Prévia do material em texto
Resumos de bioquimica- 1 Bioquímica e Metabolismo (Universidade de Aveiro) Studocu is not sponsored or endorsed by any college or university Resumos de bioquimica- 1 Bioquímica e Metabolismo (Universidade de Aveiro) Studocu is not sponsored or endorsed by any college or university Downloaded by Flavia Roxo (flavia.roxo2005@gmail.com) lOMoARcPSD|12811784 https://www.studocu.com/pt?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumos-de-bioquimica-1 https://www.studocu.com/pt/document/universidade-de-aveiro/bioquimica-e-metabolismo/resumos-de-bioquimica-1/6144946?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumos-de-bioquimica-1 https://www.studocu.com/pt/course/universidade-de-aveiro/bioquimica-e-metabolismo/2835067?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumos-de-bioquimica-1 https://www.studocu.com/pt?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumos-de-bioquimica-1 https://www.studocu.com/pt/document/universidade-de-aveiro/bioquimica-e-metabolismo/resumos-de-bioquimica-1/6144946?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumos-de-bioquimica-1 https://www.studocu.com/pt/course/universidade-de-aveiro/bioquimica-e-metabolismo/2835067?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumos-de-bioquimica-1 Resumo – Bioquimica e Metabolismo Introdução Fatores que condicionaram a bioquímica e metabolismo de organismos: Oxigénio, pressões ambientais e o Ozono. Na Terra ancestral, a atmosfera era anaeróbica com gases tóxicos, portanto a maioria dos organismos eram fermentadores mas também já existiam formas primitivas que realizavam fotossíntese (parecidas com cianobactérias). Com isto, o CO2 começou a diminuir e o O2 começou a acumular-se o que levou a uma diminuição da temperatura e chuvas intensas, para além disso também permitiu que o O2 passasse a ser utilizado como aceitador final de eletrões. Com isto, as quantidades de CO2 e de metano diminuíram, tornando-se abundante O2 e azoto. Consumo de CO2 produção de compostos orgânicos e O2 que não era consumido acumulação aparecimento de organismos aeróbicos. Posteriormente, com o aumento drástico de oxigénio atmosférico houve uma extinção em massa de organismos anaeróbicos. Com o aumento do Ozono a radiação UV passou a ser absorvida, o que fez diminuir a taxa de mutação permitindo que os organismos evoluíssem. Os organismos aeróbicos através da mesma molécula conseguiam produzir 16x mais energia do que os anaeróbicos Importante: teoria endossimbiótica Composição e ligações químicas Passando agora à composição e ligações químicas de biomoléculas. Estão presentes nas macromoléculas macroelementos, sendo que os mais abundantes são o Carbono, o Hidrogénio, o oxigénio e o nitrogénio. Estão também presentes microelementos, sendo que estes representam uma fração reduzida, ex: Fe Das ligações covalentes existentes, a tripla é a mais forte, o que permite tornar as biomoléculas mais estáveis. Estas ligações influenciam a estrutura das moléculas e a sua forma, podendo estas ser: lineares, ramificadas ou cíclicas, condicionando a sua função. As ligações entre os elementos são covalentes: são fortes e difíceis de quebrar o que provoca estabilidade Quanto mais leves os elementos, mais fortes as ligações. Biomoléculas Em relação ao carbono, este pode-se ligar entre si e a hidrogénios, formando hidrocarbonetos, moléculas muito estáveis. Estes hidrogénios podem ser substituídos por grupos funcionais, que vão determinar as suas propriedades como o ponto de fusão, solubilidade, entre outros. Molécula polifuncional: Apresenta mais do que um grupo funcional, ex: aminoácidos. Downloaded by Flavia Roxo (flavia.roxo2005@gmail.com) lOMoARcPSD|12811784 https://www.studocu.com/pt?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumos-de-bioquimica-1 Macromoléculas As macromoléculas resultam da ligação de subunidades monoméricas e estas podem ser proteínas, ácidos nucleicos, polissacarídeos. Excecionalmente, os lípidos podem também ser considerados macromoléculas desde que estes estejam ligados entre si, formando estruturas de grandes dimensões. Condensação de aminoácidos em proteínas É extremamente improvável que, por exemplo, os aminoácidos de uma mistura se venham a condensar espontaneamente numa proteína, pois isso representaria um aumento na ordem nessa população de moléculas, enquanto que a segunda lei da termodinâmica defende que a tendência da natureza é seguir sempre o sentido de maior desordem, ou seja, maior entropia. Por isso, para as proteínas serem sintetizadas é necessário que se injete energia livre no sistema, isto é, na célula. Para isso, esta reação biológica acopla-se a outras que libertem energia, como a desfosforilação do ATP. Quando estas reações estão acopladas, a soma das variações da energia livre de ambas as reações é negativa, significando que todo o conjunto segue assim um sentido de desordem. ∆G = ∆H – T*∆S Hierarquia estrutural Nas células existem 4 níveis de hierarquia estrutural. 1º- unidades monoméricas como os nucleótidos e os aminoácidos. 2º- macromoléculas como DNA e Proteína. 3º- complexos supramoleculares como os cromossomas e a membrana plasmática. 4º células e os seus organelos. Aminoácidos Dos aminoácidos existentes, 20 podem constituir uma proteína. Estes aminoácidos têm configuração L O carbono alfa é um carbono quiral, isto é, porque se liga a 4 grupos diferentes. No entanto, a glicina não tem carbono quiral. Downloaded by Flavia Roxo (flavia.roxo2005@gmail.com) lOMoARcPSD|12811784 • Os aminoácidos podem ser abreviados através de uma letra ou três letras Exemplos: Alanina: Ala ou A; Arginina: Arg ou R; Leucina: Leu ou L,.. Existem 5 classes de aa que variam nas suas propriedades dependendo do seu grupo R. • Grupo R não polares: hidrofóbicos, cadeias estáveis graças às interações hidrofóbicas. Nota: A glicina não contribui para as interações hidrofóbicas. Glicina, Alanina, Valina, Leucina, Metionina e Isoleucina • Grupos R Aromáticos: Existem interações hidrofóbicas e absorvem radiação UV devido à presença do anel aromático. Exemplos: fenilalanina, triptofano (absorve maior quantidade de luz UV), tirosina (interações hidrofóbicas mais fracas). • Grupos R polares – sem carga: grupos funcionais hidrofílicos, ou seja, formam ligações de hidrogénio com a água. Exemplos: serina, teronina, cisteína, aspargina, glutamina e prolina. • Grupos R com carga positiva – estes são: lisina, arginina e histidina • Grupos R com carga negativa – exemplo aspartato e glutamato. Estrutura das proteínas Conformação nativa – conformação tridimensional que é adotada pelas proteínas, existindo um grande número de interações favoráveis. As interações favoráveis existentes são: Efeito hidrofóbico – moléculas hidrofóbicas da proteína afastam-se das extremidades, havendo uma força que empurra as moléculas hidrofílicas para fora. Ligações de hidrogénio – pontes de hidrogénio. Downloaded by Flavia Roxo (flavia.roxo2005@gmail.com) lOMoARcPSD|12811784 https://www.studocu.com/pt?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumos-de-bioquimica-1 Dispersão de London – a estabilidade no interior das proteínas é originada por ligações dipolo induzido- dipolo induzido. Pouco fortes. Interações electroestáticas – cargas opostas atraem-se formando pontes salinas. Estrutura da ligação peptídica As ligações peptídicas não possuem rotação. O ângulo formado entre os Carbonos alfa e N amida denomina-se (phi):ᵩ O ângulo formado entre os Carbonos alfa e C carbonilo denomina-se de Ψ (psi) Estes ângulos influenciam as estruturassecundárias. As combinações entre psi e phi podem ser favoráveis pois podem formar interações de pontes de hidrogénio favoráveis. Existem 2 arranjos regulares nas estruturas secundárias: Hélices alfa – que são estabilizadas por ligações de hidrogénio entre aminoácidos próximos. Estrutura central mais compacta com psi entre os 0 e os -70 graus - hélices a direita têm 3.6 aminoácidos por volta - esta estrutura não é adotada por todas as sequências polipeptídicas ( Aminoácidos como alanina e leucina, por serem pequenos, são formadores de hélices; aminoácidos como a prolina e a glicina quebram a estrutura em hélice Folhas beta – que são estabilizadas por ligações de hidrogénio entre aminoácidos adjacentes. Estrutura central é mais distendida, psi entre 90 e 180 graus - podem ser paralelas ou antiparalelas - a cadeia polipeptídica contém dobras, chamadas de ganchos Beta) que são formadas por 4 aminoácidos, sendo que na posição 2 normalmente encontram-se prolinas e na posição 3, glicinas Random coils – arranjos irregulares da cadeia polipeptídica Domínio: é um elemento estrutural terciário que por ser uma zona com grande afinidade e interação é capaz de se dobrar independentemente do resto da proteína. Ou seja, zonas semelhantes que interagem e formam estruturas Estrutura terciária: grupos com carga são empurrados para o exterior pois há menos interação entre a solução aquosa e os centros hidrofóbicos Estrutura quaternária: quando 2 ou mais cadeias peptídicas estão associadas - proteínas oligoméricas (2 ou mais subunidades indenticas) Downloaded by Flavia Roxo (flavia.roxo2005@gmail.com) lOMoARcPSD|12811784 - proteínas poliméricas (2 ou mais subunidades diferentes) Modificações pós-tradução Algumas proteínas só atingem a sua forma nativa após sofrerem uma ou mais modificações após a tradução. Estas modificações podem ser: Modificações das terminações –N e –C : o grupo formil e alguns outros grupos do terminal –N ou –C são removidos enzimaticamente Perda de Sequências sinalizadoras: as sequências sinalizadoras são removidas por peptidases Modificação de aminoácidos individuais: O grupo OH presente em alguns aminoácidos como a serina, de algumas proteínas pode ser fosforilado/desfosforilado enzimaticamente por ATP Adição de cadeias de açúcar: formam glicoproteínas Adição de grupos isoprenil: permite que as proteínas fiquem ancoradas à membrana Adição de grupos prostéticos: torna muitas proteínas ativas Processamento proteolítico: proteínas maiores e inativas são cortadas de modo a originar as suas formas mas mais pequenas e ativas Formação de ligações S-S: Ocorre entre duas cisteínas e são formadas através de enzimas 3º aula Ciclo da Ureia- introdução Quando uma dieta é rica em proteínas, os aminoácidos em excesso são degradados em alfa-cetoácidos. Há perda do grupo amina sendo este grupo posteriormente convertido em amónia. A amónia por sua vez é convertida em ureia, sendo esta muito solúvel, acabando por ser excretada para a corrente sanguínea, passando para os rins e é libertada através da urina. Downloaded by Flavia Roxo (flavia.roxo2005@gmail.com) lOMoARcPSD|12811784 https://www.studocu.com/pt?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumos-de-bioquimica-1 Fase preparatória ao ciclo da Ureia Calorias ingeridas baixas organismo recorre a reservas lipídicas, as quais podem não ser suficientes, recorrendo assim à egradação do músculo. Os aminoácidos do músculo são degradados em alanina que é convertida em glutamato Calorias ingeridas em excesso Há aminoácidos em excesso e consequente conversão em glutamato. Glutamato alfa–cetaglutarato + aspartato A Glutamina, ao entrar nas mitocôndrias através dos transportadores pode entrar sob a forma original ou sob a forma de glutamato. 𝑁𝑁 4 + 𝑁𝑁𝑁 3− + 2𝑁𝑁𝑁 carbonil fosfato Enzimas do ciclo: Ornitina transcarbamoilase argininosuccinato sintetase argininosuccinato liase arginase Enzimas do ciclo presentes no citosol formam complexos: Facilita a atividade enzimática: mais rápida e eficiente; Serve como mecanismo de defesa: protege a célula da toxicidade associada aos intermediários. Downloaded by Flavia Roxo (flavia.roxo2005@gmail.com) lOMoARcPSD|12811784 Não há intermediários no citosol durante a produção de ureia mais rápido O aspartato pode ter origem no: No ciclo do Ácido Cítrico nafase preparatória que antecede ao Ciclo da Ureia. O fumarato proveniente do ciclo da ureia pode ser transformado em malato no citosol e posteriormente pode transformar-se em oxaloacetato. Estes poderão vir a participar no ciclo do ácido cítrico A dieta influencia o fluxo de azoto no Ciclo da Ureia. Dieta constituída por: Essencialmente proteínas ureia originada em grandes quantidades Défice de proteínas degradação do músculo ureia produzida aumenta Quantos mais aminoácidos em excesso, mais ureia é produzida A regulação da taxa de síntese das enzimas também influenciam a síntese de ureia Downloaded by Flavia Roxo (flavia.roxo2005@gmail.com) lOMoARcPSD|12811784 https://www.studocu.com/pt?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumos-de-bioquimica-1 Balanço energético Para formar 1 mole de Ureia, em cada ciclo, são necessários 4 grupos fosfato. Isto é compensado pela transformação do fumarato em oxaloacetato. Esta reação liberta NADH que gera 2.5 ATP na respiração mitocondrial. Balanço energético = -1,5 ATP Formas de excreção de amónia através da ureia ureotélicos através da amónia amoniotélicos Bactérias que vivem em ambientes aquosos expulsam a amónia através da membrana. Os peixes expulsam a amônia pelas guelras. Através do ácido úrico uricotélicos Os répteis, devido à ausência de água, tendem a precipitar a ureia em cristais de ácido úrico. As aves não podem armazenar ureia na bexiga pois implicaria um aumento de peso, excretando a ureia em cristais com as fezes Vias de degradação de aminoácidos Para a realização do Ciclo do Ácido Cítrico (CAC) são necessários: Produção de acetil-CoA – que se dá através da produção de piruvato ou de acetoacetil-CoA Produção de fumarato – necessário fenilalanina Produção de α-cetoglutarato – necessário glutamato Produção de oxaloacetato – necessário (asparagina e posteriormente) aspartato Produção de Succinil-CoA Downloaded by Flavia Roxo (flavia.roxo2005@gmail.com) lOMoARcPSD|12811784 Intermediários do catabolismo do triptofano Alguns dos compostos intermediários do catabolismo do triptofano participam na síntese de outras moléculas de grande importância Nicotinato – percursor do NAD e NADP Indoleacetato – fator de crescimento nas plantas Serotonina – neurotransmissor nos vertebrados Aminoácidos de cadeia ramificada Existem 3 aminoácidos com cadeias laterais ramificadas: valina, leucina e isoleucina. Primeiro, são oxidados nos músculos, tecido adiposo, rins e cérebro, os quais contêm aminotransferase, que não se encontra presente no fígado, e que atua nos aminoácidos, originando α-cetoácidos. O complexo enzimático da cadeia ramificada do α-cetoácido atua, libertando o grupo carboxílico (𝑁𝑁2) e produz um derivado de acetil-CoA. Se os aminoácidos ramificados são: poucos ou nenhuns, o complexo enzimático encontra-se fosforilado (cinase proteica) e fica inativo. em excesso, o complexo enzimático sofre desfosforilação (fosfatase proteica) e fica ativo Conversão de aminoácidos Os aminoácidos que são degradados em piruvato, α-cetoglutarato, succinil-CoA, fumarato e oxaloacetato são convertidos em glucose e glicogénio denominam-se aminoácidos glucogénicos. Os aminoácidos que são degradados em acetoacetil-CoA e/ou acetil-CoA denominam-se de aminoácidos cetogénicos. Existem 4 aminoácidos que são tanto cetogénicos como glucogénicos triptofano, fenilalanina, tirosinae isoleucina. Downloaded by Flavia Roxo (flavia.roxo2005@gmail.com) lOMoARcPSD|12811784 https://www.studocu.com/pt?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumos-de-bioquimica-1 Downloaded by Flavia Roxo (flavia.roxo2005@gmail.com) lOMoARcPSD|12811784