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AULA EDUCAÇAO ESPECIAL

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Psicomotricidade
Profº Me. Roberto Fonseca
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AULA 2
Elementos básicos da psicomotricidade
Elementos básicos da psicomotricidade
A evolução do desenvolvimento
motor é um processo que tem
mudanças comportamentais
desde a concepção até a morte,
possibilitando análises de uma
determinada ordem e coerência
no aglomerado de mudanças,
permitindo assim, a identificação
de sequências. Essas
determinadas sequências podem
oscilar de acordo com as
limitações, destrezas e
experiências de cada individuo,
no entanto, a sua ordem
cronológica sempre será
invariável (SOUZA, 2012).
 Tônus muscular;
 Equilíbrio;
 Lateralidade;
 Esquema corporal;
 Estruturação espaço-temporal;
 Coordenação motora global (praxia global)
 Coordenação motora fina (praxia fina)
Psicomotricidade
Tônus Equilíbrio
Lateralidade
Esquema 
corporal
Estruturaçã
o espaço 
temporal
Praxia
global
Praxia
fina
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Tônus muscular
O tônus é a união das
informações recebida pelos
sentidos, pelas emoções,
pensamentos e atividades
biológicas, sendo sua
atuação de extrema
importância para o corpo e
mente.
As alterações no tônus
muscular podem ser
definidas em hipotonia e
hipertonia.
Segundo Le Boulch (1992) “o tônus
muscular é a atividade primitiva e
permanente do musculo; além de
traduzir a vivência emocional do
organismo, é o alicerce das atividades
práxicas”.
• Pouca ou nenhuma resistência ao 
movimento;
• Hiperextensividade;
• Coordenação da preensão;
• Movimentos mais soltos, leves e 
coordenados;
• Distúrbios da fala;
• Fraqueza muscular;
• Postura incorreta.
Hipotonia
Hipertonia
• Resistência aumentada ao 
movimento passivo;
• Padrões estereótipos;
• Hiperextensibilidade;
• Marcha e conquista do espaço;
• Alta tensão muscular;
• Excessiva mobilidade;
 Paralisia cerebral;
 AVC (fase aguda);
 Síndrome de Down;
 Síndrome de Prader-Willi;
 Doença de Tay-Sachs;
 Trissomia do 13.
 AVC (fase crônica);
 Parkinson;
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Equilíbrio 
Equilíbrio é a habilidade de
associar o domínio da gravidade
e controle postural, está
diretamente relacionado com o
desenvolvimento da
locomoção. É determinado por
uma característica sensorial-
motora que tem como premissa
harmonizar o campo visual e
manter a postura ereta,
acontecendo de maneira
inconsciente sendo atuado por
mecanismos sensoriais e
reflexos.
O equilíbrio se constitui pelos seguintes segmentos:
• Proprioceptivo: os pés, as articulações e no pescoço,
possuem receptores que produzem informações
acerca do estado do corpo (parado ou em
movimento);
• Vestibular: é estruturado por três canais
semicirculares, o vestíbulo, o sáculo e o utrículo que
são repletos de fluido e se localizam dentro do osso
temporal, são algumas das estruturas que compõem o
ouvido interno. Conforme nos movemos o fluido
também se movimenta e é enviado mensagens ao
cérebro nos posicionando a cada movimento;
• Visual: O sentido visual para o homem é de suma
importância para o controle do equilíbrio, postura e
propriocepção, uma vez que é instrumento de
desenvolvimento de pensamentos e de comunicação.
A visão desempenha função reguladora do tônus
muscular e monitora outras vias sensoriais tais quais a
auditiva, labiríntica, coclear e proprioceptiva, que são
a base sensório-motora
Fonte: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAfgJYAA-2.jpg
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Lateralidade (lateralização)
A lateralidade é caracterizada
pela propensão neurológica
que se tem por um lado ou
outro do corpo, referentes as
percepções das mãos, pés,
olhos e ouvidos. Durante o
desenvolvimento da criança,
a lateralidade se estabelece
naturalmente, e por vezes,
também, sendo influenciado
por fatores sociais.
A lateralização se define por
indivíduos destros, indivíduos canhotos e
os ambidestros que utilizam os dois
lados com a mesma habilidade.
A lateralidade cruzada, refere-se
à preferência do individuo pela
utilização da mão de um determinado
lado do corpo, enquanto os pés e olhos
do lado oposto. A lateralidade
indefinida é o termo usado para
crianças que ainda não estipularam sua
preferência de lados. Algumas das
dificuldades de aprendizado se
originam pelo fator de crianças que não
definiram sua lateralidade ou que são
canhotas, mas foram obrigadas a
desenvolver a mão direita, surgindo
déficits como disgrafia, má orientação
espacial na folha e a postura para
escrever.
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Esquema corporal
Esquema corporal é o entendimento acerca
se seu próprio corpo e de suas partes,
possibilitando que o individuo estabeleça
relações com objetos, pessoas e meio que
está inserido.
• É componente básico e imprescindível
para o desenvolvimento individual, ou
seja, da personalidade do individuo;
• O esquema corporal é a representação
do corpo, gerada na mente, isto é, a
forma pelo qual o corpo se mostra para
nós;
• Por meio das referências auditivas,
visuais, cinestésicas, táteis, e vestibulares
reunidos no cérebro, o corpo produz o
estruturamento da memorização de
ajustamento corporal estático e
dinâmico.
As etapas do esquema corporal são segundo
Le Boulch (1981) são “Corpo Vivido”, “Corpo
Descoberto” e “Corpo Representado”.
• Corpo vivido corresponde da fase
neonatal até os 3 anos de idade onde a
conduta motora é global e sua
consequência emocional ainda não é bem
controlada
• Corpo percebido acontece entre os 3 e os
7 anos de idade, corresponde como a
possibilidade de realocar a atenção do
meio ambiente para o próprio corpo,
tomando a consciência do mesmo
• Corpo representado origina-se dos 7 aos
12 anos de idade, a criança,
progressivamente, passa a desempenhar
de forma mais consciente a sua própria
motricidade.
Estruturação espaço-temporal
A estruturação (organização)
espaço-temporal tem como
definição a capacidade de se
orientar diante de um espaço
físico e relacionar a
proximidades das coisas entre
si.
A estrutura espaço-temporal
tem por premissa a capacidade
do individuo de se orientar da
sucessão de acontecimentos em
determinado tempo. É a
capacidade de notar intervalos e
renovações cíclicas de períodos.
Simultaneidade
Ordem e 
sequência
Duração dos 
intervalos
Renovação cíclica 
de certos períodos
Ritmo
É a experiência através do movimento, de forma
motora;
É representada pela disposição dos
acontecimentos em um determinado período de
tempo, de forma que as relações temporais e a
ordem cronológica evidenciam-se;
Os acontecimentos acontecem em intervalos de
tempo, apresentam duração estabelecida e
envolvem aprendizados de hora, minuto e
segundo;
Renovação cíclica é a percepção do individuo acerca
do período diário – manhã, tarde e noite -, semanas,
meses, anos, estações;
O ritmo determina a noção de ordem, de duração,
de sucessão e de alternância. Pode ser distinguido
em três modelos: motor, auditivo e visual
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Coordenação motora global (praxia global)
A coordenação motora
global é a simultaneidade
do trabalho de grupos
musculares selecionados
com a finalidade de
realização de
movimentos conscientes.
É a interação entre o
sistema muscular, o
sistema nervoso e o
sensorial, com o objetivo
de gerar ações motoras
equilibradas e reações
rápidas.
O desenvolvimento motor infantil pode ser dividido em quatro fases:
• Sensório-motor (0 a 2 anos);
• Pré-operatório (2 aos 7/8 anos);
• Operacional concreta (7/8 aos 11/12 anos);
• Operações formais (a partir dos 12).
A coordenação motora global pode ser avaliada acerca de três 
perspectivas:
• Biomecânico: é a forma regular dos estímulos de força no 
movimento motor em relação a diversas direções;
• Fisiológico: são os procedimentos que estabelecem os movimentos 
de contração muscular
• Pedagógico: é o que organiza as fases de movimento e o 
aprendizado à novas habilidades.
Coordenação motora fina (praxiafina)
A coordenação motora fina, é a
capacidade de promover
movimentos coordenados usando
seletos grupos musculares das
extremidades do corpo.
A coordenação tende a evoluir
através do desenvolvimento motor
da criança e seu aprendizado
O desenvolvimento dessa
coordenação só é completo
quando as mãos puderem ser
usadas em atividade de
preensão, desenvolvendo-se do
lado cubital ao radial no
antebraço. Tornando-se mais
dominante gradativamente
desenvolvendo a pinça entre o
polegar e o indicador e
posteriormente mais madura, é
a postura “tripé dinâmica” -
escrever, pintar, etc

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