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Tidir Hepatites Virais

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
BIOMEDICINA 
 
 
 
ADRIANA JACAUNA DE OLIVEIRA 
ANGÉLICA DE ASSIS SOUZA 
CLARISSE NADÚ DE ALMEIDA 
CRISTIANE DE MORAIS GONÇALVES CRUZ 
DANIELA DE MELO FERREIRA 
JOYCE DUTRA FERNANDES 
MÁRCIA CAROLINA SOUZA RIBEIRO OLIVEIRA 
 SILVIAMAR DE OLIVEIRA FERMAN 
VALQUÍRIA DA SILVA SILVEIRA 
 
 
 
 
 
 
HEPATITES VIRAIS (B e C) 
Exposição ocupacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
2016 
 
 
ADRIANA JACAUNA DE OLIVEIRA 
ANGÉLICA DE ASSIS SOUZA 
CLARISSE NADÚ DE ALMEIDA 
CRISTIANE DE MORAIS GONÇALVES CRUZ 
DANIELA DE MELO FERREIRA 
JOYCE DUTRA FERNANDES 
MÁRCIA CAROLINA SOUZA RIBEIRO OLIVEIRA 
 SILVIAMAR DE OLIVEIRA FERMAN 
VALQUIRIA DA SILVA SILVEIRA 
 
 
HEPATITES VIRAIS (B e C) 
Exposição ocupacional 
 
 
 
 
Trabalho acadêmico apresentado 
como requisito de avaliação do 
curso de Biomedicina, 4º período do 
Centro Universitário UNA para 
aprovação na disciplina de Trabalho 
Interdisciplinar Dirigido (TIDIR). 
 
Professora Orientadora: Cristina 
Aparecida de Jesus Souza 
 
 
 
 
 
 BELO HORIZONTE 
2016 
 
 
RESUMO 
 
As hepatites virais denotam elevadas taxas de morbidade e de mortalidade em 
todo o mundo e demandam altos investimentos em seus tratamentos. As 
hepatites B e C podem frequentemente ter forma assintomática, o que 
ocasiona uma elevada quantidade de indivíduos infectados que acabam por 
desconhecer o fato de portarem a doença. Ao contato com materiais biológicos 
se tem a possibilidade de acidentes, principalmente quanto ao uso errôneo dos 
Equipamentos de Proteção Individual (EPI’S) e ainda a falta dos mesmos, que 
asseguram a segurança dos profissionais da área da saúde, desde aqueles 
que fazem a manipulação dentro do laboratório quanto os que fazem o 
descarte, limpeza e que de alguma forma estão inseridos no processo que 
envolve o contato com esses materiais. As Hepatites Virais também podem ser 
causadas pelo contato com material contaminado e se tratando de uma doença 
em que na maioria dos casos se manifestam tardiamente, com prognóstico 
ruim aos acometidos quando em sua fase crônica, com uma quantidade 
exorbitante de casos relatados, se faz a necessidade de uma maior 
conscientização não somente dos profissionais que já atuam em laboratórios e 
hospitais, mas também os futuros profissionais da área de saúde. Para isso 
como referência foi escolhido um laboratório na região de Belo Horizonte, onde 
através de coleta de informações iniciais se elaborou uma palestra educativa 
voltada para Hepatites Virais e importância ao uso dos EPI’S com os 
colaboradores juntamente dinâmica havendo interação e discussão do tema 
relacionado. Paralelamente, na Universidade houve a divulgação de materiais 
visuais e escritos (cartazes afixados em locais de maior circulação, e 
observações nos murais dos andares), para que os alunos tenham acesso às 
informações, já que se tem aulas práticas em laboratórios o que denota a 
importância de tais medidas de segurança. 
Palavras chaves: Hepatites Virais, Equipamentos de Proteção Individual, 
laboratório, medidas de segurança. 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Viral hepatitis denotes high rates of morbidity and mortality worldwide and 
require large investments in their treatments. Hepatitis B and C can often be 
asymptomatic, which causes a high number of infected individuals eventually 
ignore the fact possessing the disease. The contact with biological materials 
has the possibility of accidents, particularly for the misuse of Personal 
Protective Equipment ('S PPE) and even the lack thereof, to ensure the safety 
of health professionals, from those who are manipulating within the laboratory 
and those who do disposal, cleaning and that somehow are included in the 
process involving contact with these materials. The Viral Hepatitis can also be 
caused by contact with contaminated material and it comes to a disease that in 
most cases manifest themselves late with poor prognosis for affected when in 
the chronic phase, with an exorbitant amount of reported cases, it is the need 
for greater awareness not only of professionals already working in laboratories 
and hospitals, but also the future health professionals. For this reference was 
chosen a laboratory in the region of Belo Horizonte, where through gathering 
initial information was developed a focused educational lecture for Viral 
Hepatitis and importance to the use of'S EPI with together dynamic employees 
having interaction and related topic of discussion. At the same time, the 
University was the dissemination of visual and written materials (posters in 
increased circulation sites, and observations on the murals of the floors), so that 
students have access to information, as it has practical classes in laboratories 
which denotes importance of such security measures. 
Key words: Viral Hepatitis, personal protective equipment, laboratory safety 
measures. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1 
2 OBJETIVOS .................................................................................................... 3 
2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................... 3 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................... 3 
3 METODOLOGIA .............................................................................................. 4 
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 6 
4.1 Aspectos epidemiológicos das hepatites virais ......................................... 6 
4.2 Organização estrutural do vírus e replicação viral .................................... 6 
4.3 Evolução das hepatites virais, formas clínicas e manifestações extra e 
intra hepáticas ................................................................................................. 9 
4.4 Síntese e secreção de proteínas realizadas pelo fígado que com 
patogênese da infecção estará comprometido ............................................. 13 
4.5 A exposição a materiais perfurocortante contaminados com sangue 
acarreta doenças infecciosas e parasitárias ................................................. 13 
4.6 Diagnóstico das hepatites ....................................................................... 14 
4.7 Tratamento e prevenção das hepatites virais ........................................ 16 
4.8 Medidas de biossegurança e controle para evitar a contaminação dos 
profissionais em saúde ................................................................................. 18 
4.9 Reprodução Assistida em pacientes soro discordantes .......................... 19 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 21 
6 CONCLUSÃO ................................................................................................ 23 
ANEXO ............................................................................................................. 24 
FIGURAS ......................................................................................................... 26 
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO ..................................................................... 29 
APÊNDICE B - CARTILHA ............................................................................... 30APÊNDICE C - GRÁFICOS.............................................................................. 34 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 38 
1 
 
1 INTRODUÇÃO 
As Hepatites Virais possuem causas relacionadas a diversos agentes e tem 
como principal manifestação acometer lesão nos hepatócitos. Na cronicidade 
da doença ocorre lesão de maneira irreversível o tecido hepático. Possuem 
semelhanças quanto a sua epidemiologia, manifestação no indivíduo e testes 
de diagnóstico laboratorial, porém, existem especificidades entre si, sendo no 
Brasil dividido em cinco classes de vírus predominantes: Hepatite A (HAV); 
Hepatite B (HBV); Hepatite C (HCV); Hepatite D (HDV) e Hepatite E (HEV) 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). 
A hepatite A tem contágio oro-fecal, pela ingestão de alimentos e água 
contaminada ou contato com pessoas infectadas, ocorrendo mundialmente em 
áreas onde as condições sanitárias e de higiene são precárias. Na hepatite E 
a transmissão é mais frequente por ingestão de água contaminada, sendo 
poucos casos de infecção por contato com pessoas portadoras do vírus, 
causam inflamações agudas não evoluindo para sua forma crônica observando 
maior gravidade em gestantes, podendo evoluir para sua forma fulminante. Já 
as hepatites B e C, que sua via de transmissão primária é a parenteral, contato 
com sangue e hemoderivados, também transmitida por via sexual e vertical. Ao 
evoluir para uma forma crônica, apresentam complicações hepáticas como 
cirrose e o carcinoma hepatocelular. A imunização oferecida hoje é somente 
para o vírus da hepatite B (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016). 
A hepatite D possui o agente Delta que é um vírus incapaz de replicar após a 
infecção precisando da função auxiliar do vírus da hepatite B, sendo sua forma 
de transmissão semelhante o da hepatite B suscetível principalmente entre os 
que utilizam drogas injetáveis e os hemofílicos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 
2016). 
As origens das hepatites virais levam atualmente ao grande aumento no 
número de indivíduos que adquirem a doença na sua forma viral e com sua 
progressão podem levar a óbito demonstrando assim se tratar de um grave 
problema de saúde pública em todo continente. A Organização Mundial de 
Saúde (OMS) em 2014 relatou que 30% da população contraiu Hepatite B 
2 
 
(HBV) onde 240 milhões de pessoas já apresentam cronicidade da doença, o 
que é oito vezes mais se comparado àqueles que possuem o Vírus da 
Imunodeficiência Humana (HIV), observando-se ainda 185 milhões de 
contaminados pela Hepatite C (HCV) (SANTOS et al., 2015). 
Um estudo de base populacional sobre as infecções pelos vírus das hepatites 
A, B e C nas capitais brasileiras aponta que há maior prevalência de Hepatite C 
na região nordeste com um total de 2,1% de infectados, se comparado com as 
regiões Norte, Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Distrito Federal (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2015). 
Devido às peculiaridades dos procedimentos realizados, os trabalhadores da 
área da saúde estão mais expostos a acidentes com materiais biológicos onde 
há maior risco de infecção o contato com objetos perfurocortantes, com 
mucosa ou pele não íntegra, sangue e fluidos potencialmente contaminados 
(sêmen, secreção vaginal, suor, lágrima, fezes, urina, líquor e líquidos sinovial, 
pleural, peritoneal, pericárdico e amniótico). Mundialmente para prevenir 
acidentes relacionados à exposição a material biológico é estabelecido o uso 
de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) (JULIO et al., 2015) (SILVA et 
al., 2009). 
As medidas de precaução são recomendadas visando prevenir o profissional 
da área da saúde sobre a exposição não só ao vírus das hepatites B e C, mas 
também ao vírus HIV e protozooses na fase aguda como malária, leishmaniose 
e chagas. Há uma grande dificuldade em obter estimativas sobre a exposição 
destes profissionais ao risco de contaminação por muitos omitem sobre 
acidentes com materiais perfurocortantes ou com fluidos corporais dentre 
outros, evitando a notificação e a tomada de procedimentos coerentes além de 
não gerar uma comunicação de acidente de trabalho (CAT) (SILVA et. 
al., 2009). 
 
 
 
 
3 
 
2 OBJETIVOS 
2.1 OBJETIVO GERAL 
Adquirir e compartilhar conhecimento multidisciplinar a respeito do tema, com 
ênfase no papel do biomédico na área, correlacionando com as disciplinas 
Bioquímica, Microbiologia, Parasitologia, Patologia, Química II e Embriologia. 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Correlacionar os elementos do trabalho e o conhecimento adquirido com o 
papel do biomédico. 
Conscientizar os profissionais que atuam em laboratório escolhido na cidade de 
Belo Horizonte sobre o risco de contaminação pelas hepatites virais. 
Informar didaticamente a respeito das Hepatites Virais, afixando cartazes nos 
andares da Una Guajajaras, transmitindo o conhecimento adquirido aos alunos 
da instituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
3 METODOLOGIA 
Trata-se de um estudo onde realizou um levantamento bibliográfico referente 
ao tema: Hepatites Virais - exposição ocupacional. Foi realizado um 
questionário (apêndice A) avaliando o conhecimento sobre quais a formas de 
contágio das Hepatites Virais e sua exposição no ambiente de trabalho 
(laboratorial e hospitalar) além da importância do uso das EPI’s, ministrada 
palestra explicativa onde o grupo apresentou as formas de contaminação, bem 
como os riscos de não proceder à comunicação em caso de acidente de 
trabalho (CAT), com o objetivo de orientar os profissionais sobre as condutas a 
serem tomadas ao acidente com qualquer material perfurocortante ou amostras 
biológicas. Foi empreendida uma dinâmica sócio-educativa em que se 
dividiram em dois grupos que disputaram entre si, num jogo de perguntas e 
respostas transcritas em quadro branco baseadas em conhecimentos gerais 
sobre Hepatites Virais e importância das EPI’s, em que no final o grupo 
vencedor recebeu pirulitos como brinde simbólico. Foi ofertada uma cartilha 
explicativa (apêndice B) aos participantes sobre o conteúdo abordado para que 
estes pudessem realizar consulta posteriormente. Ao final da apresentação foi 
realizada uma pesquisa de satisfação com os participantes para que 
pudéssemos avaliar a eficácia da apresentação, cujo resultados se encontram 
no apêndice C. Também foi realizada intervenção simbólica nas áreas de 
convivência do Centro Universitário Una - Campus Guajajaras em forma de 
cartazes e escritas em quadros de giz. 
Local: a pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados eletrônicos 
(BVS, Medline, Scielo), dados do Ministério da Saúde e através de livros 
presentes ao acervo da biblioteca do Centro Universitário UNA - Campus 
Guajajaras. A intervenção foi realizada em um Laboratório, com os técnicos do 
local, informando a importância do uso correto dos EPI’s (Equipamentos de 
Proteção Individual) e da importância de realizar a comunicação de acidente de 
trabalho (CAT) além da imunização contra as hepatites. Já a informação aos 
alunos foi transmitida através de exposição informativa em quadros negros 
expostos nos andares da universidade. 
5 
 
Critérios de inclusão: foram utilizados artigos científicos e dados do Ministério 
da Saúde publicados entre os anos de 2000 a 2016 no idioma português com 
as seguintes palavras chaves: HVC, VHB, Hepatites Virais, Hepatites Virais - 
exposição ocupacional, Epidemiologia e as Hepatites. Utilizando como critério 
de exclusão os artigos que não tinham pertinência ao tema proposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
4 FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA 
4.1 Aspectos epidemiológicos das hepatites virais 
As hepatites virais têm como causa, agentes etiológicos diferentes tendo em 
comum o hepatotropismo e muitas semelhanças do ponto de vista clínico-
laboratorial. São doenças que apresentam notável importância para a saúde 
pública brasileira com um perfil epidemiológico importante, principalmente as 
Hepatites B e C que tem larga distribuição geográfica e são causadoras de 
infecções crônicas (FERREIRA; SILVEIRA, 2004). 
De acordo com o Ministério da Saúde (MS) existem cerca de 3 milhões de 
brasileiros infectados. Entre 1999 a 2015 foram 514.678 novos casos no Brasil, 
sendo os casos registrados de hepatite A no Brasil de 161.615 e em Minas 
Gerais 11.134 casos (6,89%); hepatite B no Brasil registrou 196.701 casos e 
em Minas Gerais 10.432 casos (5,30%); a hepatite C no Brasil 152.712 casos 
e em Minas Gerais 6.960 casos (4,56%) e a hepatite D no Brasil 3.660 casos e 
em Minas Gerais 76 casos (2,08%). Os óbitos associados às hepatites entre os 
anos de 2000 a 2014 foram em torno de 56.335 casos, dentre eles 75,2% 
infectados com hepatite C, 21,9% infectados com hepatite B, 1,8% infectados 
com hepatite A e 1,1% infectados com hepatite D. Dados parciais da Secretaria 
de Saúde do Estado de Minas Gerais só este ano até agora foram 16.833 
casos notificados. Destacam-se entre as Hepatites virais as Hepatites B e C 
por estarem associadas ao elevado risco de fibrose hepática, cirrose hepática e 
hepatocarcinomas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016) (SECRETARIA DE 
SAÚDE DE MINAS GERAIS, 2016). 
4.2 Organização estrutural do vírus e replicação viral 
O HBV é o vírus da hepatite B e este possui DNA de cadeia dupla, envelopado, 
partícula de Dane medindo 42nm e da família dos hepadnavírus. Apresentam 
distintos componentes antigênicos e por isso são divididos em dois grupos: 
antígenos de superfície e antígenos centrais. O HBV é o antígeno de superfície 
enquanto o HBsAg é o antígeno essencial do envelope. A replicação é por 
intermédio do RNA com sua própria transcriptase, possuem quatro genes (s,c,p 
e x) que fazem a regulação de produção de proteínas no ciclo de replicação 
viral. Na região do core encontra dois antígenos: HBcAg não detectado livre no 
7 
 
soro e o HBeAG identificado no soro do paciente infectado. O HBV pode 
sobreviver por uma semana em temperatura ambiente, mas se o ambiente 
estiver úmido, sua sobrevida será maior, acima de tudo se em sangue, plasma 
ou soro ao abrigo da luz. O DNA do HBV resiste por aproximadamente 10 
horas a 60ºC ou em 100ºC por 5 minutos (MORAIS et. al., 2007). 
A microscopia eletrônica detecta os três tipos de partículas virais presente no 
vírus do HBV. Duas partículas menores de forma esférica com diâmetro 
aproximado de 20 nm e filamentosa com largura de 22 nm, o antígeno de 
superfície do HBV (HBsAG) e lipídeos do hospedeiro e uma partícula infecciosa 
Dane, que representa o vírion, partícula esférica de 42 nm de diâmetro, 
revestida por um bicamada lipídica que está ancorando proteínas de 
transmembrana que compõem o HBsAG (proteínas small (S), middle (M) e 
large (L)- associada à virulência figura 1.1 - Estrutura do virion (VIEIRA, 2012). 
No interior junto ao vírion encontra-se o núcleo capsídeo icosaédrico, composto 
por antígeno core do HBV (HBsAG), complexado a polimerase 8 virial e o 
genoma de DNA. O HBV é considerado o menor vírus por causa do tamanho 
do seu genoma. Seu material genético corresponde ao DNA, apresenta 
características peculiar, equivalente aos retrovírus (VIEIRA; 2012). 
O vírus da hepatite C (VHC) figura 1.2 - Vírus da Hepatite C, pertence ao 
gênero Hepacivirus da família Flaviridae, e é transmitido por contato direto, 
parenteral/percutâneo, ou através de sangue contaminado, sendo na sua 
infecção aguda usualmente assintomática (FERREIRA; SILVEIRA, 2004). 
O material genético é um fita simples de RNA, envelopado, possui uma ampla 
variação genética originando em 6 diferentes genótipos (1,2,3,4,5,6) e subtipos. 
As partículas virais são esféricas com 50nm de diâmetro com envelope 
lipoproteico de core viral esférico com cerca de 30 nm. O genoma do HCV tem 
um RNA de fita simples com polaridade positiva em torno de 9,6 KB com uma 
matriz aberta de leitura (ORF) que codifica uma poliproteína precursora. O RNA 
do HCV não faz transcrição reversa e não integra o genoma do hospedeiro, 
sua capacidade é de levar ao processo de doenças necro- inflamatórias que 
irão exercer como agente causador da carcinogênese. Os genótipos descritos 
acima estão associados às manifestações clínicas da evolução da doença e a 
8 
 
resposta de tratamento, o genótipo é associado a infecções crônicas, com 
excessivo dano hepático e de alta resistência ao tratamento em comparação 
aos demais genótipos (FECURY, 2011). 
A replicação do HBV (hepatite B) ocorre com ligação do vírion em um receptor 
específico (S1) de membrana dos hepatócitos. O mecanismo de acesso nas 
células ainda não está claro, por isso algumas vias têm sido sugeridas, como a 
entrada por endocitose com fusão direta do envelope viral com a membrana 
plasmática. Ao entrar na célula o vírus libera o nucleocapsídeo no citosol que o 
transporta até o núcleo do hepatócitos. Como a descapsidação viral e 
transporte intracelular do genoma no núcleo ainda não está lúcido, supõe-se 
que o mecanismo é feito através de modificações da proteína do 
nucleocapsídeo. O genoma viral no núcleo se encontra na forma circular 
relaxada (rcDNA) é arranjado e transformado em uma molécula circular 
fechada covalentemente (cccDNA) pela maquinaria enzimática celular (VIEIRA, 
2012). 
Sugere-se que o vírus do HCV (hepatite C) se adere à célula hospedeira via 
interação específica entre as glicoproteínas do envelope e receptores celulares. 
As partículas são endocitadas e se ligam aos receptores. Quando o genoma 
viral é liberado no citoplasma (desnudamento) acontece à tradução no retículo 
endoplasmático rugoso (RER) em uma poliproteína clivada em proteínas 
estruturais e não estruturais. As proteínas não estruturais favorecem a 
replicação viral enquanto as proteínas estruturais são estruturas do capsídeo e 
glicoproteínas do envelope. A montagem das partículas virais acontece nas 
membranas intracelulares derivados do retículo endoplasmático ou do 
compartimento do Golgi. Após a montagem dos vírions ele é liberado da célula 
hospedeira por meio da via secretora causando a lise celular. Estudos relatam 
a produção e liberação de nucleocapsídeos não envelopados do HCV na 
circulação sanguínea e que o acúmulo de partículas do core em hepatócitos 
durante a fase inicial da infecção faz com que a resposta imune não identifique 
o vírus, o que assegura uma infecção persistente via interação com os 
receptores de complemento reduzindo a resposta dos linfócitos (URBACZEK, 
2012). 
9 
 
Os vírus possuem capacidade de replicação, mas não tem aparato enzimático 
para tal replicação necessitando assim usar a maquinaria celular de seu 
hospedeiro para fazer seu ciclo de novos vírus, o que o torna um parasita 
intracelular obrigatório. O vírus precisa possuir propriedades de interações 
físico-químicas e biológicas com a célula dos hospedeiros como pH, 
temperatura, composição proteica (lipídeos e carboidratos), densidade, 
afinidade antigênica, tropismo, transmissão e patogenicidade. Esta interação 
vírus/hospedeira segue as seguintes etapas: penetração do agente viral pela 
via adequada; replicação nos tecidos e órgãos-alvos; resistência à resposta 
imune do hospedeiro; produção de patogenia viral e excreção de novos vírus 
(STEPHENS et al., 2009). 
4.3 Evolução das hepatites virais, formas clínicas e manifestações extrae 
intra hepáticas 
Ao apresentar uma infecção viral é produzida uma resposta imunitária celular 
onde posteriormente apresenta uma inflamação penetrada de leucócitos 
mononucleares contendo linfócitos, macrófagos e poucos neutrófilos. Como 
acontece nas hepatites B e C, a lesão é proporcional à agressão imunitária. A 
grande concentração de anticorpos com o antígenos virais induzem a formação 
de trombos obstruindo os vasos muitas vezes responsáveis pela exacerbação 
da lesão. Sendo este um possível mecanismo de necrose maciça que ocorre 
na hepatite B fulminante. Esta concentração de anticorpos circulantes ao se 
depositarem nos tecidos causam lesões inflamatórias que na hepatite B, 
podem apresentar artrite (FILHO, 2009). 
Os sinais e sintomas são comuns às demais doenças parenquimatosas 
crônicas do fígado e costumam manifestar-se apenas em fases mais 
avançadas da doença. Essas características também afetam negativamente o 
diagnóstico da infecção, contribuindo para os números de portadores 
assintomáticos em todo o mundo. A agressão hepatocelular provocada pelo 
vírus da hepatite C (HCV) causa a fibrose hepática, a cirrose e o câncer 
hepático levando o indivíduo a óbito na fase avançada (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2015). 
O aparecimento dos sinais da infecção com vírus da hepatite B (HBV) vai 
depender de alguns fatores como a quantidade de patógeno e o modo de 
10 
 
transmissão, podendo variar de 30 á 180 dias. A capacidade de infectividade 
conforme a replicação viral pode decorrer em várias semanas, nos primeiros 
sintomas ou na fase aguda podendo se prolongar por vários anos (MORAIS et 
al., 2007). 
A hepatite B na fase aguda, período prodrômico ou pré-ictéricos, apresentam 
sintomas inespecíficos como anorexia, vômitos, diarreia, constipação, aumento 
de temperatura, mal estar, fadiga, mialgia, colúria, hipocolia fecal, dores 
abdominais, exantema cutâneo com duração de três a dez dias, evoluindo o 
quadro de icterícia sendo este o primeiro sinal. Em icterícias acentuadas há 
colestase associada. Ocorre a hiperbilirrubinemia caracterizada pelas enzimas 
hepáticas alteradas com aumento das transaminases alanino aminotransferase 
(TGP), transaminase aspartato aminotransferase (TGO), fosfatase alcalina 
(FAL) e gamaglutamiltransferase (GGT) (MORAIS et al., 2007). 
Hepatite fulminante ou insuficiência hepática grave inicia-se com a icterícia, 
sendo os sintomas intensificados nas oito primeiras semanas, regredindo após 
a necrose hepatocelular maciça. Quando agrava o paciente começa a 
apresentar confusão mental, sonolência, períodos de excitabilidade, surgimento 
de hemorragias, principalmente no tubo digestivo. Apresenta letalidade em 
80% dos casos (MORAIS et al., 2007). 
A infecção aguda do HCV é frequentemente assintomática. Supõe que dentre 
as pessoas infectadas pelo HCV de 15% a 20% eliminam de forma espontânea 
o vírus, e 80% a 85% progride para a cronicidade. Estima-se que dependendo 
de cada organismo a evolução ocorra em 20 a 30 anos. Quando evoluída para 
a cirrose cerca de 1% a 4% dos infectados, se não se cuidarem evoluem para o 
quadro de carcinoma hepatocelular (MORAIS et al., 2007). 
A fase ictérica é precedida por dois a três dias por colúria. Hipocolia ou acolia 
fecal surge em prazos curtos entre sete a dez dias onde o paciente apresenta 
sintomas digestivos. Não ocorre uma grande alteração nas enzimas hepáticas, 
porém o anti HCV persiste por toda a vida (MORAIS et al., 2007). 
Hepatite crônica se anti HCV reagente e HCV-RNA positivo é necessário dosar 
duas vezes por um período de seis meses a ALT além de realizar o PCR 
qualitativo. Se a ALT der alterada seguida de PCR positivo sugere a realização 
11 
 
de biópsia hepática que definirá se o paciente é portador crônico, leve, 
moderado ou grave, sendo necessário o tratamento em casos moderado ou 
grave. Pacientes que não respondem ao tratamento inicial apresentando 
recidivas evolui para cirrose hepática e hepatocarcinoma (MORAIS et al., 
2007). 
A cirrose hepática, que configura na diferenciação dos hepatócitos em 
estruturas anormais, acometidos de fibrose, vem de alterações patológicas com 
diversas causas, entre elas as hepatites crônicas virais. A sua associação com 
o Carcinoma Hepatocelular (CHC) pressupõe que o processo pode declinar 
para essa condição neoplásica, onde nem sempre haverá o reconhecimento 
inicial, ocasionando prognóstico ruim tendo como duração de sobrevida em 
torno de um ano (IIDA et al., 2005). 
Dados clínicos destacam a maior agressividade ao CHC associado ao HVC do 
que HVB, por se tratar da maior quantidade de casos diagnosticados de cirrose 
hepática proveniente de HVC.Diferindo do HVB, o HVC possui seus vírus de 
RNA não incorporados ao genoma da célula infectada, porém interações entre 
vírus\célula acarretam a hepatocarcinogênese indireta do vírus, por intermédio 
de sua proteína situada no núcleo, que controla a multiplicação celular, 
apoptose e resposta imune (GOMES et al., 2013). 
As manifestações relacionadas à infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) 
podem ser consideradas raras em comparação ao descritos pela hepatite C 
(HCV): Glomerulonefrite: doença glomerular quando acomete crianças possui 
remissão espontânea, porém já para os indivíduos do sexo masculinos 
progridem para a falência renal, acarretando em diálise ou transplante renal. O 
mecanismo patogênico da doença se deve a deposição nos glomérulos de 
imunocomplexos que estimula o sistema complemento causando injúria 
glomerular que através da formação de um complexo que ataca a membrana 
de outros eventos, induzindo a proteases, lesões oxidativas e rompimento do 
citoesqueleto (LOPES; SCHINONI, 2010); Crioglobulinemia mista essencial: 
doença sistêmica no qual ocorre a precipitação de imunocomplexos a 
temperatura baixa. Esta síndrome clínica é definida pela tríade de artrite 
recorrente (LOPES; SCHINONI, 2010); Poliarterite nodosa (PAN): é uma 
12 
 
vasculite necrosantes sistêmica com presença de processos inflamatórios 
agudos e necrose fibrinóide de artérias de pequeno e médio porte (LOPES; 
SCHINONI, 2010); Artrite-dermatite: Síndrome caracterizada por poliartralgias 
ou artrite com edema nas articulações, envolve as pequenas articulações das 
mãos e pés (LOPES; SCHINONI, 2010). 
Os comprometimentos hepáticos pelo vírus da hepatite C (HCV) podem 
provocar em alguns órgãos, pele, pulmões, sistema neuromuscular e rins, 
manifestações clínicas como Icterícia: pele, mucosa e esclera com coloração 
amarelada por causa da hiperbilirrubinemia (VIEIRA, 2013); Alterações 
respiratórias: infecções pulmonares recorrentes, o que diminui a função 
pulmonar, causando a ascite e o derrame pleural já a síndrome 
hepatopulmonar (SHP) é causada pelo excesso de óxido nítrico (NO) e 
supressão do receptor do endotélio no epitélio vascular pulmonar. A disfunção 
pulmonar pode ocorrer por causa da vasoconstrição, hipóxica, resistência 
vascular diminuída, ventilação e perfusão desequilibrada e troca gasosas 
alteradas (VIEIRA, 2013); Alterações neuromusculares: o não metabolismo de 
ácidos graxos, gliconeogênese e glicogenólise favorecem a atrofia muscular 
esquelética, pois os aminoácidos contidos nos músculos são retirados para a 
síntese proteica. O que favorece o aparecimento da sarcopenia (perda 
muscular) e caquexia (perda de gordura). O estresse oxidativo ocorrido na 
mitocôndria e no citocromo P450 dentro dos hepatócitos faz com que o 
indivíduo infectado tenha fadiga e baixo desempenho durante a realização de 
exercícios físicos (VIEIRA, 2013); Alterações renais: tido com frequência em 
pacientes com insuficiência hepática e hipertensão portal, pois ocorre 
vasoconstriçãorenal, diminuindo a perfusão renal, taxa de filtração glomerular 
(TGF) e excreção de sódio e água. A hipertensão portal vai desencadear o 
processo de síntese de vasodilatadores na circulação esplâncnica causando a 
vasodilatação arteriolar esplâncnica, esta vasodilatação diminui o volume 
sanguíneo arterial efetivo ativando o sistema renina- angiotensina- aldosterona, 
sistema nervoso simpático e hormônios diuréticos, porém com a progressão da 
doença as atividades citadas acima serão persistentes favorecendo acúmulo 
de água e sódio causando a ascite (VIEIRA, 2013). 
13 
 
4.4 Síntese e secreção de proteínas realizadas pelo fígado que com 
patogênese da infecção estará comprometido 
O fígado é considerado o maior órgão do organismo, realiza diversas funções 
no metabolismo de lipídeos, proteínas (conversão de amônia em ureia), 
armazenamento e liberação de glicose. Sintetiza a maioria das proteínas 
plasmáticas essenciais como a albumina, fatores da coagulação, fibrinolíticos, 
fibrinogênio, fatores de crescimento, globulinas, lipoproteínas. Emulsifica 
gorduras no processo de digestão através da secreção da bile entre outras, 
além da função de armazenar vitaminas A, D, B12 e ferro como ferritina 
(GUYTON ; HALL, 2011). 
O fígado remove ou excreta fármacos assim como vários hormônios onde a 
lesão hepática pode levar ao excesso de acúmulo de um ou mais desses 
hormônios nos líquidos corporais provocando hiperatividade dos sistemas 
hormonais e outras substâncias que são excretadas pela bile, passando para o 
intestino sendo perdido nas fezes. Possui grande capacidade de regeneração 
se a lesão não se complicar por infecção virótica ou inflamatória. Porém nas 
doenças hepáticas como fibrose, inflamação ou infecções viróticas, o processo 
de regeneração do fígado fica seriamente comprometido e a função hepática 
se deteriora (GUYTON ; HALL, 2011) 
4.5 A exposição a materiais perfurocortante contaminados com sangue 
acarreta doenças infecciosas e parasitárias 
Os acidentes envolvendo materiais perfurocortantes são extremamente 
perigosos. Possuem potencial capaz de transmitir aproximadamente mais de 
50 tipos de patógenos diferentes, sendo os agentes mais relatados o vírus da 
Imunodeficiência Humana (HIV), os vírus das hepatites B (HBV) e C (HCV) 
(FAVARO; PATRICIA, 2013). 
As doenças parasitárias são consideradas por apresentarem relevantes 
quadros de morbidade e mortalidade no mundo e de difícil diagnóstico por 
muitas vezes não apresentar sintomas, sendo assintomáticas. Seus 
diagnósticos devem ser avaliados além da anamnese médica, pois a 
investigação laboratorial é de extrema necessidade para definir a infecção 
deste paciente (MENEZES; RUBENS,2013). 
14 
 
Uma infecção causada por um agente que passe por uma fase sanguínea 
assintomática possui a capacidade de ser transmitido inadvertidamente. Este 
agente infeccioso para ser transmitido por via sanguínea. Precisa sobreviver ao 
processamento e conservação dos compostos sanguíneos, terem a capacidade 
de invasão e estar em sua forma infectante, porém este quadro vai depender 
do hospedeiro, do seu estado nutricional e de sua competência imunológica 
que vai propiciar a periodicidade e gravidade das infecções transmitidas. 
Algumas das doenças infecciosas parasitárias que possui estas 
particularidades incluem a Malária, Tripanossomíase Americana, Leishmaniose 
e toxoplasmose. Algumas são consideradas doenças endêmicas em países 
das regiões tropicais e subtropicais e em certos casos importados por viajantes 
e imigrantes de áreas endémicas. Pode ocorrer por transfusão sanguínea, 
transmissão congênita, acidentes com perfurocortantes, transmissão oral, coito 
ou transplantes. (PEREIRA; et al 2011). 
4.6 Diagnóstico das hepatites 
A abordagem laboratorial inicial e de rotina do paciente portador da hepatite C 
crônica possui múltiplos objetivos: os exames podem definir o momento de 
início do tratamento; o tipo de tratamento instituído; a qualidade da resposta 
obtida com a terapêutica e o rastreamento de câncer. A fim de facilitar o 
monitoramento do paciente portador de hepatite C crônica e auxiliar no melhor 
uso dos recursos técnicos e financeiros, o Ministério da Saúde, elaborou listas 
de exames complementares (ANEXO I). Contudo, salienta-se que exames 
adicionais ou modificações na rotina de exames poderão ocorrer conforme a 
presença de comorbidades e a consequente instituição – ou não – de 
tratamento antiviral. Além dos exames laboratoriais comuns estabelecidos pelo 
Ministério da Saúde há a necessidade da realização de uma biópsia para a 
definição do grau de acometimento hepático. Quando indisponível ou 
contraindicada, recomenda-se a realização de métodos não invasivos, como a 
elastografia hepática (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). 
A biópsia hepática é o exame padrão-ouro para a avaliação da fibrose 
hepática. Pode ser realizada com diferentes técnicas e tipos de agulha e é útil 
no diagnóstico de outras doenças hepáticas concomitantes com hepatite 
15 
 
crônica viral – como a doença gordurosa que impacta de maneira significativa a 
evolução dos casos e o manejo dos pacientes. Dá-se preferência à biópsia por 
agulha transcutânea, pois esta permite a retirada de fragmentos de áreas 
distantes da cápsula de Glisson e dispensa a anestesia geral. Na realização de 
biópsia em cirurgia, orienta-se o cirurgião a realizar coleta de material em 
cunha profunda e evitar a região subcapsular. A biópsia também pode ser 
realizada por via transjugular (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). 
O diagnóstico histológico da hepatite crônica C baseia-se na presença de 
infiltrado inflamatório portal predominantemente linfocitário, geralmente com 
número variável de plasmócitos, linfócitos e histiócitos, acompanhado por grau 
variável de atividade periportal (atividade de interface ou necrose em saca-
bocados), parenquimatosa (lobular) e fibrótica. Quando disponível, a principal 
limitação da biópsia é o erro de amostragem – muitas vezes relacionado ao 
tamanho do fragmento e ao local do qual foi coletado. A biópsia ideal deve ser 
cilíndrica, não fragmentada, contendo de 10 a 20 espaços-porta. Após a coleta, 
o material deverá ser imediatamente fixado em formol tamponado a 10% ou 
formol em salina a 10% e encaminhado ao laboratório de anatomia patológica 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). 
O diagnóstico da hepatite B se dá através de técnicas sorológicas. Várias 
descobertas nas áreas de virologia e biologia foram incorporadas em 
laboratório de patologia clínica para auxiliar no diagnóstico médico, através de 
níveis de carga viral juntamente com medicamentos para o tratamento desta 
doença (FERREIRA, M.S, 2000). 
Na fase aguda da hepatite B, ocorre uma grande replicação viral, este período 
de incubação gira em torno de 2 a 6 meses. O HBSAG após 6 semanas de 
contaminação pelo vírus da hepatite B já encontra-se presente no soro 
permanecendo positivo por até 180 dias na fase aguda, em seguida anticorpos 
ANTI-HBS permanecem positivos semanas ou meses depois denominado de 
janela imunológica. A presença do ANTI-HBS indica sempre imunidade 
duradoura a infecção pelo vírus. Níveis de HBSAG positivos no soro superior a 
6 meses, confere a forma crônica da doença (FERREIRA, M.S, 2000). 
16 
 
Nas formas graves da doença o HBSAG desaparece e o diagnóstico se baseia 
no ANTI-HBC IGM, que indica a infecção aguda pelo vírus e o DNA viral 
detectado através da PCR , além de anticorpos contra o core viral ( ANTI-HBC) 
da classe IGG e IGM . O objetivo do tratamento é tentar suprimir a replicação 
viral antes que o dano se torne irreversível no fígado (FERREIRA,M.S,2000). 
4.7 Tratamento e prevenção das hepatites viraisO interferon alfa (ifn alfa) foi a primeira droga para tratamento da hepatite B 
crônica, por possuir atividades antivirais e imunomoduladores e ambas as 
ações são importantes para o tratamento desta virose. Inibindo a síntese do 
DNA-VHB, a partir do RNA pré genômico, a lamivudina (3-thiacytidina-3tc), um 
análogo de nucleosídeo com potente ação se mostrou a droga mais promissora 
para o tratamento da hepatite B, bloqueando assim a síntese de novas 
partículas do vírus (FERREIRA,M.S,2000). 
Os Interferons são glicoproteínas naturais que induzem um estado de 
resistência antiviral em células teciduais não infectadas. Possuem diversas 
ações biológicas dentre elas efeitos antivirais, imunomoduladores, 
antiproliferativos complexos. O vírus, ao replicar-se, vai ativar o gene 
codificante do interferon. Após a síntese proteica, a proteína sai da célula e 
entra na corrente sanguínea, até chegar às células vizinhas que ainda não 
foram atacadas. A proteína liga-se à membrana celular dessas células e ativa o 
gene codificante de proteínas antivirais. Estas proteínas antivirais, por sua vez, 
vão impedir a replicação do vírus, quando este tentar replicar-se nessas 
células. Um grupo de interferons (IFNalfa (figura 1.3) Estrutura do IFN-α 2b 
humano recombinante - e IFNbeta) é produzido por células infectadas por 
vírus, e um outro grupo (IFNgama) é sintetizado por células NK ou linfócitos T 
ativados. Quanto à atividade antiproliferativa, os interferons são as primeiras 
proteínas naturais observadas com ação reguladora negativa sobre células em 
crescimento, tendo ação antagônica a todos os fatores de crescimento 
conhecidos. O efeito é citostático (mais do que citotóxico) e reversível. O 
Interferon induz a inibição da replicação do vírus da hepatite B por períodos 
prolongados. A inibição se produz nos hepatócitos que contém vírus em 
replicação ativa (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). 
17 
 
A ribavirina (figura 1.4) é um fármaco antiviral análogo sintético da guanosina 
frequentemente usado em combinação com interferon alfa-2a ou 2b no 
tratamento de hepatite C. É um nucleosídeo sintético, que consiste de D-ribose 
acoplada a 1,2,4 triazole carboxamida. Esta droga tem um largo espectro de 
atividade antiviral in vitro contra os vírus do RNA e DNA. O nome químico da 
ribavirina é 1-beta-D-ribofuranosil-1,2,4 triazole-3-carboxamida. A droga é 
prontamente transportada para dentro das células e então convertida por 
enzimas celulares a 5-mono-, di-, e derivados de trifosfato, os quais são 
responsáveis por inibir certas enzimas virais envolvidas na síntese do ácido 
nucleico viral. A Ribavirina produz seu efeito antiviral principalmente por alterar 
os agrupamentos de nucleotídeos e a formação de RNA mensageiro normal, o 
qual pode ser responsável por sua eficácia. A droga é fosforilada ativamente de 
modo intracelular em mono-, di-, e trifosfatos. O monofosfato é um inibidor da 
inosina-monofosfato desidrogenase, que é envolvida na síntese de guanosina-
monofosfato. A composição dos agrupamentos de nucleotídeos é notadamente 
alterada após a adição de ribavirina às culturas celulares (GISH, 2005). 
A hepatite C crônica também é tratada através dos fármacos Boceprevir (figura 
1.5) e Telaprevir (figura 1.6). O Boceprevir e o telaprevir são inibidores de 
proteases, desenvolvidos para combater diretamente o vírus da hepatite C ao 
bloquear uma função vital à reprodução do organismo nas células hepáticas. O 
antiviral aumenta a taxa de resposta ao tratamento em pacientes que não 
obtêm resultados satisfatórios com os medicamentos convencionais como 
ribavirina e interferon alfa-2b (KWO, 2010). 
O transplante também é indicado para tratamento de pacientes com hepatite 
fulminante, formas estas com elevada a mortalidade. O transplante é realizado 
em vários países com grande sucesso, com sobrevida após 5 anos de 
transplantado em até 80% dos casos (FERREIRA, 2000). 
Uma nova terapia para o tratamento da hepatite c aumenta a chance de cura e 
diminui o tempo de tratamento. Dá-se através da combinação dos 
medicamentos DACLATASVIR, SIMEPREVIR E SUFOSBUVIR e poderá ser 
usado por pacientes que se submeteram a tratamentos anteriores e não 
obtiveram sucesso. Os novos medicamentos possuem a taxa de cura em torno 
18 
 
de 90%, em vista que o tratamento anterior apresentava uma eficácia em torno 
de 70%, além do tempo de tratamento ter diminuído para 12 semanas, o 
anterior era em torno de 48 semanas, sendo este novo tratamento todo feito 
por via oral o que possibilita ao paciente maior conforto e uma melhor 
qualidade de vida (MINISTERIO DA SAUDE, 2015). 
A prevenção às hepatites é dividida em três tipos: a primária, que tem como 
objetivo diminuir a incidência da infecção e secundária e terciária que procuram 
identificar indivíduos infectados para reduzir o risco de transmissão e evolução 
para hepatopatia crônica. São considerados grupos de risco usuários de 
drogas, presos e aqueles com práticas sexuais sem proteção, os quais 
recebem aconselhamentos como medida primária de prevenção. Em locais 
com situações de risco como prisões, clínicas de DST, HIV e AIDS, centro de 
reabilitação de viciados e doentes neurológicos e mentais, é realizado 
atendimento multidisciplinar de prevenção, onde testes laboratoriais e 
aconselhamentos são conduzidos como atividades de prevenção secundária e 
terciária. A vacinação contra o VHB é a maneira mais eficaz de prevenção, na 
fase aguda ou na fase crônica. A vacina é extremamente eficaz, com índices 
de 90 a 95% de resposta vacinal positiva em adultos. Com poucos 
significativos efeitos colaterais, a vacina garante eliminar a transmissão do 
vírus em todas as faixas etárias. (FERREIRA; SILVEIRA, 2004). 
4.8 Medidas de biossegurança e controle para evitar a contaminação dos 
profissionais em saúde 
O risco de acidentes de trabalho associados à perfuro cortantes constituem um 
grave problema e uma preocupação frequente entre os profissionais que lidam 
diariamente com material biológico. Essa preocupação se deve a possibilidade 
de transmissão de patógenos como os vírus da hepatite B e C (ARAÚJO, et al., 
2012) (SILVA, et al., 2011). 
As medidas de biossegurança previnem que os profissionais da saúde se 
exponham a riscos de materiais biológicos. A aplicação do conhecimento, 
técnica e uso de equipamentos de segurança individual (EPI’s) tem o objetivo 
de prevenir a exposição do profissional a microrganismos potencialmente 
infecciosos (ARAUJO, et al., 2012). 
19 
 
Após um acidente a notificação deve ser imediata para que as medidas 
profiláticas sejam tomadas quando possível como é o caso da Hepatite B. 
Infelizmente muitos profissionais por desinformação, medo de represálias ou 
críticas deixem de notificarem estes acidentes podendo gerar danos 
irreversíveis no futuro para sua saúde (ARAUJO, et al., 2012). 
4.9 Reprodução Assistida em pacientes soro discordantes 
Na Reprodução Assistida (RA) existe o risco de contaminação para os 
envolvidos no processo e para o embrião a ser gerado em casais 
sorodiscordantes. No caso de pacientes masculinos positivos para Hepatite C é 
realizado uma técnica chamada TESA (testicular sperm aspiration), ou 
aspiração de espermatozóides no epidídimo, os espermatozóides passam por 
um processo de “lavagem” e dosagem de carga viral para poderem ser 
utilizados (ALMEIDA, 2005). 
Para a realização da “lavagem” o homem deve coletar a amostra alguns dias 
antes da fertilização, esta é colocada junto a um meio de cultivo para manter os 
espermatozóides vivos. O segundo passo é centrifugar a amostra separando o 
líquido seminal dos espermatozóides, pois o vírus se encontra no líquido. Logo 
apóso sêmen é colocado a um meio de cultura que pelo qual os 
espermatozóides tem afinidade e a amostra é novamente centrifugada tendo 
assim espermatozóides livres do vírus. Para garantir que o processo foi 
realizado com sucesso, parte da amostra é congelada e a outra parte participa 
de teste, no caso de todos os resultados deram negativos a amostra congelada 
pode ser usada na fertilização, caso contrário deve-se repetir o processo até 
obtenção de uma amostra saudável (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). 
A microinjecção intracitoplasmática (ICSI) é a metodologia mais utilizada nos 
casos em que o progenitor masculino é portador de hepatite B ou C. A ICSI é 
parecida à técnica utilizada num ciclo de Fertilização In vitro (FIV), realiza-se 
em num microscópio invertido com platina termostatizada e com o auxílio de 
duas micropipetas acopladas a micromanipuladores, uma que irá sustentar o 
ovócito na posição adequada e outra que permite a penetração com o intuito 
de depositar o espermatozóides no plasma (ALMEIDA, 2005). 
20 
 
No caso das pacientes do sexo feminino positivas para hepatite B ou C a 
gravidez deve ser avaliada de acordo com a estabilidade da doença, na 
hepatite C pode ocorrer a transmissão vertical em 6% dos casos sendo a 
gestação indicada somente se ela apresentar HCV-RNA negativo. Na hepatite 
B a transmissão materno-fetal intra-útero é rara, neste caso a transmissão e 
perinatal e é responsável por 95% dos casos (MINISTÉRIO DA SAÚDE) 
(FILHO, et al., 2007). 
Não há relatos de malformações fetais relacionadas aos vírus, mas estudos 
indicam um aumento na incidência de partos pré-termos, crescimento intra-
uterino retardado (CIUR), descolamento de placenta e Índice de Apgar menor 
que 7 no primeiro minuto de vida do recém-nascido (RN) (FILHO,et al., 2007). 
A indicação é que o RN cuja mãe é HBsAg-positiva na ocasião do 
parto receba a primeira dose da vacina e uma dose de imunoglobulina contra o 
vírus da hepatite B (HBIG) nas primeiras 12 horas do pós-parto. A 
administração deve ser feita por via intramuscular (IM) em dois locais distintos. 
Nos seis meses seguintes as duas outras doses da vacina devem ser 
administradas completando o ciclo. Essa combinação da imunização ativa e 
passiva mostrou-se bastante eficaz na redução da transmissão do vírus da 
hepatite B em 85% a 95% dos casos (PIAZZA, et al., 2010). 
Quando a hepatite B é contraída no período perinatal, há possibilidade de 
cronificação, decorrente da tolerância imunológica própria dessa etapa da vida. 
Casos de hepatite fulminante, no entanto, foram descritos em lactentes, nesses 
casos, uma resposta imunológica exacerbada ocorre no desaparecimento dos 
anticorpos maternos, as células citotóxicas, sensibilizadas ao AgHBc poderão 
destruir, de maneira fulminante, os hepatócitos infectados do RN (FERREIRA, 
SILVEIRA, 2004). 
 
 
21 
 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
O levantamento bibliográfico e as informações adquiridas sobre os 
conhecimentos e cuidados que os profissionais atuantes têm no momento de 
executar suas funções, através dos questionários aplicados sobre Hepatites 
virais - exposição ocupacional possibilitou uma discussão sobre o tema. 
Foi aplicado um questionário (apêndice A) adaptado para averiguar o 
conhecimento dos profissionais de um laboratório em Belo Horizonte sobre o 
tema. Tivemos a participação de 10 profissionais da saúde, onde obtivemos 
uma amostragem não probabilística, acompanhado do critério de inclusão: 
funcionários presentes no laboratório no momento da intervenção. 
Foi possível observar com o questionário após analisar o gráfico (apêndice C 1) 
aplicado que os 10 participantes possuem conhecimento sobre o órgão afetado 
ao adquirir hepatites, mas que os mesmos tem dúvidas sobre os fluidos que 
são potencialmente infectantes e somente 4 sabem que é possível adquirir 
qualquer protozoose como leishmaniose, malária e chagas, na fase aguda, 
através dos mesmos. Pois qualquer fluido, na presença de sangue, é 
potencialmente contaminante. Dos 10 participantes 8 possuem o conhecimento 
que não existe vacina para a hepatite C e que são três doses para a hepatite B, 
porém apenas 2 sabem porque a hepatite C é considerada a hepatite mais 
perigosa onde os medicamentos são muito fortes e causam diversos efeitos 
colaterais, não existindo vacina e podendo levar a cirrose ou casos de câncer 
no fígado e é uma doença silenciosa. 
Apresentado, em conjunto, uma palestra informativa sobre o tema depois de 
colocado em forma de jogo de perguntas sobre o assunto finalizando com uma 
pesquisa de satisfação (apêndice C 2) pela intervenção, com o objetivo de 
saber sobre o entendimento, aproveitamento da palestra além de obter 
conhecimento sobre os cuidados que se tem em relação à proteção contra 
contaminação durante o período de trabalho. Obtivemos os seguintes 
resultados: 100% dos participantes consideraram que a palestra serviu como 
orientação e conscientização dos riscos que estão expostos no local de 
trabalho, acreditando que sua postura tende a mudar referente aos riscos 
ocupacionais aos quais estão expostos e que é necessário fazer exames 
22 
 
periódicos para saber se adquiriu alguma hepatite viral ocupacional. Porém 
quando questionados sobre o fato de trabalhar por tanto tempo em 
laboratórios, se julgavam cautelosos quando o assunto é contaminação, 
apenas 57% declararam que sim deixando claro o porquê o número de casos 
hepatite B por acidente de trabalho vem diminuindo, mas infelizmente vem 
aumentando o número de casos hepatite C por acidente de trabalho. 
Segundo Santos et. al., 2012, a vulnerabilidade é entendida como ações que 
aumentam ou diminuem os riscos aos quais os indivíduos estão expostos em 
todas as circunstâncias de suas vidas. É também um modo de classificar as 
possibilidades dos mesmos adquirirem doenças. 
Segundo Amaral et. al., 2012, normas educativas e preventivas devem fazer 
parte do ambiente de trabalho assim como intensificar programas, treinamentos 
sobre o risco de acidente, bem como garantir a segurança deste profissional, 
disponibilizando dispositivos seguros para descartes de materiais 
perfurocortantes mantendo-os em locais apropriados.Exigir que este 
profissional cumpra rigorosamente as práticas de biossegurança que lhe é 
oferecida principalmente ao uso dos EPIs, garantindo segurança em suas 
atividades. 
Segundo Suarte et al., a resistência a adesão na utilização do EPIs não é pelo 
fato de não ter, já que as empresas os fornecem gratuitamente de acordo com 
o risco exposto. Os motivos da não adesão se dá pelo desconhecimento, 
preguiça, falta de atenção, comodismo e vícios adquiridos ao longo dos anos 
pela rotina ou pressa, fatores este que geram negligências aos riscos expostos. 
Por isso a importância da conscientização do profissional de saúde e a 
mudança de hábitos se fazem necessária devido ao crescente número de 
acidentes entre estes profissionais em seu ambiente de trabalho. 
Cabe então às instituições e órgãos da saúde o planejamento e a 
implementação de orientações específicas para estes profissionais, a fim de 
que os mesmos adquiram hábitos profissionais seguros (ARAÚJO, et. al., 
2012). Os programas de ações permanentes devem ser direcionados não 
só aos profissionais de saúde bem como aos estudantes em formação. 
23 
 
6 CONCLUSÃO 
São várias as doenças virais ocupacionais em que o profissional de saúde está 
exposto, sendo de extrema importância o uso dos EPI’S. 
De acordo com as pesquisas realizadas, pode-se observar que as hepatites 
ocupacionais têm tido apenas uma inversão de posição onde o que houve de 
redução nos casos de hepatite B, houve aumento nos casos de hepatite C.As atenções aos cuidados com acidentes de trabalho devem seguir um padrão 
mais rigoroso, cauteloso para que ao final de uma carreira de sucesso não seja 
necessário realizar tratamentos que poderiam ser evitados. 
O entendimento da vulnerabilidade dos profissionais da área da saúde que 
estão em exposição a riscos ocupacionais, depende de um conjunto de fatores. 
Dentre eles os comportamentais que provocam desgastes como a sobrecarga 
de trabalho que levam ao uso inadequado de EPI`s e os trabalhadores mesmo 
cientes dos riscos que estão expostos não se atentam às medidas de proteção. 
Para diminuir a exposição dos trabalhadores se faz necessário que os gestores 
das instituições forneçam medidas estruturais e organizacionais tornando as 
condições de trabalho seguras. Adotando ações de capacitação e fiscalização, 
para que os trabalhadores se conscientizem sobre os resultados de suas 
práticas para a própria saúde, incentivando sua autoproteção, estimulando os 
profissionais expostos à prática de cuidados para que possam prestá-lo ao 
outro e a si mesmo. 
Diante o exposto é imprescindível que todos se conscientizem da necessidade 
da implementação de estratégias para prevenção e promoção da saúde do 
profissional e o Biomédico possui o dever muito além realizar exames 
laboratoriais, mas de informar e buscar meios de educação e prevenção aos 
profissionais de saúde. 
 
 
 
24 
 
ANEXO 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
FIGURAS 
Figura 1.1 - Estrutura do virion Figura 1.2 - Vírus da Hepatite C
 
Fonte: PERKINS, 2016.https://people.rit.edu/japfaa/infectious.html 
 
 
Figura 1.3 - Estrutura do IFN-α 2b humano recombinante. 
 
Fonte: SOUZA, 2010. http://tpqb.eq.ufrj.br/download/interferon-alfa-2b-humano-recombinante-
peguilado.pdf 
 
 
 
 
27 
 
Figura 1.4 - Estrutura química da ribavirina. 
 
 
Fonte: National Center for Biotechnology Information, U.S. National Library of Medicine, 2016. 
https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/37542#section=Top 
 
Figura 1.5 - Estrutura química do boceprevir 
 
 
Fonte: National Center for Biotechnology Information, U.S. National Library of Medicine, 2016. 
https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/10324367#section=Top 
 
 
 
 
 
 
28 
 
Figura 1.6 - Estrutura química do telaprevir 
 
Fonte: National Center for Biotechnology Information, U.S. National Library of Medicine, 2016. 
https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/3010818#section=Top 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO 
1- Ao analisar uma amostra existem vários fatores que contribuem para o risco 
de uma transmissão ocupacional. Dos fluidos citados abaixo quais são 
potencialmente infectantes? 
( ) escarro ( ) suor ( )fezes ( ) urina ( ) sangue ( ) lágrima ( ) todas 
acima 
2- A vacinação ou imunização ativa acontece quando uma pessoa é estimulada 
a desenvolver uma defesa contra uma doença infecciosa. Sabendo disso 
quantas doses são necessárias para imunização do vírus da hepatite B e C? 
( ) não existe vacina para a hepatite C e três doses para hepatite B. 
( ) três para hepatite C e B. 
( ) não existe vacina para a hepatite B e C. 
3- As diversas profissões exercidas acarretam implicações que podem trazer 
riscos à saúde, como por exemplo, as que possuem patologias específicas que 
se tornam doenças ocupacionais. Quais as hepatites virais ocupacionais você 
está exposto (a)? 
( ) B e C. ( ) A, B, C, D e E ( ) Todos as hepatites 
4- As hepatites virais (B e C) são causadas por diferentes agentes etiológicos, 
com tropismo primário por qual órgão? 
( ) pâncreas ( ) coração ( ) rim ( ) fígado 
5- Porque a Hepatite C é considerada a Hepatite mais perigosa? 
( ) Os medicamentos são muito fortes e causam diversos efeitos colaterais. 
( ) Não existe vacina. 
( ) Pode levar a cirrose ou casos de câncer no fígado. 
( )É uma doença silenciosa. 
( ) Todas as opções acima 
6- Através de fluidos corporais potencialmente infectantes podemos adquirir 
além das hepatites alguns destes protozoários 
( ) Leishmaniose 
( ) Malária 
( ) Chagas 
( ) Nenhuma das alternativas 
( ) Todas as alternativas 
30 
 
APÊNDICE B - CARTILHA 
As hepatites virais são causadas por cinco vírus: hepatite A (HAV, do inglês 
hepatitis A virus), hepatite B (HBV, do inglês hepatitis B virus), hepatite C 
(HCV, do inglês hepatitis C virus), hepatite D (HDV, do inglês hepatitis D virus) 
e o vírus da hepatite E (HEV, do inglês hepatitis E virus) (LEMON,1997). A 
doença tem um amplo espectro clínico, que varia desde formas assintomáticas, 
anictéricas e ictéricas típicas, até a insuficiência hepática aguda grave 
(fulminante). Quando apresentam sintomatologia, são caracterizadas por 
fadiga, mal-estar, náuseas, dor abdominal, anorexia e icterícia. As 
manifestações clínicas aparecem quando a doença está em estágio avançado, 
com relato de fadiga, ou, ainda, cirrose. O diagnóstico inclui a realização de 
exames em ambiente laboratorial e testes rápidos, a fim de caracterizar a 
doença e sua gravidade. 
O vírus da hepatite A (HAV) 
A principal via de contágio do HAV é a fecal-oral, por contato inter-humano ou 
por meio de água e alimentos contaminados. Contribuem para a transmissão a 
estabilidade do HAV no meio ambiente e a grande quantidade de vírus 
presente nas fezes dos indivíduos infectados. A transmissão parenteral é rara, 
mas pode ocorrer se o doador estiver na fase de viremia do período de 
incubação. A disseminação está relacionada com a precariedade da 
infraestrutura de saneamento básico e condições de higiene praticadas. Na 
maioria dos casos, a hepatite A é autolimitada e de caráter benigno, sendo que 
a insuficiência hepática aguda grave ocorre em menos de 1% dos casos. 
Normalmente, os pacientes mais velhos apresentam doença sintomática e de 
resolução mais lenta. Pessoas que já tiveram hepatite A apresentam imunidade 
para tal doença, mas permanecem susceptíveis às outras hepatites virais. 
O vírus da hepatite B (HBV) 
A hepatite B considerada uma IST, dessa forma o HBV pode ser transmitido 
por solução de continuidade (pele e mucosa), relações sexuais desprotegidas e 
por via parenteral (compartilhamento de agulhas, seringas, tatuagens, 
piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos, etc.). Outros líquidos 
31 
 
orgânicos, como sêmen, secreção vaginal e leite materno podem igualmente 
conter o vírus e constituir fontes de infecção. A transmissão vertical (de mãe 
para filho) também é causa frequente de disseminação do HBV em regiões de 
alta endemicidade. De maneira semelhante às outras hepatites, as infecções 
causadas pelo HBV são habitualmente anictéricas. A cronificação da doença, 
ou seja, a persistência do vírus por mais de seis meses, ocorre em 
aproximadamente 5% a 10% dos indivíduos adultos infectados. 
Caso a infecção ocorra por transmissão vertical, o risco de cronificação dos 
recém-nascidos de gestantes com evidências de replicação viral é de cerca de 
70% a 90%, e entre 10 a 40% nos casos sem evidências de replicação do 
vírus. Cerca de 70% a 90% das infecções ocorridas em menores de cinco anos 
se cronificam, e 20% a 25% dos casos crônicos com evidências de replicação 
viral evoluem para doença hepática avançada (cirrose e hepatocarcinoma). 
Uma particularidade dessa infecção viral crônica é a possibilidade de evolução 
para câncer hepático, independentemente da ocorrência de cirrose, fato 
considerado pré-requisitonos casos de surgimento de carcinoma hepatocelular 
nas demais infecções virais crônicas, como a hepatite C. 
O vírus da hepatite C (HCV) 
O HCV foi identificado em 1989 nos Estados Unidos e é o principal agente 
etiológico da hepatite crônica, anteriormente denominada hepatite Não-A Não-
B. Sua transmissão ocorre, principalmente, por via parenteral. É importante 
ressaltar que, em um percentual significativo de casos, não é possível 
identificar a via de infecção. São consideradas populações de risco acrescido 
para a infecção pelo HCV por via parenteral: indivíduos que receberam 
transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993; pessoas que fazem 
uso de drogas injetáveis (cocaína, anabolizantes e complexos vitamínicos), e 
que compartilham os equipamentos ou que apresentem outras formas de 
exposição percutânea (por exemplo, consultórios odontológicos, clínicas de 
podologia, salões de beleza, estúdios de tatuagem e piercing e etc., que não 
obedecem às normas de biossegurança). A transmissão sexual é pouco 
frequente – menos de 1% em parceiros estáveis – e ocorre, principalmente, em 
pessoas com múltiplos parceiros e com prática sexual de risco (sem uso de 
preservativo), sendo que a coexistência de alguma IST, inclusive o vírus da 
32 
 
imunodeficiência humana (HIV), constitui um importante facilitador dessa 
transmissão. A transmissão vertical é rara quando comparada à hepatite B, 
entretanto já se demonstrou que gestantes com carga viral do HCV elevada ou 
coinfectadas pelo HIV apresentam maior risco de transmissão da doença para 
os recém-nascidos. A cronificação ocorre de 70% a 85% dos casos, sendo que, 
em média, entre um quarto e um terço destes podem evoluir para formas 
histológicas graves ou cirrose, no período de 20 anos, caso não haja 
intervenção terapêutica. 
O restante evolui de forma mais lenta e talvez nunca desenvolva hepatopatia 
grave. É importante destacar que a infecção pelo HCV já é a maior responsável 
por cirrose e transplante hepático no mundo ocidental. 
O vírus da hepatite D (HDV) 
A hepatite D é causada pelo HDV, podendo apresentar-se como infecção 
assintomática, sintomática ou como formas graves. O HDV é um vírus 
defectivo, satélite do HBV, que precisa do HBsAg para realizar sua infecção. A 
infecção delta crônica é a principal causa de cirrose hepática em crianças e 
adultos jovens em áreas endêmicas na Itália, na Inglaterra e na região 
amazônica do Brasil. Devido à sua dependência funcional em relação ao HBV, 
o vírus delta tem mecanismos de transmissão idênticos aos do HBV. Os 
portadores crônicos inativos do vírus B são reservatórios importantes para a 
disseminação do vírus da hepatite delta em áreas de alta endemicidade de 
infecção pelo HBV. 
O vírus da hepatite E (HEV) 
O HEV é um vírus de transmissão fecal-oral favorecendo a disseminação da 
infecção nos países em desenvolvimento, nos quais a contaminação dos 
reservatórios de água mantém a cadeia de transmissão da doença. A 
transmissão interpessoal não é comum. Em alguns casos, os fatores de risco 
não puderam ser identificados. A doença é autolimitada e pode apresentar 
formas clínicas graves, principalmente em gestantes e é mais comum em 
países na Ásia e África, principalmente na Índia. 
 
33 
 
Riscos Ocupacionais 
A infecção ocupacional nos profissionais da área da saúde é considerada como 
uma das mais preocupantes devido às possíveis exposições percutâneas ou de 
mucosas ao sangue de pessoas infectadas por estes vírus, que estão sob seus 
cuidados. A maioria das exposições ocupacionais com sangue e fluidos 
corpóreos de indivíduos infectados ocorre por meio da picada acidental com 
agulhas. O hábito de reecapar as agulhas usadas em pacientes ainda é 
observado nas atividades diárias dos profissionais da área de saúde mesmo 
frente às normas atuais de prevenção e controle destas infecções 
ocupacionais. As luvas cirúrgicas fabricadas em látex, desde que intactas, 
constituem uma barreira eficiente para a penetração de microrganismos. 
Preocupante também a situação dos funcionários encarregados da limpeza do 
ambiente e do descarte do lixo, pois, com maior frequência acidentam-se com 
agulhas usadas e não devidamente descartadas. Os profissionais da saúde 
devem apropriar-se das precauções padrão (PP), que são suplementadas 
pelos equipamentos de proteção individual (EPI), entre eles luvas, máscaras, 
óculos, aventais, durante a assistência direta ao paciente. Além destas 
medidas de prevenção, estes profissionais também podem ser imunizados na 
rede pública de saúde, com a vacina contra o vírus da hepatite B. Caso sejam 
adotadas adequadamente as PP e haja conscientização sobre a importância 
desta imunização o risco de infecção ocupacional pode ser significativamente 
reduzido. 
 
 
 
 
 
 
34 
 
APÊNDICE C - GRÁFICOS 
1 PESQUISA ANTES DA INTERVENÇÃO 
1- Ao analisar uma amostra existem vários fatores que contribuem para o risco 
de uma transmissão ocupacional. Dos fluidos citados abaixo quais são 
potencialmente infectantes? 
 
 
2- A vacinação ou imunização ativa acontece quando uma pessoa é estimulada 
a desenvolver uma defesa contra uma doença infecciosa. Sabendo disso 
quantas doses são necessárias para imunização do vírus da hepatite B e C? 
 
 
 
3- As diversas profissões exercidas acarretam implicações que podem trazer 
riscos à saúde, como por exemplo, as que possuem patologias específicas que 
se tornam doenças ocupacionais. Quais as hepatites virais ocupacionais você 
está exposto (a)? 
35 
 
 
 
 
4- As hepatites virais (B e C) são causadas por diferentes agentes etiológicos, 
com tropismo primário por qual órgão? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
5- Porque a Hepatite C é considerada a Hepatite mais perigosa? 
 
 
 
6- Através de fluidos corporais potencialmente infectantes podemos adquirir 
além das hepatites alguns destes protozoários 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
2 PESQUISA PÓS INTERVENÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
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