CIÊNCIA POLÍTICA- Questionário

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CIÊNCIA POLÍTICA 
PROVA 1ºAV.
1-Segundo Immanuel Kant qual a definição de ciência?
R: Na definição racionalista de Immanuel Kant, “por ciência se há de tomar toda série de conhecimentos sistematizados ou coordenados mediante princípios”.
2- Quais as três variantes do conhecimento?
R: Conhecimento empírico ou vulgar, conhecimento não unificado; conhecimento científico, conhecimento parcialmente unificado e conhecimento filosófico, conhecimento totalmente unificado.
3- Para Pierre Bourdieu o que é o campo científico?
R: O campo científico, enquanto sistema de relações objetivas entre posições adquiridas (em lutas anteriores) é o lugar, o espaço de jogo de uma luta concorrencial.
4- O que está em jogo nessa luta?
R: O que está em jogo especificamente nessa luta é o monopólio da autoridade científica definida, de maneira inseparável, como capacidade técnica e poder social; ou, se quisermos, o monopólio da competência científica, compreendida enquanto capacidade de falar e de agir legitimamente (isto é, de maneira autorizada e com autoridade), que é socialmente outorgada a um agente determinado.
5- O que é o campo?
R: Universo no qual estão inseridos os agentes e as instituições que os produzem, reproduzem ou difundem...é um mundo social, mas obedece a leis mais específicas.
6- Quais as três dificuldades enfrentadas pelos cientistas?
R: Linguagem: Os mesmos termos tem interpretações e significados diferentes entre países e escolas. Ex: Estado; Objeto: É impossível fixar leis uniformes e invariáveis devido à mutabilidade de que se serve o cientista social. O Olhar do Pesquisador: Existe certa impossibilidade do observador se neutralizar diante do fenômeno que observa. A consciência não raro se liga ao fenômeno.
7- Qual o objeto da Ciência Política?
R: Acontecimentos Políticos, Instituições Políticas, Ideias Políticas.
8- Em que dimensões esses três elementos são estudados?
R: A filosófica, a Sociológica e a Jurídica.
9- O que é discutido na dimensão filosófica da ciência política?
R: Discute-se: Origem, a essência, a justificação, os fins do Estado e das Instituições Sociais.
10- Na dimensão sociológica o que busca-se fazer?
R: Nesta dimensão busca-se fazer uma avaliação da legitimação do poder, da forma como é exercido e as consequências desse no meio social.
11- Quem é o expoente que lançou as bases da Política Científica?
R: Max Weber.
12- O que seria a política?
R: A Política seria... “o conjunto de esforços feitos com vista a participar do poder ou a influenciar a divisão do poder, seja entre estados seja no interior de um único Estado”.
13- O que Weber analisou?
1.A racionalização do poder; 2.A legitimação das bases sociais em que repousa o poder; 3.A influencia e natureza da burocracia; 4.Investigou o regime político e partidos políticos; 5.Investigou as formas legitimas de autoridade (tradicional, carismática e legal).
14- Como funciona a Dimensão Jurídica?
R: Nesta corrente, autores como Hans Kelsen vão banir dos Estado todas as implicações de ordem moral, ética, histórica, sociológica criando o Estado como puro conceito restritamente jurídico. Ou seja, ESTADO = DIREITO. Tem sido também a Ciência Política objeto de estudo que a reduz ao Direito Político, a simples corpo de normas.
5- No estudo entre Estado e Direito quais as opiniões dos três grupos doutrinários que disputam entre si a primazia no campo doutrinário?
R: Teoria Monista: Também chamada de estatismo jurídico, segundo a qual o Estado e o Direito confundem-se em uma só realidade. Teoria Dualística: Também chamada pluralística, que sustenta serem o Estado e o Direito duas realidades distintas, independentes e inconfundíveis.. Provem do Estado apenas o Direito positivo, mas não o natural as regras sociais e etc. Teoria do Paralelismo: Segundo a qual o Estado e Direito são realidades distintas, porém necessariamente interdependentes. Adotou a concepção racional da graduação da positividade jurídica, defendida com raro brilhantismo pelo eminente mestre de Filosofia do Direito na Itália, Giorgio Del Vecchio.
16- Segundo Maquiavel, o que significa Virtú?
R:Astúcia e Sabedoria. Conjunto de adjetivos que todo príncipe deve ter se quiser conquistar e manter estados. É tida como indispensável ao bom príncipe.
17- Segundo Maquiavel, o que significa Fortuna?
R: Suscetível à eventualidade. A fortuna representaria o imponderável, o acaso, algo que os homens não poderiam prever e que, por isso mesmo, poderia lhes ser fatal caso os pegasse desprevenidos. É preciso olhar adiante e se precaver contra a volatilidade dos tempos. É preciso ter em conta o acaso e o imponderável nos negócios humanos.
18- Para Maquiavel como é tida a natureza humana? 
R: Para Maquiavel os homens são ingratos, volúveis, dissimulados, simuladores, invejosos, ambiciosos, maldosos, ávidos de vantagens entre outros.
19- Qual o significado e a importância da Virtú e Fortuna para um bom governante?
R: Segundo o pensamento do politico Maquiavel para ser um bom governante é necessário ter entre seus atributos virtú e fortuna. Virtú significa astúcia e sabedoria, e trata-se da capacidade do príncipe em controlar as ocasiões e acontecimento do seu governo, das questões do principado. O governante com grande Virtù constrói uma estratégia eficaz de governo capaz de sobrestar as dificuldades impostas pela imprevisibilidade da história. Já fortuna significa suscetível à eventualidade, diz respeito às circunstâncias, ao tempo presente e às necessidades do mesmo: a sorte individual. Observa-se que a Fortuna não pode ser vista como um obstáculo ao governante, mas um desafio político que deve ser conquistado e atraído. 
21- Explique as duas correntes de pensamento sobre a formação da sociedade.
R: No estudo da ciência política há duas correntes teóricas que buscam explicar a formação da sociedade: A Teoria Naturalista e a Teoria Contratualista.
A Teoria Naturalista defende a ideia de uma sociedade natural, ou seja, é fruto da própria natureza humana. Tem como um de seus percursores o filósofo Aristóteles que observa que o homem é um ser que necessita de coisas e dos outros, sendo, por isso, um ser carente e imperfeito, buscando a comunidade para alcançar a completude. E a partir disso, ele deduz que o homem é naturalmente político. Mas é consenso entre os teóricos do Naturalismo que o homem busca a cooperação entre seus iguais com certos objetivos.
Contrapondo-se há a Teoria Contratualista em que a sociedade surge a partir de um acordo mútuo, consensuado e ratificado – mesmo que hipotético – visando sua junção sob os mesmos objetivos. Entre seus defensores está Thomas Hobbes, para ele o homem é artífice de seu destino, não Deus ou a natureza e somente por meio do contrato pode o homem organizarse em sociedade.
20-Como Hobbes justifica o poder absoluto?
R: Para justificar o poder absoluto, Hobbes parte da descrição do estado de natureza: o homem não é naturalmente sociável como pretende a doutrina aristotélica. Cada homem alimenta em si a ambição do poder, a tendência para o domínio sobre os outros homens, que só cessa com a morte. Só triunfam a força e a astúcia. E para saírem desse estado caótico, todos indivíduos teriam cedido os seus direitos a um homem ou a uma assembleia de homens.