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Lesão, adaptação, morte celular e envelhecimento

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PATOLOGIA GERAL – LESÃO, ADAPTAÇÃO, MORTE CELULAR E ENVELHECIMENTO 
1- Visão geral das respostas celulares ao estresse e aos estímulos nocivos 
Quando uma célula encontra um estresse fisiológico ou estímulo patológico, pode sofrer uma adaptação, alcançando um novo estado constante, preservando sua viabilidade e função. As principais respostas adaptativas são hipertrofia, hiperplasia, atrofia e metaplasia. Se a capacidade adaptativa é excedida ou se o estresse extremo é inerentemente nocivo, desenvolve-se lesão celular. Dentro de certos limites, a lesão é reversível e as células retornam a um estado basal estável; entretanto, um estresse grave, persistente e de início rápido resultam em lesão irreversível e morte das células afetadas. 
2- Adaptações celulares ao estresse
Hipertrofia, hiperplasia, atrofia e metaplasia.
3- Visão geral da lesão e morte celular
Lesão celular reversível são feitas se o estímulo nocivo for removido. Nesse estágio, embora existam anomalias estruturais e funcionais significativas, a lesão ainda não progrediu para um dano severo à membrana e dissolução nuclear. As duas principais características morfológicas da lesão celular reversível são a tumefação celular e a degeneração gordurosa. A tumefação celular é resultado da falência das bombas de íons dependentes de energia na membrana plasmática, levando a uma incapacidade de manter a homeostasia iônica e líquida.
Morte celular com a persistência do dano, a lesão torna-se irreversível e, com o tempo, a célula não se recupera e morre. Necrose é o tipo de morte celular que está associado à perda da integridade da membrana e extravasamento dos conteúdos celulares, culminando na dissolução das células, resultante da ação degradativa de enzimas nas células lesadas letalmente. Os conteúdos celulares que escapam sempre iniciam uma reação local do hospedeiro, conhecida como inflamação, no intuito de eliminar as células mortas e iniciar o processo de reparo subsequente. 
- Dano e disfunção mitocondrial: componentes críticos da lesão e morte celular porque falha na fosforilação oxidativa leva a depleção progressiva de ATP, culminando na necrose da célula; Fosforilação oxidativa anormal leva também à formação de espécies reativas de oxigênio, com muitos efeitos deletérios; as mitocôndrias contêm também várias proteínas que, quando liberadas para o citoplasma, informam à célula que há uma lesão interna e ativam a via de apoptose. 
-Apoptose em situações fisiológicas: destruição programada de células durante a embriogênese, involução de tecidos hormônios-dependentes sob provação hormonal, perda celular em populações proliferativas, mantendo assim um número constante, morte de células que já tenham realizado sua função, etc. Em condições patológicas, lesão no DNA, acúmulo de proteínas anormalmente dobradas, lesão celular em certas infecções e atrofia patológica de órgãos.
- Acúmulos intracelulares: em algumas circunstâncias, as células podem acumular quantidades anormais de várias substâncias que podem ser inofensivas ou associadas com vários graus de lesão. Remoção inadequada de uma substância normal, acúmulo de uma substância endógena anormal resultante de defeitos adquiridos ou genéticos no seu dobramento, deficiência em degradar um metabólito devido a defeito herdado em uma enzima ou depósito e acúmulo de uma substância exógena anormal quando a célula não possui maquinaria enzimática para degradar a substância. 
ENVELHECIMENTO CELULAR 
É resultado do declínio progressivo do tempo de vida e da capacidade funcional das células. Algumas síndromes de envelhecimento estão associadas com defeitos nos mecanismos de reparo do DNA. O envelhecimento está associado à progressiva senescência replicativa das células. As células de crianças têm a capacidade de sofrer mais ciclos de replicação do que as células de pessoas mais velhas (quando as células envelhecem, seus telômeros tornam-se mais curtos e saem do ciclo celular, resultando em inabilidade de gerar novas células para substituir as células lesadas).

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