de fonte subsidiária
Princípios Constitucionais Tributários
Em sede de Direito Tributário a Constituição Federal também traz princípios específicos, os quais devem ser observados de forma obrigatória, sob pena da inconstitucionalidade
do cobrança.
capacidade contributiva – art. 145, §1°;
 legalidade estrita – art. 150, I; 
anterioridade – art. 150, III, b;
 irretroatividade – art. 150, III, a,
 igualdade – art. 150, II; 
 vedação ao confisco – art. 150, IV; 
uniformidade da tributação – art. 151, I).
Alguns princípios são previstos na Constituição e se aplicam a tributos
Específicos: Seletividade, Essencialidade, Não-Cumulatividade (ICMS, IPI,
PIS/Cofins)
Princípio da Legalidade
Constituição Federal
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
 I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
Devemos lembrar que a tributação atinge o patrimônio dos particulares, que também é uma garantia constitucional (patrimônio).
Desta forma, há a necessidade de limites rígidos à atividade tributária. O princípio da estrita legalidade é uma garantia do contribuinte Para que somente seja tributado por uma obrigação criada por lei.
Princípio da Legalidade
Existem algumas exceções previstas na própria Constituição ao Princípio da Legalidade, admitindo-se a majoração de alíquotas por meio de atos normativos diversos da lei.
A ocorrência decorre de razões políticas e econômicas.
Pode atingir: Imposto de Importação, Imposto de Exportação, IPI, IOF.
Senado fixa alíquotas do ICMS interestadual!
Princípio da Irretroatividade
Irretroatividade – art. 150, III, a da CF – A lei tributária apenas deve alcançar fatos futuros, garantindo segurança aos contribuintes.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei
que os houver instituído ou aumentado;
A lei de natureza tributária somente poderá retroagir para:
Quanto deixar de definir fato como infração;
Quando cominar penalidade menos severa
Quando tiver finalidade exclusivamente interpretativa (art. 106 CTN)
Princípio da Capacidade Contributiva
Capacidade Contributiva – art. 145, §1° da CF – visa assegurar que aqueles que possuem mais riquezas paguem, proporcionalmente, mais tributos.
 § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Destaque para o fato de ser um princípio aplicável somente a impostos. Em momento anterior havia debate sobre a obrigatoriedade do princípio ante a presença da expressão sempre que possível. Hoje o tema é superado
Princípio da Anterioridade
Anterioridade – art. 150, III, “b” e “c” – qualquer tributo não pode ser cobrado de forma imediata, devendo se esperar o novo ano para sua cobrança, ou, se a lei que o instituiu ou majorou for promulgada a menos de 90 dias do final do ano, deve-se aguardar o decurso de 90 dias de sua promulgação.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
(…)
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
Princípio da Anterioridade
O princípio da anterioridade pode ser excepcionado em alguns casos por razões de ordem política, econômica ou em razão da emergencialidade do tributo.
Imposto de Importação
Empréstimo compulsório
IOF
IPI – anterioridade de 90 dias sempre
Impostos extraordinários
Contribuição para seguridade social – sempre 90 dias
Princípio da Seletividade
Seletividade – abrange o ICMS, IPVA e o IPI - Sua função é variar a alíquota de acordo com a essencialidade do bem. 
Sua aplicação somente é possível para tributos indiretos, aqueles em que o ônus tributário repercute no consumidor final.
Para o ICMS e IPVA sua aplicação é facultativa, porém, para o IPI a aplicação é obrigatória
Princípio da Não Cumulatividade
Não – cumulatividade – o valor tributário devido é aquele que resulta da compensação entre tributos incidentes nas operações/serviços praticados pelo contribuinte, com as anteriores aquisições de bens e serviços, num determinado período de tempo.
IPI – art. 153, §3°, II da CF
ICMS – art. 155, §2°, I da CF
PIS e Cofins – existe o regime não cumulativo onde devem ser processadas as compensações relativas às operações anteriores
Obrigação Tributária
Obrigação pode ser traduzida como o vínculo jurídico que impõe à alguém o dever de cumprir uma pestação em favor de outrém.
A obrigação tributária também se enquadra neste definição, havendo somente a especificidade de que a prestação a ser cumprida tem natureza fiscal e pode ser de duas espécies.
Obrigação Principal – art. 113, §1° do CTN – é aquela que surge com a ocorrência do fato gerador e se traduz no pagamento do tributo ou penalidade tributária. (entregar dinheiro ao Estado)
Obrigação Acessória - art. 113, §2° do CTN - escrituração fiscal, preenchimento de guias, declarações (DCTF, DIPJ, etc). O não cumprimento gera a aplicação de penalidades.
Crédito e Lançamento
O crédito tributário representa o valor a que as Fazendas tem direito após a aplicação de todos as critérios da Hipótese de Incidência – é o valor efetivo que deverá ser entregue aos cofres públicos.
Recordar que o Direito possui linguagem própria, PORTANTO, para que este crédito possa ser regularmente exigido ele tem que ser constituido pelas vias regulares. ESTA VIA CHAMA-SE LANÇAMENTO.
Lançamento Tributário
É o ato através do qual se constitui o crédito tributário.
Código Tributário Nacional
	Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
PONTOS DE DESTAQUE
Praticado por autoridade competente
É um procedimento administrativo
Verifica a ocorrência do fato gerador
Calcula o valor
Identifica quem irá cumprir a obrigação
Lançamento Tributário
MODALIDADES
Lançamento de ofício – art. 142 do CTN – todas as atividades necessárias para constituir o crédito são de responsabilidade da autoridade administrativa – IPTU e IPVA.
Lançamento por declaração – art. 147 do CTN – há uma participação do sujeito passivo na atividade de lançamento, consistente na apresentação de informações, as quais, posteriormente serão utilizadas para o cálculo do tributo – ITR.
Lançamento por homologação – art. 150 CTN – neste caso o sujeito passivo é responsável por apurar (calcular o tributo) e promover o recolhimento antecipado, sem a prévia conferência da autoridade administrativa. – IR, PIS/COFINS
Suspensão da Exigibilidade do Crédito
Existem situações que impedem que o crédito tributário, já constituido pelo Lançamento, seja cobrado do sujeito passivo. Nestes casos os valores permanecem existentes, mas não podem ser exigidos administrativa ou juducialmente e não podem representar óbice para a expedição de cnd.
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
       I - moratória;
       II - o depósito do seu montante integral;
       III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
    IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
   V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; 
 VI – o parcelamento
Extinção do crédito tributário
O Código Tributário Nacional também lista quais as hipóteses em que o crédito é extinto, ou seja, finalizado.
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
   I - o pagamento;
 II - a compensação;
 III - a transação;
   IV - remissão;
 V - a prescrição e a decadência;
   VI - a conversão de depósito em renda;
    VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
 VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
       IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
    X - a decisão judicial passada em julgado.
      XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Imunidade
A imunidade é uma limitação constitucional ao Poder de Tributar – isto significa dizer que por ordem da Constituição Federal determinados bens e situações não podem ser atingidos pelos tributos.
As imunidades apenas são descritas na Constituição e 
representam instituto diverso da não incidência que é a 
impossibilidade de tributação em virtude do fato encontrar-se
fora de sua abrangência 
O artigo 150, VI traz algumas imunidades:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
Quadro Comparativo
ISENÇÃO: É a hipótese de não incidência legalmente qualificada. Contudo também nos dizeres de Paulo B. Carvalho, isenção é a limitação do âmbito de abrangência de critério do antecedente ou do conseqüente da norma tributária, que impede que o tributo nasça.
IMUNIDADE: É uma limitação constitucional ao poder de tributar; alcança só os impostos e as diversas hipóteses de imunidade que a Constituição Federal prevê expressamente.
NÃO – INCIDÊNCIA: Geraldo Ataliba equiparava, com sua extraordinária didática, a situação de não-incidência tributária ao não-crime. Chegava até a falar em fato não-imponível, para aludir ao acontecimento que não realizava hipótese de incidência tributária. Contudo, podemos dizer que a não -incidência deriva da falta de lei ou da impossibilidade jurídica de tributar -se certos fatos em face de a regra-matriz constitucional de tributos a eles não se ajustar.
Decadência
É o prazo que a Fazenda possui para constituir ou lançar o crédito tributário.
O artigo 173 do CTN fixa o prazo de 5 anos, o qual tem sua contagem iniciada
em dois eventos:
      I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
     II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
Há uma regra especial para tributos sujeitos a lançamento por homologação
 Art. 150, §4° do CTN
     § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
ATENÇÃO: 
 APLICA-SE ESTA REGRA E NAO A CONTIDA NO ARTIGO 173, I DO CTN, QUANDO HÁ A DECLARAÇÃO E O PAGAMENTO, AINDA QUE PARCIAL.
 QUANDO HOUVER A DECLARAÇÃO, MAS NÃO EXISTIR QUALQUER PAGAMENTO APLICA-SE O ARTIGO 173, I DO CTN.
Prescrição
A prescrição é a perda do direito da Fazenda em ingressar com a ação de cobrança.
A partir da constituição definitiva do crédito tributária a Fazenda tem o prazo de 5 anos para ingressar com a execução fiscal
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.
 Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
 I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
    II - pelo protesto judicial;
 III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
 IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
Administração Tributária
Quando se fala em Administração Tributária o primeiro ponto a ser lembrado é que toda esta atividade é limitada pelo PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. 
O contribuinte/responsável só é obrigado a fazer o que está determindo em lei.
O Administrador Público (auditor, fiscal, departamentos, etc) somente podem agir dentro dos exatos limites traçados pela Lei.
Administração Tributária
Fiscalização – o artigo 194 do CTN define que a competência e os poderes das autoridades administrativas serão especificamente traçadas por lei.
 Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.
        Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.
Administração Tributária
Embora o artigo 195 pareça gravoso ao contribuinte, quando a fiscalização
encontra-se apoiada em lei e observa os requisitos legais para sua ocorrência,
deve ser permitido o acesso a toda documentação exigida.
“Súmula 439 do STF – Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitando o exame aos pontos objeto da investigação”.
“O comando não encerra conteúdo de autoritarismo: é uma imposição inafastável do exercício do dever que a lei atribui aos Agentes da Administração Tributária, e se reflete num desdobramento do princípio da supremacia do interesse público”. (Paulo B. Carvalho – Curso de Direito Tributário – p. 531 – 16ª edição – Editora Saraiva) 
Administração Tributária
Toda a atividade de fiscalização deve ser documentada e o contribuinte tem o direito de acesso a seus termos, uma vez que a Constituição Federal lhe garante a ampla defesa também em processos administrativos.
SIGILO DE INFORMAÇÕES
Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:
        I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
        II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras;
        III - as empresas de administração de bens;
        IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
        V - os inventariantes;
      VI - os síndicos, comissários e liquidatários;
    VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
    Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
Administração Tributária
Esta é mais uma disposição legal que busca fazer prevalecer o ineresse público, em casos de suposta infração à lei fiscal. IMPORTANTE – profissionais que tenham o dever legal de sigilo ficam excluídas da regra de prestar informações.
Advogados enquadram-se na exceção.
Em paralelo também há a obrigação legal da Fazenda em não divulgar quaisquer dados obtidos a partir da fiscalização. (art. 198 CTN)
		SALVO
		-
para epresentações fiscais para fins penais
		- para inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública
		- parcelamento ou moratória
Finalidades do Tributo
Fiscalidade – utilização do tributo para a arrecadação.
Extrafiscalidade – representa a utilização do poder de tributar para consecução de finalidades políticas ou econômicas. 
 Mizabel Derzi, afirma que “a doutrina e a jurisprudência têm reconhecido ao legislador tributário a faculdade de estimular ou desestimular comportamentos, por meio de uma tributação progressiva ou regressiva, ou da concessão de benefícios e incentivos fiscais“ (BALEEIRO, Aliomar. Direito tributário brasileiro. Ed. atualizada por Misabel Abreu Machado Derzi. Rio de Janeiro: Forense, 2003.)
Parafiscalidade- “é a atribuição da capacidade ou titularidade de certos tributos a certas pessoas, que não são o próprio Estado, em benefício das próprias finalidades“ (Vittorio Cassone)
Infrações Tributárias
O descumprimento da legislação tributária gera a aplicação de sanções ou penalidades ao contribuinte.
Estas penalidades podem ser de ordem administrativa (PREVISTAS NA PRÓPRIA LEGISLAÇÃO TRBUTÁRIA) ou de ordem penal (PREVISTAS EM LEGISLAÇÃO PRÓPRIA E COM NATUREZA DE CRIME)
As sanções tributárias administrativas podem consistir em multa, apreensão de mercadorias, veículo ou documentos, perda de mercadorias, proibição de contratar com o poder público, sujeição a sistema especial de fiscalização, óbice à emissão de certidão de regularidade fiscal.
Infrações Tributárias
ESPÉCIES.
(a) infração de obrigação principal. Neste caso, ocorre o fato jurídico tributário e o sujeito passivo da relação jurídica não recolhe o imposto devido.
(b) infração de obrigação acessória. O sujeito passivo tem, por exemplo, vinte dias para entregar determinado documento na repartição fiscal e não o faz.
A configuração de infração tributária de natureza adminsitrativa é objetiva, OU SEJA, basta o não pagamento do tributo ou não cumprimento da obrigação acessória para que a penalidade ou sanção possa ser aplicada. INDEPENDE DA INTENÇÃO.
Infrações Tributárias
EXEMPLO DE INFRAÇÃO ADMINSITRATIVA:
Recolhimento fora do prazo regulamentar, efetuado antes do início do procedimento fiscal (Lei 13.476/2002, artigo 12), multa moratória calculada à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento), por dia de atraso, sobre o valor do imposto, até o limite de 20%;
Recolhimento fora do prazo regulamentar, efetuado após o início do procedimento fiscal, ou através dele:
- multa equivalente a 50% (cinqüenta por cento) do valor do imposto devido e não pago, ou pago a menor, nos prazos previstos em lei ou regulamento, pelo prestador do serviço ou responsável (Lei 13.476/2002, artigo 13); 
- multa equivalente a 100% (cem por cento) do valor do imposto devido e não pago, ou pago a menor, nos prazos previstos em lei ou regulamento, pelo prestador do serviço que simular que os serviços prestados por estabelecimento localizado no Município de São Paulo tenham sido realizados por estabelecimento de outro município, ou ainda, obrigado a inscrição em cadastro fiscal de tributos mobiliários, prestar serviço sem a devida inscrição. (artigo 13, inciso II da Lei 13.476/2002, com a redação dada pelo artigo 21 da Lei 13.701/2003); 
Crimes contra a ordem tributária – Lei n. 8137/90
Crimes contra a ordem tributária – Lei n. 8137/90
Para a caracterização de um crime contra a ordem tributária é necessário que o contribuinte deixe de cumprir suas obrigações tributárias (principais ou acessórias) com o deliberado intuito de fraudar o fisco.
É NECESSÁRIO O DOLO!!
O mero inadimplemento por ausência de condições financeiras não caracteriza o crime.
Ministro Relator Gilmar Mendes, da 2ª Turma do Colendo Supremo Tribunal Federal já decidiu quando do julgamento do HC n.º 88.162/MS, que “a existência do crédito tributário é pressuposto para a caracterização do crime contra a ordem tributária, não se podendo admitir denúncia penal enquanto pendente o efeito preclusivo da decisão definitiva em processo administrativos”. 
Formas de questionamento
Uma obrigação tributária indevida pode ser questionada.
Este questionamento pode ser realizado através de duas vias:
Contencioso Administrativo – impugnações apresentadas diretamente para o órgão público que emite a cobrança. Estas manifestações deverão observar a lei específica da União, Estado ou Município.
 Esta forma de questionamento pode ser realizada diretamente pelo contribuinte, não sendo obrigatória a presença de Advogado.
 Estas impugnações, se apresentadas dentro dos prazos e nas formas previstas em lei, representam causa suspensiva da exigibilidade do crédito.
 O julgamento será feito pela própria Administração Pública. Há a possibilidade de recurso, os quais são encaminhados para autoridades superiores, as quais geralmente constituem Tribunais de Julgamento – CARF e TIT.
 
Formas de questionamento
Contencioso Judicial – realizado exclusivamente pelo intermédio de advogados e perante o Poder Judiciário.
 Esta forma de questionamento exclui a via administrativa. Ou seja, o ingresso de uma medida judicial representa a imediata e automática desistência da discussão perante a via administrativa.
 Exemplos de contencioso judicial:
 - Mandado de Segurança
 - Ação Anulatória
 - Ação de Consignação em Pagamento
 - Medidas Cautelares
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Resposta - C
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Resposta A
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Resposta A
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Resposta C
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Resposta B
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Resposta B

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