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Resumo Aula 01, 02 e 03 Prof Alberto Genril Sentença Civel

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Sentença cível, criminal e peças do MP 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Sentença Cível 
 Professor: Alberto Gentil 
Aulas: 01 a 03 | Data: 13/02/2016 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
SENTENÇA CÍVEL 
 
1. Objetivo 
2. Dicas iniciais 
3. Sentença 
4. Despesas processuais 
 
Contatos do Professor: 
Facebook: Alberto gentil de Almeida Pedroso 
Twitter: @alberto_gentil 
 
Material de aula está à disposição no ambiente virtual. 
Em geral, a última aula do dia dedicaremos à realização de exercícios. 
 
SENTENÇA CÍVEL 
 
A maior dificuldade na elaboração da sentença cível é a parte do dispositivo. A sentença é algo muito técnico, por 
isso veremos com muita atenção o tema. Abordaremos os principais temas que vêm caindo em prova, analisando 
a parte de processo e falando (um pouco) sobre o direito material. 
No início das aulas vamos trabalhar bastante o dispositivo. Ao final do curso, faremos juntos uma sentença. 
 
1. Objetivo 
É totalmente prático, trabalhemos com a parte técnica da sentença. Falaremos um pouco de direito material, mas 
este não será o foco do nosso estudo. 
 
 Estatísticas sobre as sentenças cíveis – TOP 5: 
Os temas que mais aparecem em prova são os seguintes: 
* Responsabilidade civil (muito!!!)  é disparado, o tema que mais cai! 
• Possessória; 
• Embargos a execução; 
• ACP; 
• Família. 
 
2. Dicas iniciais 
(Como temos um novo CPC que entrará em março, professor fará as considerações mencionando o novo e o atual 
CPC, que será denominado daqui em diante de CPC/15 ou NCPC). 
Professor ressalta que toda vez que formos começar uma prova de sentença, é interessante identificarmos os 
alguns pontos fazendo as seguintes perguntas chaves: 
 
• Qual o pedido do autor? Tutela de urgência? 
Sempre anotar no canto de nosso rascunho TODOS os pedidos. Nossa sentença necessariamente terá de abortar 
todos estes pontos. 
 
 
 
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O mesmo deve ser feito com as defesas. 
Lembrar que há 99% de chance do pedido da prova cível ser procedente. 
• Quais as defesas apresentadas pelo réu? 
a. preliminares? 
b. Pedido relativo? 
c. Quais as provas que foram produzidas?  sempre avaliar todas as provas. Todas elas terão relevância. 
d. Há alguma matéria de ordem pública? (*NCPC) 
Hoje, temos que a matéria de ordem pública pode ser reconhecida de ofício. 
O NCPC, no art. 10, diz que o juiz não pode conhecer qualquer matéria sem o contraditório. Tal alteração foi feita 
com a ideia de impedir a surpresa no processo. O contraditório é elemento integrativo de um processo 
democrático. Entende-se que, mesmo em matéria que o juiz poderia reconhecer de ofício, deverá ser concedida 
oportunidade para que as partes se manifestem. 
A crítica feita por muitos é que isso gerará uma demora adicional ao processo. 
No que se refere ao contraditório do NCPC e matérias de ordem pública, Professor sugere a leitura dos 
enunciados da ENFAM1 sobre o tema e também os seguintes artigos do NCPC: 
 
CPC/15 - Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de 
jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha 
dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de 
matéria sobre a qual deva decidir de ofício. 
Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução 
integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. 
Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins 
sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo 
a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a 
razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. 
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste 
Código, incumbindo-lhe: 
II - velar pela duração razoável do processo; 
 
 
e. Há algum incidente pendente de decisão? 
Professor ressalta que é difícil ocorrer, mas pode acontecer. 
O NCPC estabelece que uma série de providências sejam tomadas na peça de defesa. É nessa peça que ele 
apresenta as preliminares e questões prejudiciais. 
Todos os incidentes pendentes devem ser apreciadas. 
Por fim, devemos nos perguntar quem tem razão. 
 
3. Sentença 
No momento que formos preparar o dispositivo, precisamos analisar, inicialmente, se a sentença será com ou 
sem julgamento de mérito. Deveremos apontar tanto o artigo quanto o inciso que embasa a decisão. 
 
• Com (269/487 NCPC) ou sem (267/485 NCPC) julgamento de mérito? Qual inciso? 
Art. 269, I  é o único que traz uma sentença pura de mérito. As demais são falsas sentenças de mérito. 
 
1 http://www.enfam.jus.br/2015/09/enfam-divulga-62-enunciados-sobre-a-aplicacao-do-novo-cpc/ 
 
 
 
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CPC/73 – Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
(Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial; 
Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência 
das partes; 
III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, 
o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; 
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e 
de desenvolvimento válido e regular do processo; 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou 
de coisa julgada; 
Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a 
possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse 
processual; 
Vll - pela convenção de arbitragem; (Redação dada pela Lei nº 9.307, 
de 23.9.1996) 
Vlll - quando o autor desistir da ação; 
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição 
legal; 
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; 
XI - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1o O juiz ordenará, nos casos dos ns. II e Ill, o arquivamento dos 
autos, declarando a extinção do processo, se a parte, intimada 
pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 2o No caso do parágrafo anterior, quanto ao no II, as partes 
pagarão proporcionalmente as custas e, quanto ao no III, o autor será 
condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado 
(art. 28). 
§ 3o O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de 
jurisdição, enquanto não proferida a sentença de mérito, da matéria 
constante dos ns. IV, V e Vl; todavia, o réu que a não alegar, na 
primeira oportunidade em que Ihe caiba falar nos autos, responderá 
pelas custas de retardamento. 
§ 4o Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não 
poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 
Art. 269. Haverá resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 
11.232, de 2005) 
I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;(Redação dada 
pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido; (Redação dada 
pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
III - quando as partes transigirem; (Redação dada pela Lei nº 5.925, 
de 1º.10.1973) 
IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; (Redação 
dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
 
 
 
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V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação. 
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
CPC/15 – Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
I - indeferir a petição inicial; 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por 
negligência das partes; 
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o 
autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de 
desenvolvimento válido e regular do processo; 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de 
coisa julgada; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
VII - acolher a alegaçãode existência de convenção de arbitragem ou 
quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; 
VIII - homologar a desistência da ação; 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada 
intransmissível por disposição legal; e 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada 
pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão 
proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será 
condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de 
advogado. 
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, 
VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não 
ocorrer o trânsito em julgado. 
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o 
consentimento do réu, desistir da ação. 
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono 
da causa pelo autor depende de requerimento do réu. 
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os 
incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se. 
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na 
reconvenção; 
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de 
decadência ou prescrição; 
III - homologar: 
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou 
na reconvenção; 
b) a transação; 
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. 
 
 
 
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Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1o do art. 332, a 
prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja 
dada às partes oportunidade de manifestar-se. 
 
Além disso, precisamos nos questionar sobre os seguintes: 
 É o caso de aplicação do art. 475-J do CPC (523 NCPC)? 
 
CPC/73 - Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de 
quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de 
quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no 
percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e 
observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á 
mandado de penhora e avaliação. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 
2005) 
§ 1o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o 
executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta 
deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou 
pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de 
quinze dias. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 
§ 2o Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por 
depender de conhecimentos especializados, o juiz, de imediato, 
nomeará avaliador, assinando-lhe breve prazo para a entrega do 
laudo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 
§ 3o O exeqüente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo 
os bens a serem penhorados. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 
§ 4o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste 
artigo, a multa de dez por cento incidirá sobre o restante. (Incluído 
pela Lei nº 11.232, de 2005) 
§ 5o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz 
mandará arquivar os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a 
pedido da parte. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 
 
CPC/15 - Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já 
fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela 
incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a 
requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar 
o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver. 
§ 1o Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o 
débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de 
honorários de advogado de dez por cento. 
§ 2o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, a 
multa e os honorários previstos no § 1o incidirão sobre o restante. 
§ 3o Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será 
expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se 
os atos de expropriação. 
 
 
 
 
 
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 É o caso de reexame necessário (475/496 NCPC)? 
 
CPC/73 - Art. 475. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não 
produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a 
sentença: (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001) 
I - proferida contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município, 
e as respectivas autarquias e fundações de direito público; (Redação 
dada pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001) 
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à 
execução de dívida ativa da Fazenda Pública (art. 585, VI). (Redação 
dada pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001) 
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, o juiz ordenará a remessa dos 
autos ao tribunal, haja ou não apelação; não o fazendo, deverá o 
presidente do tribunal avocá-los. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 
26.12.2001) 
§ 2o Não se aplica o disposto neste artigo sempre que a condenação, 
ou o direito controvertido, for de valor certo não excedente a 60 
(sessenta) salários mínimos, bem como no caso de procedência dos 
embargos do devedor na execução de dívida ativa do mesmo valor. 
(Incluído pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001) 
§ 3o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a 
sentença estiver fundada em jurisprudência do plenário do Supremo 
Tribunal Federal ou em súmula deste Tribunal ou do tribunal superior 
competente. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001) 
 
CPC/15 - Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não 
produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a 
sentença: 
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito 
público; 
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à 
execução fiscal. 
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no 
prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não 
o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á. 
§ 2o Em qualquer dos casos referidos no § 1o, o tribunal julgará a 
remessa necessária. 
§ 3o Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o 
proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido 
inferior a: 
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas 
autarquias e fundações de direito público; 
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito 
Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os 
Municípios que constituam capitais dos Estados; 
 
 
 
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III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e 
respectivas autarquias e fundações de direito público. 
§ 4o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a 
sentença estiver fundada em: 
I - súmula de tribunal superior; 
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior 
Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas 
repetitivas ou de assunção de competência; 
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no 
âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em 
manifestação, parecer ou súmula administrativa. 
 
 
 Há alguma providência a ser tomada (ofícios...)? 
 Regime dos juros e correção monetária, honorários? 
Teremos que observar muito este ponto na sentença. Há certos pedidos que são implícitos. Deverão também ser 
decididos. 
Ex.: Pode ser que haja uma prova pericial no problema. Note, mesmo que não seja pedido, terei de apontar quem 
vai pagar por essa perícia. 
Adquirir o hábito de colocar no cantinho da prova os pedidose pedidos implícitos. 
 Há gratuidade deferida ou pedido pendente? 
Pronto, após verificar esses aspectos, passaremos para o próximo ponto. 
 
Obs.: Lembrar que na sentença, não sugerimos nós decidimos; devemos nos manifestamos de forma incisa! 
 
 Elementos da sentença: 
 Relatório 
• É indispensável ou depende do concurso? 
Segundo a lei, ele é indispensável, sob pena de nulidade. Na prova precisamos fazer? Tem concurso que exige o 
relatório e outros que não exigem. 
Atenção: mesmo quando a prova exigir o relatório, atenção para não deixá-lo muito grande! Isso vai tirar o 
espaço que você tem! 
Professor hoje nos ensinará a fazer um relatório enxuto, mas com todo o conteúdo necessário. Isso é importante, 
mas o que mais importa na prova é o dispositivo e a fundamentação. 
 
• Como iniciar? Com “Vistos.” ou “vistos, etc...” (Órgão colegiado!?) 
Na sentença colocar só vistos (afinal, você assumirá como juiz substitui e elaborará, na prática, tudo sozinho!) 
Por quê? Porque é só você que viu. O “vistos” se refere a tudo o que foi visto até ali. 
 
• Em face ou contra? 
Professor entende que pode usar os 2! Tanto faz. 
 
• Estilo de início: 
Professor traz 2 exemplos: 
“João ajuizou a presente ação de cobrança...” 
OU 
 
 
 
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 “Trata-se de ação de cobrança promovida por João...”. 
É o relatório. 
 
• Tamanho do relatório? Encerramento do relatório? 
 
Vamos enfrentar essas questões elaborando um exemplo de relatório (SOS): 
 
Trata-se de ação de cobrança promovida por João contra Maria em 
razão de uma dívida não paga, conforme documentos dos autos 
trazidos com a inicial. 
 
Devidamente citada, Maria apresentou contestação impugnando os 
fatos da inicial e sustentando a inexistência da dívida e requerendo a 
improcedência da demanda. 
 
Em audiência foram colhidas as provas requeridas nos autos, bem 
como as razões finais das partes em debates finais. 
 
É o relatório. 
 
Obs.: note que todo o 2º parágrafo vai seguir exatamente o mesmo esquema. 
Mas e se na defesa alega-se a prescrição?Tranquilo, veja um exemplo: 
 
Devidamente citada, Maria apresentou contestação impugnando os 
fatos da inicial. Preliminarmente, requereu o reconhecimento da 
prescrição e no mérito... 
 
 Fundamentação 
A fundamentação tem vários detalhes interessantes. Vamos analisar alguns pontos: 
• Julgamento antecipado (330/355 NCPC)? 
 
CPC/73 - Art. 330. O juiz conhecerá diretamente do pedido, 
proferindo sentença: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
I - quando a questão de mérito for unicamente de direito, ou, sendo 
de direito e de fato, não houver necessidade de produzir prova em 
audiência; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
II - quando ocorrer a revelia (art. 319). (Redação dada pela Lei nº 
5.925, de 1º.10.1973) 
CPC/15 - Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, 
proferindo sentença com resolução de mérito, quando: 
I - não houver necessidade de produção de outras provas; 
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver 
requerimento de prova, na forma do art. 349. 
 
 
Como escrevo? 
 
1º parágrafo: 
Mini resumo da inicial 
2º parágrafo: 
Mini resumo da defesa 
3º parágrafo: 
Mini resumo dos atos 
(instrução do processo) 
 
 
 
 Página 9 de 23 
 
O feito comporta julgamento antecipado na forma do art. 
X,(dispensado a produção de demais provas...) 
 
• Ordem das matérias para julgamento 
a. Várias matérias pendentes (impugnações, preliminares...) 
Sempre iniciar analisando as matérias pendentes. 
Ex. impugnação contra justiça gratuita. 
Depois afaste as preliminares. 
Afaste também as condições prejudiciais 
Ex.: numa ação de alimentos em que o homem alega não ser o pai é uma questão prejudicial. 
Tudo isso deve ser analisado antes do mérito. 
 
b. Condições da ação alegada em defesa 
Teoria da asserção  (analise em abstrato pela versão trazida na inicial; em concreto necessitando de exame de 
provas é MÉRITO). 
 
• Professor fala que é necessário atentar à linguagem utilizada! 
 Evitar tom pessoal. 
Ex.: usar “para” e evitar o termo “pra”. Não usar abreviações como “Tb”, “mto”. 
Ex.: “você”  não usar em prova. Também evitar 
Como melhorar o vocabulário? Lendo! Uma boa leitura de livros jurídicos ajuda muito a desenvolver a linguagem 
jurídica. 
 Evitar tom de parte. 
O juiz decide, julga! É necessário adotar um tom mais incisivo. Não é para rebater a defesa ou contestar a inicial. 
O que se deve fazer é decidir! 
Ou rejeita ou acolhe! O juiz não solicita, não vislumbra, não acha. O juiz forma uma convicção e decide. Juiz 
acolhe/rejeita/Afasta o pedido. 
 
• Tutela antecipada na própria sentença? 
É possível? Sim. Quando ficar evidenciada uma situação de necessidade de cumprimento imediato da decisão. 
Se a sentença não tem tutela antecipada, a apelação acaba tendo efeito suspensivo e devolutivo. 
Se o problema traz que já há um pedido de tutela antecipada deferida? Neste caso, deve-se confirmar a tutela na 
sentença. 
 
 Dispositivo 
• Decorrência lógica da fundamentação; 
É a conclusão do que foi feito. É a decorrência de tudo que foi dito na fundamentação. 
• Observar os pedidos do autor, pedidos implícitos e possíveis pedidos do réu (reconvenção/pedido contraposto) 
Pedido contraposto ainda existe? Sim, mas precisamos nos atentar a alguns pontos. No novo CPC o procedimento 
sumário não mais existe. 
O procedimento modelo optado pela lei é: 
- petição inicial 
- tutela de urgência ou evidência 
- designação da audiência de conciliação. 
Frustrada a audiência de conciliação, há prazo de 15 dias para a contestação. 
O restante segue o procedimento antigosaneador, provas... 
 
 
 
 
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É improvável que caia Juizado, mas se cair, lembrar que no Juizado é possível o pedido contraposto. Lembrar que 
no Juizado (art. 38, Lei 9099) o relatório é dispensável. 
 
Lei 9099/95 - Art. 38. A sentença mencionará os elementos de 
convicção do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos 
em audiência, dispensado o relatório. 
Parágrafo único. Não se admitirá sentença condenatória por quantia 
ilíquida, ainda que genérico o pedido. 
 
• Estilo de redação; 
Professor traz 2 exemplos: 
Ante o exposto, julgo PROCEDENTE EM PARTE o pedido, com 
resolução de mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC para: 
 OU 
 Ante o exposto, ACOLHO EM PARTE o pedido, com resolução de 
mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC para: 
 
Acolho ou julgo? Tanto faz! Os 2 podem ser utilizados. 
 
 Pontos importantes que serão tratados no dispositivo: 
 Honorários advocatícios – art. 20/85 NCPC; 
O artigo deve ser lido com atenção; 
 
CPC/73 - Art. 20. A sentença condenará o vencido a pagar ao 
vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios. 
Esta verba honorária será devida, também, nos casos em que o 
advogado funcionar em causa própria. (Redação dada pela Lei nº 
6.355, de 1976) 
§ 1º O juiz, ao decidir qualquer incidente ou recurso, condenará nas 
despesas o vencido. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1.10.1973) 
§ 2º As despesas abrangem não só as custas dos atos do processo, 
como também a indenização de viagem, diária de testemunha e 
remuneração do assistente técnico. (Redação dada pela Lei nº 5.925, 
de 1.10.1973) 
§ 3º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez por cento 
(10%) e o máximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da 
condenação, atendidos: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 
1.10.1973) 
a) o grau de zelo do profissional; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 
1.10.1973) 
b) o lugar de prestação do serviço; (Redação dada pela Lei nº 5.925, 
de 1.10.1973) 
c) a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo 
advogado e o tempo exigido para o seu serviço. (Redaçãodada pela 
Lei nº 5.925, de 1.10.1973) 
§ 4o Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, 
naquelas em que não houver condenação ou for vencida a Fazenda 
 
 
 
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Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão 
fixados consoante apreciação eqüitativa do juiz, atendidas as 
normas das alíneas a, b e c do parágrafo anterior. (Redação dada 
pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 
§ 5o Nas ações de indenização por ato ilícito contra pessoa, o valor 
da condenação será a soma das prestações vencidas com o capital 
necessário a produzir a renda correspondente às prestações 
vincendas (art. 602), podendo estas ser pagas, também 
mensalmente, na forma do § 2o do referido art. 602, inclusive em 
consignação na folha de pagamentos do devedor. (Incluído pela Lei 
nº 6.745, de 5.12.1979) (Vide §2º do art 475-Q) 
 
CPC/15 - Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar 
honorários ao advogado do vencedor. 
§ 1o São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no 
cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, 
resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente. 
§ 2o Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo 
de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito 
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor 
atualizado da causa, atendidos: 
I - o grau de zelo do profissional; 
II - o lugar de prestação do serviço; 
III - a natureza e a importância da causa; 
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu 
serviço. 
§ 3o Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos 
honorários observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do 
§ 2o e os seguintes percentuais: 
I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da 
condenação ou do proveito econômico obtido até 200 (duzentos) 
salários-mínimos; 
II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da 
condenação ou do proveito econômico obtido acima de 200 
(duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários-mínimos; 
III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da 
condenação ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois 
mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos; 
IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da 
condenação ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 
(vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-mínimos; 
V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da 
condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000 
(cem mil) salários-mínimos. 
§ 4o Em qualquer das hipóteses do § 3o: 
I - os percentuais previstos nos incisos I a V devem ser aplicados 
desde logo, quando for líquida a sentença; 
 
 
 
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II - não sendo líquida a sentença, a definição do percentual, nos 
termos previstos nos incisos I a V, somente ocorrerá quando 
liquidado o julgado; 
III - não havendo condenação principal ou não sendo possível 
mensurar o proveito econômico obtido, a condenação em 
honorários dar-se-á sobre o valor atualizado da causa; 
IV - será considerado o salário-mínimo vigente quando prolatada 
sentença líquida ou o que estiver em vigor na data da decisão de 
liquidação. 
§ 5o Quando, conforme o caso, a condenação contra a Fazenda 
Pública ou o benefício econômico obtido pelo vencedor ou o valor 
da causa for superior ao valor previsto no inciso I do § 3o, a fixação 
do percentual de honorários deve observar a faixa inicial e, naquilo 
que a exceder, a faixa subsequente, e assim sucessivamente. 
§ 6o Os limites e critérios previstos nos §§ 2o e 3o aplicam-se 
independentemente de qual seja o conteúdo da decisão, inclusive 
aos casos de improcedência ou de sentença sem resolução de 
mérito. 
§ 7o Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença 
contra a Fazenda Pública que enseje expedição de precatório, desde 
que não tenha sido impugnada. 
§ 8o Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito 
econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz 
fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, observando 
o disposto nos incisos do § 2o. 
§ 9o Na ação de indenização por ato ilícito contra pessoa, o 
percentual de honorários incidirá sobre a soma das prestações 
vencidas acrescida de 12 (doze) prestações vincendas. 
§ 10. Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por 
quem deu causa ao processo. 
§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados 
anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em 
grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2o a 
6o, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de 
honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os 
respectivos limites estabelecidos nos §§ 2o e 3o para a fase de 
conhecimento. 
§ 12. Os honorários referidos no § 11 são cumuláveis com multas e 
outras sanções processuais, inclusive as previstas no art. 77. 
§ 13. As verbas de sucumbência arbitradas em embargos à 
execução rejeitados ou julgados improcedentes e em fase de 
cumprimento de sentença serão acrescidas no valor do débito 
principal, para todos os efeitos legais. 
§ 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza 
alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da 
legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de 
sucumbência parcial. 
 
 
 
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§ 15. O advogado pode requerer que o pagamento dos honorários 
que lhe caibam seja efetuado em favor da sociedade de advogados 
que integra na qualidade de sócio, aplicando-se à hipótese o 
disposto no § 14. 
§ 16. Quando os honorários forem fixados em quantia certa, os 
juros moratórios incidirão a partir da data do trânsito em julgado da 
decisão. 
§ 17. Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em 
causa própria. 
§ 18. Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao 
direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma 
para sua definição e cobrança. 
§ 19. Os advogados públicos perceberão honorários de 
sucumbência, nos termos da lei. 
 
 
• Nota: súmulas do STJ – 453, 345 e 326. 
O parágrafo 18 deste artigo contraria expressamente o art. 453, STJ. Segundo a súmula não cabia ação autônoma! 
 
Súmula 453, STJ 
453 - Os honorários sucumbenciais, quando omitidos em decisão 
transitada em julgado, não podem ser cobrados em execução ou em 
ação própria. (DJEletrônico 24/08/2010) 
 
Vale ainda a leitura das súmulas 345 e 326, mas falaremos destas mais pra frente, quando falarmos de 
honorários. 
 
• despesas e custas processuais - art. 20/82 NCPC; 
 
CPC/15 – Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da 
justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que 
realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o 
pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a 
plena satisfação do direito reconhecido no título. 
§ 1o Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja 
realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do 
Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da 
ordem jurídica. 
§ 2o A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as 
despesas que antecipou. 
 
• PRI (publique-se, registre-se, intime-se; e o “C” comunique-se) 
Quando uso PRI ou PRIC? 
PRIC  quando for necessário que algo seja comunicado, por exemplo, a um órgão. 
Ex.: numa ação de alimentos. Preciso comunicar o empregador sobre o desconto em folha! 
 
• Nota final: cuidado com o tamanho dos parágrafos! 
 
 
 
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Parágrafos muito grandes podem ficar cansativos e incompreensíveis. 
 
 Hipóteses de pedido implícito: 
(a) despesas e custas processuais; 
(b) honorários advocatícios;(c) correção monetária; 
(d) prestações vincendas e inadimplidas na constância do processo em caso de contratos de trato sucessivo 
(artigo 290 do CPC); 
 
CPC /73 - Art. 290. Quando a obrigação consistir em prestações 
periódicas, considerar-se-ão elas incluídas no pedido, 
independentemente de declaração expressa do autor; se o devedor, 
no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las, a 
sentença as incluirá na condenação, enquanto durar a obrigação. 
 
(e) os juros legais e moratórios 
Nota: juros convencionais ou compensatórios? 
É pedido implícito? Não! Só pode aplicar juros convencionais se for pedido. 
Nota: juros moratórios - súmula 254 do STF. 
 
 
TJ-SP – Agravo de instrumento n° 2095125-73.2014.8.26.0000, 23ª 
Câmara de D. Privado, Des. Paulo Roberto Santana, data do 
julgamento 13/08/2014: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL IMPUGNAÇÃO PRETENSÃO DO RÉU 
DE AFASTAR DOS CÁLCULOS A INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA 
JUROS DE MORA QUE SÃO DEVIDOS INDEPENDENTEMENTE DO 
PEDIDO, CONSOANTE DISPOSTO NO ARTIGO 293 DO CÓDIGO DE 
PROCESSO CIVIL APLICAÇÃO, AINDA, DA SÚMULA Nº 254 DO STF 
MULTA DO ART. 475-J, CPC INCIDÊNCIA SOBRE VALOR 
REMANESCENTE APENAS CABIMENTO - IMPUGNAÇÃO REJEITADA 
DECISÃO MANTIDA RECURSO IMPROVIDO. 
 
SÚMULA 254 - STF 
Incluem-se os juros moratórios na liquidação, embora omisso o 
pedido inicial ou a condenação. 
 
 
 
 
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4. Despesas processuais 
 
• O que são? 
As custas existem em qualquer demanda: taxas de diligência. 
Não há, no entanto, despesas em todos os processos. 
Exemplo de despesas processuais: provas periciais. 
• Concessão da justiça gratuita – pessoa física e jurídica? 
Art. 98, NCPC 
 
Nota: Despesas por atos processuais efetuados pelo MP ou Fazenda Pública e a posição do STJ. 
Nota: Inversão do custeio da prova e a inversão do ônus da prova 
 
A concessão da gratuidade e o NCPC – art. 98: 
• Caberá a pessoa física e jurídica com insuficiência de recursos para pagar as custas, despesas e honorários; 
• O art. 98 parágrafo 1º estabelece os limites do benefício; 
• Formulação do pedido (petição inicial, contestação, petição de ingresso de terceiro, recurso, qualquer petição 
no processo) 
• Impugnação ao deferimento do benefício (contestação, réplica, contrarrazões, pedido superveniente ou 
formulado por terceiro por petição simples em 15 dais) 
 
CPC/15 - Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou 
estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as 
despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à 
gratuidade da justiça, na forma da lei. 
§ 1o A gratuidade da justiça compreende: 
I - as taxas ou as custas judiciais; 
II - os selos postais; 
III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a 
publicação em outros meios; 
IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, 
receberá do empregador salário integral, como se em serviço 
estivesse; 
V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA 
e de outros exames considerados essenciais; 
VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do 
intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em 
português de documento redigido em língua estrangeira; 
VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida 
para instauração da execução; 
VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para 
propositura de ação e para a prática de outros atos processuais 
inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório; 
IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em 
decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato 
notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade 
de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido. 
 
 
 
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§ 2o A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do 
beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários 
advocatícios decorrentes de sua sucumbência. 
§ 3o Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua 
sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e 
somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes 
ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor 
demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de 
recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, 
passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. 
§ 4o A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário 
pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas. 
§ 5o A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a 
todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de 
despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do 
procedimento. 
§ 6o Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao 
parcelamento de despesas processuais que o beneficiário tiver de 
adiantar no curso do procedimento. 
§ 7o Aplica-se o disposto no art. 95, §§ 3o a 5o, ao custeio dos 
emolumentos previstos no § 1o, inciso IX, do presente artigo, 
observada a tabela e as condições da lei estadual ou distrital 
respectiva. 
§ 8o Na hipótese do § 1o, inciso IX, havendo dúvida fundada quanto 
ao preenchimento atual dos pressupostos para a concessão de 
gratuidade, o notário ou registrador, após praticar o ato, pode 
requerer, ao juízo competente para decidir questões notariais ou 
registrais, a revogação total ou parcial do benefício ou a sua 
substituição pelo parcelamento de que trata o § 6o deste artigo, caso 
em que o beneficiário será citado para, em 15 (quinze) dias, 
manifestar-se sobre esse requerimento. 
 
 
Parte da jurisprudência entende que a mera declaração de pobreza gera uma presunção legal. 
 
RECURSO ESPECIAL. HONORÁRIOS PERICIAIS. JUSTIÇA GRATUITA. 
RESPONSABILIDADE DO ESTADO PELA SUA REALIZAÇÃO. 1. O fato de 
o beneficiário da justiça gratuita não ostentar, momentaneamente, 
capacidade econômica de arcar com o adiantamento das despesas da 
perícia por ele requerida não autoriza, por si só, a inversão do ônus 
de seu pagamento. 2. O Estado não está obrigado a adiantar as 
despesas com a realização da prova pericial. 3. Não concordando o 
perito nomeado em aguardar o final do processo, para o recebimento 
dos honorários, deve o Juízo a quo nomear outro perito, a ser 
designado entre técnicos de estabelecimento oficial especializado ou 
repartição administrativa da entidade pública responsável pelo 
custeio da prova pericial. Precedentes. 4. Recurso especial provido 
 
 
 
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em parte. (STJ, Resp. REsp 1355519 / ES 2ª T., Ministro CASTRO 
MEIRA , data do julgamento 02/05/2013 
 
Ex.: Art. 6º, VIII, CDC – inversão do ônus da prova. 
 
Lei 8078/90 - Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
 VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a 
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a 
critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele 
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; 
 
A inversão do ônus da prova não inverte o custeio. 
Obs.: há julgados que reconhecem a inversão do custeio, mas é posição minoritária. 
 
PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PERÍCIA. HONORÁRIOS DO 
PERITO. DESPESA PROCESSUAL. ADIANTAMENTO PELO AUTOR DA 
AÇÃO (MINISTÉRIO PÚBLICO). IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA PLENA 
DO ART. 18 DA LEI N. 7.347/85. 1. O art. 18 da Lei n. 7.347/85 
constitui regramento próprio, que impede que o autor da ação civil 
pública arque com os ônus periciais e sucumbenciais, ficando 
afastada, portanto, as regras específicas do Código de Processo Civil. 
2. Considera-se aplicável, por analogia, a Súmula n. 232 desta Corte 
Superior,a determinar que a Fazenda Pública à qual se acha 
vinculada o Parquet arque com tais despesas. 3. Essa linha de 
orientação vem encontrando eco no Supremo Tribunal Federal: RE 
233.585/SP, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 28.9.2009 (noticiada no Inf. 
STF n. 560/09). STJ, RECURSO ESPECIAL Nº 864.314 – SP, 2ª T., Min. 
Mauro Campbell Marques, data do julgamento 10/08/2010 – Recurso 
Repetitivo: tema 510. Resp 1253844/SC, 1ª Seção, 13/03/2013. 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. (...) 3.- 
"As regras do ônus da prova não se confundem com as regras do seu 
custeio, cabendo a antecipação da remuneração do perito àquele 
que requereu a produção da prova pericial, na forma do artigo 19 do 
CPC." (REsp 908.728/SP, Relator o Ministro João Otávio de Noronha, 
DJe de 26/4/2010). STJ, AgRg. no Aresp. 426062/SP, 3ª T., Min. Sidnei 
Beneti,11/02/2014. 
 
 
 Honorários advocatícios: 
• Regime do artigo 20 do CPC (novo art. 85 NCPC): 
 - Honorários serão fixados entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% sobre o valor da condenação; 
- Súmula 201 do STJ: Os honorários Advocatícios não podem ser fixados em salários-mínimos; 
 
Súmula 201 - STJ 
201 - Os honorários advocatícios não podem ser fixados em salários-
mínimos. (DJ 02.02.1998) 
 
 
 
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- Sucumbência mínima – art. 21, §único, CPC 
 
CPC/73 - Art. 21. Se cada litigante for em parte vencedor e vencido, 
serão recíproca e proporcionalmente distribuídos e compensados 
entre eles os honorários e as despesas. 
Parágrafo único. Se um litigante decair de parte mínima do pedido, o 
outro responderá, por inteiro, pelas despesas e honorários. 
 
 
O que é decair na parte mínima do pedido? 
Ex. parte fez 6 pedidos e juiz acolhe 5. Neste caso, podemos condenar a outra parte pelo pagamento dos 
honorários. É necessário, no entanto, justificar, deixando claro o que levou a tal decisão. 
Pode acolher parte do pedido de A e mesmo assim, condenar B ao pagamento total dos honorários? 
- se um litigante decair de parte mínima do pedido, o outro responderá, por inteiro, pelas despesas e honorários. 
- Concorrência de diversos autores ou réus, os vencidos respondem pelas despesas e honorários em proporção. 
(Na hora da prova é mais fácil colocar que os honorários serão pagos em proporções idênticas) 
 
 Súmulas 
Súmula 453 STJ 
Os honorários sucumbenciais, quando omitidos em decisão 
transitada em julgado, não podem ser cobrados em execução ou em 
ação própria. 
 
 Contraria o art. 85, parágrafo 18 NCPC. 
 
Súmula 345 STJ 
São devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas 
execuções individuais de sentença proferida em ações coletivas, 
ainda que não embargadas. 
 
Parágrafo 3º e respectivos incisos e 4º e 5 do art. 85, NCPC  ler com muito cuidado. 
 
Súmula 326 STJ 
NA AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL, A CONDENAÇÃO EM 
MONTANTE INFERIOR AO POSTULADO NA INICIAL NÃO IMPLICA 
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. 
 
Ex.: peço indenização por dano moral de 100.000 reais. 
Juiz fixa 20.000 reais. Neste caso, o Juiz pode condenar o réu ao pagamento integral do valor sucumbencial. 
No dispositivo é importante falar que acolheu o pedido em parte (a pretensão era 100, foi dado 20). 
 
Súmula 421 - STJ 
Os honorários advocatícios não são devidos à Defensoria Pública 
quando ela atua contra a pessoa jurídica de direito público à qual 
pertença. 
 
 
 
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Ex.: defensoria pública de SP atuando contra o Estado de SP. 
E se for contra município ou União? Neste caso, pode! 
 
Lei Complementar nº 80 /94 e do art. 5º , VIII , da Lei Complementar 
nº 988 /06, é uma das funções institucionais da Defensoria Pública, 
assim descabe a fixação de honorários advocatícios pelo exercício do 
referido encargo.(TJ-SP Apelação APL 90990035720098260000 SP 
9099003-57.2009.8.26.0000 (TJ-SP) Data de publicação: 28/05/2014. 
(...) Todavia, caberá à Defensoria Pública, se for o caso, os honorários 
sucumbenciais fixados ao final da demanda (art. 20 do CPC), 
ressalvada a hipótese em que ela venha a atuar contra pessoa 
jurídica de direito público, à qual pertença (Súmula 421 do STJ). REsp 
1201674 / SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 06.06.12 
 
 Honorários advocatícios e a revisão pelo STJ: 
Pode adotar outros valores diversos do STJ? Pode. 
Em regra, o STJ não tem competência para rever os honorários. De acordo com sumula 7 ele não pode fazer 
revisão dos fatos. Ele não é 3ª instância. 
Agora se os honorários forem muito alto ou baixo, o STJ (mesmo não devendo) acaba realizando a análise d o 
fato. 
 
"a jurisprudência desta Corte, entretanto, sensível a situações em 
que salta aos olhos a inobservância dos critérios legais para o 
arbitramento do valor justo, passou a admitir a revisão em sede 
especial quando se tratar de honorários notoriamente ínfimos ou 
exagerados, o que se faz considerado cada caso em particular". (STJ, 
AgRg nos EAREsp 28.898/SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, CORTE 
ESPECIAL, DJe de 06/02/2014). Nesse sentido: AgRg nos EDcl no Ag 
1.409.571/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, CORTE 
ESPECIAL, DJe de 06/05/2013; EREsp 966.746/PR, Rel. Ministra 
MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, CORTE ESPECIAL, DJe de 
25/03/2013; EREsp 494.377/SP, Rel. Ministro JOSÉ ARNALDO DA 
FONSECA, CORTE ESPECIAL, DJU de 01/07/2005. Não havendo 
qualquer situação excepcional aplica-se o verbete sumular 7/STJ. 
 
Súmula 77 – STJ 
7 - A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso 
especial. (DJ 03.07.1990) 
 
 Honorários contra a fazenda pública: 
Não precisa ficar “preso” aos percentuais de 10/20%. 
 
Ademais, esclareço que vencida a Fazenda Pública, a fixação dos 
honorários advocatícios não está adstrita aos limites percentuais de 
10% e 20%, podendo ser adotado como base de cálculo o valor dado 
à causa ou à condenação, nos termos do art. 20, § 4º, do CPC, ou 
 
 
 
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mesmo um valor fixo, segundo o critério de equidade. STJ, AgRg no 
Resp. 1520695/SC, 2 T., Min. Herman Benjamin, Dje 10/08/2015. 
 
Causas de pequeno valor, valor inestimável, não há condenação: valor fixo ou percentual: 
 
Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em 
que não houver condenação ou em que for vencida a Fazenda 
Pública, o juiz não está adstrito aos limites estabelecidos pelo art. 20, 
§ 3º, do CPC na fixação dos honorários advocatícios, que podem ser 
arbitrados em valor fixo ou percentual incidente sobre o valor da 
condenação ou da causa. Dentre os precedentes: AgRg no REsp 
1205818/RS, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, 
DJe. AgRg no Ag 1341017 / RS, REl. Min. Benedito Gonçalves, j. 
12.06.2012 
 
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 
EMBARGOS À EXECUÇÃO E EXECUÇÃO. POSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO 
DEFINITIVA NOS EMBARGOS DO DEVEDOR. 
1.Trata-se de Embargos de Declaração opostos contra acórdão que 
negou provimento ao Agravo Regimental da UFRGS. 2. Correta a 
embargante quando afirma que a decisão colegiada foi omissa, por 
não enfrentar a alegação de que a verba honorária estabelecida na 
execução foi substituída pela verba determinada nos Embargos à 
Execução. 3. A jurisprudência do STJ assentou que é admissível a 
cumulação da verba honorária estipulada na ação de execução com a 
dos Embargos do Devedor, podendo a sucumbência final ser 
determinada definitivamente pela sentença da última ação, desde 
que se estipule que o valor fixado atenda a ambas. (STJ, EDcl no AgRg 
no REsp 1247599 / RS, 2ª T., Ministro HERMAN BENJAMIN, data do 
julgamento 10/06/2014) 
 
A ação de execução fiscal é uma ação e, portanto, cabe honorários. 
Embargos na execução fiscal também é uma ação? Tem também natureza de ações. Tenho que fixar, portanto, 2 
honorários! Tanto são diversas, que pode acontecer de que tenham julgamentos diversos.No caso onde há uma ação e uma reconvenção, poderia o juiz compensar os honorários? 
Não é adequado, pois não há identidade de autores e réus. Estamos falando aqui de advogados distintos, um do 
autor da peça originária e outro da reconvenção. São advogados diferentes. Não havendo identidade de partes, 
não pode ser aplicado o instituto da compensação. 
 
 Embargos de terceiro e honorários advocatícios 
 
Na ação de embargos de terceiro, o valor da causa deve ser o do bem 
levado à constrição, não podendo exceder o valor da dívida. Não 
havendo valor da causa (esquecimento) a sentença fixou o s 
honorários advocatícios em percentual devido a título de verba 
honorária – como executar? Aplica-se o percentual ao valor que 
Obs.: art. 85, NCPC 
 
 
 
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legalmente deveria ter sido fixado. Precedentes citados: AgRg no Ag 
1.379.627-SP, DJe 4/5/2011; EREsp 187.429-DF, DJ 29/11/1999, e 
REsp 161.754-SP, DJ 15/3/1999. REsp 957.760- MS, Rel. Min. Luiz 
Felipe Salomão, julgado em 12/4/2012. 
 
Súmula 303 do STJ: 
Em embargos de terceiro, quem deu causa à constrição indevida 
deve arcar com os honorários advocatícios. 
 
Cabe ao STJ análise fática para majorar ou reduzir indenização!? 
 
– “ (...)a 3ª Turma deste Tribunal assentou o entendimento de que 
somente se conhece da matéria atinente aos valores fixados pelos 
Tribunais recorridos quando o valor for teratológico, isto é, de tal 
forma elevado que se considere ostensivamente exorbitante, ou a tal 
ponto ínfimo, que, em si, objetivamente deponha contra a dignidade 
do ofendido, não sendo este o caso dos autos (...)”. Trecho do voto 
do Min. Sidnei Beneti, AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 
245.981 – MS, data do julgamento 24/11/2012. 
 
Se STJ entender que o valor é extraordinário ou ínfimo, ele pode se manifestar. 
 
 Súmulas do superior tribunal de justiça sobre dano moral: 
 
Súmula n° 385 STJ 
Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe 
indenização por dano moral, quando preexistente legítima inscrição 
ressalvado o direito ao cancelamento. 
 
 
Súmula nº 387 STJ 
É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral. 
 
Súmula n° 388 STJ 
 A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral. 
 
Súmula n° 498 STJ 
 Não incide IR sobre a indenização por danos morais; 
 
Súmula n° 370 STJ 
Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-
datado; 
 
Súmula n° 280 STJ 
 A indenização por dano moral não está sujeita à tarifação prevista na 
Lei de Imprensa. (muito comum a discussão da tarifação nas 
indenizações em contratos de transporte aéreo e o CDC) 
Indeniza e pune. 
 
 
 
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 CASOS MAIS COMUNS DE JULGAMENTO E FIXAÇÃO DE INDENIZAÇÃO PELO STJ SOBRE DANO MORAL 
(são os patamares fixados pelo STJ) 
• Atraso de voo; cancelamento de voo internacional; extravio de bagagem; mudança de rota – R$ 10 mil/R$ 20 
mil. 
• Negativação indevida – R$ 7mil/10 mil; 
• Xingamento em rede social, blog, twitter... – R$ 20 mil; 
• Recusa na concessão de medicamento. Plano de saúde – R$ 5 mil/20 mil; 
• Morte do pai. Indenização de R$ 100 mil para cada autor. Razoabilidade. STJ, 3ª T., Resp. 25258 / RJ, data do 
julgamento 21/02/2013. 
 
EMENTA 
Dados Gerais 
Processo: AgRg nos EDcl no AREsp 25258 / RJ 
Relator(a): Ministro RICARDO VILLAS BOAS CUEVA 
Julgamento: 21/02/2013 
Publicação: DJe 26/02/2013 
Decisão 
AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 
RESPONSABILIDADE CIVIL POR ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO. MORTE DA VÍTIMA. INDENIZAÇÃO COM VALORES 
NÃO EXCESSIVOS. REVISÃO VEDADA. 
1 . No recurso especial, rever a indenização por danos morais só é possível quando a quantia for irrisória ou 
exagerada, o que não ocorre quando o valor é inferior a 500 (quinhentos) salários mínimos para cada um dos 
autores pela morte do pai. 2. Agravo regimental não provido. 
 
 
• Morte do filho/irmão. Indenização por dano moral: R$ 50 mil para cada genitor da vítima e R$ 30 mil para o 
irmão da vítima, totalizando R$ 130 mil. STJ, 4ª T., Resp. 1282654 / RJ, data do julgamento 21/02/2013. 
 
EMENTA 
Dados Gerais 
Processo: AgRg no REsp 1282654 / RJ 
Relator(a): Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI 
Julgamento: 21/02/2013 
Publicação: DJe 28/02/2013 
Decisão 
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ACIDENTE 
DE TRÂNSITO. MORTE DA VÍTIMA. REVISÃO DO VALOR. 
1. Admite a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, excepcionalmente, em recurso especial, reexaminar o 
valor fixado a título de indenização por danos morais, quando ínfimo ou exagerado. Majoração da indenização 
por dano moral para adequá-la aos parâmetros da jurisprudência do STJ e aos princípios da proporcionalidade e 
razoabilidade. 2. Agravo regimental a que se nega provimento.

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