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Aula 2Currículo: Campo, Conceito e Relações Aspectos Historicos, contextuais e educacionais

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Currículo: Teoria e Prática 
Aula 2 Currículo Campo, conceito e Relações. Aspectos Históricos, contextuais e Educacionais. 
		1.
		"As pessoas de baixa renda não aprendem porque são fracas das ideias". "A cultura das pessoas de baixa renda é pobre". "Esta aluna não aprende porque é fraca da cabeça". Nas teorias críticas do currículo, as afirmações preconceituosas acima são exemplos de como a escola funciona como mecanismo de exclusão, pois
	
	
	
	o currículo da maioria das escolas está baseado na cultura dominante, enquanto a cultura das classes dominadas têm sua cultura desvalorizada.
		2.
		Há pensamentos divergentes sobre a neutralidade da ciência. Na perspectiva positivista, a teoria é entendida como descrição imparcial e objetiva dos fatos da realidade e na perspectiva pós-estruturalista, a teoria é entendida como uma criação da realidade a partir do que é observado. 
Quando os planejadores do currículo buscam respostas objetivas e teoricamente fundamentas para bem desenvolver as atividades com os alunos revelam tendências que orientam os estudos teórico-práticos, no campo do currículo e com esta postura, essencialmente, valorizam:
	
	
	
	
	
	o saber científico e a perspectiva positivista.
		3.
		Cláudia e Daniel, estudantes de Pedagogia, que ao lerem o desenho curricular do referido curso verificaram a que deveriam estudar a disciplina intitulada Currículo: teoria e prática. Cláudia e Daniel desejam saber qual o principal objetivo desta disciplina e de que modo contribui para formação do pedagogo? A resposta que melhor se adequa a pergunta é:
	
	
	Estabelecer relações entre currículo escolar, sociedade e cultura.
		4.
		Como instituição social, a escola está sujeita aos fatores de pressão de época tais como: os padrões de consumo, a indústria da vaidade, as injustiças sociais, o etnocentrismo etc. O movimento sócio-político que denuncia as conseqüências desses fatores no campo do currículo, alterando o foco das interpretações das práticas escolares, denomina-se:
	
	
	
	
	
	pós-modernismo
		5.
		Leia o fragmento a seguir sobre o conceito de Currículo para responder a questão:
"[...] compreendemos o currículo como uma 'tradição inventada' (GOODSON, 1998), como um artefato sócio-educacional que se configura nas ações de conceber/selecionar/produzir, organizar, institucionalizar, implementar/dinamizar saberes, conhecimentos, atividades, competências e valores visando uma 'dada' formação, configurada por processos e construções constituídos na relação com conhecimento eleito como educativo. [...] Em geral, o senso comum educacional percebe o currículo como um documento onde se expressa e se organiza a formação, ou seja, o arranjo, o desenho organizativo dos conhecimentos, métodos e atividades em disciplinas, matérias ou áreas, competências, etc.; como um artefato burocrático preescrito. Não perspectivam o fato de que o currículo se dinamiza na prática educativa como um todo e nela assume feições que o conhecimento e a compreensão do documento por si só não permitem elucidar. O fato é que professores e educadores em geral, nos seus cenários formativos, atualizam, constroem e dão feição ao currículo, cotidianamente, relacionalmente, tendo como seu principal objetivo a formação e seus processos de interpretação e veiculação, daí sua inerente complexidade" (MACEDO, 2007, 24-26). Marque a alternativa que define o pensamento de Goodson:
	
	
	O currículo como tradição inventada não é algo que se considere como pronto, mas uma construção atualizada nos cenários formativos, por processos e construções constituídos nas relações socioeducativas.
		6.
		Os professores da Escola John Dewey estão debatendo sobre currículo como campo de conhecimento. Com base nos estudos de currículo, analise as falas sobre o tema apresentadas pelos professores e assinale a única, do ponto de visa teórico, que está INCORRETA:
	
	
	
	A concepção técnica e cientificista de currículo se consolidou com os estudos de Ralph Tyler no meado do século XX. (profa. Josiana)
	
	
	Na abordagem sociológica de Bourdie e Passeron, o pensamento sobre o campo do currículo se depara com tensões e desafios. (profa. Lúcia)
	
	
	O interesse sobre campo do currículo é recente no cenário educacional mundial. (profa. Julia)
	
	
	Os estudos atuais sobre o currículo como campo de conhecimento consideram ciência e senso comum como expressões da realidade escolar. (prof. André)
	
	
	Na perspectiva positivista, o currículo escolar considera a objetividade dos fatos da realidade escolar. (prof. Daniel)
		7.
		"Mesmo antes de se constituir um objeto de estudo de uma especialização do conhecimento pedagógico, o currículo sempre foi alvo de atenção de todos os que buscavam entender   e organizar o processo educativo escolar". (MOREIRA; SILVA: 1994, p. 8-9). Do ponto de vista histórico, sobre currículo como campo de estudo, as afirmações apresentadas nas opções estão corretas, EXCETO:
	
	
	
	O livro intitulado Curriculum, escrito por Bobbit em 1918, é considerado um marco na literatura sobre o tema.
	
	
	Surgiu nos Estados Unidos e teve John Dewey como precursor.
 
	
	
	O termo currículo tem definição específica e consensual ao longo do tempo.
	
	
	As teorias críticas apresentam questionamento sobre o currículo da escola moderna.
	
	
	O campo do Currículo se consolidou com estudos e pesquisas fundamentadas.
		8.
		O fundador do movimento curricular anos 20, Bobbit, adotou os princípios da administração científica e construiu um modelo de currículo, tomando a fábrica por referência. Para esse autor, os estudantes deviam ser processados como um produto fabril e o currículo devia ser a especificação precisa de objetivos, procedimentos e métodos para a obtenção de resultados mensuráveis. Essa forma de pensar marcou de certa forma as concepções básicas presentes no paradigma do currículo tradicional. A crítica ao modo tradicional de conceber o currículo é o ponto que unifica o pensamento dos estudiosos da Sociologia do currículo. Apesar das divergências, todos se opõem à teoria curricular tradicional porque ela se fundamenta na seguinte racionalidade:
	
	
	
	
	
	Tecnocrática
		1.
		Durante um Centro de Estudos , os professores de escola de ensino médio debatiam sobre as disciplinas curriculares e a importância de seus marcos conceituais. Sobre as interpretações pedagógicas da palavra currículo, os professores apresentaram argumentos apoiados em fatores sociopolíticos e culturais e mostram que a conceituação de currículo é
	
	
	polissêmica em suas definições.
		3.
		Saviani, ao analisar as consequências políticas da penetração, nos sistemas nacionais de ensino, das chamadas pedagogias liberais, destaca o fato de que a difusão do ideário escolanovista contribuiu para o rebaixamento do nível do ensino destinado às camadas populares. A contribuição do estudioso para compreensão do campo curricular está na crítica de que tais pedagogias
	
	
	estariam despreocupadas com a transmissão do saber escolar
		4.
		Historicamente, o campo dos Currículos e Programas no Brasil vem sofrendo influências externas e autores como Sperb (1976); Saul (1986) e Moreira (1990) registram a influência americana. O autor que exerceu mais influência na concepção de currículo e nas propostas de um modelo específico de currículo, a partir dos anos 50 foi:
	
	
	Ralph Tyler
		5.
		Uma turma de Pedagogia, discutindo as variadas concepções de currículo, concluiu que, de acordo com a sociologia crítica, o currículo pode ser concebido como:
	
	
	
	
	
	processo de construção social que implica conhecer a realidade e atuar em sua transformação.
		6.
		As discussões e debates sobre currículo envolvem, dentre outros aspectos, a observação da realidadee a organização dos conhecimentos, sua seleção e distribuição por áreas e disciplinas. Do ponto de vista histórico, as teorias e práticas têm sido analisadas em distintas perspectivas como positivista, estruturalista e pós-estruturalista. Ao interpretarmos a realidade escolar para planejar o currículo, influenciados pela perspectiva positivista é correto afirmar que nossas práticas tendem a valorizar os seguintes aspectos, EXCETO:
	
	
	
	enfoque antropológico da comunidade escolar.
	
	
	inserção de práticas interculturais.
	
	
	desvinculação entre senso comum e ciência.
	
	
	valorização do conhecimento científico.
	
	
	descrição imparcial da realidade escolar.
		7.
		Segundo a LDB (Lei no 9394/96), os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte:
	
	
	
	
	
	diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
		8.
		Para compreender a escola é preciso recorrer ao sentido amplo da palavra cultura, isto é, o conjunto de costumes, dos modos de viver, de vestir, das maneiras de pensar, das expressões de linguagem, dos valores das várias origens dos alunos. Consequentemente, a escola para ser bem sucedida
	
	
	
	precisa colocar-se aberta às diversas culturas existentes nos grupos de alunos.
		1.
		Segundo Alves (1981) a ciência não é uma forma de conhecimento diferente do senso comum; é apenas uma abordagem mais especializada, controlada e disciplinada desse conhecimento. O autor coloca em questão o mito que se construiu sobre a ciência e a ideia de que o cientista é uma pessoa que pensa melhor que as outras, que tem em suas mãos uma receita universalmente válida para todos os casos, de que a sua palavra, por ser especialista, vale mais. Ao contrário, relativiza as diferenças e semelhanças entre esses dois tipos de saber. O senso comum e a ciência são expressões da mesma necessidade básica, a necessidade de compreender o mundo, a fim de viver melhor e sobreviver. E para aqueles que teriam a tendência de achar que o senso comum é inferior à ciência, eu só gostaria de lembrar que, por dezenas de milhares de anos, os homens sobreviveram sem coisa alguma que se assemelhasse à nossa ciência. (ALVES, 1981, p.16). Para muitos autores, o que caracteriza o conhecimento científico e o distingue do saber não científico é I. ( ) a sua abordagem sistemática da realidade e do objeto a ser pesquisado. II. ( ) a seleção de um problema, o levantamento de hipóteses e a coleta e análise de dados. III. ( ) a formulação de perguntas ou questões que norteiam o olhar do pesquisador. IV. ( ) a escolha da metodologia de pesquisa e a elaboração de conclusões e de paradigmas. V. ( ) a seleção de referenciais teóricos e o levantamento de novas questões.
	
	
	
	
	
	( ) V, V, V, V,V
		2.
		Como futuro(a) pedagogo(a) é importante que você reflita sobre as práticas curriculares dos profissionais da educação, devido à relevância de seu papel político-pedagógico, que se manifesta essencialmente através das:
	
	
	Responsabilidades em relação aos atos de currículo
		3.
		Ao investigar o processo educativo mediado por diferentes propostas curriculares na Educação Básica, compreendemos que cabe ao pedagogo orientar a elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP) das instituições escolares:
	
	
	
	
	
	considerando a participação da comunidade escolar, seus anseios e demandas sociais em relação aos conteúdos e práticas pedagógicas a serem definidas no PPP.
		4.
		No final dos anos 70 e nos anos 80, " a preocupação básica do cenário educacional (...) foi o fracasso da escola de primeiro grau no ensino de crianças das camadas mais carentes de nossa população. Em decorrência, a questão do currículo tornou-se alvo de atenção de nossas autoridades , pesquisadores e educadores." ( BARBOSA, Antonio Flávio. Currículos e Programas no Brasil. SP: Papirus, 1990) As opções destacam evidências dessa afirmativa, EXCETO quanto :
	
	
	
	ao caráter técnico do processo educativo, acrescenta-se o caráter sociopolítico.
	
	
	à formação de corpo de estudiosos, ampliando publicações sobre o campo do currículo.
	
	
	ao surgimento de estudos especializados para estudar as causas da inadequação dos currículos.
	
	
	à inclusão da disciplina Currículos e Programas nos cursos de mestrado em educação.
	
	
	à rejeição acadêmica aos pressupostos voltados para interpretação da ideologia no currículo.
		6.
		A disciplina e sua importância para a formação do pedagogo: competências, habilidades e formação. Dentre as competências, a serem construídas ao logo da educação básica, propostas pelo Ministério de Educação destacam-se: " Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para a elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural". Esta referência curricular mostra, essencialmente, que os currículos dos Cursos de Pedagogia devem:
	
	
	
	
	
	valorizar fundamentos da educação para atuar na solução para os problemas atuais.
		7.
		Sobre a concepção de educação defendida por Paulo Freire é incorreto afirmar que:
	
	
	
	Para Freire, o ato de conhecer tinha relação direta com tornar "presente" o mundo para a consciência.
	
	
	A educação bancária é caracterizada pelo diálogo, na medida em que apenas o professor exerce um papel ativo no processo ensino-aprendizagem.
	
	
	A crítica de Freire ao currículo está sintetizada no conceito de "educação bancária".
	
	
	Na perspectiva da educação problematizadora todos os sujeitos estão envolvidos ativamente no ato da construção do conhecimento.
	
	
	Na perspectiva de Freire a experiência dos educandos é a fonte primária para a constituição do conteúdo programático.
		8.
		O movimento conhecido como a Nova Sociologia da Educação (NSE), alerta que o conhecimento transformado em conteúdo curricular não pode mais ser visto como algo independente do contexto social, histórico e cultural, e considera o currículo escolar como:
	
	
	um espaço de relações de poder onde circulam visões sociais e culturais a serem consideradas nas práticas educativas.

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