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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Carina G. C. Carvalho Rafael K. G. Otani EMPUXO Campo Grande - MS Março/ 2016 Carina G. C. Carvalho Rafael K. G. Otani EMPUXO Relatório apresentado como parte da disciplina de Laboratório de Física 1 ao Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob a avaliação do Prof. Dr. Valter Aragão do Nascimento Campo Grande - MS Março/2016 RESUMO Carina CARVALHO, Rafael OTANI. Empuxo. Campo Grande, 2016. [Relatório – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul] De forma experimental foram feitas medições de peso de um cilindro afim de se determinar a relação peso aparente – peso real = Empuxo (Princípio de Arquimedes) e a densidade do meio estudado. Foi possível verificar a confiabilidade do processo na prática utilizando material laboratorial adequado. Palavra-chave: densidade, peso aparente, peso real, Princípio de Arquimedes. LISTA DE TABELAS E FIGURAS Figura 1 – Relação Peso Aparente e Empuxo .........................................................p.1 Tabela 1 – Altura x Peso Aparente.......................................................................... p.4 Tabela 2 – Peso Aparente x Empuxo....................................................................... p.5 Tabela 3 – Valor da densidade pela equação 4 .......................................................p.6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1 OBJETIVO................................................................................................................... 3 CAUSUISTICA E MÉTODOS ...................................................................................... 3 RESULTADOS ............................................................................................................ 4 DISCUSSÃO ............................................................................................................... 7 CONCLUSÕES ........................................................................................................... 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 9 1 INTRODUÇÃO O empuxo é uma força física importante em nosso cotidiano e nos rodeia a todo momento e diz respeito à dinâmica entre fluidos e a superfície de todo e qualquer corpo nele envolvido, levando sempre em consideração as densidades do meio e do corpo. Como ocorre ao se entrar em uma piscina, em um balão solto no ar, um submarino submergindo entre tantos outros exemplos. Freedman & Young (2008) definem densidade como a massa por unidade de volume. Sua equação pode ser representada como: Onde d simboliza a densidade, m a massa de um determinado material e V seu volume. A densidade é importante para compreender a força de Empuxo pois as duas tem relação direta pela fórmula: Onde E simboliza o Empuxo, df a densidade do fluido, Vfd o volume do fluído deslocado e g a aceleração a gravidade. A força empuxo também pode ser encontrada pela relação Sendo o Peso Aparente a medida de peso de um corpo quando este está imerso em fluído. A figura a seguir representa esta relação. d = m/V E = df . Vfd . g LÍQUIDO P E P a Empuxo + Peso Aparente = Peso Real Equação 1 Equação 2 Equação 3 2 Essa relação é conhecida como Princípio de Arquimedes e conforme Hewitt (2002) é válida tanto para líquidos quanto para gases, que são ambos fluidos. Cunha (2012) enuncia o Princípio de Arquimedes como segue: Todo corpo total ou parcialmente imerso em um fluido em equilíbrio, na presença de um campo gravitacional, fica sob ação de uma força vertical ascendente aplicada pelo fluido; esta força é denominada empuxo E, e sua intensidade equivale ao peso do fluido deslocado pelo corpo, mas em sentido contrário. Sendo assim compreende-se o Empuxo como a força contrária a força Peso que age sobre um corpo de massa m envolto em um determinado fluído tendo mesma direção do peso aparente. Relacionando as três equações sopra citadas pode-se então medir a densidade do fluído no qual o objeto está envolto. Isolando a força empuxo na equação 3 temos que Empuxo = Peso Real – Peso Aparente. Utilizando esta igualdade na equação 2 e isolando a densidade obtemos a equação: Equação 4 df = Peso Real – Peso Aparente Vfd . g 3 OBJETIVO Verificar o Princípio de Arquimedes e medir a densidade de um líquido. CAUSUISTICA E MÉTODOS Material utilizado para o experimento: Cilindro plástico; Cilindro oco com volume interno igual ao do cilindro de plástico; Dinamômetro; Paquimetro; Béquer; e Suporte; Primeiramente os métodos objetivaram a verificação do Princípio de Arquimedes. Foi então que medimos o cilindro plástico com o dinamômetro e logo após mediu-se seu peso aparente ao inserirmos o cilindro completamente em líquido dentro do béquer. Agora estudando o cilindro oco medimos seu peso vazio e então seu peso com seu interior cheio de água. A segunda parte teve como objetivo a determinação da densidade do fluido líquido. Inicialmente medimos o diâmetro dos cilindros com o paquímetro. Com o dinamômetro montado em uma vareta horizontal com o gancho para baixo para que pudéssemos mergulhar o cilindro no béquer cheio de água e então determinar o empuxo. A posição inicial do cilindro foi logo a cima da superfície da água, o qual delimita a força de empuxo igual à zero. Mergulhamos o cilindro 10mm por vez medimos seu peso intervalo em cada intervalo até que o cilindro estivesse completamente coberto por água (100mm). Dessa forma pudemos obter os valores de Peso Aparente e observar o valor para o Empuxo a cada medida. 4 RESULTADOS Para as medições apontadas na metodologia segue aqui os resultados encontrados. O cilindro teve um Peso Real (Pr) medido de 0,92N e seu Peso Aparente (Pa) foi de 0,1N. Utilizando a equação 3 obtivemos o valor de Empuxo( E) pela subtração de Pr por Pa, resultando um valor de 0,82N. Para o cilindro oco o valore medido de seu peso vazio foi de 0,88N e cheio com água de 1,7N. A subtração destes valores resultou também em 0,82N confirmando o fato de que o espaço vazio do cilindro oco equivale ao valor do cilindro plástico. Para as medições da segunda parte do experimento obtivemos os valores para a altura (h) relacionada ao Peso Aparente (Pa), com segue: Tabela 1 – Altura x Peso Aparente Altura (mm) Peso Aparente (N) 10 0,84 20 0,80 30 0,70 40 0,60 50 0,52 60 0,44 70 0,36 80 0,30 90 0,20 100 0,10 Tendo os valores de Pa podemos utilizar a equação 3 para cada distinta altura e relacionar o valor de Empuxo, como segue: 5 Tabela 2 – Peso Aparente X Empuxo Peso Aparente (N) Empuxo 0,84 0,08 0,80 0,12 0,70 0,22 0,60 0,32 0,52 0,40 0,44 0,48 0,36 0,56 0,30 0,62 0,20 0,72 0,10 0,82 Sabendo então do valor de empuxo podemos agora calcular o valor da densidade para cada ponto medido pela equação 4. Paratal devemos considerar o valor para gravidade de 9,81 m/s² e calcular o valor da área transversal do cilindro que corresponderá ao Volume de fluido deslocado. Podemos encontrar o valor pela equação da área da seção transversal do cilindro: Onde A corresponde a área e r ao raio do cilindro. Com o paquímetro medimos o diâmetro do cilindro em 0,0318m. Logo o valor de área equivale a 7,9 x 10-4 m². Desta forma obtemos os valores de densidade ponto a ponto medido, tabelados a seguir. df = Peso Real – Peso Aparente Vfd . g A = π . r² Equação 5 6 Tabela 3 – Valor da densidade pela equação 4 Altura (10-3 m) Empuxo (N) Densidade água (10³ kg/m³ 00,0 0,00 0,00 10,0 0,08 1,03 20,0 0,12 0,774 30,0 0,22 0,947 40,0 0,32 1,03 50,0 0,40 1,03 60,0 0,48 1,03 70,0 0,56 1,03 80,0 0,62 1,00 90,0 0,72 1,03 100,0 0,82 1,05 Média das densidades = 0,995 Podemos encontrar experimentalmente o valor de 995 kg/m³ para a densidade da água valor muito próximo da densidade teórica da água, 1000 kg/m³. 7 DISCUSSÃO Os valores coletados e se mostraram precisos e ao se deduzir o valor da densidade da água a partir das equações descritas pudemos encontrar um valor muito próximo do real estipulado. Alguns dados não foram levados em consideração embora tenham efeito direto nos valores obtidos experimentalmente, é o caso da temperatura ambiente e também a temperatura da água. A temperatura tem influência na densidade, um exemplo é a água à temperatura ambiente e o gelo de água. Ainda assim todos os procedimentos mostraram-se fidedignos como a medição do volume do cilindro oco e do cilindro plástico e da densidade da água experimental e teórica. 8 CONCLUSÕES O experimento demonstrou com facilidade como podemos descobrir a densidade de um fluido. As medidas encontradas foram muito próximas do valor teórico, porém houve discrepância, ainda que mínima. Essa discrepância demostra que ocorreram erros durante a medição demonstrando as imperfeições que podem incorrer por uma variável ou uma combinação de diversas variáveis. Variáveis como o erro humano, a falta de calibração dos aparelhos, a falta de precisão dos aparelhos, a influência do ambiente, como a temperatura e inclinação do local. Com tudo foi possível verificar o Princípio de Arquimedes e sua funcionalidade, bem como um valor experimental de densidade muito próximo do valor teórico. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Barbosa, V. C. ; Breitshaft, A. M. S. Um aparato experimental para o estudo do princípio de Arquimedes. Revista Brasileira de Ensino de Física, Rio de Janeiro, v.28, n.1, p.115-122, 2006. Berbat, S. C. ; Santos, F. C.; Santos, W. M. S. Uma análise da flutuação dos corpos e o princípio de Arquimedes. Revista Brasileira de Ensino de Física, Rio de Janeiro, v.29, n.2, p.295-298, 2007. Cunha, F. G. C. Princípio de Arquimedes. Universidade Federal de Sergipe, Sergipe, 2012. Freedman, R. A.; Young, H. D. Física II: Termodinâmica e Ondas. Editora Pearson, São Paulo, 2008, 12ª ed. Hewitt, P. G. Física Conceitual. Editora Bookman, Porto Alegre, 2009, 9ªed.
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