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arresto com liminar

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 10.ª VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE GOIÂNIA ESTADO DE GOIÁS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIO PATINHAS EMPREENDIMENTOS LTDA (...) , pessoa jurídica de direito privado 
inscrita no CNPJ/MF(...) sob o n. (número)de inscrição (...), portadora do endereço eletrônico 
(email) (...), com na rua(...), nº (...), bairro (...), cidade GOIÂNIA (GO), por intermédio de 
seus advogada (os) DAYSE CRHISTIELLE DA SILVA AMARAL, CASADA, OAB 
(...),endereço eletrônico DAYSEKISS2006@HOTMAIL.COM com endereço comercial na 
RUA DOS ANGICOS QUADRA 174 LOTE 15 , BAIRRO PARQUE TREMENDÃO , 
CIDADE: GOIÂNIA , ESTADO: GOIÁS , que ao final subscreve (procuração em anexo). 
 
REQUERIMENTO DE TUTELA CAUTELAR ATECEDENTE INCIDENTE COM 
PEDIDO DE LIMINAR DE ARRESTO. 
 
Em face de PATO DONALD, (...) , estado civil ou existência de união estável(...) 
,profissão(...), número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (...), endereço 
eletrônico(...), residente e domiciliado na rua(...), nº (...), bairro (...), cidade (...), 
Estado (...). 
 
 
I-DOS FATOS 
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 Trata-se de ação ordinária condenatória, movida pela autor contra o réu , 
visando ao pagamento da quantia de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) a título de 
perdas e danos causados por má prestação de serviços, julgada procedente no juízo 
de 1º grau. 
 Irresignado, o réu recorreu da sentença, que aguarda distribuição neste 
tribunal. 
 Ocorre que, neste lapso temporal o réu pôs à venda os dois únicos imóveis 
desembaraçados de sua propriedade - um na cidade de um na cidade de Disney e 
outro na cidade de World com propósito de dilapidar seu patrimônio para furtar-se 
ao pagamento da indenização cominada na sentença. 
 
II- DO DIREITO. 
A) Da medida cautelar de arresto: 
Com o escopo de evitar a consumação da lesão de difícil ou impossível 
reparação, oriundo do pericolo di infruttuosità, isto é, o perigo da infrutuosidade, 
considerado como uma modalidade do periculumin mora, que torna apta a prestação 
da tutela jurisdicional, imprescindível será a apreensão dos bens do patrimônio da 
parte requerida, tantos quantos bastem para assegurar a efetividade da futura 
execução. Esta apreensão, de cunho cautelar, de bens é denominada de arresto. 
CPC - Lei nº 5.869 de 11 de Janeiro de 1973 
Institui o Código de Processo Civil . 
Art. 813. O arresto tem lugar: 
I - quando o devedor sem domicílio certo intenta ausentar-se ou alienar os 
bens que possui, ou deixa de pagar a obrigação no prazo estipulado; 
II - quando o devedor, que tem domicílio: 
a) se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente; 
b) caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens que possui; contrai ou 
tenta contrair dívidas extraordinárias; põe ou tenta pôr os seus bens em nome de 
terceiros; ou comete outro qualquer artifício fraudulento, a fim de frustrar a execução 
ou lesar credores; 
III - quando o devedor, que possui bens de raiz, intenta aliená-los, hipotecá-
los ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum ou alguns, livres e desembargados, 
equivalentes às dívidas; 
IV - nos demais casos expressos em lei. 
 
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Pelo motivo do CODIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015 não conceituar 
especificamente as ações cautelares, usa-se como referência o CODIGO DE 
PROCESSO CIVIL de 1973 cujo no seu artigo 796 diz: 
“Art. 796. O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal e 
deste e sempre dependente.”. 
No seu artigo 797 refere-se às causas excepcionais autorizadas por lei, para 
que o Juiz determine medidas cautelares sem a necessidade da audiência entre as 
parte, que se aplica ao caso, pois diante da situação a urgência faz jus a tal medida. 
Jurisprudências análogas: 
Diário de Justiça do Estado de São Paulo - 1 ano 
 Art. 797 do Código Processo Civil - Lei 5869/73 
Pg. 307. Judicial - 1ª Instância - Capital. Diário de Justiça do Estado de São Paulo DJSP de 
30/10/2017 
 
 Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul - 1 ano 
Art. 797 do Código Processo Civil - Lei 5869/73 
Inteiro Teor. Agravo de Instrumento: AI 70074261611 RS. 
 
Para a concessão do arresto é essencial a demonstração da 
verossimilhança do direito invocado, o que se consubstancia na sentença 
condenatória julgada procedente a favor do autor , tornando o credor do quantum 
determinado. Deste modo fica claro um dos requisitos fundamentais para a 
concessão do arresto. 
 
III – DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA EM CARÁTER 
ANTECEDENTE INCIDENTAL. 
 
 Fundamentalmente, deve-se observar que, por tratar-se de situação em que 
o perigo na demora para a concessão da tutela definitiva satisfativa pode ocasionar 
danos irreparáveis à parte autora, e ainda, demonstrada a robustez das provas, 
resta caracterizada a possibilidade do pleito da tutela de urgência satisfativa em 
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caráter antecedente, conforme o nosso novo Código de processo Civil brasileiro nos 
oportuna em seu art. 294, § único, in verbis: 
 
 Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em 
urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela provisória de 
urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter 
antecedente ou incidental. (grifo-meu) 
 
Digo-lhe incidental, pois já tramita nessa comarca processo referente à 
causa. 
 Dessa forma, observa-se que o novo Código Processual Civil estabeleceu 
alguns requisitos para que a tutela provisória de urgência satisfativa seja concedida, 
notadamente, a demonstração da probabilidade do direito e do perigo de dano ou 
ilícito. DIDIER JUNIOR (p. 595, 2015)[1] em magistral lição, versa sobre o requisito 
da probabilidade do direito, explicando que: A probabilidade do direito a ser 
provisoriamente satisfeito/realizado ou acautelado é a plausibilidade de existência 
desse mesmo direito. O bem conhecido fumus boni iuris (ou fumaça do bom direito). 
O magistrado precisa avaliar se há "elementos que evidenciem" a probabilidade de 
ter acontecido o que foi narrado e quais as chances de êxito do demandante (art. 
300, CPC). 
Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015 
Código de Processo Civil. 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que 
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao 
resultado útil do processo. (grifo meu) 
 
Periculum In Mora 
Traduz-se, literalmente, como “perigo na demora” 
 Visto que a ação do réu de disponibilizar a venda de seus imóveis para 
esquivar-se de sua obrigação de indenização ao autor mesmo após ter sido 
julgado procedente a condenação de indenização é ilegal e imoral deve ser 
amplamente pelo Poder Judiciário. O requerente receia grave lesão em seu 
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patrimônio e a ocorrência de dilapidação do patrimônio do requerido, não tendo este 
como pagar os danos causados. 
Não havendo a quitação da indenização haverá prejuízos não só materiais 
como também nos lucros cessantes, já que a empresa do requerente necessita 
“imediatamente refazer” o serviço prestado, para que a empresa volte a sua rotina 
normal, não causando maiores danos, pois o requerente agiu de boa fé quando 
contratou o requerido para realizar o trabalho. 
 
 
Fumus boni iuris. 
 
Estão presentes, na hipótese em tela, elementos que evidenciam a 
probabilidade do direito (requisito genérico das tutelas de urgência mencionado no 
art. 300 do CPC). 
Diz-se fumaça do bom direito: 
Fica evidenciado o direito do autor, já reconhecido em ação pelo juiz de 
primeiro grau com sentença favorável ao autor. 
No qual unicamente aguarda distribuição no tribunal. 
A tentativa de retardar o pagamento da indenização,através do recurso, 
para se desfizer de seus únicos bens para não pagar, é um indicativo que o 
requerido está agindo de má fé para prejudicar o autor. 
O requerente faz jus, portanto, a realizar o direito de receber a indenização a título 
de perdas e danos causados por má prestação de serviços. 
 
IV- DO PEDIDO LIMINAR 
 
Demonstrados os requisitos da probabilidade do direito e do perigo de dano, 
é imperiosa a concessão da tutela pleiteada. Ocorre, entretanto, que a situação em 
evidencia exige ainda maior celeridade na proteção do direito do requerente. 
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O art. 300, § 2º, do CPC estabelece que “a tutela de urgência pode ser concedida 
liminarmente ou após justificação prévia”. 
É evidente que no presente caso a tutela será prejudicada se ouvido o reu ; 
a espera pela citação ensejará demora e, nesse ínterim, o autor terá prejudicadas as 
contratações que precisa fazer nesse momento para refazer os serviços mal 
prestados, com o intuito de retomar as atividades normais da Empresa. 
Como se percebe pelo exposto a empresa da autora necessita 
emergencialmente do pagamento da indenização, para contratar nova empresa para 
refazer os serviços prestados pelo réu O requerente se disponibiliza, caso V. Exa. 
assim entenda, a prestar a caução mencionada no art. 300, § 1º, do CPC. 
 
V. DA TUTELA FINAL 
 
O requerente indica, nos termos do art. 303, § 6º, que pretende valer-se do 
benefício previsto no caput de tal dispositivo. 
Em atenção ao disposto no art. 303, § 1º, do CPC, informa ainda que, 
concedida a tutela antecipada irá, no prazo de 15 dias, aditar a petição inicial – 
complementando a argumentação e juntando novos documentos – para pedir a 
confirmação do pedido final de declaração de inexistência da relação jurídica (para 
desobriga-lo do pagamento devido cobrado), requerendo também danos materiais e 
morais no montante de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). 
 
VI. DO PEDIDO 
 
Diante de todo o exposto, requer o autor seja concedida liminarmente a 
antecipação de tutela cautelar para assegurar que seja possível a efetivação da 
indenização já julgada favorável, sendo expedida ordem judicial para tanto. 
 
Requer ainda: 
a) Que o réu seja intimado do deferimento da tutela antecipada dela recorrer, 
sob pena de sua estabilização; 
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b) Que, realizado o aditamento da petição inicial, o réu seja citado para 
comparecer à audiência de conciliação ou mediação, nos termos do art. 303, 
§ 1º, II, do CPC; 
c) A produção de provas em direito admitida, sem exceção, notadamente por 
prova oral. 
d) Dá-se à presente causa o valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). 
Termos em que Pede deferimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA_____________DE___________DE___________. 
________________________________________________________________ 
assinatura do advogado, OAB 
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