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2019_1 - TOMO CC INTEGRADA - Material Aluno (1)

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Prévia do material em texto

Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
MATERIAL INSTRUCIONAL DE APOIO 
PARA A DISCIPLINA DE 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA 
 
 
MATERIAL ALUNO 
 
 
2019/1 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
2 
 
CQA/UNIP – Comissão de Qualificação e Avaliação da UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
MATERIAL INSTRUCIONAL DE APOIO PARA A DISCIPLINA DE 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA 
 
 
 
Christiane Mazur Doi 
Doutora em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Mestra em Ciências - 
Tecnologia Nuclear, Engenheira Química e Licenciada em Matemática, com 
Aperfeiçoamento em Tópicos de Estatística. Professora titular da Universidade 
Paulista. 
 
Maria José Teixeira 
Mestra em Ciências Contábeis e Bacharela em Ciências Contábeis. Professora 
adjunta e Coordenadora Geral Técnica do curso de Ciências Contábeis da 
Universidade Paulista. 
 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
3 
ÍNDICE REMISSIVO 
 
Questão 1 
Contabilidade comercial. Critérios de custeio. Custo das mercadorias 
vendidas. 
Questão 2 Contabilidade comercial. Inventário Permanente. Questão Auxiliar. 
Questão 3 Contabilidade comercial. Inventário Permanente. Questão Auxiliar. 
Questão 4 Contabilidade intermediária. Estrutura do Balanço Patrimonial (BP). 
Questão 5 
Contabilidade intermediária. Demonstração do Resultado Abrangente 
(DRA). 
Questão 6 
Contabilidade intermediária. Demonstração de Resultado do Exercício 
(DRE). Questão Auxiliar. 
Questão 7 Contabilidade intermediária. Dedução da Receita. Questão Auxiliar. 
Questão 8 Planejamento contábil tributário. Lucro presumido. 
Questão 9 Planejamento contábil tributário. Lucro presumido. Questão Auxiliar 
Questão 10 Planejamento contábil tributário. Lucro Real. Questão Auxiliar 
Questão 11 Contabilidade de custos. Custeio por absorção. 
Questão 12 Contabilidade de custos. Contabilidade gerencial. Margem de contribuição. 
Questão 13 
Preços e custos. Formação do preço de venda com base nos custos e com 
base na concorrência e clientes. 
Questão 14 
Contabilidade societária. Avaliação de investimentos pelo Método da 
Equivalência Patrimonial. 
Questão 15 
Contabilidade societária. Avaliação de investimentos pelo Método da 
Equivalência Patrimonial Questão Auxiliar 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
4 
Questão 16 
Contabilidade societária. Avaliação de investimentos pelo Método da 
Equivalência Patrimonial Questão Auxiliar. 
Questão 17 Controladoria e orçamentos. Orçamento de vendas. 
Questão 18 Controladoria e orçamentos. Tipos de Orçamento. Questão Auxiliar. 
Questão 19 Controladoria e orçamentos. Orçamento Empresarial. Questão Auxiliar. 
Questão 20 Contabilidade Empresarial. Folha de pagamento. Verbas rescisórias. 
Questão 21 Contabilidade Empresarial. Desconto de Duplicatas. Questão Auxiliar. 
Questão 22 Contabilidade Empresarial. Folha de Pagamento. Questão Auxiliar. 
Questão 23 
Normas Internacionais de Contabilidade. Estrutura Conceitual para 
Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. 
Questão 24 
Normas Internacionais de Contabilidade. Estrutura Conceitual para 
Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. 
Questão 25 Normas Internacionais de Contabilidade. Teoria da Contabilidade. 
Questão 26 Normas Internacionais de Contabilidade. Princípios de Contabilidade. 
Questão 27 Normas Internacionais de Contabilidade. Ajuste a Valor Presente. 
Questão 28 Perícia. Avaliação. Arbitragem. Planejamento da Perícia Contábil. 
Questão 29 
Perícia. Avaliação. Arbitragem. Procedimento em Perícia Contábil. Questão 
Auxiliar. 
Questão 30 
Perícia. Avaliação. Arbitragem. Planejamento da Perícia Contábil Questão 
Auxiliar. 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
5 
Questão 1 
Questão 1.1 
No quadro a seguir, estão demonstradas operações com mercadorias de determinada 
empresa. 
 
Data Descrição Quantidade Valor unitário 
2/4/2015 Compras 60 R$1,50 
7/4/2015 Compras 90 R$1,80 
25/4/2015 Vendas ? ? 
 
Após o inventário físico, realizado em 30/4/2015, verificou-se não ter havido quebra ou perda 
na movimentação. Observou-se que o saldo final correspondia a 20% do saldo de compras e 
que o preço unitário de venda do produto havia sido de R$2,00. A empresa utilizou, para a 
avaliação de estoque, o critério denominado Custo Médio. Nessa situação, o saldo da conta 
Estoque e o Custo da Mercadoria Vendida (CMV), em 30/4/2015, são, respectivamente, de 
A. R$50,40 e R$162,00. 
B. R$50,40 e R$201,60. 
C. R$90,00 e R$50,40. 
D. R$162,00 e R$90,00. 
E. R$162,00 e R$201,60. 
 
1. Introdução teórica 
 
1.1. Aspectos gerais dos estoques 
 
Conforme ensinam Santos et al (2015), as normas relativas aos estoques constam no 
pronunciamento técnico CPC 16 (R1), que, além de estabelecer o tratamento contábil para os 
estoques, orienta sobre a determinação do valor de seu custo e seu subsequente 
reconhecimento como despesa no resultado do período. 
Os estoques compreendem bens adquiridos e destinados à venda, produtos acabados 
e produtos em processo de produção pela empresa. Também incluem matérias-primas e 
materiais que aguardam utilização no processo de produção. 
O valor de custo do estoque deve considerar o preço de compra, os impostos de 
importação e demais tributos não recuperáveis, os custos de transporte, o seguro, o manuseio 
e outros gastos necessários para deixar o estoque em condições de uso ou de revenda. 
 
1Questão 13 – Enade 2015. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
6 
No que se refere à mensuração dos estoques, o item 9 do CPC 16 (R1) determina que 
os estoques devem ser avaliados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, o menor 
dos dois. 
Considera-se valor realizável líquido o preço de venda estimado no curso normal dos 
negócios, deduzidos os custos estimados para a sua conclusão e os gastos estimados 
necessários para se concretizar a venda. 
 
1.2. Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 
 
O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) representa a soma dos gastos incorridos para 
comprar, armazenar e comercializar determinada mercadoria até que ela seja vendida e se 
transforme em receita para a empresa. 
 Todas as vendas têm custos. A mercadoria adquirida por uma loja comercial provoca 
gastos que se transformam em custos no momento do reconhecimento da receita. 
 A apuração do CMV está diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois 
representa a baixa efetuada nos estoques por vendas realizadas no período. O CMV é, 
portanto, composto pelos valores de todas as saídas do estoque. 
 
1.3. Controle dos estoques 
 
Existem dois sistemas para controlar contabilmente o valor dos estoques: o inventário 
periódico e o inventário permanente. 
No inventário periódico, a empresa não controla o custo dos seus estoques a cada 
compra ou venda. No momento em que se deseja conhecer o resultado com mercadorias, 
utiliza-se a equação do custo das mercadorias vendidas (CMV). 
 
CMV Estoque Inicial Compras Estoque Final= + − 
 
No inventário permanente, há controle contínuo das entradas e das saídas de 
mercadorias (em quantidade e valores), de modo que a posição dos estoques e o custo das 
mercadorias vendidas estejam sempre atualizados e disponíveis. 
O controle contínuo dos estoques pode ser feito por diversos critérios, sendo que os 
principais e mais frequentemente utilizados são os que seguem. 
• Primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS) ou first in, first out (FIFO). 
• Último a entrar, primeiro a sair (UEPS) ou last in, first out (LIFO). 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
7 
• Custo médio ponderado. 
• Custo específico ou identificado. 
Nos termos do item 25 do CPC 16 (R1), o custo dos estoques, que não pode ser 
valorado pelo critério do custo específicoou identificado, deve ser atribuído pelo uso do PEPS 
ou pelo uso do custo médio ponderado. 
O critério PEPS pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou produzidos 
primeiro sejam vendidos em primeiro lugar, e, consequentemente, os itens que 
permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados ou 
produzidos. 
Pelo critério do custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado a partir 
da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo dos 
mesmos itens comprados ou produzidos durante o período. 
Pelo fato de, no método UEPS, os estoques ficarem subavaliados e, consequentemente, 
o lucro tributável ficar reduzido, tanto a legislação fiscal quanto o CPC 16 (R1) não permitem 
que os estoques sejam avaliados por esse método. 
 
2. Indicações bibliográficas 
 
• COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 16 
(R1): Estoques. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/ 
243_CPC_16_R1_rev%2003%20(2).pdf>. Acesso em 03 mar. 2016. 
• SANTOS, J. L. et al. Manual de práticas contábeis: aspectos societários e tributários. São 
Paulo: Atlas, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
8 
Questão 2 
Questão 2 (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Técnico Tributário da 
Receita Estadual - Prova 2) 
 
 
Se sua empresa comprar uma caneta por R$ 1,20 e, em seguida, comprar outra caneta (de 
mesma marca e cor) por R$ 1,40 e, posteriormente, vender uma das canetas por R$ 3,00, 
seu lucro bruto será de 
A. R$ 1,50, se seu estoque for avaliado pelo método do Preço Específico. 
B. R$ 1,60, se seu estoque for avaliado pelo método PEPS (as primeiras a entrar são as 
primeiras a sair). 
C. R$ 1,70, se seu estoque for avaliado pelo método Preço Médio Ponderado, conhecido por 
Custo Médio. 
D. R$ 1,80, se seu estoque for avaliado pelo método UEPS (as últimas a entrar são as 
primeiras a sair). 
 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/sefaz-rs
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2018-sefaz-rs-tecnico-tributario-da-receita-estadual-prova-2
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2018-sefaz-rs-tecnico-tributario-da-receita-estadual-prova-2
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
9 
Questão 3 
Questão 3 (Ano: 2018 Banca: UFRR Órgão: UFRR Prova: UFRR - 2018 - UFRR - Técnico em Contabilidade) 
 
Determinada empresa realizou, no mês de agosto, as seguintes operações com mercadorias: 
 
- Dia 8: compra de 500 unidades a R$ 5 cada uma; 
- Dia 15: Venda de 200 unidades a R$ 10 cada uma; 
- Dia 19: Compra de 1000 unidades a R$ 7 cada uma; 
- Dia 22: Venda de 700 unidades no total de R$ 7.000. 
 
Sabendo que a empresa não apresentava estoque inicial e desconsiderando a incidência de 
impostos sobre as vendas, o Custo da Mercadoria Vendida no mês de agosto, pelo método 
PEPS foi igual a: 
A. 5.000,00 
B. 5.300,00 
C. 5.500,00 
D. 9.300,00 
E. 9.500,00 
 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ufrr
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/ufrr
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ufrr-2018-ufrr-tecnico-em-contabilidade
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
10 
Questão 4 
Questão 4.2 
Uma sociedade empresarial apresentou os dados a seguir, referentes ao seu Balanço 
Patrimonial em 31/12/2014. 
 
Contas 
Saldos em 
31/12/2014 (R$) 
Obras de arte 15.000,00 
Móveis e utensílios 25.000,00 
Assinaturas e anuidades a apropriar 1.500,00 
Mercadorias para revenda 26.000,00 
Bancos c/ movimento 9.300,00 
Móveis e utensílios – depreciação 2.500,00 
Duplicatas a receber (para recebimento em 6 meses) 50.000,00 
Empréstimos para sócios 7.500,00 
Ajuste a valor presente de duplicatas a receber (para recebimento em 14 meses) 22.000,00 
Duplicatas a receber (para recebimento em 14 meses) 100.000,00 
Direitos autorais 5.100,00 
Instrumentos financeiros para negociação imediata 10.000,00 
 
Com base nos dados apresentados, conclui-se que o valor do Ativo Não Circulante em 
31/12/2014 foi de 
A. R$120.600,00. 
B. R$128.100,00. 
C. R$138.100,00. 
D. R$172.100,00. 
E. R$182.100,00. 
 
1. Introdução teórica 
 
Estrutura do Balanço Patrimonial (BP) 
 
O Balanço Patrimonial (BP) é uma demonstração contábil que evidencia os ativos, os 
passivos e o patrimônio líquido da entidade. 
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) – Apresentação das 
Demonstrações Contábeis –, item 54, o Balanço Patrimonial deve apresentar, respeitada a 
legislação, as seguintes contas: 
 
2Questão 16 – Enade 2015. 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
11 
 
(a) caixa e equivalentes de caixa; 
(b) clientes e outros recebíveis; 
(c) estoques; 
(d) ativos financeiros (exceto os mencionados nas alíneas “a”, “b” e “g”); 
(e) total de ativos classificados como disponíveis para venda (Pronunciamento 
Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração) e 
ativos à disposição para venda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 
31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada; 
(f) ativos biológicos dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 29 
(alterada pela Revisão CPC 08); 
(g) investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial; 
(h) propriedades para investimento; 
(i) imobilizado; 
(j) intangível; 
(k) contas a pagar comerciais e outras; 
(l) provisões; 
(m) obrigações financeiras (exceto as referidas nas alíneas “k” e “l”); 
(n) obrigações e ativos relativos à tributação corrente, conforme definido no 
Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro; 
(o) impostos diferidos ativos e passivos, como definido no Pronunciamento 
Técnico CPC 32; 
(p) obrigações associadas a ativos à disposição para venda de acordo com o 
Pronunciamento Técnico CPC 31; 
(q) participação de não controladores apresentada de forma destacada dentro 
do patrimônio líquido; 
(r) capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis aos proprietários 
da entidade. 
 
Os ativos são recursos controlados pela empresa como resultado de eventos passados 
e dos quais se espera que fluam benefícios econômicos futuros para a empresa. Em outras 
palavras, os ativos compreendem os bens e os direitos da empresa. 
 A entidade deve apresentar ativos circulantes, ativos não circulantes, passivos 
circulantes e passivos não circulantes como grupos separados de contas no balanço 
patrimonial, exceto quando uma apresentação baseada na liquidez proporcionar informação 
confiável e mais relevante (CPC 26, item 60). 
 O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer um dos 
seguintes critérios: 
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso 
normal do ciclo operacional da entidade; 
(b) espera-se que seja mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; 
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou 
(d) espera-se que seja caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca e/ou seu uso 
para liquidação de passivo se encontrem vedados durante pelo menos doze meses após a 
data do balanço. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
12 
 Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. 
Ainda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das 
Demonstrações Contábeis –, item 67, utiliza-se a expressão “não circulante” para incluir ativos 
tangíveis, ativos intangíveis e ativos financeiros de natureza de longo prazo. Não se proíbe o 
uso de descrições alternativas desde que seu sentido seja claro. 
O ativo não circulante divide-se em realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado 
e intangível.De acordo com o disposto no Art. 179 da Lei Nº 6.404/76, as contas serão classificadas 
do modo a seguir. 
 
I - No ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do 
exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do 
exercício seguinte. 
II - No ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do 
exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou 
empréstimos a sociedades coligadas ou contratadas (Art. 243), diretores, 
acionistas ou participantes da companhia, que não constituírem negócios 
usuais na exploração do objeto da companhia. 
III – Em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e 
os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que 
não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. 
IV – No ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou 
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que 
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens (redação 
dada pela Lei Nº 11.638 de 2007). 
VI – No intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos 
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, 
inclusive o fundo de comércio adquirido (incluído pela Lei Nº 11.638 de 2007). 
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver 
duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou no longo 
prazo terá por base o prazo desse ciclo. 
 
2. Indicações bibliográficas 
 
• BRASIL. Lei Nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. 
Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso 
em 08 set. 2016. 
• COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC. Pronunciamento Técnico CPC 26 – 
Apresentação das Demonstrações Contábeis. Disponível em <http://static.cpc. 
mediagroup.com.br/Documentos/312_CPC_26_R1_rev%2008.pdf>. Acesso em 24 fev. 
2016. 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
13 
Questão 5 
Questão 5.3 
Uma empresa está atenta às mudanças que estão ocorrendo na contabilidade em razão da 
internacionalização das suas normas. Assim, objetivando estruturar a Demonstração do 
Resultado Abrangente (DRA), a empresa disponibilizou os dados a seguir referentes ao ano 
de 2014. 
 
Lucro Antes do Resultado Financeiro R$37.800,00 
Despesas com Vendas R$75.000,00 
Perdas Derivadas da Conversão de Demonstrações Contábeis de Operações no Exterior R$6.000,00 
Custo das Mercadorias Vendidas R$337.500,00 
Lucro Líquido do Exercício R$24.300,00 
Receita de Vendas de Mercadorias R$750.000,00 
Ganhos na Remensuração de Ativos Financeiros Disponíveis para Venda R$20.000,00 
Tributos sobre os Ganhos na Remensuração de Ativos Financeiros Disponíveis para Venda R$6.800,00 
Lucro Bruto R$186.300,00 
 
Com base nos dados acima e no que define a NBC TG 26 (R2) acerca da apresentação das 
Demonstrações Contábeis, faça o que se pede nos itens a seguir. 
a) Explique a finalidade da DRA. 
b) Com base na DRA da empresa, elaborada a partir dos dados fornecidos para o exercício 
findo em 31/12/2014, determine: 
• o valor dos outros resultados abrangentes; 
• o valor do resultado abrangente do período. 
 
1. Introdução teórica 
 
Aspectos gerais da Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) 
 
A obrigatoriedade da apresentação da Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) 
foi instituída pelo Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações 
Contábeis, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade de acordo com a Norma Brasileira 
de Contabilidade Técnica Geral – NBC TG 26 (R5), publicada no D.O.U. de 22/12/2017. 
De acordo com a referida Norma, Resultado Abrangente é a mutação que ocorre no 
patrimônio líquido durante um período e que resulta de transações e de eventos não derivados 
de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários. Compreende itens de receita 
 
3Questão Discursiva 4 – Enade 2015 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
14 
e despesa (incluindo ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na Demonstração 
do Resultado do Exercícios (DRE) como requerido ou permitido pelas normas, pelas 
interpretações e pelos comunicados técnicos emitidos pelo CFC. 
De acordo com o item 7 da NBC TG 26 (R1), os componentes dos outros resultados 
abrangentes incluem: 
 
• variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente (ver 
NBC TG 27 – Ativo Imobilizado e a NBC TG 04 – Ativo Intangível); 
• ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido 
reconhecidos conforme item 93A da NBC TG 33 – Benefícios a 
Empregados; 
• ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de 
operações no exterior (ver a NBC TG 02 – Efeitos das Mudanças nas 
Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis); 
• ganhos e perdas resultantes de investimentos em instrumentos 
patrimoniais designados ao valor justo por meio de outros resultados 
abrangentes, de acordo com o item 5.7.5 da NBC TG 48 – Instrumentos 
Financeiros (alterada pela NBC TG 26 (R5)); 
• ganhos e perdas em ativos financeiros mensurados ao valor justo por 
meio de outros resultados abrangentes, de acordo com o item 4.1.2 
da NBC TG 48; (incluída pela NBC TG 26 (R5)); 
• parcela efetiva de ganhos e perdas de instrumentos de hedge em 
operação de hedge de fluxo de caixa e os ganhos e perdas em 
instrumentos de hedge que protegem investimentos em instrumentos 
patrimoniais mensurados ao valor justo por meio de outros resultados 
abrangentes, de acordo com o item 5.7.5 da NBC TG 48 (ver Capítulo 
6 da NBC TG 48) (alterada pela NBC TG 26 (R5)); 
• para passivos específicos designados como ao valor justo por meio 
do resultado, o valor da alteração no valor justo que for atribuível a 
alterações no risco de crédito do passivo (ver item 5.7.7 da NBC TG 
48) (incluída pela NBC TG 26 (R5)); 
• alteração no valor temporal de opções quando separar o valor 
intrínseco e o valor temporal do contrato de opção e designar como 
instrumento de hedge somente as alterações no valor intrínseco (ver 
Capítulo 6 da NBC TG 48) (incluída pela NBC TG 26 (R5)); 
• alteração no valor dos elementos a termo de contratos a termo ao 
separar o elemento a termo e o elemento à vista de contrato a termo 
e designar, como instrumento de hedge, somente as alterações no 
elemento à vista, e alterações no valor do spread com base na moeda 
estrangeira de instrumento financeiro ao excluí-lo da designação 
desse instrumento financeiro como instrumento de hedge (ver 
Capítulo 6 da NBC TG 48) (incluída pela NBC TG 26 (R5)). 
 
A DRA deve, portanto, reconhecer todas as receitas e as despesas que não transitam 
pela DRE e que são reconhecidas diretamente em contas do patrimônio líquido. 
Para Martins et al (2013), a DRA, pelas normas internacionais, pode ser apresentada 
como continuidade da DRE, mas, no Brasil, o CPC determinou que seja realizada como um 
relatório à parte. 
Os itens 10A e 10B da norma afirmam o que segue. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
15 
 
10A. A entidade pode, se permitido legalmente, apresentar uma única 
demonstração do resultado do período e outros resultados abrangentes, com 
a demonstração do resultado e outros resultados abrangentes apresentados 
em duas seções. As seções devem ser apresentadas juntas, com o resultado 
do período apresentado em primeiro lugar seguido pela seção de outros 
resultados abrangentes. A entidade pode apresentar a demonstração do 
resultado como uma demonstração separada. Nesse caso, a demonstração 
separada do resultado do período precederá imediatamente a demonstração 
que apresenta o resultado abrangente, que se inicia com o resultado do período 
(incluído pela NBC TG 26 (R1). 
10B. Quandoda aprovação desta norma, a legislação societária brasileira 
requer que seja apresentada a demonstração do resultado do período como 
uma seção separada (incluído pela NBC TG 26 (R1)). 
 
Ainda de acordo com a NBC TG 26 (R5), item 81A, a demonstração do resultado e a 
demonstração de outros resultados abrangentes devem apresentar, além das seções da 
demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes, 
 
(a) o total do resultado (do período); 
(b) o total de outros resultados abrangentes; 
(c) o resultado abrangente do período, sendo o total do resultado e de outros 
resultados abrangentes. 
 
O item 81B determina que a entidade deve apresentar, além da demonstração do 
resultado e de outros resultados abrangentes, como alocação da demonstração do resultado 
e de outros resultados abrangentes do período, os itens a seguir. 
 
a) Resultado do período atribuível a: (i) participação de não controladores, 
e (ii) sócios da controladora. 
b) Resultado abrangente atribuível a (i) participação de não controladores, 
e (ii) sócios da controladora. 
 
Outra obrigatoriedade, na apresentação da DRA, é a divulgação do efeito tributário 
relativo a cada componente dos outros resultados abrangentes na própria demonstração do 
resultado abrangente ou em notas explicativas. 
Como as demais demonstrações contábeis, a DRA tem a finalidade de apresentar 
informações úteis para apoiar o processo decisório quanto ao desempenho da entidade. O 
objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre a posição patrimonial e 
financeira, sobre o desempenho e sobre os fluxos de caixa da entidade que sejam úteis a um 
grande número de usuários com a finalidade de ajudá-los em suas avaliações e decisões. 
 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
16 
2. Indicações bibliográficas 
 
• CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – NBC TG 26 (R5). Apresentação das 
Demonstrações Contábeis. Disponível em <http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/ 
detalhes_sre.aspx?Codigo=2017/NBCTG26(R5)&arquivo=NBCTG26(R5).doc>. Acesso em 
26 abr. 2018. 
• MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
17 
Questão 6 
 
Questão 6 (Ano: 2017 Banca: Colégio Pedro II Órgão: Colégio Pedro II Prova: Colégio Pedro II - 2017 - Colégio 
Pedro II - Contador) 
Utilizando os dados a seguir, responda à questão. 
 
Com base no Balancete da Empresa Ser Feliz S.A., indique, respectivamente, os totais do 
Passivo, do Patrimônio Líquido e do Lucro Líquido do Exercício. 
A. R$ 86,870,00 – R$ 567,880,00 – R$ 10.490,00 
B. R$ 91.460,00 – R$ 86.870,00 – R$ 659.240,00 
C. R$ 91.460,00 – R$ 567,880,00 – R$ 10.490,00 
D. $ 86.870,00 – R$ 567,880,00 – R$ 7.590,00 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/colegio-pedro-ii
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/colegio-pedro-ii
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/colegio-pedro-ii-2017-colegio-pedro-ii-contador
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/colegio-pedro-ii-2017-colegio-pedro-ii-contador
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18 
Questão 7 
 
Questão 7 (Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Prova: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Analista de Suporte 
à Pesquisa Ciências Contábeis) 
Com base nas informações a seguir, responda à questão. 
O balancete de verificação da Companhia ABC, levantado ao final do último exercício social, 
apresentou, dentre outras, as seguintes contas e respectivos saldos, em reais: 
Compras de mercadorias 1.700,00 
Despesas com vendas 130,00 
Descontos financeiros recebidos 100,00 
Devolução de compras 300,00 
Estoque inicial 150,00 
ICMS sobre compras 180,00 
ICMS sobre vendas 270,00 
Vendas de mercadorias 1.500,00 
Vendas canceladas 400,00 
 
O inventário físico de mercadorias, na mesma época, somou R$ 950,00. 
As deduções da receita operacional bruta totalizaram 
A. R$ 630,00. 
B. R$ 760,00. 
C. R$ 590,00. 
D. R$ 670,00. 
 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/uece-cev
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/funceme
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/uece-cev-2018-funceme-analista-de-suporte-a-pesquisa-ciencias-contabeis
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/uece-cev-2018-funceme-analista-de-suporte-a-pesquisa-ciencias-contabeis
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19 
Questão 8 
 
Questão 8.4 
 
Uma empresa optou pelo desconto do imposto de renda com base no lucro presumido no 
primeiro trimestre de 2015. Da escrituração contábil, foram extraídas as informações a seguir. 
Receita Bruta de Vendas de Mercadorias R$500.000,00 
Receita Bruta de Serviços R$100.000,00 
Juros Ativos R$10.000,00 
Juros Passivos R$20.000,00 
 
Sabendo-se que os índices utilizados para o cálculo do lucro presumido são de 8% sobre a 
venda de mercadorias e de 32% sobre a prestação de serviços, o valor da base de cálculo do 
lucro presumido é de 
A. R$102.000,00. 
B. R$92.000,00. 
C. R$82.000,00. 
D. R$72.000,00. 
E. R$62.000,00. 
 
1. Introdução teórica 
 
1.1. Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) 
 
São contribuintes e, portanto, estão sujeitos ao pagamento do IRPJ, as pessoas 
jurídicas e as pessoas físicas a ela equiparadas, domiciliadas no país. Elas 
devem apurar o IRPJ com base no lucro, que pode ser real, presumido ou 
arbitrado. A alíquota do IRPJ é de 15% (quinze por cento) sobre o lucro 
apurado, com adicional de 10% (dez por cento) sobre a parcela do lucro que 
exceder R$20.000,00/mês (RECEITA FEDERAL, 2016). 
 
1.1.1. Lucro real 
 
Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões 
ou compensações prescritas ou autorizadas pelo Decreto N° 3.000, de 26 de março de 1999, 
denominado Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99). 
 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
20 
As adições referem-se às despesas contabilizadas pela empresa, mas que não são 
consideradas dedutíveis na determinação do lucro real pelo RIR/99, a exemplo das multas por 
infrações fiscais. 
As exclusões são valores que a lei permite subtrair da base de cálculo do tributo, como, 
por exemplo, os dividendos obtidos de investimentos em ações de outras empresas avaliadas 
pelo custo de aquisição. 
As compensações, por sua vez, referem-se ao prejuízo fiscal apurado em períodos de 
apuração anteriores, limitado a 30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas adições 
e exclusões, desde que a pessoa jurídica mantenha os livros e os documentos exigidos pela 
legislação fiscal. 
De acordo com o Art. 246 do RIR/99, alterado pelo Art. 7º da Lei Nº 12.814/13, estão 
obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: 
 
I – cuja receita total, no ano-calendário anterior, tenha sido superior a 
R$78.000.000,00 ou ao limite proporcional de R$6.500.000,00 multiplicados 
pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior 
a 12 meses; 
II – cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, 
bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, 
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades 
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e 
valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de 
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de 
previdência privada aberta; 
III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do 
exterior; 
IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscaisrelativos à isenção ou redução do imposto; 
V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal 
pelo regime de estimativa, na forma do Art. 222; 
VI – que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços 
de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, 
administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios 
resultante de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); 
VII – que explorem atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e 
construção de imóveis, enquanto não concluídas as operações imobiliárias para 
as quais haja registro de custo orçado (IN SR Nº 25/1999); 
VIII – que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, 
financeiros e do agronegócio. 
 
1.1.2. Lucro presumido 
 
Segundo Fabretti (2015), o lucro presumido é um conceito tributário que tem a 
finalidade de facilitar o pagamento do IRPJ, sem a necessidade de se recorrer à complexa 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
21 
apuração do lucro real. Assim, as pessoas jurídicas não obrigadas à apuração do lucro real 
poderão optar pela apuração do imposto trimestral com base no lucro presumido. 
A base de cálculo do IRPJ no lucro presumido é apurada por meio da aplicação de um 
percentual definido pela legislação vigente sobre a receita bruta auferida. Esse percentual 
varia de acordo com a atividade exercida pela empresa. Diferentes receitas devem ser 
segregadas de modo que os percentuais sejam aplicados conforme a natureza de cada uma. 
Por exemplo, sobre as vendas de mercadorias ou produtos, exceto revenda de 
combustíveis, a empresa deve aplicar o percentual de 8%; sobre os serviços em geral, para 
os quais não esteja previsto percentual específico, a empresa deve aplicar o percentual de 
32%. 
De acordo com o Art. 519, §1º do RIR/99, os percentuais a serem aplicados sobre as 
atividades geradoras da receita são os constantes no quadro 1. 
 
Quadro 1. Atividades geradoras de receita. 
Atividades geradoras da receita 
Percentual 
aplicado 
• Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico 
carburante e gás natural. 
1,6% 
• Venda de mercadoria ou produto (exceto revenda de combustíveis). 
• Transporte de cargas. 
• Serviços hospitalares. 
• Atividade rural. 
• Industrialização com materiais fornecidos pelo contratante. 
• Construção por empreitada com emprego de materiais próprios. 
• Quaisquer outras atividades (exceto prestação de serviços) para as quais não 
haja percentual específico. 
8% 
• Serviço de transporte, exceto o serviço de carga. 
• Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedade civil de profissão 
regulamentada, cuja receita bruta anual não seja superior a R$120.000,00). 
16% 
• Serviços em geral, exceto os serviços hospitalares. 
• Intermediação de negócios. 
• Administração, locação ou cessão de bens, imóveis, móveis e direitos de 
qualquer natureza. 
32% 
 
Ao valor resultante da aplicação do percentual sobre a receita bruta, devem ser 
acrescidos os ganhos de capital e as demais receitas não abrangidas na receita bruta mensal, 
a exemplo dos: 
• rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de operações 
financeiras de renda variável; 
• juros sobre o capital próprio pago por outras pessoas jurídicas; 
• ganhos de capital na venda de bens do ativo fixo; 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
22 
• juros calculados pela taxa Selic, inclusive sobre impostos e contribuições pagos 
indevidamente ou a maior que o devido, a serem restituídos ou compensados. 
 
1.1.3. Lucro arbitrado 
 
A empresa sujeita à tributação com base no lucro real que não mantiver escrituração 
na forma das leis comerciais e fiscais ou que deixar de elaborar suas demonstrações 
financeiras poderá, quando conhecida a receita bruta, efetuar o pagamento do IRPJ com base 
no lucro arbitrado. 
A apuração da base de cálculo do lucro arbitrado apresenta regras semelhantes às 
aplicadas ao lucro presumido, levando-se em consideração, entretanto, os percentuais do 
quadro 2. 
 
Quadro 2. Percentual aplicado conforme as atividades geradoras de receita. 
Atividades geradoras da receita 
Percentual 
aplicado 
• Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico 
carburante e gás natural. 
1,92% 
• Venda de mercadoria ou produto (exceto revenda de combustíveis). 
• Transporte de cargas. 
• Serviços hospitalares. 
• Atividade rural. 
• Industrialização com materiais fornecidos pelo contratante. 
• Construção por empreitada com emprego de materiais próprios. 
• Quaisquer outras atividades (exceto prestação de serviços) para as quais não 
haja percentual específico. 
9,6% 
• Serviço de transporte, exceto o serviço de carga. 
• Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedade civil de profissão 
regulamentada, cuja receita bruta anual não seja superior a R$120.000,00). 
19,2% 
• Serviços em geral, exceto os serviços hospitalares. 
• Intermediação de negócios. 
• Administração, locação ou cessão de bens, imóveis, móveis e direitos de qualquer 
natureza. 
38,4% 
 
Conforme o Art. 526 do RIR/99, para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá 
deduzir do imposto devido no período de apuração o imposto pago ou retido na fonte sobre 
as receitas que integraram a base de cálculo. 
 
 
 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
23 
2. Indicações bibliográficas 
 
• BRASIL. Secretaria da Receita Federal do Brasil. Imposto sobre a renda das pessoas 
jurídicas. Disponível em <http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/IRPJ>. 
Acesso em 17 abr. 2016. 
• ______. Decreto Nº 3.000, de 26 de março de 1999. Regulamenta a tributação, 
fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de 
Qualquer Natureza. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/ 
d3000.htm>. Acesso em 15 abr. 2016. 
• _______. Lei Nº 12.814, de 16 de maio de 2013. Altera a Legislação Tributária Federal. 
Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/ 
L12814.htm>. Acesso em 15 abr. 2016. 
• FABRETTI, L. C. Contabilidade tributária. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
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24 
Questão 9 
 
Questão 9 (Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: EMPLASA Prova: VUNESP - 2014 - EMPLASA - Analista Administrativo 
- Ciências Contábeis) 
 
Uma empresa prestadora de serviços tributada pelo lucro presumido atingiu no segundo 
trimestre de 2013 as seguintes receitas: 
 
Abril R$ 1.500.000,00 
Maio R$ 1.300.000,00 
Junho R$ 1.450.000,00 
 
O valor do Adicional de Imposto de Renda é de R$ 
A. 11.000,00. 
B. 28.000,00. 
C. 62.000,00. 
D. 130.000,00. 
E. 164.000,00. 
 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/vunesp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/emplasa
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2014-emplasa-analista-administrativo-ciencias-contabeis
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2014-emplasa-analista-administrativo-ciencias-contabeis
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25 
Questão 10 
 
Questão 10 (Ano: 2018 Banca: CS-UFG Órgão: SANEAGO - GO Prova: CS-UFG - 2018 - SANEAGO - GO - Analista de 
Saneanento - Contador) 
 
As informações a seguir foram extraídas do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) da 
Companhia “XXX”, referentes ao ano-calendário de 2016. 
 
Lucro Líquido do Exercício antes do imposto de renda R$ 525.000,00 Adições (Parte A do 
LALUR) R$ 306.000,00 Exclusões (Parte A do LALUR) R$ 360.000,00 Prejuízo de Exercícios 
Anteriores (Parte B do LALUR) R$ 145.220,00 
 
Considerando a alíquota de compensação máxima de prejuízos fiscais, o valor da base de 
cálculo do imposto de renda devido pela Companhia “XXX” é deA. R$ 666.300,00 
B. R$ 501.300,00 
C. R$ 329.700,00 
D. R$ 164.700,00 
 
 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cs-ufg
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/saneamento-de-goias-s-a
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cs-ufg-2018-saneago-go-analista-de-saneanento-contador
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cs-ufg-2018-saneago-go-analista-de-saneanento-contador
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26 
Questão 11 e 12 
Questão 11.5 
Uma empresa que utiliza o método de custeio de absorção para a apuração dos custos dos 
produtos fabricou, em determinado período, 50.000 unidades de um dos produtos de sua 
linha, com custo total de produção de R$1.000.000,00 e custo unitário variável de R$8,00. A 
empresa estima que, para o próximo período, haverá aumento na produção de 20% do 
referido produto, mantida a estrutura atual de custos, sem necessidade de modificação da 
capacidade de produção já instalada. 
Nessa situação, dado o novo volume de produção, o custo unitário de produção, mantido o 
método do custeio por absorção, será de 
A. R$8,00. 
B. R$9,60. 
C. R$18,00. 
D. R$20,00. 
E. R$21,60. 
 
Questão 12.6 
Uma empresa vende seu produto ao preço de R$7,00 a unidade. Os relatórios financeiros 
apresentam Custo variável unitário de R$2,00 e Custos e Despesas Fixas de R$150.000,00, 
sendo a alíquota do imposto de Renda a 30%. Nessa situação, para obter um lucro líquido de 
R$31.500,00, a empresa deverá vender o correspondente a 
A. R$273.000,00. 
B. R$210.000,00. 
C. R$195.000,00. 
D. R$150.000,00. 
E. R$78.000,00. 
 
 
 
 
 
 
 
5Questão 17 – Enade 2015. 
6Questão 34 – Enade 2015. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
27 
1. Introdução teórica 
 
1.1. Classificação dos custos 
 
Os custos são todos os gastos relativos à atividade de produção. Compreendem os 
gastos com bens e serviços utilizados na produção de outros bens e serviços. 
Para Megliorini (2012), os custos são classificados de várias formas para atender às 
diversas finalidades para as quais são apurados. Há duas classificações básicas que permitem 
determinar o custo de cada produto fabricado e o seu comportamento em diferentes níveis 
de produção em que uma empresa opere, conforme segue. 
(a) Quanto aos produtos fabricados: para alocar os custos aos produtos, classificados como 
Custos Diretos e Custos Indiretos. 
(b) Quanto ao comportamento em diferentes níveis de produção: para determinar os custos 
de vários níveis de produção, classificados em Custos Fixos e Custos Variáveis. 
Os custos diretos são os custos que podem ser diretamente apropriados aos produtos 
fabricados de acordo com uma medida objetiva de seu consumo na fabricação desses 
produtos. São exemplos de custos diretos matéria-prima consumida e mão de obra direta 
utilizada. No caso da matéria-prima, a empresa sabe a quantidade exata consumida, e, no 
caso da mão de obra direta, quantas horas foram utilizadas na fabricação de cada unidade 
produzida. Os custos são incluídos diretamente no cálculo dos produtos sem que haja a 
necessidade do uso de critérios de rateio para serem devidamente alocados. 
Os custos indiretos são os custos que não podem ser diretamente alocados ao produto. 
Segundo Martins (2010), eles não oferecem condição para uma medida objetiva, e qualquer 
tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e, muitas vezes, arbitrária. 
Conforme Megliorini (2012), a base de rateio deve guardar uma relação próxima entre o custo 
indireto e o objeto de custeio, a fim de se evitarem distorções no resultado final. 
São exemplos de custos indiretos, dentre outros: 
• a mão de obra indireta caracterizada pelos salários dos chefes de supervisão de equipes 
de produção; 
• a depreciação de equipamentos utilizados na fabricação de vários produtos; 
• a energia elétrica, pela dificuldade de mensuração do quanto pode ser associada ao 
produto. 
Os custos fixos são custos que não sofrem variações em função do volume de produção, 
em uma unidade de tempo, ou seja, independem da quantidade a ser produzida dentro de 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
28 
determinada faixa de produção. Os custos fixos fazem parte da estrutura do negócio: são 
gastos necessários para a manutenção de um nível mínimo de atividade operacional. 
 São exemplos de custos fixos: 
• o aluguel da fábrica, que terá o mesmo valor qualquer que seja o nível de produção; 
• a mão de obra indireta, incluindo o valor dos salários no mês, definida independentemente 
das unidades produzidas; 
• a depreciação dos equipamentos pelo método linear, calculada por percentuais de acordo 
com a vida útil econômica. 
Os custos variáveis são os custos que variam de acordo com o volume de produção, 
em uma unidade de tempo. Para Martins (2010), o valor global de consumo dos materiais 
diretos por mês depende do volume de produção. Quanto maior a quantidade fabricada, maior 
o seu consumo. Portanto, em uma unidade de tempo, o valor do custo com tais materiais 
varia de acordo com o volume de produção. 
Esses custos variam proporcionalmente às mudanças no nível da atividade, como, por 
exemplo, o custo da matéria-prima (o consumo da matéria-prima aumenta à medida que 
aumenta a produção) e o custo da energia elétrica (quanto maior a produção, maior o uso 
dos equipamentos e, consequentemente, maior o consumo de energia elétrica). 
 
1.2. Métodos de custeio 
 
Os métodos de custeio são as diferentes formas de apropriação dos custos aos produtos 
fabricados. Geram informações relevantes para tomada de decisões e devem ser utilizados 
de forma que sejam atendidos os objetivos e as características de cada empresa. 
A literatura de contabilidade de custos aponta a existência de dois métodos básicos de 
custeio: custeio por absorção e custeio variável (também denominado de custeio direto). A 
diferença entre os dois métodos está na alocação dos custos fixos. 
No custeio por absorção, a valoração dos estoques contempla todos os custos de 
produção. Megliorini (2012) afirma que o método de custeio por absorção caracteriza-se por 
apropriar os custos fixos e os custos variáveis aos produtos. Desse modo, os produtos 
fabricados “absorvem” todos os custos fixos e variáveis de um período. O primeiro passo para 
a apuração dos custos é separar os gastos do período em despesas, custos e investimentos. 
As despesas não são apropriadas aos produtos, mas sim lançadas na demonstração de 
resultados do exercício, por estarem relacionadas à geração de receita e à administração da 
empresa; os custos são apropriados aos produtos; e os investimentos são ativados. Para 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
29 
Crepaldi (2010), o custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de 
contabilidade e é, no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal. 
Ainda no custeio por absorção, os custos diretos são apropriados ao produto de forma 
direta e objetiva, e os custos indiretos de fabricação são apropriados por meio de rateios de 
acordo com os critérios estabelecidos pela empresa. Esse método nem sempre é útil como 
ferramenta para a tomada de decisões, pois, como a atribuição dos gastos gerais de fabricação 
é feita por rateios invariavelmente subjetivos e arbitrários, esse custeio pode gerar distorções 
ao distribuir os custos entre os diversos produtos. 
O custeio variável, também conhecido como custeio direto, considera como custo de 
produção do período apenas os custos variáveis. De acordo com Migliorini (2012), os custos 
fixos não são apropriados aos produtos, e vários motivos contribuem para isso, entre eles, o 
fato de os custos fixos serem custos correspondentes aos recursos necessários para manter a 
estrutura da produção e não custos decorrentes dos recursos consumidospelos produtos em 
fabricação. Pelo método do custeio variável, os produtos recebem somente os custos 
decorrentes da produção, ou seja, os custos variáveis. Os custos fixos são tratados como 
custos do período e encerrados diretamente contra o resultado do exercício. 
Esse é o método de custeio mais apropriado para fins gerenciais e o mais eficiente 
como ferramenta de auxílio na tomada de decisões. O método variável corrobora a obtenção 
da margem de contribuição, um dos elementos gerenciais mais importantes para auxiliar o 
gestor na tomada de decisões, fornecendo informações sobre o potencial de lucro da empresa. 
 
1.3. Margem de contribuição 
 
A margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda depois da dedução dos 
custos e as despesas variáveis. É a parcela que “sobra” para a empresa cobrir os custos e as 
despesas fixos e obter lucro. 
Segundo Megliorini (2012), a margem de contribuição representa a parcela excedente 
dos custos e das despesas gerados pelos produtos. Caso o preço de venda de um produto 
seja inferior aos seus custos e às suas despesas variáveis, temos uma situação de margem de 
contribuição negativa, que deve ser revista ou por condições comerciais (suportada) ou por 
razões estratégicas (a empresa poderá manter produtos com essa situação). 
A organização só começa a ter lucro quando a margem de contribuição dos produtos 
vendidos supera os custos e as despesas fixos do exercício. 
 A margem de contribuição total resulta da seguinte equação: 
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30 
 
( ) –MC PV CV DV= + 
 
Na equação, temos o que segue. 
• MC = margem de contribuição. 
• PV = preço de venda. 
• CV = custos variáveis. 
• DV = despesas variáveis. 
 Portanto, da margem de contribuição, deduzindo-se os custos fixos, obtém-se o lucro 
líquido, como pode ser mostrado na demonstração de resultados a seguir. 
 
 Vendas 
 (-) Custos e Despesas Variáveis 
 (=) Margem de Contribuição 
 (-) Custos e Despesas Fixos 
 (=) Lucro Líquido 
 
A margem de contribuição também pode ser expressa em porcentagem. 
O índice de margem de contribuição indica a porcentagem de cada unidade monetária 
de vendas disponível para cobrir os custos fixos e gerar lucro, conforme a expressão a seguir. 
 
=
Vendas – Custos Variáveis
IMG
Vendas
 
 
Outra forma de cálculo da margem de contribuição é fazê-lo em relação às unidades. 
Para Padoveze (2010), a margem de contribuição representa o lucro variável. É a diferença 
entre o preço de venda unitário do produto e os custos e as despesas variáveis por unidade 
de produto. Isso significa que, em cada unidade vendida, a empresa lucrará determinado 
valor. 
Warren et al (2007) explicam que a margem de contribuição unitária é a quantia 
disponível de cada unidade vendida para cobrir os custos fixos e gerar lucro operacional. O 
índice de margem de contribuição é mais útil quando a variação do volume de vendas é medida 
em unidades vendidas (quantidade), e é calculada pela seguinte expressão: 
 
( )U U U UMC PV CV DV= − + 
 
 
 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
31 
2. Indicações bibliográficas 
 
• CREPALDI, S. A. Curso básico de contabilidade de custos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
• MARTINS, E. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
• MEGLIORINI, E. Custos: análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. 
• PADOVEZI, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 
7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
• WARREN, C. S. et al. Contabilidade gerencial. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2007. 
 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
32 
Questão 13 
Questão 13.7 
É muito importante que o empreendedor conheça o próprio negócio, para não deixar, nas mãos de 
terceiros, cuidados essenciais como a boa gestão de custos. O conhecimento do assunto auxilia o 
proprietário do negócio a ter uma boa gestão financeira: administrar e controlar os custos gerados na 
produção e comercialização de serviços ou produtos. O preço final de um serviço prestado ou produto 
vendido depende do quanto é investido para que ele exista. Caso a gestão de custos não seja eficaz, 
corre-se o risco de a empresa cobrar valores que não condizem com a realidade, o que pode afetar as 
margens de lucros, o volume de vendas ou o andamento geral do negócio. 
Disponível em <http://www.exame.abril.com.br>. Acesso em 27 jul. 2015 (com adaptações). 
 
Considerando essas informações, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
I. Quando o preço de venda de um produto ou serviço é determinado pelo mercado, a 
empresa só ampliará sua margem de lucro por meio da redução de custos e aumento de 
produtividade. 
PORQUE 
II. Praticar preços acima do mercado, quando os produtos ou serviços não agregam valores 
que os diferenciem de outros produtos similares, provocará queda da demanda esperada, 
uma vez que os consumidores tenderão a comprar dos concorrentes. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. 
B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa correta da 
I. 
C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
E. As asserções I e II são proposições falsas. 
 
1. Introdução teórica 
 
1.1. Formação do preço de venda com base nos custos 
 
O sucesso de uma empresa pode ser atribuído à administração eficiente de seus 
negócios. Tornar uma empresa mais competitiva envolve cuidados especiais, principalmente, 
na gestão e no controle de custos gerados na produção e na comercialização de seus produtos 
e serviços. A gestão de custos assume papel preponderante no processo de tomada de 
 
7Questão 18 – Enade 2015. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
33 
decisões, contribuindo, diretamente, para a adequada determinação do preço de venda, 
questão fundamental para a sobrevivência e o crescimento de qualquer empresa. 
De acordo com Horngren et al (2004), custos influenciam preços por afetarem a oferta. 
Quanto mais baixo o custo de produção de um produto em relação ao preço pago pelo cliente, 
maior a capacidade de fornecimento por parte da empresa. Administradores que entendem o 
custo de produção de suas empresas estabelecem preços atrativos para os clientes, 
maximizando o lucro operacional de suas empresas. 
 Os processos de definição de preços baseados nos custos buscam, de alguma forma, 
adicionar algum valor aos custos, acrescentando-lhes margem de lucro. Diversas razões 
poderiam ser apresentadas como justificativas ao emprego do método de definição de preços 
com base nos custos (BRUNI e FAMÁ, 2008): 
• simplicidade (ajustando-se preços aos custos, não é necessário preocupar-se com ajustes 
em função da demanda); 
• segurança (vendedores são mais seguros quanto a custos incorridos do que quanto a 
aspectos relativos à demanda e ao mercado consumidor); 
• justiça (muitos acreditam que o preço acima dos custos é mais justo tanto para 
consumidores quanto para os vendedores, que obtêm retorno correto por seus 
investimentos, sem tirar vantagens do mercado quando ocorrem elevações da demanda). 
Segundo Viceconti e Neves (2013), há vários métodos utilizados para determinar o 
preço de venda com base em considerações de custo, indicados a seguir. 
• Preços com base no custo por absorção (custo pleno): nesse método, os preços de 
venda são iguais ao custo total da produção (determinado pelo custeio por absorção) mais 
um acréscimo porcentual para cobrir as despesas operacionais e proporcionar a margem 
desejada de lucro. 
• Preços com base no custo de transformação: o custo de transformação é a soma da 
mão de obra diretae indireta e dos custos indiretos de fabricação. Esse custo não inclui os 
custos da matéria-prima e de outros produtos adquiridos prontos para o consumo. Por 
esse método, os produtos que têm maior custo de transformação representam um esforço 
produtivo mais intenso da empresa. A margem de lucro deve ser calculada sobre o custo 
de transformação, e não sobre o custo pleno. 
• Preços com base no custo variável: nesse método, a margem de lucro é calculada 
sobre a soma dos custos e das despesas variáveis, e não sobre a soma total de custos e 
do total das despesas, como ocorre no custo pleno. A taxa de mark-up será aplicada sobre 
os custos e sobre as despesas variáveis. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
34 
• Preços com base no rendimento sobre o capital empregado: trata-se de uma 
variante do método com base no custo pleno, no qual, em vez de se fixar uma margem de 
lucro sobre vendas, essa margem é determinada como porcentagem do capital empregado 
pela empresa. 
Um conceito importante na formação do preço de venda é o de margem de lucro. Trata-
se da porcentagem de lucro que a empresa obtém de retorno sobre as vendas. É um dos 
principais fatores para formar o preço de venda dos produtos ou serviços. Quanto maior a 
margem de lucro, maior a rentabilidade das vendas. 
A margem de lucro pode ser medida de duas formas, conforme segue. 
 
= 
= 
Lucro Bruto
Margem Bruta 100
Vendas
Lucro Líquido
Margem Líquida 100
Vendas
 
 
Conclui-se, portanto, que os custos influenciam diretamente a fixação do preço de 
venda e, se não forem adequadamente apurados, provocam efeitos desastrosos na geração 
dos resultados das empresas. 
 
1.2. Formação do preço de venda com base na concorrência e no cliente 
 
Além dos custos, outros processos podem ser empregados na formação do preço de 
venda, como a concorrência. 
Pelo processo de concorrência, a empresa avalia os preços que os concorrentes 
praticam no mercado e usa esses elementos como referência para fixar seu preço de venda. 
Para Horngren et al (2004), nenhuma empresa opera no vácuo e todas precisam estar sempre 
alertas quanto às ações do concorrente. Em um extremo, produtos alternativos ou substitutos 
podem afetar a demanda e forçar a empresa a baixar os preços. No outro extremo, a empresa 
livre de concorrência pode praticar preços mais altos. 
Ao aplicar esse processo, a empresa deve tomar certos cuidados, pois, se o preço 
praticado pela concorrência for menor do que o preço encontrado a partir dos custos apurados 
internamente, a organização deve avaliar o impacto que essa estratégia pode causar na 
apuração de seus resultados. É fundamental que a empresa refaça seus próprios custos para 
manter a margem de lucro desejada e acompanhar o preço de venda adotado pelo 
concorrente. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
35 
Bernardi (2004), ao analisar uma política de preços de acordo com a concorrência, 
alerta que é preciso que essa análise não se torne uma paranoia, uma vez que diferentes 
condições de acesso a insumos, a tecnologias, a estruturas e a portes, por exemplo, podem 
levar a avaliações erradas. 
Há, também, o processo relativo aos clientes, baseado nas características do 
consumidor, em suas influências, em suas necessidades e, principalmente, em sua 
disponibilidade financeira para pagar o produto ou serviço oferecido. Para Horngren et al 
(2004), os clientes influenciam os preços à medida que promovem a demanda por um produto 
ou serviço. 
A utilização desse processo gera a necessidade de se determinar, com precisão, a 
percepção do consumidor em relação ao valor ofertado, sendo necessário realizar pesquisas 
de mercado para orientar a fixação do preço de venda. A empresa, ao oferecer produtos e 
serviços exclusivos e de boa qualidade, garante boa oportunidade de se diferenciar no 
mercado e, consequentemente, aumentar seu preço de venda, pois o cliente estará disposto 
a pagar mais para receber produtos ou serviços que melhor atendam às suas necessidades. 
Bernardi (2004) enfatiza que, pela variedade de escolhas, de informações e de muitas 
ofertas, o mercado e os clientes tornaram-se mais abertos a novas alternativas e marcas. 
Essas possibilidades de escolha propiciam aos clientes sofisticação e, também, impaciência, 
tornando-os mais exigentes. Diz, ainda, que uma política de preços depende de vários 
aspectos e processos que determinam seu sucesso e sua viabilidade, o que deve ser 
constantemente monitorado e questionado. 
 
2. Indicações bibliográficas 
 
• BERNARDI, L. A. Manual de formação de preços: políticas, estratégias e fundamentos. 3. 
ed. São Paulo: Atlas, 2004. 
• BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Gestão de custos e formação de preços. 5. ed. São Paulo: Atlas, 
2008. 
• HORNGREN, C. T. et al. Contabilidade de custos: uma abordagem gerencial. 11. ed. São 
Paulo: Prentice Hall, 2004. v. 1. 
• VICECONTI, P. E. V.; NEVES, S. das; Contabilidade de custos: um enfoque direto e 
objetivo. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 
• WARREN, C. S. et al. Contabilidade gerencial. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2007. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
36 
Questão 14 
Questão 14.8 
Conforme o Art. 248 da Lei Nº 6.404/76, atualizado pela Lei Nº 11.638/2007 e pela Lei Nº 
11.941/2009, os Investimentos em Controladas, Coligadas e em outras sociedades que façam 
parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo Método de 
Equivalência Patrimonial. De acordo com a legislação vigente, para determinação do valor do 
investimento por esse método, aplica-se o percentual no: 
A. Capital Social sobre o valor do Lucro Líquido da Coligada e da Controlada, não se 
computando os resultados não realizados. 
B. Capital Social sobre o valor do Patrimônio Líquido da Coligada e da Controlada, somando-
se a este montante os resultados não realizados líquidos dos efeitos fiscais. 
C. Patrimônio Líquido sobre o valor do Capital Social da Coligada e da Controlada, subtraindo-
se desse montante os resultados não realizados líquidos decorrentes dos efeitos fiscais. 
D. Capital Social sobre o valor do Patrimônio Líquido da investidora, subtraindo-se desse 
montante os resultados não realizados decorrentes de negócios com a Companhia, 
Coligadas ou Controladas. 
E. Capital Social sobre o valor do Patrimônio Líquido da Coligada e da Controlada, não se 
computando os resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia, 
Coligadas ou Controladas. 
 
1. Introdução teórica 
 
1.1. Investimentos avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial 
 
O Art. 248 da Lei N° 6.404/76, com as alterações produzidas pela Lei N° 11.941/2009, 
trata da avaliação dos Investimentos em Coligadas e Controladas. 
 
Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas 
ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo 
grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da 
equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas (Redação dada 
pela Lei N° 11.941, de 2009): 
I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determinado 
com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado, com 
observância das normas desta Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta) dias, 
no máximo, antes da data do balanço da companhia; no valor de patrimônio 
líquido não serão computados os resultados não realizados decorrentes de 
 
8Questão 14 – Enade 2015. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
37 
negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia, 
ou por ela controladas; 
II - o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o 
valor de patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem de 
participação no capital da coligada ou controlada; 
III - a diferença entre o valor do investimento,de acordo com o número II, e 
o custo de aquisição corrigido monetariamente; somente será registrada como 
resultado do exercício: 
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada; 
b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos; 
c) no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas pela 
Comissão de Valores Mobiliários. 
§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste 
artigo, serão computados como parte do custo de aquisição os saldos de 
créditos da companhia contra as coligadas e controladas. 
§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá 
elaborar e fornecer o balanço ou balancete de verificação previsto no número 
I. 
 
O Pronunciamento Técnico CPC 18 (R2) – Investimento em Coligada, em Controlada e 
em Empreendimento Controlado em Conjunto – confirma o teor da Lei N° 6.404/76 ao 
estabelecer, no item 10, a aplicação do método da equivalência patrimonial nos investimentos 
em coligadas, em empreendimentos controlados em conjunto e em controladas. 
As definições de sociedades controladas e sociedades coligadas estão contidas no Art. 
243 da Lei N° 6.404/76 e reproduzidas a seguir. 
• Sociedade controlada. São controladas as sociedades nas quais a controladora, 
diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe 
asseguram, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e poder de 
eleger a maioria dos administradores. 
• Sociedade coligada. São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência 
significativa. Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou 
exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da 
investida, sem controlá-la. É presumida influência significativa quando a investidora for 
titular de 20% ou mais do capital votante da investida. 
Há, entretanto, uma diferença entre a Lei N° 6.404/76 e o Pronunciamento Técnico – 
CPC 18 (R2) – na definição de coligada. O item 5 do referido pronunciamento determina que 
se o investidor mantiver direta ou indiretamente, por meio de controladas, por exemplo, 20% 
ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a 
menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. A Lei N° 6.404/76, por sua vez, 
não faz menção às participações indiretas e, consequentemente, considera que as empresas 
são coligadas somente por participações diretas. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
38 
Há, também, as sociedades que fazem parte de um mesmo grupo ou que estão sob 
controle comum. O Art. 265 da Lei N° 6.404/76 determina que a sociedade controladora e 
suas controladas podem constituir, nos termos desse artigo, grupo de sociedade, mediante 
convenção pela qual se obriguem a combinar recursos ou esforços para a realização dos 
respectivos objetos, ou a participar de atividades ou empreendimentos comuns. O 
Pronunciamento Técnico – CPC 18 (R2), item 3, define empreendimento controlado em 
conjunto (joint venture) como um acordo por meio do qual as partes, que detêm o controle 
em conjunto do acordo contratual, têm direitos sobre os ativos líquidos. 
O pronunciamento técnico CPC 18 (R2) estabelece, também, que o investimento deve 
ser inicialmente reconhecido pelo custo e o seu valor contábil será ajustado pelo 
reconhecimento da participação do investidor nos lucros ou prejuízos do período, nas 
distribuições recebidas e nas variações de saldo dos componentes dos outros resultados 
abrangentes. 
Para Montoto (2015), avaliar por equivalência patrimonial significa, na prática, 
contabilizar, no instante da aquisição da participação societária, o valor de custo e, na primeira 
demonstração financeira elaborada após a aquisição, atualizar o saldo do investimento em 
função das variações no patrimônio líquido da investida. 
Para Santos et al (2015), de acordo com a legislação societária, uma vez identificados 
os investimentos que devem ser avaliados pela equivalência patrimonial, será efetuada a 
equivalência patrimonial dos investimentos mediante os seguintes procedimentos: 
(a) apura-se o valor dos investimentos após a equivalência patrimonial, multiplicando-se o 
patrimônio líquido da empresa investida pelo percentual de participação da investidora no 
capital da investida; 
(b) obtém-se o valor da equivalência patrimonial pela diferença entre o valor após equivalência 
(item a) e o saldo do investimento existente no item razão contábil. 
 
1.2. Resultados não realizados 
 
Como determina o Art. 248 da Lei N° 6.404/76, no valor do patrimônio líquido, não 
serão computados os resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia ou 
com outras sociedades coligadas à companhia ou por ela controladas. 
Os resultados não realizados ocorrem quando são efetuadas operações de venda de 
ativos entre investidora e investida e entre controladora e controlada, com lucros ou prejuízos. 
Na data da elaboração do balanço, se esses ativos ainda não tiverem sido vendidos a terceiros 
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39 
e, portanto, ainda constarem no balanço patrimonial das empresas compradoras, os 
resultados não realizados devem ser eliminados. 
O Pronunciamento Técnico – CPC 18 (R2) – fixou tratamento diferenciado para os 
resultados não realizados para coligadas e controladas. Os itens 28 e 28A classificam as 
operações em transações ascendentes (upstream) e descendentes (downstream). Uma 
transação é ascendente (upstream) quando a coligada vende para a investidora ou quando a 
controlada vende para a controladora. Uma transação é descendente (downstream) quando 
a investidora vende para a coligada ou a controladora vende para a controlada. 
 O referido pronunciamento, com a interpretação dada pela Interpretação Técnica – 
ICPC 09 (R2), determina as regras a seguir para a eliminação dos resultados não realizados. 
• Nas operações de venda de ativos da investidora para uma coligada (downstream), a 
eliminação dos lucros não realizados deve ser feita no resultado individual da investidora, 
na linha de resultado da equivalência patrimonial, da seguinte forma: aplicar o percentual 
de participação sobre o Lucro Líquido da coligada e contabilizar como Resultado de 
Equivalência Patrimonial; aplicar o percentual de participação sobre os lucros não 
realizados e contabilizar como conta redutora do Resultado de Equivalência Patrimonial em 
contrapartida de conta redutora de investimentos. 
• Nas operações de venda da coligada (ou empreendimento controlado em conjunto) para 
sua investidora (upstream), os lucros não realizados por operação de ativos ainda em 
poder da investidora devem ser eliminados da seguinte forma: aplicar o percentual de 
participação sobre o Lucro Líquido da coligada, deduzido o total do lucro que for 
considerado como não realizado pela investidora, e contabilizá-lo como Resultado de 
Equivalência Patrimonial. 
• Nas operações de venda da controladora para uma controlada (downstream), os lucros 
não realizados devem ser totalmente eliminados no resultado individual da controladora, 
deduzindo-se 100% do lucro contido no ativo ainda em poder da controlada, da seguinte 
forma: aplicar o percentual de participação sobre o Lucro Líquido da controlada e 
contabilizá-lo como Resultado de Equivalência Patrimonial; contabilizar o total dos lucros 
não realizados como conta redutora do Resultado de Equivalência Patrimonial em 
contrapartida de conta redutora de Investimentos. 
• Nas operações de venda da controlada para a controladora (upstream), o lucro deve ser 
reconhecido na controlada normalmente. No caso de coligada e de empreendimento 
controlado em conjunto, adotar o mesmo procedimento. Nas demonstrações individuais 
da controladora, o cálculo da equivalência patrimonial deve ser feito deduzindo-se, do 
 Material Específico– Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
40 
patrimônio líquido da controlada, 100% do lucro contido no ativo ainda em poder da 
controladora. 
 
2. Indicações bibliográficas 
 
• BRASIL. Lei N° 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. 
Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso 
em 29 set. 2016. 
• COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 18 (R2) 
– Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em 
Conjunto. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/ 
263_CPC_18_(R2)_rev%2008.pdf>. Acesso em 29 set. 2016. 
• COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – ICPC 09 (R2) - Demonstrações Contábeis 
Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do 
Método da Equivalência Patrimonial. Disponível em 
<http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/494_ICPC09(R2).pdf>. Acesso em 29 
set. 2016. 
• MONTOTO, E. Contabilidade geral e avançada esquematizado. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 
2015. 
• SANTOS, J. L. et al. Manual de práticas contábeis: aspectos societários e tributários. São 
Paulo: Atlas, 2015. 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm
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41 
Questão 15 
 
Questão 15 (Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-GO Prova: FCC - 2018 - SEFAZ-GO - Auditor-Fiscal da Receita 
Estadual) 
 
Texto associado 
 Em 31/12/2016, a Cia. Brasileira adquiriu, à vista, 40% das ações da Cia. Francesa. O 
valor pago pela aquisição foi R$ 7.000.000,00 e a Cia. Brasileira passou a ter influência 
significativa na administração. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido contábil da Cia. 
Francesa era R$ 10.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis era 
R$ 15.000.000,00, sendo esta diferença decorrente da avaliação a valor justo de um ativo 
intangível com vida útil indefinida que a Cia. Francesa detinha. 
 No período de 01/01/2017 a 31/12/2017, a Cia. Francesa apurou lucro líquido de R$ 
500.000,00. Sabe-se que, em 2017, a Cia. Francesa realizou uma venda no valor de R$ 
100.000,00 para a Cia. Brasileira com margem de lucro de 50% sobre as vendas, e estas 
mercadorias adquiridas da Cia. Francesa ainda estão no estoque da Cia. Brasileira. A alíquota 
de imposto de renda para a Cia. Francesa é 34% e esta distribuiu dividendos totais no valor 
de R$ 150.000,00. 
O impacto reconhecido na Demonstração do Resultado individual de 2017 da Cia. Brasileira, 
referente ao investimento na Cia. Francesa, foi, em reais, 
A. 120.000,00. 
B. 180.000,00. 
C. 186.800,00. 
D. 167.000,00. 
E. 126.800,00. 
 
 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fcc
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/sefaz-go
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2018-sefaz-go-auditor-fiscal-da-receita-estadual
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2018-sefaz-go-auditor-fiscal-da-receita-estadual
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 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
42 
Questão 16 
Questão 16 ( Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-SC Prova: FCC - 2018 - SEFAZ-SC - Auditor-Fiscal da Receita 
Estadual - Auditoria e Fiscalização (Prova 3)) 
 
A Demonstração do Resultado do ano de 2017 da empresa Só-Negar S.A. é apresentada a 
seguir: 
 
 
As seguintes informações são conhecidas: 
I. A empresa Controlar S.A. detém 100% do capital da empresa Só-Negar S.A. 
II . A empresa Só-Negar realizou uma venda no valor de R$ 5.000,00 para a empresa Controlar 
S.A., sendo que o Custo dos Produtos Vendidos foi R$ 3.000,00. Desta forma, a margem bruta 
nessa venda foi 40%. 
III . A empresa Controlar S.A. ainda mantém em seu estoque o valor de R$ 1.500,00 das 
compras que fez da empresa Só-Negar S.A. 
Com base nessas informações, em 2017, o resultado 
A. de equivalência patrimonial reconhecido pela empresa Controlar S.A. foi R$ 1.700,00. 
B. não realizado considerado pela empresa Só-Negar S.A. foi R$ 2.000,00. 
C. de equivalência patrimonial reconhecido pela empresa Controlar S.A. foi R$ 1.100,00. 
D. de equivalência patrimonial reconhecido pela empresa Controlar S.A. foi R$ 300,00, 
negativo. 
E. líquido da empresa Só-Negar S.A. foi reduzido em R$ 900,00. 
 
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 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
43 
Questão 17 
Questão 17.9 
Uma empresa fez sua projeção de vendas para janeiro, fevereiro e março do próximo ano, 
conforme quadro a seguir. 
 
Orçamento de vendas 
 Jan Fev Mar 
Demanda esperada (quantidade) 10.000 12.000 15.000 
Preço de venda 2,00 2,00 2,00 
Vendas Brutas (R$) 20.000,00 24.000,00 30.000,00 
 
Suponha que todas as vendas dessa empresa sejam parceladas da seguinte forma: 
• 1ª parcela (à vista), correspondente a 30% da venda; 
• 2ª parcela (prazo de 30 dias), correspondente a 30% da venda; 
• 3ª parcela (prazo de 60 dias), correspondente a 40% da venda. 
Considerando a política de recebimento e os dados apresentados, verifica-se que a empresa 
espera receber, no mês de março, o montante de 
A. R$8.000,00. B. R$22.200,00. C. R$24.200,00. D. R$29.600,00. E. R$30.000,00. 
 
1. Introdução teórica 
 
Planejamento de vendas 
 
 O planejamento de vendas é fundamental para que a empresa alcance o sucesso 
esperado em seus negócios. A preparação de um planejamento de vendas visa a prever, com 
antecipação, o valor das receitas que a empresa espera receber em determinado período 
futuro e, em consequência, estabelecer planos de ações para que seus objetivos sejam 
alcançados. 
O planejamento de vendas (projeção de vendas ou orçamento de vendas) é, 
basicamente, uma estimativa da quantidade de vendas e, consequentemente, do faturamento 
que uma empresa pode obter no futuro. A projeção de vendas pode ser feita mediante análise 
das vendas anteriores da empresa como ferramenta no planejamento de curto, médio e longo 
prazos. 
 
9Questão 19 – Enade 2015. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP 
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Para Schubert (2005), os números de um orçamento não têm a obrigação de coincidir 
com os números que serão obtidos à medida que a realização da empresa avança sobre o 
período orçado. Os números das previsões tendem a aproximar-se dos números realizados. 
De acordo com Horngren et al (2004), o orçamento de vendas é um ponto de partida para a 
elaboração do orçamento geral, porque os níveis de estoques, as compras e as despesas 
operacionais são engrenados ao nível previsto de vendas. A previsão de vendas acurada é 
essencial para um orçamento eficaz. 
 Após o orçamento de vendas, podem ser preparados o orçamento de compras e o 
orçamento de despesas operacionais, e pode ser prevista, mês a mês, a posição de caixa. A 
precisão dos programas estimados de produção e das tabelas de custo depende do 
detalhamento e da exatidão, em valor e em quantidade, da previsão de vendas. 
O planejamento de vendas influencia diretamente a projeção do fluxo de caixa. O fluxo 
de caixa é um instrumento financeiro que realiza o controle da movimentação financeira, ou 
seja, a captação e a aplicação de recursos em determinado período de tempo. A segurança 
do orçamento de caixa depende, principalmente, do grau de exatidão do orçamento de 
vendas. Qualquer erro significativo na projeção do faturamento afeta diretamente

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