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4. A evolução da psicologia até os Anos 1970

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A EVOLUÇÃO DA PSICOLOGIA 
ATÉ OS ANOS 1970
- MUDANÇAS NA FILOSIFIA DA CIÊNCIA
- DESENVOLVIMENTO TEÓRICO NO CONTEXTO DA Ψ SOCIAL PSICOLÓGICA
INTRODUÇÃO
■ Tendências
– Influência norte-americana (estadunidense)
– Herança europeia – exílio de cientistas para os EUA (2ᵃ
Guerra Mundial)
– Focada na perspectiva psicológica
■ Behaviorismo X Gestalt
■ Estratégias de pesquisa experimentais
INTRODUÇÃO
■ Olhar sociológico: Funcionalismo estrutural 
– Análise das macro estruturas sociais
■ 1960: Foco no processos microssociológicos
– Teorias do intercâmbio
■ George Homans
– Interacionismo Simbólico
■ Blummer
– Enfoque Dramatúrgico
■ Erving Goffman
– Etnometodologia
■ Harold Garfinkel
– Sociologia Fenomenológica
■ Alfred Schutz
INTRODUÇÃO
■ HANDBOOK OF SOCIAL PSYCHOLOGY
■ 1968 - Foi publicada a 3ᵃ edição
– Amostra do crescimento da psicologia
social psicológica durante esse período.
– Demonstra que a psicologia social havia
se consolidado como uma disciplina
diferenciada na psicologia.
MUDANÇAS NA FILOSOFIA DA CIÊNCIA
■ Karl Popper 
■ Afastou concepção herdada do positivismo
– Crítica ao princípio da indução: “centrado na
observação”
– Crítica ao verificacionismo: “toda hipótese
deve ser confirmada pela experiência”.
■ Defendia que era necessário encontrar um
critério de demarcação que permitisse distinguir
entre hipóteses científicas e enunciados
metafísicos, ou seja, que permitisse demarcar a
fronteira entre a ciência e outras formas de
conhecimento.
■ Teoria da Demarcação: Critério do Falsificacionismo
■ Nenhum enunciado é verificável mediante a experiência – crítica ao
empirismo lógico
■ Contudo... Ainda que a experiência não possa nos dizer nada sobre a
verdade de um enunciado, pode nos dizer alguma coisa a respeito de sua
falsidade.
■ Para Popper, o requisito fundamental que toda teoria científica deve
cumprir é que seja falseável ou, o que é o mesmo, que ela derive,
mediante dedução lógica, uma série de hipóteses que possam ser
refutadas mediante a experiência.
MUDANÇAS NA FILOSOFIA DA CIÊNCIA
■ O falsificacionista admite livremente que a observação é orientada pela
teoria e a pressupõe.
■ As teorias são interpretadas como conjecturas especulativas ou suposições
criadas livremente pelo intelecto humano no sentido de superar problemas
encontrados por teorias anteriores e dar uma explicação adequada do
comportamento de alguns aspectos do mundo ou universo.
■ Uma vez propostas, as teorias especulativas devem ser rigorosa e
inexoravelmente testadas por observação e experimento.
MUDANÇAS NA FILOSOFIA DA CIÊNCIA
■ Teorias que não resistem a testes de observação e experimentais devem
ser eliminadas e substituídas por conjecturas especulativas ulteriores. A
ciência progride por tentativa e erro, por conjecturas e refutações. Apenas
as teorias mais adaptadas sobrevivem. Embora nunca se possa dizer
legitimamente de uma teoria que ela é verdadeira, pode-se
confiantemente dizer que ela é a melhor disponível, que é melhor do que
qualquer coisa que veio antes.
MUDANÇAS NA FILOSOFIA DA CIÊNCIA
■ Dois tipos de afirmações que compreendem uma teoria científica:
– Aquelas com as quais a teoria é inconsistente e que, se comprovadas, a
teoria seria refutada – falsificacionistas potenciais.
– Aquelas com as quais a teoria é consistente ou que provam a sua
veracidade uma vez que se confirmam na experiência.
■ Rejeitou o critério da verificabilidade, pois considerava que o fato de uma
hipótese ter sido confirmada, não significa que não exista evidência que a refute.
■ Portanto... Pelo critério do falsificacionismo defendia que uma teoria é científica
quando em seus postulados se estipulam certas condições que, se ocorressem,
a refutariam.
MUDANÇAS NA FILOSOFIA DA CIÊNCIA
■ “A base empírica de uma ciência objetiva não tem assim nada de “absoluto”. A
ciência não repousa sobre um sólido leito pedregoso. A audaciosa estrutura de
suas teorias ergue-se como se estivesse sobre um pântano. Ela é como um
prédio construído sobre estacas. Estas são impulsionadas para baixo no
pântano, mas não para alguma base natural ou “dada”; e se paramos de
impulsionar as estacas mais para o fundo não é porque alcançamos solo firme.
Nós simplesmente paramos quando ficamos satisfeitos pelas estacas estarem
suficientemente firmes para aguentar a estrutura, ao menos por um tempo.”
Karl Popper
MUDANÇAS NA FILOSOFIA DA CIÊNCIA
■ Se puder ser estabelecido por observação em algum teste experimental
que um peso de 10 kg e outro de 1 kg em queda livre se movem para
baixo mais ou menos à mesma velocidade, então, pode-se concluir que
a afirmação de que os corpos caem a velocidades proporcionais aos
seus pesos é falsa. Se puder ser demonstrado sem margem de dúvida
que um raio de luz passando próximo ao sol é desviado num percurso
encurvado, então não é certo que a luz necessariamente viaja em linhas
retas.
■ A falsidade de afirmações universais pode ser deduzida de afirmações
singulares disponíveis. O falsificacionista explora ao máximo esta
particularidade lógica.
■ O empreendimento da ciência consiste na proposição de hipóteses
altamente falsificáveis, seguida de tentativas deliberadas e tenazes de
falsificá-las.
MUDANÇAS NA FILOSOFIA DA CIÊNCIA
■ “Todos os cisnes são brancos”
MUDANÇAS NA FILOSOFIA DA CIÊNCIA
Crítica
■ Complexidade das teorias científicas.
■ A experimentação que falsifica pode ser limitada.
■ Limitação dos conteúdos observáveis: Será então que todos os cisnes 
são brancos e pretos?
■ Como estabelecer uma teoria por esse paradigma?
■ O enigma do Ovo – Faz bem ou mal?
MUDANÇAS NA FILOSOFIA DA CIÊNCIA
■ FALSIFICACIONISMO POPPERIANO
– Preceitua que o desenvolvimento da ciência se apresenta como um
processo racional em que as teorias científicas são consideradas válidas
somente de maneira provisória, até que as hipóteses derivadas delas sejam
falseadas mediante a experimentação controlada.
– Defendia uma ciência empírica e evolutiva.
– Os enunciados científicos devem nos dar informações a respeito da
experiência, terão de ser hipotéticos e ter um caráter progressivo, isto é,
devem facilitar um desenvolvimento real de nosso conhecimento e devem
nos dar uma explicação da experiência.
PROGRESSO DA CIÊNCIA
■ O progresso da ciência – como o falsificacionista o vê – pode ser resumido conforme
se segue:
1. A ciência começa com problemas, problemas estes associados à explicação do
comportamento de alguns aspectos do mundo ou universo.
2. Hipóteses falsificáveis são propostas pelos cientistas como soluções para o
problema.
3. As hipóteses conjecturadas são então criticadas e testadas.
4. Algumas serão rapidamente eliminadas.
5. Outras podem se revelar mais bem sucedidas. Estas devem ser submetidas a
críticas e testes ainda mais rigorosos.
6. Quando uma hipótese que passou por uma ampla gama de testes rigorosos
com sucesso é eventualmente falsificada, um novo problema, auspiciosamente
bem distante do problema original resolvido, emergiu.
7. Este novo problema pede a invenção de novas hipóteses, seguindo-se a crítica e
testes renovados.
PROGRESSO DA CIÊNCIA
■ E, assim, o processo continua indefinidamente. Nunca se
pode dizer de uma teoria que ela é verdadeira, por mais que
ela tenha superado testes rigorosos, mas pode-se
auspiciosamente dizer que uma teoria corrente é superior a
suas predecessoras no sentido de que ela é capaz de
superar os testes que falsificaram aquelas predecessoras.
O QUE É A C IÊNCIA?
TODA CIÊNCIA É CONJECTURAL (HIPÓTESES)
• Faz parte de determinados momentos e condições
• Começa com problemas e não com a simples observação
CRÍT ICA – MÉTODO INDUTIVO
• Refuta a ideia
de uma verdade universal
• Afirma que apesar de ser um método válido, não se pode considerar como absoluta
verdade, pois se aparecer um elemento novo, ela o invalidaria completamente.
PROPOSTA – MÉTODO DEDUTIVO -HIPOTÉTICO
• A partir de um problema, primeiro elaboramos uma hipótese.
• A prática do cientista será a de recolher um maciço número de dados a fim de refutar a
teoria anterior.
• O erro é o motor da ciência. Para ser uma teoria científica ela precisa ser falseável.
Sendo que, a teoria mais segura é aquela que resiste a falsificação.
DESENVOLVIMENTO TEÓRICO NO CONTEXTO 
DA Ψ SOCIAL PSICOLÓGICA
■ Persiste a influência neobehaviorista. Mas a influência maior passa a ser dos conteúdos 
produzidos pela escola da Gestalt. 
INFLUÊNCIA GESTALTISTA
Solomon Asch Fritz Heider
INFLUÊNCIA NEOBEHAVIORISTA
Carl Hovland Martin E. P. Seligman
A EVOLUÇÃO DA PSICOLOGIA 
ATÉ OS ANOS 1970
- DESENVOLVIMENTO TEÓRICO NO CONTEXTO DA Ψ SOCIAL SOCIOLÓGICA
- TEORIA DO INTERCÂMBIO DE GEORGE HOMANS
- TEORIA DO EMERGENTISMO SOCIAL DE PETER BLAU
PERPECTIVA SOCIOLÓGICA
■ Apesar do destaque das correntes psicológicas, as teorias sociológicas também
alcançaram um significativo desenvolvimento nesse período.
■ As teorias do Intercâmbio foram relevantes nesse período e de um modo geral,
partiam da premissa de que o funcionamento da sociedade pode ser explicado
partindo da análise das relações interpessoais cotidianas. No momento de
analisar essas relações, os teóricos do intercâmbio consideram que a interação
social humana é um intercâmbio em que cada uma das partes procura o benefício
máximo.
TEORIA DO INTERCÂMBIO 
George C. Homans
TEORIA DO INTERCÂMBIO - HOMANS
■ Retorno aos estudo sociológicos centrados nos processos microssociológicos.
■ Rejeitou as teoria funcionalistas e aproximou-se das bases teóricas do
positivismo lógico.
O B JET IVO
Procurar os princípios 
que explicam as 
interações cotidianas
Díade
- Forma mais simples de 
interação; relação entre duas 
pessoas
UNIDADE DE ANÁLISE
■ A pretensão teórica de Homans era explicar o funcionamento da sociedade por
meio da análise dos indivíduos e seus comportamentos. Para isso, partia da
premissa de que os princípios que explicam o funcionamento da sociedade são
os mesmos que regem o comportamento individual.
■ Embora aceitasse que no transcurso da interação social emergem fenômenos
novos, que não estão presentes quando a pessoas atua de maneira isolada, não
admitia que para explicar tais fenômenos tivesse que recorrer a princípios
diferentes dos que usamos para explicar o comportamento individual.
TEORIA DO INTERCÂMBIO - HOMANS
■ Foram as ideias de Skinner as que melhor se encaixavam no esquema
metateórico/epistemológico de Homans.
■ Acreditava que as Teorias da Escolha Racional não eram mais do que a aplicação do
behaviorismo psicológico.
■ Segundo Ward (2002), a teoria da escolha racional surge entre as décadas de 1950 e
1960 nos Estados Unidos buscando analisar o comportamento dos indivíduos a partir de
métodos empíricos. A escolha racional parte do pressuposto básico que os indivíduos são
autointeressados. Para o autor esta abordagem tem um alto poder de alcance para
explicar o que leva indivíduos a tomarem determinadas ações.
Scheeffer, F. (2013). Teoria da escolha racional: a evidenciação do homo 
economicus?. Em Tese, 10(1), 28-43.
TEORIA DO INTERCÂMBIO - HOMANS
■ Para Skinner o comportamento humano é resultante de reforços externos,
sendo que comportamento reforçados tendem a ocorrer com uma maior
frequência.
■ Sobre o comportamento social Skinner afirmava que é aquilo “que
mantém duas ou mais pessoas quando interagem ou em relação com um
ambiente comum”.
■ Sustentava que as mesmas leis que regem o comportamento social
também regem o comportamento individual. – perspectiva reducionista
– Reforço Social: requer a intervenção de uma outra pessoa para que o
comportamento seja reforçado.
– Estímulo Social: faz de uma outra pessoa uma fonte de estímulo para
si.
TEORIA DO INTERCÂMBIO - HOMANS
■ Segundo Homans, a explicação de um comportamento sempre
responde a um sistema dedutivo. Esse sistema pode ser
descrito mediante uma série de proposições das quais é
possível deduzir um conjunto de princípios. Tais princípios são
as leis do condicionamento operante.
TEORIA DO INTERCÂMBIO - HOMANS
Para todas as ações humanas, 
quando mais frequente for 
recompensada a ação de uma 
pessoa, mais provável será que ela 
realize essa ação. Se a presença de determinado estímulo 
ou de uma série de estímulos propiciou 
no passado que a atividade de uma 
pessoa fosse recompensada, então 
quanto mais semelhantes forem os 
atuais estímulos aos passados, mais 
provável será que essa pessoa realiza 
agora a atividade ou alguma atividade 
semelhante.
Quanto mais valiosa for a 
recompensa por uma atividade para 
uma pessoa, mais provável será que 
ela realize essa atividade. 
PROPOSIÇÃO DE ÊXITO
PROPOSIÇÃO DE ESTÍMULO
PROPOSIÇÃO DE VALOR
Quanto mais uma pessoa tenha recebido 
determinada recompensa em um passado 
imediato, menos valiosa lhe resultará toda 
unidade ulterior dessa recompensa.
Se uma pessoa não receber por sua 
atividade a recompensa que esperava, ou 
se recebe um castigo que não esperava, 
ficará aborrecida. E, por estar zangada, os 
efeitos de um comportamento agressivo 
lhe servirão de recompensa.
Ao escolher entre ações 
alternativas, uma pessoas 
escolherá aquela para a qual 
percebe que o valor, V, de 
resultado, multiplicado pela 
probabilidade, p, de obter o 
resultado, for maior.
PROPOSIÇÃO DA PRIVAÇÃO-SACIEDADE
PROPOSIÇÃO DA FRUSTRAÇÃO-AGRESSÃO
PROPOSIÇÃO DA RACIONALIDADE
 Homans extrapolou as proposições sobre o comportamento individual para o
âmbito das relações sociais.
 Homans considerava que as relações entre duas pessoas podiam ser
analisadas como um caso particular de condicionamento em que cada pessoa
se tornaria em estímulo e fonte de reforços para o comportamento da outra.
TEORIA DO INTERCÂMBIO - HOMANS
 Segundo essa ideia, em uma relação díade, cada pessoa
atua em função das recompensas e castigos que a outra
lhe proporciona.
 Cada ação significa, portanto, uma recompensa e um
custo.
 A relação diádica pode ser, portanto, explicada, se
observarmos a forma com que as pessoas intercambiam
recompensas e castigos, isto é, se aplicarmos as leis de
condicionamento operante.
■ Para ilustrar a aplicação dessas leis, Homans utiliza o exemplo extraído dos estudos de Blau.
■ Homans explicou esse comportamento a partir do comportamento operante. Para isso, partia
de dois funcionários que desempenhavam seu trabalho em um escritório. Um deles, a quem
denomina Pessoa, é novo e tem pouco experiência, por isso necessita de ajuda de outras
pessoas para realizar melhor e mais rapidamente seu trabalho.
■ Apesar disso, não quer dirigir ao seu superior, como indicam as normas, porque acredita que,
ao fazê-lo, irá expor sua falta de competência e isso diminuirá suas oportunidades de
promoção.
TEORIA DO INTERCÂMBIO - HOMANS
√
■ No mesmo escritório há outra pessoa, a quem
denomina Outro, que há anos trabalha ali e,
portanto, tem conhecimentos sobre o tipo de
trabalho que se faz. O que faz o novo funcionário é
pedir ajuda a seu colega. Este proporciona ajuda
pedida, e a outra pessoa lhe corresponde dando-
lhe sua aprovação através de uma expressão de
agradecimento.
■ Homans analisa essa situação a partir das leis do condicionamento
operante:
– Proposição do êxito: o intercâmbio de recompensa fará com que essas
ações se repitam no futuro. O funcionário é reforçado ao realizar sua
atividade e o colega
sente-se reconhecido pela ajuda prestada.
– Proposição de estímulo: em situações semelhantes tais ações tenderão
a repetição. Por exemplo, pedir ajuda para um colega parecido com
outro que um dia o ajudou.
– Proposição de valor: a probabilidade de que os dois colegas voltem a
manter uma relação de intercâmbio semelhante aumentará à medida
que aumente o valor da recompensa.
TEORIA DO INTERCÂMBIO - HOMANS
– Proposição da satisfação: o novo funcionário valorizará menos a ajuda do
proporcionada pelo colega se a obteve muito frequentemente durante um
longo período de tempo, enquanto o colega valorizará menos o
reconhecimento se já o obteve.
– Proposição frustração-agressão: se o funcionário novo estiver acostumado
a receber ajuda quando a busca, e em determinado momento não a obtém,
este se sentirá aborrecido. O mesmo ocorrerá se o outro funcionário deu
ajuda e não recebeu o esperado reconhecimento em troca.
– Proposição da racionalidade: implica que a pessoa, ao atuar, maximiza a
utilidade esperada de suas ações, isto é, não se atém somente ao resultado
esperado, mas também às probabilidades que tem de obtê-lo.
TEORIA DO INTERCÂMBIO - HOMANS
■ Diferenças entre Homans e Skinner
■ Skinner não buscou investigar às expectativas frente à realização de um
comportamento.
■ Quando Homans pretende englobar essa lei da proposição da racionalidade,
relaciona o comportamento com um estado interno, como a comparação que a
pessoa faz da probabilidade futura de obter diferentes recompensas. Nesse
sentido, o comportamento que Homans descreve não é somente um simples
comportamento operante, mas uma AÇÃO PLANEJADA.
TEORIA DO INTERCÂMBIO - HOMANS
■ JUSTIÇA DISTRIBUTIVA – utiliza-se quatro regras para decidir se determinado
intercâmbio é justo.
– Devem existir proporcionalidade entre as recompensas que se dão e as que
se recebem.
– As recompensas que se recebem devem ser PROPORCIONAIS aos
investimentos.
– Deve haver proporcionalidade entre as recompensas que uma pessoa
recebe e os custos gerados pelo intercâmbio.
– Deve haver proporcionalidade entre os benefícios (custo/benefício) e o
investimento.
TEORIA DO INTERCÂMBIO - HOMANS
TEORIA DO EMERGENTISMO
Peter Blau
■ O estudo de Peter Blau estava centrado na investigação acerca da
burocracia.
■ Blau percebeu que os funcionários frequentemente se consultavam entre
si, e comentavam assuntos relacionados com o desempenho do trabalho
apesar de consultas entre colegas estarem expressamente proibidas.
■ Blau constatou que receber a ajuda de um igual melhorava o status
informal da solicitação de ajuda.
■ Diferentemente de Homans, Blau acredita que o intercâmbio tem um
natureza estritamente social e, portanto, sua explicação não pode estar
apoiada em princípios psicológicos.
TEORIA DO EMERGENTISMO – PETER BLAU
■ Seu objetivo era utilizar o estudo da interação social para obter uma melhor
compreensão das estruturas sociais complexas.
■ Defendiam que as relações sociais podem ser organizadas segundo o nível de
complexidade que carregam.
■ A forma básica de relação social é a associação, que precede necessariamente do
intercâmbio, e que se encontra fundamentada em três processos psicológicos básicos:
atração interpessoal, a apresentação de uma imagem desejável e a aprovação social.
■ Somente quando esses processos psicológicos atuarem, determinando a formação de
uma associação poderão surgir formas de relação mais complexas.
TEORIA DO EMERGENTISMO – PETER BLAU
■ Afirmava que o intercâmbio social se refere às ações voluntárias dos
indivíduos que são motivadas pela correspondência que se espera que
proporcionem e que, em geral, proporcionam outras pessoas.
■ Em uma relação de intercâmbio, a pessoa que obtém um benefício
contrai, ao mesmo tempo, a obrigação de devolvê-lo.
■ O intercâmbio social gera sentimentos de obrigação pessoal, gratidão e
confiança.
TEORIA DO EMERGENTISMO – PETER BLAU
■ Um marco distintivo desse modelo consiste na análise daquilo que pode ser
objeto de intercâmbio.
■ Para Blau, as recompensas que se obtém de uma relação podem ser
classificadas atendendo a três dimensões:
– Grau de intencionalidade: permite-nos diferenciar entre aquelas
recompensas que surgem de forma espontânea, como as manifestações de
afeto, e as que são produto de ações calculas.
– Diferenciação entre recompensas que são intrínsecas a uma associação,
como a atração, e recompensas que são extrínsecas, como a aprovação.
– Natureza das recompensas podem ser unilaterais, quando somente uma
das partes as proporciona, ou recíprocas.
■ Para que se possa falar de intercâmbio social, segundo Blau, as recompensas
têm que ser recíprocas, calculadas e extrínsecas.
TEORIA DO EMERGENTISMO – PETER BLAU
SEMELHANÇAS HOMANS E BLAU
■ Ambos acreditam que a pessoa tenta obter o máximo de benefício de
suas relações de intercâmbio, o que faz com que se sinta atraída pelos
grupos em que sua conduta seja mais recompensada.
■ A consolidação dos grupos dependerá, portanto, de que as recompensas
obtidas por seus membros sejam maiores que os custos de fazer parte
daqueles.
---------------------------------- X ----------------------------------
■ Frente a tais consideração, Blau também defende que a posição de uma
pessoa em um grupo dependerá de sua capacidade para oferecer
recompensa a outros.
TEORIA DO EMERGENTISMO – PETER BLAU
■ Segundo Blau, os princípios psicológicos derivados das teorias de intercâmbio
podem ser utilizados no estudo de grupos pequenos, onde há uma menor
interação direta entre os membros dos grupos. Mas quando a interação direta
não acontece, é necessário recorrer a outros mecanismos explicativos. Os
mecanismos que ele utiliza são as normas e valores.
■ A conduta da pessoa nas grandes coletividades não está determinada pela
relações de intercâmbio direto com as outras pessoas, mas pelas normas e
valores que a coletividade impõem. É o grupo que recompensa ou pune a
conduta de seus membros.
TEORIA DO EMERGENTISMO – PETER BLAU
■ A teoria do emergentismo social possui uma maior abrangência, pois assume
que as relações de intercâmbio tanto as condutas individuais quanto o papel da
estrutura social.
■ Destaca que, uma vez criadas, as estruturas sociais acabam tendo vida própria
e exercendo um papel determinante na ação social.
■ Por meio dessa teoria foi possível verificar as propriedades emergentes das
relações sociais, bem como considerar que para explicar os processos que
acontecem no nível estrutural, são necessários princípios diferentes dos
utilizados para explicar a conduta individual.
TEORIA DO EMERGENTISMO – PETER BLAU
A EVOLUÇÃO DA PSICOLOGIA 
ATÉ OS ANOS 1970
- ETNOMETODOLOGIA
ETNOMETODOLOGIA
■ Essa teoria social foi desenvolvida por Harold Garfinkel e tinha como pilares a
crítica ao sistema normativo de Parsons e a aproximação/interesse pelo
interacionismo simbólico.
■ Foi desenvolvida a partir da segunda metade da década de 1950.
■ Consiste em uma perspectiva microssociológica, que da mesma maneira que o
interacionismo simbólico, tenta compreender como se organiza o conhecimento
que as pessoas têm das atividades comuns de sua vida diária e como se
negociam no dia-a-dia os significados que moldam a realidade.
■ Propõem-se como objetivo teórico analisar os procedimentos mediante os quais as
pessoas dão sentido e ordenam o mundo social e simbólico em que vivem.
■ Compreende os fato sociais como resultados das ações entre os indivíduos – oposição
a Durkheim.
■ Nesse sentido, os seres humanos não estão à mercê nem de fatos externos nem de
motivações internas, mas constantemente criam seu mundo social na interação com
outras pessoas.
■ Afirmava que “a realidade objetiva dos fatos sociais deve ser
entendida como realização
contínua das atividades concentradas da vida cotidiana de seus membros, que
conhecem, utilizam e consideram como óbvios os procedimentos ordinários e
engenhosos para esta realização”.
ETNOMETODOLOGIA
■ Garfinkel considera que a ordem social não é algo estável, mas uma realidade que deve
ser constantemente construída por meio das práticas interpretativas dos indivíduos.
■ Recusa que a conduta das pessoas é resultante da interiorização da norma ou valores
pré-estabelecidos. Por essa razão, estabelece como objetivo analisar como os membros
de uma sociedade se organizam para fazer inteligíveis suas decisões, realizações,
planos; em resumo, as propriedades racionais de suas atividades práticas.
■ Visa estudar as instituições sociais como uma construção dos indivíduos realizada pelas
suas interações cotidianas.
■ Defende que toda regra é instável e necessita ser refeita no curso das interações
cotidianas.
ETNOMETODOLOGIA
■ A Etnometodologia pode ser considerada uma psicossociologia da vida cotidiana em que a
ação é entendida como algo prático e não racional.
■ Para os etnometodologistas, as pessoas dão sentido as seu mundo social por meio de um
processo psicológico que consiste em selecionar aqueles aspectos de uma situação social
que nos dão um padrão ou norma a partir da qual somos capazes de estabelecer o sentido da
interação e interpretar qualquer acontecimento que possa ocorrer durante o transcurso desta.
■ Noção de indexicalidade: necessária compreensão de nossas manifestações ou
conversações, como parte de um processo coloquial em que aquelas cobram sentido.
Mediante expressões indexicais, os membros de uma sociedade constroem e dão sentido a
suas atividades cotidianas.
ETNOMETODOLOGIA
■ Para Garfinkel não há uma definição definitiva da situação, porque o significado
das palavras com as quais a definimos sempre é resultado de sua relação com
as outras palavras e do contexto coloquial no qual são utilizadas.
■ No curso da interação sempre podemos fazer a pergunta “o que você quer
dizer?”, com a qual podemos questionar, constantemente, o sentido de nossas
locuções. É assim que vamos construindo nosso conhecimento prático e de
sentido comum de mundo, e reconstruindo incessantemente a ordem social.
ETNOMETODOLOGIA
■ A partir da análise dos procedimentos interpretativos utilizados por diferentes grupos sociais
para obter a ordem e estabilidade da vida cotidiana, os estudos em etnometodologia,
objetivavam mostrar como os membros de uma sociedade utilizam a conversação como
uma atividade reflexiva que lhe permite compreender a realidade.
■ Exemplo: questionamento do estudante de Garfinkel a uma mulher sobre a sua observação:
M: O pneu acabou de furar.
E: O que é que você quer dizer com o “o pneu acabou de furar”?
A mulher aturdida, respondeu: O que significa isso, o que você quer dizer? Um pneu furado é
um pneu furado. É isso o que eu quero dizer. Nada de especial. Sua pergunta é absurda.
ETNOMETODOLOGIA
■ Equiparação entre o senso comum e o conhecimento científico.
– Para etnometodologia, não interessa o fundamento epistemológico do
conhecimento, mas as práticas que o raciocínio sociológico e o
conhecimento do senso comum compartilham.
– Atitude de indiferença etnometodológica: Trata-se de abandonar nossas
categorias de análise e hipótese sobre o mundo social e analisar, sem
preconceito nem categorias prévias, os processos que fazem possível as
atividades cotidianas dos membros de uma comunidade.
ETNOMETODOLOGIA
MÉTODO DOCUMENTAL
■ Esse método consiste em selecionar determinados fatos de uma situação que parecem
corresponder a um padrão, para então dar sentido à situação do ponto de vista desse
esquema. Os esquemas ou padrões estão determinados pela experiência prévia, pelo fato de o
modo pelo qual construímos os significado de situações semelhantes em ocasiões anteriores
ser a base para dar sentido às situações que acontecem posteriormente. O contexto em que
ocorre a situação também afeta os significados que lhe atribuímos.
■ Defendia-se que esse método é utilizado tanto pelos cientistas sociais como outros membros
de uma sociedade para a compreensão do mundo social, pois ambos têm a competência
comunicativa para fazer compreensíveis ou descritíveis os procedimentos que utilizam para
realizar as atividades cotidianas.
ETNOMETODOLOGIA
ETNOMETODOLOGIA
SIM
SIM
SIM NÃO
NÃO
NÃO
SIM SIM
SIMNÃO
■ A conclusão de Garfinkel é que as pessoas tentavam dar sentido à situação de intercâmbio pelas
respostas do falso conselheiro; para isso, cada estudante entendia cada resposta como parte de um
padrão ou esquema de interpretação que ia estabelecendo no curso da conversação. A aleatoriedade das
respostas do falso conselheiro provocava contínuos esforços, por parte do estudante, para reordenar seu
sentido, de forma que cada resposta alterava o sentido da anterior, até construir um modelo interpretativo
com o qual pudesse entender o conjunto de respostas e orientar assim sua ação futura.
Nova forma 
de 
Psicoterapia
Respostas 
Aleatórias
EXPERIMENTOS DE RUPTURA
■ Não se trata de experimentos propriamente ditos, mas de provas sobre a ruptura do curso
normal de uma interação em situações da vida cotidiana. Esse experimentos mostram
como as pessoas se esforçam para restaurar a ordem da interação sobre a base de um
conhecimento social compartilhado. Também permite estudar as propriedades de todo
intercâmbio coloquial e as regras que dão sentido a nossas interações cotidianas.
■ Um dos experimentos delineado por Garfinkel consistia em que seus próprios estudantes
se comportassem como estranhos em sua própria casa e registrassem as reações de seus
pais na tentativa de dar sentido a essa ruptura da ordem estabelecida na interação entre
pais e filhos.
ETNOMETODOLOGIA
■ Propriedades constitutivas das conversações
– Caráter Interativo
– Ordem Sequencial
– Inteligibilidade Contextual
■ No transcurso da conversação vamos construindo o sentido do que dizemos, e
desenvolvemos um conhecimento do caráter prático que permite a interação com os outros
sobre a base de um entendimento mútuo.
ETNOMETODOLOGIA
■
ETNOMETODOLOGIA
■ A análise dessa conversação nos revela um aspectos fundamental de nossas
práticas cotidianas: as pessoas partem, para sua mútua compreensão, de um
conjunto de aspectos pressupostos que possibilitam a comunicação. Para fazer
inteligível o significado da conversação, as pessoas utilizam aspectos da
situação conhecida por elas e que não são mencionados no decorrer da
interação.
– Tal análise evidencia a referência do postulado fenomenológico na
etnometodologia de Garfinkel, visto que assume-se que a realidade é um
fenômeno construído e compartilhado social e intersubjetivamente.
ETNOMETODOLOGIA
■ A etnometodologia foi alvo de muitas críticas, sobretudo, relacionado a
alegações referentes a escassa relevância social dos temas que aborda, sua
explicação incompleta da ordem social e das estruturas de poder, assim como
seu caráter descritivo e não-explicativo da ação social. Apesar destas críticas, a
etnometodologia tem considerado a incorporação de diversas abordagens de
outras perspectivas teóricas, como a sociologia fenomenológica e o
interacionismo simbólico, com as quais realiza uma análise da interação social,
e dos procedimentos pelos quais damos sentido a nossa vida cotidiana.
ETNOMETODOLOGIA
■ Os teóricos da etnometodologia investigam as práticas de sentido
comum, através das quais os membros da sociedade coordenam,
estruturam e entendem suas atividades diárias.
■ Compreende-se que mediante ações e práticas localizadas (contextuais),
as pessoas se encarregam de
criar e sustentar a ordem social.
■ A Etnometodologia está interessada na ação social, na intersubjetividade
e na comunicação linguística como via de investigação das práticas
sociais.
ETNOMETODOLOGIA
RESUMO
A EVOLUÇÃO DA PSICOLOGIA 
ATÉ OS ANOS 1970
- DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO NO CONTEXTO DA Ψ SOCIAL 
1950-1960
DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
ÊNFASE PSICOLÓGICA
■ Consolidação como disciplina experimental.
■ Aumentou-se o número de estudos experimentais realizados no contexto
acadêmico.
■ Estados Unidos: criação da Sociedade de Psicologia Experimental.
– Journal of Personality and Social Psychology – A porcentagem do trabalhos
experimentais que se publicavam passou de 63% para 87% no ano de 1969.
■ Europa: criação da Associação Europeia de Psicologia Social Experimental (1964)
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ÊNFASE PSICOLÓGICA
■ Propunha como objetivo da ciência uma explicação nomológica-dedutiva.
– Dedutiva porque ela é baseada na ideia fundamental de que, para explicar
algo, deduzimos um enunciado referindo-nos a ele de um outro mais geral
(nesse caso, leis científicas); e nomológico do Grego “nomos” para lei.
■ Acreditava-se que a experimentação, sobretudo as realizadas em laboratórios, era
o único método de pesquisa mediante o qual era possível estabelecer relações
causais entre as variáveis estudadas – essa compreensão alcançou seu auge nos
anos 1960.
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ÊNFASE PSICOLÓGICA
■ A pretensão desses pesquisadores consistia em controlar e manipular as
variáveis (VI/VD/VE) com vistas ao estabelecimento de uma relação de causa e
efeito frente as situações criadas experimentalmente.
– VI (Variável Independente): o que provoca um efeito; a causa do fenômeno
estudado / sinônimo: variável explicativa.
– VD (Variável Dependente): a que sofre o efeito da VI, são os efeitos que
queremos medir.
Exemplo: Avaliar quais são as condições ambientais (VI) de um sala de aula em
relação ao desempenho acadêmico (VD) dos alunos
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ÊNFASE PSICOLÓGICA
■ Críticas a validade interna das pesquisas experimentais:
– Uma pesquisa tem validade interna quando a hipótese do
pesquisador é a única explicação para os resultados (da
relação entre a VI e a VD) e as outras explicações rivais
referentes as variáveis espúrias foram eliminadas.
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ÊNFASE PSICOLÓGICA
■ Rosenthal (1966) – efeito experimentador e Orne (1962) – características
da demanda.
– Esses pesquisadores começaram a levantar suspeitas de que os
resultados da maioria dos experimentos psicológicos e psicossociais
poderiam resultar da atuação de variáveis diferentes das variáveis
experimentais, e que não somente não estavam sendo controladas
pelos projetos experimentais, como também eram dificilmente
controláveis.
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ÊNFASE PSICOLÓGICA - CRÍTICAS
■ Rosenthal – efeito experimentador
■ Referia-se ao fato de que os resultados obtidos nos experimentos sofrem fortes
influências das hipóteses ou expectativas do experimentador do que irá ocorrer.
■ Segundo Rosenthal, o experimentador comunica de forma dissimulada aos
indivíduos a hipótese experimental, fazendo com que eles atuem da maneira
esperada.
■ Criticava a tentativa de estabelecimento de relações de causa e feito por meio
dos delineamentos experimentais.
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ÊNFASE PSICOLÓGICA - CRÍTICAS
■ “Pigmalião na sala de aula” (Rosenthal, et al, 1968). Nesta obra os
autores hipotetizam e concluem que as expectativas dos professores se
cumprem pelo simples facto de existirem, influenciando, assim, o
rendimento escolar dos seus alunos.
■ “A expectativa que uma pessoa tem sobre o comportamento de outra
pode, sem pretendê-lo, converter-se numa predição exata simplesmente
pelo fato de existir”
Leal, 2007.
DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
ÊNFASE PSICOLÓGICA - CRÍTICAS
■ O termo Efeito Pigmalião se refere ao efeito que as expectativas da professora têm sobre
o desempenho escolar do aluno. O termo se popularizou a partir de um experimento
realizado nos anos 1960 por Robert Rosenthal, um psicólogo experimental de Harvard, e
Lenore Jacobsen, uma diretora de escola na Califórnia. No início do ano letivo, Rosenthal
e Jacobsen realizaram testes de inteligência em crianças de 1º a 6º anos de uma escola.
As professoras não tiveram acesso aos resultados dos testes de inteligência. Mas os
autores sortearam uma meia dúzia de crianças por turma, independentemente do seu
QI, e disseram para as professoras que essas crianças eram as mais talentosas.
■ O resultado foi que as professoras deram mais atenção às crianças que elas
acreditavam ter um melhor potencial. Eram mais gentis, davam mais atenção,
explicavam mais, chamavam mais ao quadro para resolver problemas, reforçavam mais
o comportamento de estudar etc.. Ao final do ano, as crianças supostamente
identificadas como mais talentosas, tiveram um crescimento maior nos seus testes de
QI, independentemente da inteligência inicial.
Haase, 2015.
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ÊNFASE PSICOLÓGICA - CRÍTICAS
■ Orne (1962) – Características da Demanda
■ Destacou que o comportamento das pessoas em um experimento não responde
somente à manipulação experimental da variáveis, mas também às características
da situação.
■ Nesse sentido, qualquer situação experimental leva os indivíduos a procurarem
pistas ou indícios que lhes ajudem a fazer uma ideia da situação. Os participantes
buscam descobrir qual é a hipótese experimental para, então, atuar em consonância
com ela.
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ÊNFASE PSICOLÓGICA - CRÍTICAS
■ Características da Demanda: Conjunto de indícios que transmitem à
pessoa a hipótese experimental, cujo efeito sobre os resultados
experimentais não só é muito geral, mas também não pode ser eliminado.
■ Tanto o efeito experimentador como as características da demanda constituem
exemplos de que os resultados obtidos nos estudos experimentais podiam,
alguma vezes, não resultar do acontecido na situação prevista pelo pesquisador,
mas de fatores externos.
DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
ÊNFASE PSICOLÓGICA - CRÍTICAS
PONDERAÇÕES ENTRE A VALIDADE INTERNA E VALIDADE EXTERNA (CAPACIDADE DE GENERALIZAÇÃO).
■ Campbell e Stanley (1966) – pesquisadores experimentais
– Defendiam que “embora a validade interna seja o sine qua non, e a questão
da validade externa, como a da inferência indutiva, nunca se pode
responder completamente, é óbvio que nosso ideal é a escolha de
delineamento fortes em uma e na outra validade. A conclusão do trabalho
de Campbell e Stanley é que a validade interna (causa-efeito) é o requisito
fundamental da pesquisa, o que colocava a experimentação acima de
qualquer método de pesquisa.
DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
ÊNFASE PSICOLÓGICA
TENDÊNCIAS METODOLÓGICAS:
■ Método Experimental – cada vez mais sofisticado, buscando garantir a validade
interna. Empregaram estratégias como aumentar o tamanho da amostra,
expandir os recursos de análise de dados.
■ Pesquisas Quantitativas – mensuráveis e baseada em análises estatísticas.
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ÊNFASE PSICOLÓGICA
DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
ÊNFASE SOCIOLÓGICA
TENDÊNCIAS METODOLÓGICAS:
■ Pesquisa Qualitativa - análise compreensiva
■ Estudos de Campo – recusa da artificialidade experimental
■ Observações Participantes – recusa da neutralidade
DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
ÊNFASE SOCIOLÓGICA
■ Goffman
– Leitura “Manicômios, prisões e conventos”
■ Etnometodologia
– Estudo da linguagem e processos de significação
■ Critica as pesquisas por enquetes (survey)
– Partem do pressuposto equivocado de que as perguntas do pesquisador
tem o mesmo significado para
todos os indivíduos entrevistados, e que a
atribuição de valores numéricos às respostas se corresponde com o
significado atribuído por eles às mesmas.
DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
ÊNFASE SOCIOLÓGICA
■ Ênfase Psicológica
■ Princípios metodológicos experimentais clássicos
■ Ênfase Sociológica
■ Pluralidade de estratégias metodológicas.
DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
CONSIDERAÇÕES FINAIS

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