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curso 7525 aula 05 v2

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Aula 05
Regimento Interno p/ TRT-RS (todos os cargos)
Professor: Paulo Guimarães
Regimento Interno do TRT-RS 
Teoria e exercícios comentados 
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AULA 05: Dos Juízes e Desembargadores. Da 
Direção do Foro. Das Férias e Licenças. Das 
Convocações e das Substituições. 
 
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SUMÁRIO PÁGINA 
1. Dos Juízes e Desembargadores 2 
2. Da Direção do Foro 12 
3. Das Férias e Licenças 14 
4. Das Convocações e das Substituições 15 
5. Resumo do Concurseiro 17 
6. Questões comentadas 19 
7. Lista das questões apresentadas 24 
 
 
Olá, amigo concurseiro! Estamos juntos mais uma vez para 
continuar nosso estudo do Regimento Interno do TRT-RS. Hoje 
estudaremos alguns dispositivos bastante interessantes, e que já foram 
cobrados em diversas provas de concursos anteriores. 
 
Vamos lá!? Força! Bons estudos! 
 
 
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1. DOS JUÍZES E DESEMBARGADORES 
 
Art. 50. Os magistrados da 4ª Região têm os seus direitos e 
vantagens estabelecidos na Constituição Federal e nos estatutos legais 
que lhes forem aplicáveis. 
 
Antes de começarmos a analisar o art. 50, quero lembra-lo do 
significado de alguns termos bastante utilizados pelo Regimento Interno. 
Magistrado é gênero que engloba tanto Juízes do Trabalho quanto 
Desembargadores, ok? Quando estivermos tratando de disposições 
específicas aplicáveis a apenas uma ou outra categoria, falarei claramente 
nos Juízes e nos Desembargadores, de forma específica. 
O art. 50 menciona disposições constitucionais e legais 
aplicáveis aos magistrados. A Constituição assegura diversas 
prerrogativas aos magistrados, entre elas a independência funcional, a 
inamovibilidade, a vitaliciedade e a irredutibilidade de subsídios. Essas 
prerrogativas têm o objetivo de preservar a imparcialidade dos 
magistrados, de forma que eles possam decidir de forma livre e 
democrática, sem pressões indevidas. 
4XDQWR� DRV� ³HVWDWXWRV� OHJDLV´�� D� SULQFLSDO� OHL� TXH� WUDWD� GH�
direitos e vantagens dos magistrados é a Lei Complementar no 35/1979, 
conhecida como Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LOMAN). 
 
A próxima parte do Regimento Interno trata do processo 
disciplinar aplicável aos magistrados. Chamados de regime disciplinar as 
regras relacionadas à apuração de infrações e à aplicação de penalidades 
de natureza administrativa. 
O magistrado se sujeita às seguintes penalidades: 
a) advertência; 
b) censura; 
c) remoção compulsória; 
d) disponibilidade; 
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e) aposentadoria compulsória; e 
f) demissão. 
 
 
O magistrado está sujeito às penas de advertência, 
censura, remoção compulsória, disponibilidade, aposentadoria 
compulsória e demissão. 
 
Vamos agora aprender o que o Regimento Interno diz a 
respeito de cada uma dessas penas. 
 
ADVERTÊNCIA 
 
CENSURA 
O magistrado negligente no cumprimento dos deveres 
do cargo está sujeito à pena de advertência. Na 
reiteração e nos casos de procedimento incorreto, a 
pena será de censura, se a infração não justificar 
punição mais grave. 
REMOÇÃO 
COMPULSÓRIA 
O magistrado será removido compulsoriamente, 
por interesse público, quando incompatibilizado para o 
exercício funcional em qualquer órgão fracionário, seja 
na Seção, na Turma ou na Vara em que atue; 
DISPONIBILIDADE 
O magistrado será posto em disponibilidade com 
vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, ou, 
se não for vitalício, demitido por interesse público, 
quando a gravidade das faltas não justificar a 
aplicação de pena de censura ou remoção 
compulsória. 
O magistrado posto em disponibilidade somente pode 
pleitear seu aproveitamento quando decorridos dois 
anos do afastamento. 
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APOSENTADORIA 
COMPULSÓRIA 
o magistrado será aposentado compulsoriamente 
por interesse público quando: 
a) mostrar-se manifestamente negligente no 
cumprimento de seus deveres; 
b) proceder de forma incompatível com a dignidade, a 
honra e o decoro de suas funções; 
c) demonstrar escassa ou insuficiente capacidade de 
trabalho, ou apresentar comportamento funcional 
incompatível com o bom desempenho das atividades 
do Poder Judiciário. 
DEMISSÃO 
Ao Juiz não-vitalício será aplicada pena de demissão 
em caso de: 
a) falta que derive da violação às proibições contidas 
na Constituição Federal e nas leis; 
b) manifesta negligência no cumprimento dos deveres 
do cargo; 
c) procedimento incompatível com a dignidade, a 
honra e o decoro de suas funções; 
d) escassa ou insuficiente capacidade de trabalho; 
e) comportamento funcional incompatível com o bom 
desempenho das atividades do Poder Judiciário; 
 
 
Além disso, há algumas regras adicionais relativas ao 
procedimento por meio do qual essas punições podem ser aplicadas. A 
maneira como essas regras são tratadas pelo Regimento Interno não é 
muito didática, mas vou tentar explica-las a você. 
 
I - aos Desembargadores não se aplicarão as penas de advertência 
e de censura, não se incluindo nesta exceção os Juízes Titulares de Vara 
convocados pelo Tribunal para atuarem em segundo grau; 
 
Os Desembargadores não podem ser punidos com 
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advertência e censura. Se um Juiz do Trabalho for convocado para 
substituir Desembargador, porém, ele poderá receber essas punições. 
 
II - as penas previstas no art. 6º, § 1º, da Lei nº 4.898, de 
9.12.1965, são aplicáveis aos magistrados, desde que compatíveis com a 
Lei Complementar nº 35, de 14 de março de 1979; 
 
Esta lei é conhecida como Lei do Abuso de Autoridade, e as 
penas por ela mencionadas no art. 6º, § 1º são advertência, repreensão, 
suspensão do cargo pelo prazo de 5 a 180 dias, com perda de 
vencimentos e vantagens, destituição de função, demissão e demissão a 
bem do serviço público. 
Há muitas discussões sobre quais dessas penas estão 
efetivamente em vigor hoje, mas para nós não vale a pena entrar em 
detalhes sobre isso. 
 
III ± os deveres do magistrado são aqueles previstos na 
Constituição Federal, na Lei Complementar nº 35, de 1979, no Código de 
Processo Civil (art. 125) e no Código de Processo Penal (art. 251); 
 
Já falamos sobre a CF e a LOMAN. Além disso, há normas 
sobre os magistrados ainda no CPC e no CPP. 
 
IV ± na instrução do processoserão inquiridas no máximo oito 
testemunhas de acusação e até oito de defesa; 
V ± o magistrado que estiver respondendo a processo administrativo 
disciplinar só será exonerado a pedido ou aposentado voluntariamente 
após a conclusão do processo ou do cumprimento da pena; 
 
2� PDJLVWUDGR� QmR� SRGH� ³SHGLU� SUD� VDLU´� HQTXDQWR� HVWLYHU�
respondendo a processo administrativo disciplinar, nem por aposentadoria 
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e nem por exoneração. 
 
Art. 51-A. O processo terá início por determinação do Órgão 
Especial ou do Tribunal Pleno, por proposta do Corregedor no caso de 
magistrados de primeiro grau, ou do Presidente do Tribunal nos demais 
casos. 
 
Lembre-se de que as atribuições do Corregedor somente 
alcançam os Juízes do Trabalho, e por isso somente pode haver processo 
disciplinar por proposta do Corregedor quando o acusado for um Juiz. Se 
o acusado for um Desembargador, a proposta caberá ao Presidente do 
Tribunal. 
Uma vez apresentada a acusação, o Presidente do Tribunal 
entregará ao acusado, no prazo de 48h, a cópia da acusação e das provas 
apresentadas. O magistrado então terá o prazo de 15 dias para 
apresentar a defesa prévia. 
Uma vez encerrado o prazo para defesa prévia, ainda que ela 
não seja apresentada, o Presidente convocará o Órgão Especial ou 
Tribunal Pleno (dependendo da competência para julgar) para que 
decida sobre a instauração do processo. Neste julgamento o relator será, 
respectivamente, o Corregedor ou o Presidente do Tribunal. 
O Órgão Especial julga os Juízes do Trabalho, e o Tribunal 
Pleno julga os Desembargadores, sempre pela decisão da maioria 
absoluta de seus membros. Guarde bem essa informação, ok? Ela é 
muito importante! 
 
 
 
 
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Para os processos administrativos disciplinares e para a 
aplicação de quaisquer penalidades é competente o Órgão Especial em 
relação aos juízes de primeiro grau, e o Tribunal Pleno em relação aos 
Desembargadores, cujas decisões serão tomadas por maioria absoluta 
de seus membros. 
 
Uma vez instaurado o processo, ele deverá ser concluído no 
prazo de 140 dias. Esse prazo pode ser prorrogado até o dobro ou mais, 
quando a demora decorrer do exercício do direito de defesa. 
Na ocasião da instauração deve ainda ser sorteado o Relator 
do processo disciplinar. O Relator determinará a citação do magistrado 
para apresentar defesa em 5 dias. 
Outra atribuição do Relator é decidir sobre a produção das 
provas requeridas pelo acusado, determinando de ofício as que entender 
necessárias, podendo ainda delegar poderes para colher as provas ao 
magistrado de categoria superior à do acusado, quando este for 
magistrado de primeiro grau. 
Uma vez concluída a fase de instrução, o Ministério Público e o 
magistrado acusado (ou seu advogado) terão vista dos autos por 10 dias, 
para parecer e razões. 
Na sessão de julgado o Relator apresentará seu relatório, 
serão ouvidas as sustentações orais e serão colhidos os votos. 
Se o Órgão Especial ou o Tribunal Pleno concluírem que há 
indícios de crime da ocorrência de crime de ação pública, o Presidente do 
Tribunal deverá remeter cópia dos autos ao Ministério Público. 
 
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Art. 52. A demissão do magistrado não-vitalício, na hipótese de 
violação das vedações dos incisos I a IV do parágrafo único do artigo 95 
da Constituição Federal, será precedida de processo administrativo, 
observando-se o disposto no artigo anterior e o que segue: 
I ± ao Juiz não-vitalício será aplicada pena de demissão em caso de: 
a) falta que derive da violação às proibições contidas na Constituição 
Federal e nas leis; 
b) manifesta negligência no cumprimento dos deveres do cargo; 
c) procedimento incompatível com a dignidade, a honra e o decoro 
de suas funções; 
d) escassa ou insuficiente capacidade de trabalho; 
e) comportamento funcional incompatível com o bom desempenho 
das atividades do Poder Judiciário; 
II ± o processo disciplinar será, a qualquer tempo, instaurado dentro 
do biênio inicial previsto na Constituição Federal, mediante indicação do 
Corregedor ao Órgão Especial, seguindo, no que lhe for aplicável, o 
disposto neste Regimento; 
III ± o recebimento da acusação pelo Órgão Especial suspenderá o 
curso do prazo de vitaliciedade; 
IV ± poderá o Órgão Especial, entendendo não ser o caso de pena de 
demissão, aplicar as de remoção compulsória, censura ou advertência, 
vedada a de disponibilidade; 
V ± no caso de aplicação das penas de censura ou remoção 
compulsória, o juiz não-vitalício ficará impedido de ser promovido ou 
removido enquanto não decorrer prazo de um ano da punição imposta; 
VI ± somente pelo voto da maioria absoluta dos integrantes do 
Órgão Especial será negada a confirmação do magistrado na carreira; 
VII ± negada a vitaliciedade, o Presidente do Tribunal expedirá o ato 
de exoneração. 
 
As hipóteses de demissão apenas se aplicam ao magistrado 
que ainda não se tornou vitalício, ou seja, ao Juiz do Trabalho substituto, 
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que ainda está cumprindo estágio probatório. As vedações previstas nos 
incisos I a IV do parágrafo único do art. 95 da Constituição Federal são as 
seguintes: 
a) exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou 
função, salvo uma de magistério; 
b) receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou 
participação em processo; 
c) dedicar-se à atividade político-partidária; e 
d) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou 
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, 
ressalvadas as exceções previstas em lei. 
 
O procedimento para apuração dessas faltas deve obedecer às 
normas das resoluções do Conselho Nacional de Justiça e, de forma 
subsidiária, as normas da Lei no 8.112/1990 e da Lei no 9.784/1999. 
Além disso, o Regimento Interno traz algumas normas 
específicas acerca desse procedimento, que constam no art. 52-A. Não é 
nada muito diferente do procedimento que já estudamos, mas é 
importante que você leia o dispositivo com atenção, ok? 
 
Art. 52-A. O procedimento para a apuração das faltas observará as 
normas fixadas nas Resoluções do Conselho Nacional de Justiça e, 
subsidiariamente, as normas e os princípios das Leis nº 8.112/90 e 
9.784/99, assim como o que segue: 
I ± o Corregedor, no caso de magistrados de primeiro grau, ou o 
Presidente do Tribunal, nos demais casos, que tiver ciência de 
irregularidade é obrigado a promover a apuração imediata dos fatos; 
II ± o Corregedor, no caso de magistrados de primeiro grau, ou o 
Presidente do Tribunal, nos demais casos, poderá arquivar, de plano, 
qualquer representação; 
III - das decisões previstas nos dois incisos anteriores caberá 
recurso no prazo de quinze dias ao Órgão Especial ou ao Tribunal 
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Pleno, observada a respectiva competência, por parte do autor da 
representação. 
§ 1º As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, 
desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e 
sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade. 
§ 2º Apurados os fatos, o magistrado será notificado para, no prazo 
de cinco dias, prestar informações. 
§ 3º Mediante decisão fundamentada, a autoridade competente 
ordenará o arquivamento do procedimento preliminar caso não haja 
indícios de materialidade ou de autoria de infração administrativa. 
§ 4º Quando o fato narrado não configurar evidente infração 
disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada de plano pelo 
Corregedor, no caso de magistrados de primeiro grau, ou pelo Presidente 
do Tribunal, nos demais casos. 
 
Já deixei isso claro algumas vezes, mas vou enfatizar 
novamente: a atuação do Corregedor está relacionada à conduta dos 
Juízes do Trabalho, ou seja, aos magistrados de primeiro grau. Quando 
estamos falando da apuração de irregularidades cometidas por 
Desembargadores, as atribuições são exercidas pelo Presidente do 
Tribunal. 
Tendo notícia de irregularidade cometida por magistrado, 
portanto, caberá ao Corregedor ou ao Presidente promover a apuração 
dos fatos. Se for o caso de representação, ele poderá também arquivá-la 
de plano, quando não houver fundamento. 
Em qualquer desses casos cabe recurso ao Órgão Especial 
(caso o magistrado em jogo seja Juiz do Trabalho) ou ao Tribunal Pleno 
(caso seja Desembargador). 
 
Art. 53. Quando, pela natureza ou gravidade da infração penal, for 
recebida denúncia ou queixa-crime contra magistrado, o Órgão Especial 
ou o Tribunal Pleno poderá, em decisão tomada por voto de dois 
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Esse processo pode ter início a requerimento do magistrado, 
por determinação do Presidente do Tribunal, de ofício, por deliberação do 
Órgão Especial ou mediante provação da Corregedoria. 
O prazo para conclusão do processo é de 60 dias, durante os 
quais o magistrado ficará afastado das funções. Tratando-se de 
incapacidade mental, o Presidente do Tribunal deverá nomear um 
curador, independentemente da defesa que o próprio magistrado queira 
oferecer, pessoalmente ou por meio de procurador. 
 
2. DA DIREÇÃO DO FORO 
 
Art. 61. Nas cidades providas de mais de uma Vara do Trabalho, 
competirá ao Órgão Especial designar, anualmente, na sessão ordinária 
do mês de novembro, o juiz que exercerá a Direção do Foro. 
 
$� H[SUHVVmR� ³IRUR´� SRGH� VHU� XWLOL]DGD�QR�'LUHLWR�3URFHVVXDO�
com vários significados diferentes. Aqui, você deve entender o foro como 
o local onde estão reunidas as Varas do Trabalho de uma determinada 
localidade. 
Nas cidades em que houver mais de uma Vara do Trabalho, 
portanto, haverá um Diretor do Foro, que deve ser designado 
anualmente, sempre no mês de novembro. 
Nas suas faltas e impedimentos, o Diretor do Foro será 
substituído pelo Juiz mais antigo na titularidade de Vara. 
No caso específico do foro de Porto Alegre, em razão da sua 
complexidade, há também a figura do Vice-Diretor do Foro. Este 
obviamente será o substituto do Diretor. 
 
 
Art. 63. Compete ao Diretor do Foro: 
I - supervisionar o Serviço de Distribuição de Feitos, a Central de 
Mandados, a Contadoria Judiciária e os demais setores integrantes do 
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concedidas na forma prevista em lei. 
 
Você sabia que os magistrados têm direito a férias de 60 dias 
por ano!? Isso mesmo! Os magistrados têm um período maior de férias, e 
isso se explica por uma razão muito simples: os deveres do magistrado 
não se restringem a um horário de trabalho específico. Eles não estão 
sujeitos a limitação de jornada, e devem estar disponíveis sempre que 
sua atuação for necessária. 
O acúmulo de períodos de férias somente pode ocorrer 
quando houver imperiosa necessidade do serviço. O Regimento inclusive 
determina que a designação dos períodos em que o magistrado tirará 
férias deve subordinar-se ao interesse dos serviço e, quando possível, à 
conveniência de cada um. 
A organização da escala de férias dos Juízes de primeiro grau 
cabe à Corregedoria, que deve ouvir os interessados, organizar a escala e 
encaminhá-la à apreciação do Órgão Especial. 
 
Art. 66. No Tribunal, os Desembargadores não poderão entrar em 
gozo de férias, simultaneamente, em número que comprometa o quorum 
de julgamento de qualquer dos órgãos julgadores da Corte. 
 
Lá nas nossas primeiras aulas você aprendeu que o Tribunal 
Pleno é composto por 48 Desembargadores, e que para a instalação das 
suas sessões é necessária a presença de mais da metade dos seus 
membros, certo? 
Pois bem, agora imagine que dos 48 Desembargadores, 
tivéssemos 30 tirando férias no mês de março. Os trabalhos do Pleno 
ficariam inviabilizados, não é mesmo? Por isso é proibido que 
Desembargadores tirem férias ao mesmo tempo de modo a inviabilizar os 
trabalhos de qualquer dos órgãos julgadores. 
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Além disso, o Regimento Interno também proíbe que o 
Presidente e o Vice-Presidente gozem férias ao mesmo tempo, bem 
como o Corregedor e o Vice-Corregedor. 
 
Art. 67. O magistrado em férias poderá proferir decisões em 
processos que, antes das férias, lhe hajam sido conclusos para 
julgamento ou tenham recebido o seu visto como Relator ou Revisor. 
 
A regra aqui é basicamente no sentido de que um trabalho 
inconcluso pode ser concluído pelo Desembargador, mesmo que ele esteja 
em férias. É o caso dos autos que já estão prontos para serem julgados 
por ele, ou dos processos em que ele já está atuando como relator ou 
revisor (estudaremos essas figuras mais adiante, ok?). 
 
Art. 69. As licenças para tratamento de saúde serão concedidas 
mediante laudo de médico do Tribunal ou laudo ratificado por médico do 
Tribunal, facultando-se, em qualquer hipótese, as diligências acaso 
cabíveis. 
 
As diligências aqui mencionadas poderão consistir, por 
exemplo, em exames específicos ou perícias médicas. 
 
4. DAS CONVOCAÇÕES E SUBSTITUIÇÕES 
 
Art. 70. As convocações dos Juízes do Trabalho para atuar no 
Tribunal observarão as regras fixadas na Resolução Administrativa 
respectiva. 
 
Em casos de afastamento ou impedimento de 
Desembargadores, podem ser convocados Juízes dos Trabalho para 
substituí-los no Tribunal. 
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Os Juízes convocados, porém, não podem tomar parte em 
eleições. Eles não podem, por exemplo, votar para escolher os ocupantes 
dos cargos de direção, e nem para escolher Juízes para promoção ou 
convocação. 
Em razão dessa limitação, o Regimento Interno permite que o 
Desembargador, mesmo em gozo de férias ou licença,participe das 
eleições. Os procedimentos para isso estão no art. 71. 
 
Art. 71. Os Desembargadores efetivos do Tribunal, ainda que em 
gozo de férias ou licença, não estão impedidos de participar das eleições a 
que se refere o artigo anterior, podendo ser convocados para participar de 
decisão administrativa sempre que, a juízo do Tribunal, a questão seja 
considerada de relevância para os interesses da Administração. 
§1º Para os fins deste artigo, ser-lhes-á dirigida comunicação 
escrita, com a necessária antecedência, sobre a data e a finalidade da 
sessão a ser realizada 
§ 2° Nas ausências ou impedimentos temporários, as substituições 
no Tribunal, ressalvadas as já previstas por este Regimento Interno, se 
darão: 
I ± A Presidência e a Corregedoria, no caso de impedimento ou 
ausência dos integrantes da Administração, pelos Desembargadores do 
Tribunal, pela ordem de antiguidade; 
II ± O Presidente de Comissão pelo mais antigo dentre seus 
membros. 
 
 
 
 
 
5. RESUMO DO CONCURSEIRO 
 
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a) falta que derive da violação às proibições contidas 
na Constituição Federal e nas leis; 
b) manifesta negligência no cumprimento dos deveres 
do cargo; 
c) procedimento incompatível com a dignidade, a 
honra e o decoro de suas funções; 
d) escassa ou insuficiente capacidade de trabalho; 
e) comportamento funcional incompatível com o bom 
desempenho das atividades do Poder Judiciário; 
 
Para os processos administrativos disciplinares e para a 
aplicação de quaisquer penalidades é competente o Órgão Especial em 
relação aos juízes de primeiro grau, e o Tribunal Pleno em relação aos 
Desembargadores, cujas decisões serão tomadas por maioria absoluta 
de seus membros. 
 
Quando for recebida denúncia ou queixa-crime contra 
magistrado, o Órgão Especial ou o Tribunal Pleno poderá, em decisão 
tomada por voto de dois terços de seus membros, determinar o 
afastamento do cargo do magistrado denunciado. 
 
 
 
Aqui se encerra o assunto da nossa aula de hoje. A seguir 
estão questões de concursos anteriores que tratam dos assuntos que 
estudamos hoje. Ao final, incluí a lista das questões sem os comentários. 
 
Grande abraço! 
 
Paulo Guimarães 
professorpauloguimaraes@gmail.com 
www.facebook.com/pauloguimaraesfilho 
6. QUESTÕES COMENTADAS 
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4. TRE-GO ± Analista Judiciário ± 2009 ± Cespe (adaptada). 
Compete ao TRT da 4a Região aplicar penas disciplinares de advertência, 
suspensão e demissão aos juízes do trabalho. 
 
COMENTÁRIOS: Opa! Na nossa lista de penas disciplinares não há a 
suspensão, não é mesmo!? 
 
GABARITO: E 
 
 
5. TRT 18ª Região (GO) ± Técnico Judiciário ± 2013 ± FCC 
(adaptada). O Regimento Interno do Tribunal Regional do Trabalho da 4a 
Região permite a instauração de Processo Disciplinar contra Magistrado de 
Primeiro Grau por iniciativa do Corregedor, de ofício. 
 
COMENTÁRIOS: O processo terá início por determinação do Órgão 
Especial ou do Tribunal Pleno, por proposta do Corregedor no caso de 
magistrados de primeiro grau, ou do Presidente do Tribunal nos demais 
casos, nos termos do art. 51-A. 
 
GABARITO: E 
 
 
6. TRT 21ª Região (RN) ± Técnico Judiciário ± 2010 ± Cespe 
(adaptada). Caso seja verificada falta disciplinar por parte de um juiz 
do trabalho, caberá ao presidente do TRT/4ª Região a aplicação da 
penalidade, se for o caso. 
 
COMENTÁRIOS: Sei que você não vai esquecer isso, mas vamos lá, mais 
uma vez: o Órgão Especial aplica penalidades a magistrados de primeiro 
grau, e o Tribunal Pleno a Desembargadores. 
 
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GABARITO: E 
 
 
7. TRE-AL ± Técnico Judiciário ± 2010 ± FCC (adaptada). A decisão, 
no sentido da penalização do Magistrado, será tomada pelo voto da 
maioria simples dos membros do Tribunal Pleno ou do Órgão Especial, 
a depender de quem seja o magistrado condenado. 
 
COMENTÁRIOS: Essa decisão precisa ser tomada pela maioria absoluta 
dos componentes desses órgãos julgadores. 
 
GABARITO: E 
 
 
8. (inédita). Se, no curso de processo administrativo disciplinar contra 
magistrado, o acusado mudar de residência, deverá comunicar o fato ao 
Diretor-Geral da Secretaria, informando o endereço onde receberá 
citações, notificações ou intimações. 
 
COMENTÁRIOS: O erro aqui está no destinatário da informação. Na 
realidade, neste caso o acusado deve informar seu novo endereço ao 
Relator do processo disciplinar, ao Corregedor e ao Presidente do 
Tribunal. 
 
GABARITO: E 
 
 
9. (inédita). Quando, pela natureza ou gravidade da infração penal, for 
recebida denúncia ou queixa-crime contra magistrado, o Órgão Especial 
ou o Tribunal Pleno poderá, em decisão tomada por voto da maioria 
absoluta de seus membros, determinar o afastamento do cargo do 
magistrado denunciado. 
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 COMENTÁRIOS: Realmente existe a previsão de afastamento quando 
houver denúncia ou queixa-crime contra o magistrado, mas essa medida 
só pode ser adotada quando houver o voto favorável de dois terços dos 
membros do respectivo órgão julgador. 
 
GABARITO: E 
 
 
10. (adaptada). O processo para verificação de invalidez de magistrado 
pode ter início a requerimento do magistrado, por determinação do 
Presidente do Tribunal, de ofício, por deliberação do Órgão Especial e, 
ainda, mediante provocação da Corregedoria. 
 
COMENTÁRIOS: Perfeito! Este é o art. 58 do Regimento Interno. 
 
GABARITO: C 
 
 
11. (inédita). A designação de um Juiz do Trabalho para exercer a 
Direção do Foro somente é necessária nas cidades em que houver mais 
de uma Vara do Trabalho, e somente em Porto Alegre há a função de 
Vice-Diretor. 
 
COMENTÁRIOS: Perfeito! Essas informações estão no art. 61, caput e § 
2º. 
 
GABARITO: C 
 
 
 
 
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7. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
 
1. TRT 12ª Região (SC) ± Analista Judiciário ± 2013 ± FCC 
(adaptada). Quanto ao procedimento para apuração de infrações 
cometidas por magistrados, o Regimento Interno assegura ao acusado 
o prazo de 15 dias para defesa prévia. 
 
2. TRF 1ª Região ± Analista Judiciário ± 2001 ± FCC (adaptada). Ao 
corregedor regional compete impor as penas de censura e advertência 
aos juízes inferiores. 
 
3. TRE-AL ± Analista Judiciário ± 2010 ± FCC (adaptada). A pena de 
advertência será aplicada no caso de negligência no cumprimento dos 
deveres do cargo. 
 
4. TRE-GO ± Analista Judiciário ± 2009 ± Cespe (adaptada). 
Compete ao TRT da 4a Região aplicar penas disciplinares de advertência, 
suspensão e demissão aos juízes do trabalho.5. TRT 18ª Região (GO) ± Técnico Judiciário ± 2013 ± FCC 
(adaptada). O Regimento Interno do Tribunal Regional do Trabalho da 4a 
Região permite a instauração de Processo Disciplinar contra Magistrado de 
Primeiro Grau por iniciativa do Corregedor, de ofício. 
 
6. TRT 21ª Região (RN) ± Técnico Judiciário ± 2010 ± Cespe 
(adaptada). Caso seja verificada falta disciplinar por parte de um juiz 
do trabalho, caberá ao presidente do TRT/4ª Região a aplicação da 
penalidade, se for o caso. 
 
 
 
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7. TRE-AL ± Técnico Judiciário ± 2010 ± FCC (adaptada). A decisão, 
no sentido da penalização do Magistrado, será tomada pelo voto da 
maioria simples dos membros do Tribunal Pleno ou do Órgão Especial, 
a depender de quem seja o magistrado condenado. 
 
8. (inédita). Se, no curso de processo administrativo disciplinar contra 
magistrado, o acusado mudar de residência, deverá comunicar o fato ao 
Diretor-Geral da Secretaria, informando o endereço onde receberá 
citações, notificações ou intimações. 
 
9. (inédita). Quando, pela natureza ou gravidade da infração penal, for 
recebida denúncia ou queixa-crime contra magistrado, o Órgão Especial 
ou o Tribunal Pleno poderá, em decisão tomada por voto da maioria 
absoluta de seus membros, determinar o afastamento do cargo do 
magistrado denunciado. 
 
10. (adaptada). O processo para verificação de invalidez de magistrado 
pode ter início a requerimento do magistrado, por determinação do 
Presidente do Tribunal, de ofício, por deliberação do Órgão Especial e, 
ainda, mediante provocação da Corregedoria. 
 
11. (inédita). A designação de um Juiz do Trabalho para exercer a 
Direção do Foro somente é necessária nas cidades em que houver mais 
de uma Vara do Trabalho, e somente em Porto Alegre há a função de 
Vice-Diretor. 
 
12. (inédita). Uma vez designado para exercer a Direção do Foro, o Juiz 
do Trabalho ficará afastado das suas atividades jurisdicionais. 
 
 
 
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13. (inédita). O Regimento Interno do TRT da 4a Região assegura aos 
magistrados a prerrogativa de escolher livremente quando gozarão de 
férias. 
 
14. (inédita). Os Desembargadores efetivos do Tribunal, ainda que em 
gozo de férias ou licença, não estão impedidos de participar de atos 
eletivos do Tribunal, em que pese haver Juiz convocado para substitui-lo. 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
1. C 8. E 
2. E 9. E 
3. C 10. C 
4. E 11. C 
5. E 12. E 
6. E 13. E 
7. E 14. C 
 
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