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1 Frequência Direito Económico INTRODUÇÃO Direito Económico é um verdadeiro ramo do direito? Apesar de não se encontrarem algumas clássicas manifestações externas dos ramos de direito, pode considerar-se um novo ramo de direito em formação Direito Económico tem vindo a construir-se a partir da reavaliação de certos núcleos temáticos oriundos de outros ramos do direito, por se pensar que o que já existia não era suficiente e apropriado Evolução Histórica 1) Era Agrícola Direito de propriedade (poder de possuir, usar, usufruir e alienar) sobre a terra e sobre pessoas (ex. feudalismo) Propriedade comum: baldios 2) Era Comercial Moeda, urbanismo Prevalência do contrato sobre o estatuto Maior importância da lei para maior segurança Revolução liberal: - direito de propriedade - liberdade de empresa - liberdade contratual - liberdade de concorrência → Direito subjectivo: indivíduo pode dispôr de uma coisa ou de uma pessoa, obtendo garantia jurídica de uma segurança específica quanto ao exercício desse poder 2 3) Era Industrial Da propriedade privada à propriedade pública De contrato livre a relação regulada por lei Relação de trabalho: direitos e deveres passam a ser definidos por lei: - direito a remuneração adequada - obrigação de pagar certas contribuições - direito a determinados benefícios Do direito do Estado liberal ao direito do Estado social 4) Era da informação Novas tecnologias: importância dos direitos de autor e da propriedade industrial Expansão do sector dos serviços Comércio electrónico Apesar da ordenação jurídica da Economia ser antiga, a disciplina de Direito Económico só existe desde o século XX, depois da primeira guerra mundial: Concentração de empresas, emergência de verdadeiros poderes económicos privados, a limitação da concorrência, crises e guerras mundiais e pressão de agentes económicos, sociais e políticos levou a que o Estado tivesse de intervir Teorias Keynesianas e socialistas davam ênfase à intervenção do Estado A partir dos anos 70, críticas à intervenção do Estado principalmente dos sectores neoliberais levaram a alterações na intervenção pública na Economia (ex: substituição da produção directa pública pela sua contratação a entidades privadas, mantendo o financiamento público, etc.) Nacionalizaçoes??? Regras provenientes da CEE Natureza Direito Económico é predominantemente direito público, de origem constitucional, administrativa e penal Em certos casos pode ser considerado direito privado colectivo 3 Fontes internas Constituição da República Portuguesa Leis (Assembleia da República), decretos-lei (Governo) Leis directriz, leis medida Decretos legislativos regionais Decretos regulamentais, resoluções do conselho de ministros, portarias, despachos normativos, avisos do Banco de Portugal, etc. Fontes Externas GATT, OCDE, FMI, OIT Tratados de CE ou UE Regulamentos CE Fontes de Origem Mista ou Privada Mista: organismos de concentração económica e social Ex??? Privada: regulamentação das actividades económicas pelas associações profissionais Ex??? 4 CONSTITUIÇÃO ECONÓMICA Conjunto de normas e princípios constitucionais relativos à Economia Modelo de equilíbrio entre a Economia de Mercado e interesse público e social (salvaguarda os direitos próprios dos trabalhadores e dos consumidores vs. regulação pública) Estado de Direito: princípio da legalidade Subordinação do poder económico ao poder político Pluralidade de sectores e de formas de iniciativa Apropriação colectiva de alguns meios de produção de acordo com o interesse público (solos, recursos naturais, etc.) Planificação democrática da Economia Intervenção democrática dos trabalhadores Propriedade privada, liberdade de empresa, concorrência, posição central do sector privado no processo económico Incumbência do Estado: orientação e controlo da actividade económica e de distribuição de rendimentos Segurança do emprego, direito à greve, proibição do lock-out, direito de informação ao consumidor, proibição da publicidade enganosa, protecção da qualidade ambiental → Definição dos limites objectivos ao livre funcionamento do mercado Pressupostos básicos da Economia de Mercado Propriedade privada, iniciativa privada, livre concorrência Propriedade Privada Quatro componentes: 1) Direito de adquirir 2) Direito de usar e fruir 3) Liberdade de transmissão 4) Direito de não ser privado dela 5 1) Direito de adquirir Restrições: - bens insusceptíveis de apropriação privada, - bens de domínio público (exploração pode ser entregue a entidades privadas ou cooperativas) 2) Direito de usar e fruir Restrições: - Condicionamentos por razões ambientais ou de ordenamento de território 3) Liberdade de transmissão Restrições: - direitos a favor de terceiros Accionistas/socios?? - direitos de preferência atribuída - direitos dos herdeiros legitimários 4) Direito de não ser privado dela Restrições: - Requisição de bens (bens móveis e imóveis, temporária, interesse público urgente e excepcional, indemnização) - expropriação (bens imóveis, definitivo, ex: construção de estradas, indemnização) - nacionalização (com indemnização) Iniciativa Privada Condição básica da existência de concorrência Liberdade de criação de empresas e a sua gestão: - liberdade de organização - liberdade de contratação ou liberdade negocial Restrições: - necessidade de protecção do interesse público e de terceiros - possibilidade de se estabelecerem reservas a favor do sector público 6 - discriminações em função da nacionalidade (UE: liberdade de estabelecimento e de circulação de capitais) - Estado pode determinar/restringir tipo de empresa (S.A, por quotas, etc.) Como e q o estado pod restringir??? - Regras obrigatórias de organização interna - Normas que regulam localização Localizaçao?? - Protecção ambiental e ecológica - Protecção de monopólios e controlo de concentrações Para q e q se quer proteger monopólios??< - Restrição de relações contratuais da empresa com terceiros ( Ex: acórdão das farmácias) Direitos dos trabalhadores Segurança no trabalho Segurança no emprego e proibição de despedimentos sem justa causa (modelo da estabilidade do emprego) Direitos das organizações dos trabalhadores Liberdade sindical Direito à greve e proibição do lock-out Direitos das comissões de trabalhadores Direito de contratação colectiva Direito ao trabalho Desenvolvimento de políticas que assegurem o máximo de empregos possíveis, igualdade de oportunidades, formação específica e genérica Assistência no desemprego Regulação do mercado de trabalho (fixação de salário mínimo) 7 Direitos dos consumidores A crescente importância da protecção jurídica do consumidores deve-se a: - maior sofisticação dos modos de distribuição em grande superfícies (aumento da distância entre consumidor e vendedor) - formas de organização da produção mais complexas e globalizadas A protecção do consumidor deve ser perspectivada segundo quatro eixos principais: 1) Protecção do consumidor contra práticas comerciais desleais e abusivas: Regulação da publicidade,das vendas ao domicílio e por correspondência Clausulas ou condições contratuais gerais - Proibição de clausulas abusivas que se traduzam na desprotecção do consumido Regulação do crédito ao consumo (cartões de crédito) 2) Informação, formação e educação do consumidor Obrigação do Estado de apoiar as organizações dos consumidores Dever de contribuir para a sua educação e informação e de reconhecer os direitos dos consumidores à informação 3) Representação, organização e consulta Direitos reconhecidos às organizações de consumidores 4) Proteger o consumidor contra produtos defeituosos Reparador dos danos sofridos, repressivo de comportamentos que afectem a qualidade dos produtos Direito de qualidade: sistema de normas técnicas referentes às características dos produtos Sistema de repressão das infracções anti-económicas e contra a saúde pública 8 Direito do ambiente Protecção do elemento natural e do elemento construído Combate às diversas formas de poluição Determinação do acesso, organização, instalação, condições de funcionamento e relações com terceiros por razões ambientais Custos de poluição e custos da sua prevenção podem ser integrados nos custos de produção Ordenamento da implantação urbana e industrial, da exploração agrícola e florestal Proibição de acções atentatórias do ambiente: direito de cessação destas acções e de indemnização dos prejuízos causados pela violação Dever de defender o ambiente: obrigação de não atentar contra o ambiente e dever de impedir os atentados de outrem, eventualmente tutelados por via penal Sector Privado Bens e unidades de produção cuja propriedade ou gestão pertençam a pessoas singulares ou colectivas privadas Ou seja pertencem a este sector: - todos os meios de produção que sejam propriedade pública, mas cuja gestão tenha sido entregue a entidades privadas - empresas de capital misto em que o Estado não tenha nomeado a maioria dos gestores Sector Cooperativo e Social “Pessoas colectivas autónomas, de livre constituição, de capital e composição variáveis, que visam através de cooperação e entreajuda dos seus membros, com obediência dos princípios cooperativos, visam, sem fins lucrativos, a satisfação das necessidades e aspirações económicas, sociais ou culturais destes, podendo ainda, a título complementar, realizar operações com terceiros.” 9 Quatro princípios básicos: - filiação voluntária - organização voluntária - limitação do juro pago ao capital social o que e isto??? - repartição equitativa de excedentes de economias eventuais Ou seja, pertencem a este sector: - meios de produção comunitários - meios de produção objecto de produção colectiva por trabalhadores - meios de produção geridos por pessoas colectivas sem carácter lucrativo e com objectivos de solidariedade social Sector Público Constituído por meios de produção cujas propriedade e gestão pertencem ao Estado ou outras Entidades públicas Ou seja, pertencem a este sector: - meios de produção geridos directamente pela Administração Pública - sociedades de capitais públicos e mistos, quando maioritariamente controladas pela Estado Estado produz bens ou presta serviços ora em concorrência com empresas privadas ou cooperativas, ora em monopólio natural ou legalmente protegido Funções do Estado 1) Estado empresário Antes (período a seguir ao 25 de Abril), Estado produtor de bens e serviços tinha grande importância Marcado por dois preceitos constitucionais: - princípio da irreversibilidade das nacionalizações - proibição do acesso do capital privado aos sectores básicos da Economia 10 Revisão constitucional em 1989: retirou o princípio da irreversibilidade das nacionalizações; só alguns sectores é que são vedadas ao capital privado, mas passaram a ser concessionadas a entidades privadas → Estado empresário perdeu importância 2) Estado regulador Revisão constitucional 1989 veio aumentar a necessidade da regulação/controlo do Estado Objectivos do estado são: - Garantir o respeito das regras da concorrência - Assegurar a qualidade e a quantidade dos bens ou serviços produzidos - Regulação pública das actividades económicas que comportam riscos para a saúde, a segurança e o meio ambiente - Regulação dos mercados financeiros - Zelar pela eficiência do sector público - Orientar o desenvolvimento - Preservar a independência nacional - Desenvolver a cooperação com todos os povos - Instaurar um sistema de planeamento democrático - Aumento do bem-estar social e económico - Melhoria da qualidade de vida - Operar correcções das desigualdades na distribuição da riqueza e do rendimento entre a cidade e o campo Assembleia da República (AR) Competência geral: - Aprovação do orçamento e das Grandes Opções do Plano (GOP) - Autorização ao governo de contrair e conceder empréstimos Competência Legislativa: 1) Reserva absoluta (competência exclusiva da AR) o que e isto? 11 - Definição da zona económica exclusiva 2) Reserva relativa (competência da AR, mas que pode ser delegada ao Governo) - Legislar sobre o regime dos meios de produção no sector cooperativo - Regime de requisição, expropriação, nacionalização e privatização - Sistema de protecção da natureza e do equilíbrio ecológico - Regime do arrendamento rural e urbano - Impostos e sistema fiscal - Definição dos sectores vedados à iniciativa privada - Sistema de planeamento e composição do CES - Política agrícola - Sistema monetário - Finanças locais - Estatuto das empresas públicas - Regime dos bens de domínio público Os Governos e as Assembleias Legislativas Regionais Têm as mesmas competências que a AR, mas com certas restrições: - Só podem legislar em matérias de interesse específico para a região - Não podem legislar em matérias reservadas aos órgãos de soberania - Não podem derrogar leis gerais da república sem autorização II) Constituição Económica Europeia Evolução 1957 - Tratado de Roma: integração pelos mercados (produtos, capitais, trabalho, liberdade de estabelecimento das empresas) 12 1986 - Acto Único Europeu: criação do mercado único, política de coesão social, política de I&D (investigação e desenvolvimento), política de ambiente 1992, Maastricht - Tratado da União Europeia: União Económica e Monetária 1996 - Tratado de Amesterdão: Banco Central Europeu 2001 - Tratado de Nice 2008 – Tratado de Lisboa Objectivos Desenvolvimento harmonioso das actividades económicas Expansão económica e equilibrada Estabilidade acrescida Elevação do nível de vida Desenvolvimento de relações estreitas entre os Estados-Membros Instrumentos Mercado comum Aproximação das politicas económicas dos Estados-Membros Princípios Legalidade Igualdade Não discriminação Concorrência Liberdade económica Princípio social Solidariedade 13 Liberdades Económicas Fundamentais 1) União Aduaneira Antes do acto único Europeu existiam obstáculos não pautais: - Barreiras físicas (políticas comerciais, existências sanitárias, dificuldades de transporte) - Barreiras técnicas (diferenças de normalização, encerramento dos mercados públicos, auxílios do Estado) - Barreiras fiscais (diversidade dos sistemas fiscais, controlos fiscais nas fronteiras) Nos anos 90, foram dados três passos para facilitar a livre circulação de mercadorias: - Código Aduaneiro Comunitário - Regime transitório de IVA - Redução significativa das barreiras técnicas 2) Liberdade de circulação de trabalhadores e pessoas Abolição de quaisquer discriminações no que respeita ao emprego, às remunerações e demais condições de trabalho Trabalhador assalariado: tem um contrato e encontra-se na dependência de um empregador distinto da administração pública, exercendo uma actividade remunerada por conta alheia Cidadania da União: liberdade de circulação das pessoas, garantindo a qualquer cidadão da UE o direito de circular e permanecer livremente no território dos Estados-Membros (para trabalhadores, estudantes, reformados, turistas, etc…) 3) Liberdade de estabelecimentos Para trabalhadores independentes, profissões liberais e empresas Exigência de igualdade de tratamento e princípio geral da proibição da discriminação fundada na nacionalidade 14 4) Liberdade de prestação de serviços Proibição de restrições à livre prestação de serviços noutro Estado- Membro Consequência da liberdade de circulação das pessoas Liberalização dos serviços da banca e dos seguros 5) Liberdade de circulação de capitais e de pagamentos Ligada à liberdade de circulação de pessoas e serviços e ao direito de estabelecimento Evolução mais lenta devido a: - Existência de moedas nacionais com taxas de câmbio diversificadas e instáveis - Regimes de tributação de capitais distintos - Diversidade de regulamentações em sede e instituições e actividades financeiras 1988: principio da Liberalização completa e incondicional da circulação de capitais Tratado de Maastricht: plena liberalização, proibindo todas as restrições aos movimentos de capitais e aos pagamentos Existência de um espaço financeiro europeu 6) Liberdade de concorrência Consequência das outras liberdades económicas Forma de coordenação económica, verdadeiro motor do sistema de economia de mercado - garantia da efectivação das outras liberdades económicas Regime que garanta que a concorrência não seja falseada no mercado interno: - Evita a permanência e a criação de mercados restritos e de barreiras artificiais através de acordos entre empresas - Evita a exploração abusiva de posições dominantes no mercado - Evita a realização de operações danosas da concorrência 15 - Evita/regula auxílios concedidos pelos Estados a empresas, que são deformadores da concorrência e do comércio intracomunitário Acto Único Europeu Década de 80: relançamento do projecto de integração europeia Aprofundamento das políticas comunitárias do Tratado de Roma: - Cooperação no domínio económico e monetário (convergência das políticas) - Coesão económica e social (desenvolvimento harmonioso) - Política social (melhoria e harmonização das condições de trabalho e o diálogo social) - Investigação e desenvolvimento tecnológico - Política de ambiente (preservação do ambiente, protecção da saúde, utilização prudente e racional dos recursos naturais) União Económica e Monetária (UEM) Três fases da UEM: 1) - 1 Julho 1990 - Todas as moedas com o mecanismo de câmbio SME 2) - 1 Janeiro 1994 - Instituto Monetário Europeu - Cooperação dos bancos centrais nacionais - Coordenação das politicas monetárias dos Estados-Membros 3) - 1 Janeiro 1999 - Moeda Única (Euro) - Criação do Banco Central Europeu 16 Instrumentos da Governação Económica Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) - Alerta rápido: conselho identifica desvio significativo da situação orçamental e apresenta ao Estado-Membro uma recomendação para que este tome as medidas de ajustamento necessárias - Procedimento de défices excessivos: em caso de ultrapassagem dos 3% de défice, o Estado-Membro em causa pode ser expulso da UEM (outro controlo de política orçamental é que as dívidas públicas não podem ser superiores a 60% do PIB) - Em Setembro de 2004, comissão apresentou propostas de reforma do PEC, no sentido de flexibilidade e maior credibilidade Outras políticas comunitárias - Políticas de educação, cultura, saúde pública, defesa do consumidor, política industrial e de redes transeuropeias Tratado de Amesterdão Alteração a nível jurídico e político: intervenção da UE na política externa e de segurança comum, maior cooperação policial e judiciária, consagração dos princípios de igualdade e não discriminação entre homem e mulher Tratado de Nice Objectivo: arranjar uma solução antes do alargamento da OE a Leste Qual era o Problema? Questões tratadas: número de membros, nova distribuição de lugares no Parlamento Europeu, nova composição da comissão, etc. Transformações ficaram aquém do necessário, o que levou à produção de um Projecto do Tratado que estabeleceu uma constituição para a Europa Futura Constituição Europeia Texto único dividido em quatro partes: 1) Arquitectura constitucional da UE 2) Carta de Direitos Fundamentais 3) Políticas e Acções da UE 17 4) Disposições gerais e finais Instituições de Controlo 1) Parlamento Europeu - Funções de natureza consultiva, de controlo do executivo e de representação da opinião pública comunitária 2) Tribunal de justiça - Função de interpretar e aplicar de modo uniforme o direito comunitário 3) Tribunal de Contas - 25 Membros independentes - Função de examinar as contas das receitas e despesas da UE e fiscalização da legalidade e regularidade dessas receitas e despesas Modelo da Constituição Económica Europeia Opõe-se a um sistema de economia exclusivamente dirigista, mas afasta-se gradualmente de um sistema liberal clássico e puro Estado mantêm-se neutro a respeito do regime de propriedade (aceita iniciativa pública), mas tem regimes específicos relativos aos monopólios e serviços públicos Mercado caracterizado por um laissez-passer (em vez de laissez-faire) – regulação da concorrência Visão liberal clássica vs. Política dirigista e proteccionista Efeitos da Constituição Europeia sobre a Constituição Portuguesa 1) Impulso liberalizador Desmantelamento de monopólios públicos Restrições dos auxílios Estatais Regulação do Mercado Interno (regras anti-trust) 2) Impulso regulatório Harmonização das condições de acesso a certas profissões Regras em matéria de ambiente, consumo, saúde e segurança laborais, mercado da informação Convergência económica 18 III) Administração Económica Tem como objectivo a satisfação das necessidades colectivas dos cidadãos a nível económico Alargamento das áreas de regulação e aumento da complexidade das formas e técnicas usadas para o efeito Condução da actividade requer a existência de órgãos de administração: - Administração directa: Governo - Administração indirecta: Estruturas dotadas de personalidade jurídica e grau variável de autonomia administrativa (institutos públicos) - Outros agentes de administração económica de natureza híbrida ou privada Governo Coordenação global ao governo e da administração económica cabe ao primeiro- ministro Funções do Governo: - Dirigir os serviços e a actividade da administração directa do Estado - Superintender na administração indirecta - Exercer tutela sobre a administração indirecta e sobre a administração autónoma Está dividido por ministérios Funções do Ministério das Finanças: - Ocupar-se da Economia geral (Macroeconomia) - Preparação do orçamento, controlo da sua execução - Cumprimento dos Pactos de Estabilidade e Crescimento Administração directa Ministérios e Secretarias de Estado Administração central, regional e local Comissões de coordenação Regional: - Dar apoio às autarquias locais 19 - Executar planos regionais - Ordenamento de território - Protecção e melhoria do ambiente - Gestão dos recursos naturais - Coordenação, administração e avaliação de programas comunitários - Programas sociais nas áreas do ensino, formação profissional. Defesa do património, defesa do consumidor Administração indirecta Entidades públicas que desenvolvem, com personalidade jurídica própria e autonomia administrativa e financeira, uma actividade administrativa destinada à realização do fins do estado Institutos públicos: pessoas colectivas públicas do tipo institucional criadas pelo Estado ou por outras pessoas colectivas públicas para a prossecução de atribuições administrativas específicas Entidades públicas empresariais: têm natureza empresarial, exercendo a actividade de produção de bens ou serviços e integram o sector Público empresarial Entidades administrativas independentes e outras categorias de institutos públicos também podem gozar de regime especial Principais características: - Pessoas colectivas públicas - Autonomia financeira - Criados, modificados e extintos por decreto-lei - Possuírem órgãos próprios - Estarem sujeitos à tutela e a superintendência e tutela administrativa - Regime jurídico básico é normalmente um regime administrativo Objectivo de actividade: - Apoio financeiro, técnico ou de gestão ao sector privado ou cooperativo - Realização de estudos e funções de consulta e de informação - Realização de investigação científica e tecnológica - Controlo da qualidade dos produtos industriais em geral ou de determinados produtos 20 Entidades administrativas independentes Subespécie dos institutos públicos Funções administrativas especializadas e com independência orgânica e funcional São criadas em áreas “sensíveis”da Administração Pública, devido a: - Complexidade técnica ou financeira da matéria reguladora e/ou dos interesses envolvidos - Importância dos valores afectados Objectivo: aumentar a eficácia, adequar as competências e reforçar a legitimidade da decisão IV) Estado como produtor de bens e serviços Nacionalização Espécie de expropriação, traduzindo-se na transferência forçada, por acto de autoridade, de uma unidade económica de propriedade privada para a propriedade pública Diferenças entre nacionalização e expropriação: - Expropriação é a desapropriação de qualquer bem privado em benefício de uma entidade pública ou privada, por uma variedade de motivos de utilidade pública; Nacionalização tem sempre por objectivo unidades económicas por motivos específicos na estrutura do poder económico ou na condução da economia - Nacionalização é um instrumento de apropriação colectiva dos meios de produção e solo Nacionalização não pode ser arbitrária, tem de ser justificada à luz do interesse público Não pode pôr em causa a subsistência do sector privado da economia Está vedada a nacionalização daquelas empresas que sejam o suporte e requisito essencial de liberdades fundamentais (liberdade de informação e de imprensa) Só o Estado pode proceder a nacionalizações Confere direito a indemnizações 21 Objectivo: transferência da propriedade para o sector público Nada impede que ela seja transferida para outras entidades públicas, ou seja, integrada noutros sectores No caso das explorações agrícolas, a constituição impõe que sejam transferidas para o sector cooperativo ou para o sector privado Empresas públicas “Empresas criadas pelo Estado, com capitais próprios ou fornecidos por outras entidades públicas, para a exploração de actividades de natureza económica e social, dotadas de forma de organização e de gestão específicas” Sujeitas à tutela governamental Características: - Fim lucrativo - Viabilidade económica e equilíbrio financeiro - Rentabilidade económica Privatizações Globalmente, designa-se por uma técnica pela qual o Estado reduz ou modifica a sua intervenção na economia em favor do sector privado Vários sentidos do termo privatização: - Transferência total ou parcial da propriedade de empresas e/ou bens públicos para entidades privadas - Concessão a entidades privadas da gestão de empresas públicas ou de serviços públicos - Contratação de serviços por entidades públicas a entidades privadas (outsourcing) - Abertura à iniciativa privada de sectores anteriormente explorados pelo sector público em regime de monopólio - Desregulação - Submissão dos serviços ou das empresas públicas a regras de gestão Objectivos da privatização: - Modernização e competitividade económica - Reforço da capacidade empresarial nacional 22 - Desenvolvimento do mercado de capitais - Diminuição dos encargos com o sector público - Utilização das receitas das privatizações para a amortização da dívida pública, da dívida do sector empresarial do Estado e do serviço da dívida resultante das nacionalizações - Promover uma ampla participação dos cidadãos Privatização efectua-se através de: - Venda em bolsa - Venda de acções aos trabalhadores - Venda a investidores institucionais - Venda a um único comprador Preferência atribuída aos trabalhadores da empresa de participarem no capital da empresa a cujo serviço se encontrem há mais de três anos Restrições no sentido de fixar limites máximos ao capital a adquirir por uma mesma entidade Restrições impondo limites a aquisição do capital por entidades estrangeiras (limite do capital detido por entidades estrangeiras, e do número de acções detidas por entidades estrangeiras) Golden shares: - Estados tendem a reservar para si uma parte do capital de determinadas empresas a privatizar - “Consiste numa acção ou lote de acções especiais que permitem ao Estado nomear um ou mais administradores e exercer sobre determinadas categorias de decisões da empresa um poder de decisão reforçado ou mesmo de veto” - Utilizadas como uma forma de proteger empresas especialmente vulneráveis à tomada de controlo por entidades estrangeiras - No direito comunitário, só poderão ser justificadas à luz da excepção da protecção de ordem, segurança ou saúde pública Receitas obtidas pelo Estado através das privatizações têm dois objectivos: - Amortização da dívida pública, em especial da dívida do sector empresarial do Estado e da dívida resultante das nacionalizações - Novas aplicações de capital no sector produtivo 23 Obrigação de uma avaliação prévia dos meios de produção ou outros bens nacionalizados que se pretende privatizar Regimes específicos das empresas públicas 1) As empresas que exploram serviços de interesse económico geral: - Empresas de serviço público, em regime de monopólio ou exercendo actividades no domínio da defesa - Devem assegurar a universalidade e a continuidade dos serviços prestados, a coesão económica e social e a protecção dos consumidores 2) Empresas públicas que exercem poderes de autoridade - Exercem poderes e prerrogativas de autoridade - Poderes atribuídos por diploma legal ou deverão constar do contrato de concessão e na medida do necessário à prossecução do interesse público(principio da proporcionalidade) 3) Entidades públicas empresariais - Pessoas colectivas de direito público, com natureza empresarial - Criação e extinção das entidades são efectuadas por decreto-lei, segundo o novo regime V) Estado como regulador da Economia Regulação pública da Economia “Conjunto de medidas legislativas, administrativas e convencionadas através das quais o Estado, por si ou por delegação, determina, controla, ou influencia o comportamento de agentes económicos, tendo em vista evitar efeitos desses comportamentos que sejam lesivos de interesses socialmente legítimos e orientá-los em direcções socialmente desejáveis” Princípios destinatários são agentes económicos privados, mas o sector empresarial do Estado também é abrangido (ex: matéria da concorrência) Regulação pode ter duas amplitudes: 1) Amplitude territorial ou geográfica – princípio da subsidiariedade: patamares superiores da regulação só devem ser accionados quando os 24 patamares mais descentralizados não tenham capacidade para atingir uma solução satisfatória 2) Amplitude material – regulação pública pode dirigir-se ao conjunto de uma economia, ou apenas a um sector, ou a um tipo de empresas ou a uma actividade Medidas de regulação pública podem ser agrupadas em duas categorias básicas: 1) Medidas de carácter preventivo e repressivo: - Proibir ou condicionar o exercício de certas actividades - Repressão de práticas ilícitas 2) Indicações, incentivos, apoios ou auxílios aos agentes económicos Sete principais áreas de regulação: 1. Planeamento e formas de orientação e auxilio aos agentes económicos 2. Restrições e condicionamentos ao acesso à actividade económica 3. Concorrência e preços 4. Actividade Monetária e Financeira 5. Ambiente 6. Qualidade e protecção dos consumidores 7. Informação VI) Acesso à actividade económica O que está em causa não é a liberdade de empresa em abstracto, mas sim o direito de exercer uma actividade económica em concreto, num dado local e em determinadas condições Licenciamento industrial ou comercial: processo que precede a instalação e o inicio de laboração de um estabelecimento comercial ou industrial de acesso condicionado Evolução No Estado Novo vigorou o regime de condicionamento industrial: fazia depender de autorização administrativa a instalação, reabertura e transferência dos estabelecimentos industriais proteccionismo das indústrias instaladas Após o 25 de Abril foi declarada a suspensão do condicionamento industrial Principio da livre iniciativa económica privada foi reforçada quando Portugal aderiu à CE 25 Reservas do Sector Público e os Regimes de acesso condicionado Reservas a favor do Estado: sectores vedados à iniciativa privada Reserva de propriedade: exploração pode ser entregue a actividades privadas, não envolvendo a propriedade dos recursos a explorar Reserva de autorização: restrições no acesso à indústria de armamento e exercício da respectiva actividade Regime nas instituições de crédito: o Depende da autorização do Banco de Portugal o Banco de Portugal pode recusar a autorização quando há existência de inexactidões, falsidades, não preenchimento dos requisitos legais, insuficiência de meios técnicos e de recursos financeiros para o tipo e volume de operações a realizar, etc. o Instituição deve concorrer para o aumento da eficiência do sistema bancário nacional ou produzir efeitos significativos na internacionalização da economia portuguesa Regime de actividade seguradora: o Depende de autorização do ministério das finanças o Necessidade de existência de capital social mínimo, participação qualificada para garantir uma boa gestão, adequação e suficiência dos meios técnicos e financeiros Investimento Estrangeiro Regimes regulamentam o acesso, a constituição do investimento, a sua protecção e a sua garantia Regulamentação em vigor quase não contém discriminações negativas relativamente ao investimento estrangeiro Evolução Estado Novo: procurou defender o mercado interno da concorrência externa. Actividades relacionadas com a defesa do Estado ou a economia da Nação estavam reservadas ao investimento nacional Anos 60: progressiva liberalização de entrada de capitais em Portugal. Investimentos estrangeiros sujeitos a autorização, sendo esta sempre concedida quando prosseguissem finalidades consideradas de interesse nacional 26 Actualmente: restrição das actividades que estejam ligadas ao exercício de autoridade pública VII) Regulação da Concorrência e dos Preços Mercado: implicam trocas de bens específicos, organizados e institucionalizados por mecanismo sociais, trocas essas que implicam um processo de interacção entre sujeitos de natureza muito diversa, e a existência de acordos entre eles donde resulta um intercâmbio de direitos Concorrência: direcção do mercado, competição auto-reguladora, essência da economia de mercados Modelo Clássico: o Concorrência perfeita ou bilateral: agentes, muitos e de peso sensivelmente idêntico, assumiam, do lado da oferta, a forma de pequenas unidades económicas e, do lado da procura, a de consumidores individuais, famílias e pequenas empresas, num caso e noutro sem possibilidade de influenciar o mecanismo de formação dos preços No inicio do séc. XX: o Desfasamento entre o modelo clássico e a realidade o Fenómeno de concentração: aparecimento de grandes empresas, oligopólios e monopólios que modificam a estrutura dos mercados o Razões para a concentração: diminuição do risco, economias de escala, racionalização dos processo de produção e distribuição, facilidades de financiamento e acesso ao credito, domínio sobre preços, etc. Actualmente: o Concorrência tende a tornar-se simultaneamente mais acesa e com menos protagonismo o Comportamentos de cooperação, colaboração, coordenação inter- empresarial o Concorrência imperfeita: integra-se na definição de concorrência os próprios fenómenos que se consideravam anti-concorrenciais o Para que haja concorrência é só preciso que haja algum tipo de luta ou rivalidade, seja no domínio dos preços ou na publicidade, na inovação tecnológica, etc. 27 Concentração Distingue duas categorias: 1. Concentrações na unidade Crescimento dimensional de uma empresa: o Sem envolvimento de outras (acumulação de capitais) o Com envolvimento de outras (fusão ou cisão-fusão) Fusão o Duas ou mais sociedades podem fundir-se mediante a sua reunião numa só o Pode realizar-se mediante a transferência global ao património de sociedades para outra ou mediante a transferência global do património de sociedades para outra ou mediantes a constituição de uma nova sociedade, para a qual se transferem globalmente os patrimónios das sociedades fundidas o É necessária a realização de uma escritura e inscrição da fusão no registo comercial Cisão – Fusão: o Quando uma sociedade se reparte para depois se ir fundir com outra 2. Concentração na pluralidade Grupo de empresas: conjunto de empresas dirigidas pela empresa dominante que sobre elas exercer controlo directo ou indirecto para a realização de finalidades comuns (unidade de direcção, fim e dependência) 1. Sociedades coligadas: o Noção mais restrita de grupos de empresas nos integra, em regra, sociedades anónimas e por cotas o A distinção entre relações de participação (participação simples, participações recíprocas, simples domínio) e relações de grupo (domínio total, grupo paritário, grupo de subordinação)o Outra distinção entre sociedades coligadas sem influência dominando 1. Sociedades coligadas sem exercício de influência dominante Podem assumir duas modalidades: Relação de simples participação: 28 o Relação de simples participação: uma delas é titular ou acções de montante igual ou superiores a 10% do capital; pode transformar-se em relação de domínio ou de progressivo controlo o Relação de participação recíproca: duas sociedades detêm acções ou quotas (10% do capital) uma de outra. 2. Sociedades coligadas com exercício de influência dominante o Relação de domínio simples: pode exercer através de acções ou sociedades uma influência dominante o Domínio total: única titular o Contratos de grupo paritário: duas ou mais sociedades constituem um grupo, submetendo-se a uma direcção unitária e comum o Contrato de subscrição: uma sociedade aceita subordinar a gestão da sua actividade a outra sociedade Holding SGPS Sociedade que tem uma actividade puramente financeira, através de gestão de participações sociais de outras sociedades Cooperação inter-empresarial Estratégia empresarial de coordenação de comportamentos o Referindo-se a operações entre empresas que sem alterar gravemente as estruturas destas e do mercado implicam uma conjugação de esforços e de meios das entidades envolvidas o Comportamento da não-concorrência ou de suspensão provisória da concorrência Razões para a cooperação: o Maior complexidade de produtos o Investigação de novos produtos ou processos de fabrico pode ter demasiados riscos o Pequenas e médias empresas precisam de se associar, para por vezes garantir a sua internacionalização Defesa da concorrência 29 Dois tipos de legislação: 1. Aquela que proíbe as práticas restritivas da concorrência por produzirem um dano potencial na economia: Leis antitrust: Shesman Act-USA 2. Aquela que reprime apenas as práticas que se produzem num dano efectivo Ex: sistema criado em França Sistema comunitário tem características híbridas Dois conjuntos articulados de normas: 1) Comportamento e estruturas de mercado Proíbem comportamentos entre empresas que sejam susceptíveis de afectar a concorrência Proíbem a exploração abusiva de posição dominante 2) Acção dos Estados Membros em matérias de auxílios do Estado Intervenções que podem violar um principio de igualdade de oportunidades Direito português da concorrência Principio de combate aos monopólios e às práticas comerciais restritivas Autoridades da concorrência: compete-lhe a investigação e a decisão em primeira instância em todas as matérias de concorrência Aplicação no direito comunitário Delimitação o campo da aplicação territorial do direito comunitário Se uma coligação produz efeitos fora da CE, as regras não se lhe aplicam mesmo que as empresas intervenientes estejam localizáveis no espaço comunitário Se se fizerem sentir na CE os efeitos concorrenciais, mas as empresas envolvidas estão sediadas fora do território da CE, também se justifica a aplicação do direito comunitário Se se fizerem sentir na CE os efeitos concorrenciais, mas as empresas envolvidas estão sediadas fora do território da 30 CE, também se justifica a aplicação do direito comunitário, apesar ser uma questão mais complexa (teoria dos efeitos) Aplicação no direito português: Efeito anticoncorrencial territorial Se o comportamento for proibido na CE e permitido em Portugal, prevalece a proibição Se o comportamento for proibido em Portugal e permitido na CE, também prevalece a proibição Artigo 81ª Proibição global dos acordos entre empresas que possam provocar modificações das condições e funcionamento da concorrência (nº1) Sanção civil aplicável aos acordos e decisões previstos no nº 1 (nº2) Excepções, beneficiando os acordos, decisões, etc, tendo em conta os seus efeitos benéficos noutros planos - Coligações proibidas 1. Fixação de preços de compra ou de venda e de outras condições e de transacções 2. Limitação ao controlo de produção, atribuição do desenvolvimento técnico ou aos investimentos 3. Repartição de mercados ou fontes de abastecimento 4. Aplicação de condições desiguais e prestações equivalentes (práticas discriminatórias) 5. Cláusulas de subordinação - Excepções à proibição de coligações 1. Quando as coligações contribuam objectivamente para a minoria da produção ou da distribuição, promoção do progresso técnico ou económico 2. Que aos utilizadores seja reservada uma parte equitativa do lucro daí resultante - benefícios de natureza qualitativa 3. Que se observe com princípio de proporcionalidade, ou seja, que para atingir os objectivos positivos acima referidos, não importam às empresas em causa restrições que não sejam indispensáveis à sua obtenção 31 4. Que as coligações não dêem a essas empresas a possibilidade de eliminar a concorrência - balanço económico positivo Abuso da posição dominante Proibição geral e absoluta do abuso da posição dominante, pois declara- se que é incompatível com o mercado comum e susceptível de afectar o comércio entre os estados membro Não proíbe a existência de posições dominantes, mas apenas a sua exploração abusiva Proibição dominante: faculdade de exercer sobre o funcionamento de mercado uma influência notável e, em principio, previsível por parte da empresa dominante, aquelas empresas que têm a possibilidade de assumir comportamentos independentes, que as habilitam a actuar sem ter em conta os concorrentes, os concorrentes, os compradores ou os fornecedores Proibida a imposição de preços não equitativos ou as condições de transacção não equitativas (descontos injustificáveis) por parte das empresas em posição dominante, sendo consideradas abuso Em Portugal Proibição ao abuso do abuso ao acesso no acesso a infra-estrutura de carácter essencial (monopólios) Obrigação de permitir o acesso dos concorrentes às infra-estruturas essenciais, com objectivo de possibilitar uma concorrência efectiva nos mercados que dependem do acesso a essas mesmas infra-estruturas Abuso da dependência económica Não é a relação de dependência em si que é sancionada, mas sim o abuso Abuso só será sancionado quando se traduza num restrição da concorrência Auxilio do estado Incompatibilidade dos auxílios dos estado a empresas ou procurações quando daí resultem distorções de concorrência e afectação das trocas comunitárias 32 Auxilios: toda e qualquer vantagem concedida directa ou indirectamente, independente dos seus objectivos e da sua forma Não há uma proibição geral e discriminada dos auxílios do estado Excepções o Quando são destinados a promover o desenvolvimento económico ou regiões onde o nível de vida seja anormalmente baixo o Destinados a fomentar a realização de um projecto importante de interesse geral o Destinados a facilitar o desenvolvimento certas actividades ou regiões, desde que não altere as condições das trocas comerciais que contrarie o interesse comum o Destinados a promover a cultura e a conservação do património desde que não alterem as condições das trocas comerciais e da concorrência num sentido contrário ao interesse comum
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