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ALUNA: Júlia Campos Silveira TURMA: 3D Exercício – Conceitos de parasitismo e protozoários da classe Mastigophora. Façam a leitura do material disponibilizado no portal sobre conceitos de parasitismo e protozoários flagelados já abordados em aula, utilizem também o conteúdo dos livros sugeridos. Respondam as questões abaixo: 1. Defina o termo simbiose. Simbiose é o termo dado a organismo que vivem em associação, seja ela de forma mútua ou não. 2. Quanto às relações simbióticas, defina: Comensalismo, Mutualismo e Parasitismo. Comensalismo: um organismo se beneficia do outro, mas nenhum será afetado. Mutualismo: ambos organismos são beneficiados. Parasitismo: um organismo se beneficia do outro, fazendo que o mesmo sofra danos. 3. Definir os termos parasita, parasitose e parasitíase. Parasita: é um organismo que possui finalidades como a de se alimentar, reproduzir se beneficiando de outro. Parasitose: condição pela o qual o parasita causa danos e é patogênico ao seu hospedeiro. Parasitíase: condição em que o parasita é potencialmente patogênico ao hospedeiro mas não apresenta danos aparentes no hospedeiro. 4. O que significa foresia? Foresia é o termo que se dá a organismos que transportam ou abrigam o outro. Geralmente sem dependência fisiológica ou metabólica. 5. Quanto à classificação dos parasitas defina: parasitas periódicos ou provisórios e permanentes. Parasitas periódicos: são parasitas em somente uma fase do desenvolvimento. Parasitas permanentes: são parasitas que passam sua vida, em todos os estágios, espoliando o hospedeiro. 6. Quanto ao tempo de duração do parasitismo defina: parasitas temporários ou intermitentes. Parasitas temporários ou intermitentes : realizam somente parte de seu desenvolvimento no hospedeiro ou se utilizam dele periodicamente pra se alimentarem ou se abrigarem. 7. Quanto ao requerimento de uma vida parasitária: parasitas obrigatórios, facultativos e parasita acidental. Parasitas obrigatórios: parasitas cujo ciclo de vida sempre requer um hospedeiro a ser espoliado. Parasitas facultativos: parasitas que podem alterar o ciclo de vida livre ou parasitário. Parasita acidental: organismo que pode se tornar parasita de um hospedeiro em condições especiais. 8. Quanto à especificidade parasitária descrever os termos: Estenoxenos e Eurixenos. Parasita estenoxeno: é um parasita que reque uma especificidade parasitaria, restrita a uma determinada espécie de hospedeiro. Parasita eurixeno: é o parasita que apresenta uma especificidade parasitária ampla na qual abrange vários grupos de hospedeiros distintos. 9. Em relação ao ciclo biológico definir: pararasitas monoxenos e heteroxenos. Parasitas monóxenos: são os parasitas que realizam o seu cicio evolutivo em um único hospedeiro. Parasitas heteróxenos: são os parasitas que só realizam seu ciclo evolutivo se passarem por pelo menos dois hospedeiros. 10. Defina: Fitonoses, Zoonoses, Antropozoonoses, Zooantroponoses, Anfixenose, Antroponose. Fitonoses: infecções transmitidas dos vegetais ao homem. Zoonoses: infecções que acometem os animais e o homem, transmissíveis entre si. Antropozoonoses: uma zoonose mantida na natureza em reservatórios animais e transmitida ao homem. Zooantroponoses: transmitidas do homem para os animais. Antroponose: infecção transmitida ao homem a partir de um reservatório humano. Essa transmissão de restringe ao homem. 11. Protozoários de interesse veterinário: formas de locomoção, nutrição e reprodução dos protozoários. Formas de locomoção dos protozoários: flagelo, cílios, pseudópodos ou microtúbulos. Nutrição: holóficos ou autotróficos/ holozóicos ou heterotróficos Reprodução: assexuada, sexuada 12. Dentro da ordem Trichomonadida cite as principais espécies e animais que acometem. Espécie: Tritichomonas *foetus > acometem suínos e bovinos Trichomonas *vaginalis > humanos *tenax > humanos *pentatrichomonas hominis > humanos *gallinae > pombos Sobre o parasita Tritrichomonas foetus descreva: o ciclo de vida, tipos de transmissão, epidemiologia da doença, diferenças da patogenia no macho e na fêmea , sintomas, diagnóstico, tratamento e controle no macho e na fêmea. O ciclo de vida é direto, multiplicam por fissão binária. Sua transmissão ocorre de forma genital através da monta natural, inseminação artificial (pode sobreviver em ampolas congeladas); transmissão-não venérea: vagina artificial, palpação vaginal e instrumentos obstétricos. Epidemiologia: em condições adversas forma pseudocistos, com baixa resistência fora do hospedeiro; encontrados na cavidade nasal, estômago, ceco e cólon, geralmente sem provocar sinais clínicos em suínos; em bovinos causa uma doença venérea com alterações reprodutivas em fêmeas: infertilidade, aborto precoce, repetição do cio a intervalos irregulares, piometra. Geralmente em fêmeas é auto limitante. Praticamente erradicada em países que utilizam intensamente a inseminação artificial e fazem controle do sêmen; ocorre de forma endêmica em regiões onde o controle sanitário é deficiente; sistema de produção é extensivo, com utilização de monta natural. Patogenia em machos O trofozoíto habita o prepúcio dos machos; também pode ser observado no epidídimo e vasos deferentes; Depois da infecção os touros podem apresentar discreta inflamação do prepúcio e glande com edema e corrimento. Se recuperam em 2 a 3 semanas; Após o período inicial o quadro torna-se assintomático (não afeta fertilidade e libido) e não desenvolve imunidade. O macho pode abrigar o parasita e contaminar um grande número de fêmeas. Patogenia em fêmeas Os parasitas inicialmente multiplicam-se na vagina, útero, oviduto; Se ocorrer a concepção, a vaca pode abortar (6 a 16 semanas). Os parasitas multiplicam-se no útero - causando endometrite. Impede a manutenção da gestação - morte embrionária, reabsorção do embrião, aborto precoce. Após a eliminação das membranas fetais a vaca pode se recuperar. Parasita geralmente é eliminado e a imunidade pode proteger contra reinfecções. Se as membranas fetais permanecem, a vaca pode desenvolver uma doença crônica - esterilidade permanente. Após a infecção, o protozoário pode se estabelecer no útero e 2 a 3 dias antes da vaca retornar ao cio, o parasita vai para a vagina podendo infectar outros touros. Sintomas: Fêmea Sintomas variam de intensidade e gravidade Vacas: podem apresentar ciclos a intervalos irregulares (muitas vezes é o principal sintoma observado); pode apresentar baixo índice de fertilidade também; desenvolvem imunidade capaz de eliminar o parasita; Tritrichomonas pode atuar como porta de entrada para patógenos oportunistas. Diagnostico: Touros - esmegma prepucial ou lavado prepucial; Fêmeas - o muco vaginal coletado de preferência 2-3 dias antes do cio e 2-3 dias depois (pico de multiplicação); Fetos abortados: exame dos fluidos do saco amniótico e alantoidiano; Cultivo do parasita; Detecção por PCR; Imunofluorescência Tratamento: O tratamento é demorado, sendo mais indicado para animais de alto valor; O tratamento do macho não necessariamente elimina o parasita - é necessário afastar o mesmo do resto da reprodução; Em fêmeas a doença é auto-limitante, não requer tratamento. Controle: diagnóstico pré-estação de monta; Aquisição de reprodutores negativos; Tourospositivos: eliminados ou tratados Fêmeas: descanso de três cios consecutivos; Introdução de inseminação artificial, pois nem sempre o sêmen apresenta o parasita; Eliminação de fêmeas positivas. Descreva a patogenia do parasita Trichomonas gallinae. É uma doença que acomete aves jovens, os adultos não apresentam sintomas. A infecção pode ser leve e evoluir até levar a morte. Pode se encontrar um exsudato amarelado, esverdeado na cavidade bucal. Causa lesões na cavidade bucal, seios nasais, região orbital, faringe, esôfago e até proventrículo. Lesões amareladas pequenas que podem evoluir para grandes massas caseosas. 13. Qual o nome popular da doença causada pelo parasita protozoário Histomonas e quais os hospedeiros afetados pela mesma? O nome popular da doença é cabeça negra. Afeta aves de produção, perus, faisões, galinhas, perdizes, codornas etc. 14. Descreva o ciclo de vida do Histomonas, caracterizando bem o que ocorre durante o ciclo, no parasita nematelminto Heterakis gallinarum. Ovo do nematóide Heterakis gallinarum contendo a larva ao eclodir, libera o trofozoítos de Histomonas. Após a eclosão, os trofozoítos são liberados e invadem a parede do ceco (ulceração e necrose); Os parasitas perdem os flagelos, adquirem morfologia amebóide e podem migrar ao fígado através dos vasos sanguíneos; No fígado induzem a formação de focos necróticos circulares; Heterakis ingere trofozoítos que se multiplicam nas células intestinais do nematoide; em seguida invadem o ovário do nematóide, penetram no oócito, contaminando o ovo; Também parasita o sistema reprodutor do nematóide macho podendo ser transmitido durante a cópula. Infecção venérea de nematoides; 15. Descreva de forma clara a patogenia causada pelo parasita Histomonas, assim como sintomas característicos da histomonose e sinais que caracterizam de fato a doença. É uma doença que acomete aves jovens e é mais comuns em perus. Causa enterite com espassamento de mucosa e formação de núcleos caseosos no ceco. Causa alterações patológicas no fígado devido à proliferação do parasita no parênquima hepático. Os sinais que caracterizam a doença são as fezes com coloração de enxofre, penas arrepiadas e apatia; Pode ocorrer também o aumento da mortalidade. 16. Sobre o parasita Giardia sp descreva: a morfologia do parasita, ciclo de vida, patogenia, controle e tratamento. Animais mais acometidos e a intensidade da patologia. Giardia sp. São flagelados, não apresentam complexo de Golgi nem mitocôndrias, habitam em ambientes anóxicos e se apresentam de duas maneiras: cistos e trofozoítos. Tem 12 a 15 µm de comprimento, são arredondados na extremidade anterior e pontudos na posterior, possuem um par de flagelos anteriores, um par de posteriores e um par de flagelos caudais, na face ventral apresenta um disco adesivo bilobado – adesão nas células do hospedeiro e é achatada. A face dorsal é convexa. Ciclo de vida: vivem no intestino delgado, o disco adesivo adere as células do epitelio intestinal, são móveis graças aos flagelos, os trofozoitos se dividem por fissão binária e um único hospedeiro pode eliminar bilhões de parasitas. Patogenia: O cisto ingerido, passa pelo estômago e no duodeno libera 2 trofozoítos os mesmos colonizam o intestino delgado, provocam lesões nas microvilosidades reduzindo a área de absorção e lesões do enterócito. Aumenta a permeabilidade epitelial, atrofia do vilo, diminuição da absorção dos nutrientes. Ocorre a inibição da atividade enzimática dissacaridases, lipases e proteases. Controle : Proteção da água de bebida Cistos resistem à cloração e à maioria dos desinfetantes, mas não à fervura Limpeza e desinfecção da região perianal → diminuir a transmissão de cisto, vacina. Tratamento – quinacrina e metronidazol. 17. Sobre o parasita do Gênero Trypanosoma descreva: a morfologia do parasita, ciclo de vida, patogenia, controle e tratamento do Trypanosoma vivax, T. evansi, T. Equiperdum, T. cruzi. Saber diferenciar as formas estercorária e salivaria. Trypanosoma vivax Ciclo de vida e patogênese: na África, T. vivax é transmitido ciclicamente pela mosca Glossina, conhecida como mosca tsé-tsé, e mecanicamente por outros insetos. Nas Américas, acredita-se que a transmissão ocorra mecanicamente através de tabanídeos ou outros dípteros hematófagos. No Brasil, os hospedeiros domésticos compreendem bovinos, caprinos, ovinos, equinos e bubalinos. Antílopes funcionam como reservatórios silvestres na África; nas Américas, sugere-se que cervídeos cumpram este papel. O período de incubação é variável. Nos bovinos e bubalinos, vai de 3 a 30 dias, enquanto em caprinos e ovinos é de 6 a 10 dias. Controle: o controle biológico dos vetores de transmissão (moscas) é uma alternativa para reduzir os surtos da doença. Há testes com uso de fungos, nematoides, algumas moscas, vespas e pássaros no controle da mosca- dos-estábulos. O uso de armadilhas com inseticidas também pode ajudar no controle da mosca. Morfologia: forma tripomastigota: forma de foice, núcleo grande e central (se cora em roxo).Cinetoplasto pequeno e fraco (se cora em roxo), extremidade posterior mais arredondada. T. evansi Morfologia: protozoário geralmente monomorfo, com núcleo visível, cinetoplasto pequeno, quase invisível, bem terminal. Membrana ondulante bem visível e grânulos no citoplasma. Patogenia e ciclo de vida: é transmitido mecanicamente por tabanídeos, pela mosca picadora Stomoxys calcitrans e por morcegos hematófagos do gênero Desmodus. A transmissão mecânica ocorre porque o parasita permanece viável por cerca de oito horas na probóscide do vetor. Através da picada ou mordida, ele é inoculado na corrente sanguínea do hospedeiro vertebrado, onde se multiplica. O período pré-patente é geralmente curto, de quatro a dez dias, e então surge a parasitemia. O parasito também pode ser transmitido através de mucosas pela ingestão de sangue ou carne de animal infectado, pela via transplacentária e através de fômites, como agulhas ou material cirúrgico contaminado. Dentro do organismo do hospedeiro definitivo, T. evansi libera toxinas que interferem no sistema nervoso central e também provocam hemólise intravascular. As toxinas também levam a um acréscimo nos níveis de ácido lático sérico, causando intoxicação. Tratamento: África - tripanidium e aceturato de iminazeno, Suramin, óxido de merlasen e cisteamina. Brasil – sulfato de antricida. T. Equiperdum Morfologia: forma tripomastigota, núcleo bem visível, cinetoplasto bem pequeno, membrana ondulante bem visível , número maior de grânulos no citoplasma. 18. Sobre o parasita Leishmania sp. descreva: a morfologia do parasita, ciclo de vida, patogenia, controle e tratamento. Sobre a enfermidade diferencie a leishmaniose visceral e cutânea.
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