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APOSTILA 14 DIREITO ECONÔMICO DA ORDEM ECONÔMICA INTERNACIONAL

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Direito Econômico 
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 Olá, chegamos na última unidade dos nossos estudos. Hoje falaremos 
sobre:
Da Ordem Econômica Internacional
Vamos começar?
Boa aula!
 Desenvolver no aluno a capacidade de interpretar os fatos históricos e econômicos que marcaram 
a evolução da disciplina jurídica da economia. Proporcionar ao aluno o manejo do conhecimento sobre o 
Direito Econômico enquanto ramo da ciência jurídica, os elementos da Ordem Econômica Constitucional 
e principais institutos do Direito Econômico.
 ●Da Ordem Econômica Internacional.
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3. Acordo de Bretton Woods
 
	 Foram	celebrados	após	o	final	da	2ª	guerra	mundial,	em	razão	
do reconhecimento da necessidade do espírito cooperativista entre 
os Estados. O seu objeto principal compreendia a reformulação do 
sistema	financeiro	internacional.	Prevaleceu	a	orientação	capitalista,	
com o acatamento das ideias de keynes e White.
4. Acordo geral de tarifas aduaneiras e comércio – GATT
	 Foi	assinado	em	Genebra	 (1947)	por	23	países,	 inclusive	Brasil,	entrou	em	 	1948,	seu	objetivo	é	
a	 liberalização	do	comércio	mundial.	A	rodada	do	Uruguai	se	 iniciou	em	1986	e	 terminou	em	1994.	As	
rodadas	de	negociação	servem	para	a	atualização	das	regras	tarifárias	no	comércio	internacional.
4.1 Organização Mundial do Comércio – OMC
	 Uma	das	decisões	mais	importantes	tomada	pela	rodada	do	Uruguai	(1986/1994)	foi	a	constituição	
da	 OMC,	 tendo	 esta	 personalidade	 jurídica	 internacional	 com	 competência	 para	 regular	 o	 comércio	
internacional de bens e serviços, contando hoje com mais de 140 países.
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4.2 Acordo sobre Direitos de propriedade Intelectual relacionados ao comércio 
	 Tem	por	finalidade	estabelecer	um	padrão	de	tutela	dos	bens	que	compõem	a	propriedade	intelectual,	
como por exemplo: os direitos do autor e conexos, as patentes de invenção e de modelo de utilidade, as 
marcas,	indicações	geográficas	entre	outros.	
5. Empresa multinacionais 
	 O	crescimento	dos	limites	geográficos	do	mercado	proporcionou	aos	empreendedores	para	integração	
empresarial antes voltada aos limites nacionais para a aquisição, produção, venda dos seus produtos, hoje 
pode exercê-los em lugares distintos do globo terrestre.
6. Integração econômica
	 Dos	acordos	gerais	é	que	nascem	os	blocos	econômicos,	na	medida	em	que	os	participantes	resolvem	
condições	de	inter-relacionamento	de	suas	economias.
6.1 Mercado Comum do Sul - MERCOSUL 
	 Criado	em	1991,	pelo	tratado	de	Assunção	(Decreto	350,	21/11/91),	por	Brasil,	Argentina,	Paraguai,	
Uruguai	e	Venezuela,	tendo	a	participação	na	condição	de	associados,	Bolívia,	Chile,	Colômbia,	Peru		e	
Equador,	no	qual	poderão	participar	se	convidados	das	reuniões,	mas	não	podem	votar.
Brasil Argentina Paraguai
Uruguai
Venezuela
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6.2 União Européia 
				Assinado	o	tratado	de	Roma	em	1957,	com	finalidade	de	criar	um	mercado	comum	europeu,	em	1992	
foi	criada	a	união	européia	(tratado	de	Maastricht),	com	27	países	membros.	
7. Infrações ao Livre-comércio internacional
						A	competição	no	mercado	internacional	também	é	suscetível	de	práticas	que	atentam	contra	a	livre	
concorrência,	sendo	uma	dessas	condutas	advém	de	decisões	governamentais	cuja	intenção	é	de	proteção	
(defesa) do mercado nacional (agentes econômicos nacionais), a outra resulta de condutas dos próprios 
agentes econômicos que atuam deslealmente no mercado internacional.
7.1 Instrumentos de defesa comercial (barreiras comerciais)
	 Em	 razão	 de	 uma	 total	 liberdade	 de	 comércio,	 começam	 a	 aparecer	 para	 os	 países	 menos	
competitivos argumentos de segurança nacional, criação de empregos, fomento ao desenvolvimento 
industrial e tecnológico do país, que impulsionam medidas restritivas de mercado para resguardar os 
agentes econômicos nacionais. 
Bolívia Chile Colômbia
Peru Equador
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7.1.1 Tarifas
	 Tarifar	um	produto	significa	criar	um	custo	não	compreendido	na	sua	produção,	de	forma	que	será	
agregada, ao valor do produto, a tarifa que o encarcerará e, portanto, o tornará menos competitivo no 
mercado.
7.1.2 Cotas
	 A	fixação	de	cotas	de	importação	tem	por	finalidade	impedir	que	determinando	produto	entre	livremente	
em um país, na medida em que se estipula a quantidade máxima de produtos a serem importados.
7.1.3 Restrições voluntárias à exportação
	 Em	 sentido	 diferente	 do	 que	 se	 tratou	 até	 agora,	
também	 é	 possível	 que	 um	 país	 incentive	 outro	 a	
diminuir	voluntariamente	as	suas	exportações.
7.1.4 Outra barreiras não tarifárias
 Criação de regras sanitárias para possibilitar a 
recusa	de	importações	no	país	(O	Brasil	já	foi	vítima	
de	diversas	medidas	dessa	natureza)
7.2 Condutas competitivas desleais no comércio Internacional
7.2.1 Dumping
 Consiste na conduta dos agentes econômicos que vendem os seus produtos fora do pais abaixo do 
custo	de	produção	e	também	por	preço	inferior	aos	cobrados	no	país	de	origem	(	a	lei	9019/95,	dispõe	
sobre a aplicação dos direitos previstos no acordo antidumping. 
7.2.3 Tarifas compensatórias – Subsídios
 No caso das tarifas compensatórias, os governos compensam os custos de produção garantindo a\
os produtores maior competitividade, na medida em que não custeiam diretamente toda a sua produção.
7.3 Medidas de Salvaguarda
	 Decreto	1448/95,	regulamenta	os	procedimentos	administrativos	de	salva	guarda,	no	caso	do	produto	
nacional	ser	ameaçado	que	venham	causar	prejuízo	grave	a	 indústria	doméstica	de	bens	similares	ou	
diretamente concorrentes.
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 14Leituras complementares: 
FIGUEIREDO,	Leonardo	Vizeu.	Lições	de	Direito	Econômico.	5ª.	ed.	Rio	de	Janeiro:	Forense,	2012.
Constituição	Federal	do	Brasil,	1988
 
 
BÁSICA
BASTOS,	Celso	Ribeiro.	Curso	de	Direito	Econômico.	São	Paulo:	Celso	Ribeiro	Editor,	2003.
FIGUEIREDO,	Leonardo	Vizeu.	Lições	de	Direito	Econômico.	5ª.	ed.	Rio	de	Janeiro:	Forense,	2012.
FONSECA,	João	Bosco	Leopoldino	da.	Direito	Econômico.	5.	ed.	Rio	de	Janeiro:	Forense,	2010.
Constituição	Federal	do	Brasil,	1988
COMPLEMENTAR
ARAGÃO,	Alexandre.	Agências reguladoras e a evolução do direito administrativo econômico.	Rio	
de	Janeiro:	Forense,	2002.
FRANCESCHINI,	José	Inácio	Gonzaga.	Introdução ao Direito da Concorrência. São	Paulo:	Malheiros	
Editores,	1996.
GRAU,	 Eros	 Roberto.	A Ordem econômica na Constituição de 1988. 7.	 ed.	 São	 Paulo:	 Malheiros	
Editores,	2002.
SEITENFUS,	 Ricardo.	 Manual das Organizações Internacionais. 2.	 ed.	 Porto	 Alegre:	 Livraria	 do	
Advogado,	2000.
SOUTO,	Marcos	Juruena	Villela.	Desestatização, Privatização, Concessões e Terceirizados.	4.	ed.	Rio	
de	Janeiro:	Lumen	Juris,	2001.
MASSO,	Fabiano	Del.	Direito Econômico Esquematizado.Rio	de	Janeiro:	Forense;	São	Paulo:	Método,	2012
MEIRELLES,	Hely	Lopes.	Direito Administrativo Brasileiro, 27ª	Ed.	São	Paulo:Malheiros,	2002
DORNBUSCH,	R.	Macroeconomia. São	Paulo:	Campus,	1998.
MONTORO	FILHO,	A.	F.	Manual de economia: equipe de professores da USP. São	Paulo:	Saraiva,	1996.
VASCONCELLOS,	M.	A	.	S.;	GARCIA,	M.	E.	Fundamentos de economia. São	Paulo,	Saraiva,	2012
HUNT,	E.	K.	História do pensamento econômico.	Rio	de	Janeiro:	Campus,	1989.
ROSSETTI,	J.	P. Introdução à economia. São	Paulo:	Atlas,	2012.

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