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Seminário de Infectologia reformulado (1) (1)

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Conceitos e histórico de imunização/ Calendário básico de vacinação
Gustavo Tonon Domingos e Marilza Lopes Carvalho
Conceitos de Imunização
Imunização – Estimulação deliberada da resposta imune adaptativa. 
Vacinação – Método de estimulação de resistência a doenças infecciosas utilizando microorganismos ou partículas desses. 
Adjuvantes – Moléculas que aceleram e aumentam a respostas imunes antígeno-específica. Exemplo: citocinas, hidróxido de alumínio
Tipos de imunização
Imunização ativa 
Ocorre quando o próprio sistema imune do individuo ao entrar em contato com uma substância estranha ao organismo, responde produzindo anticorpos e células imunes (linfócitos +) . Esse tipo de imunização pode durar por vários anos ou por toda a vida.Os dois meios de se adquirir imunidades ativas são contraindo uma doença infecciosa e a vacinação
Imunização passiva
É obtida pela transferência ao individuo de anticorpos produzidos por um animal ou outro ser humano. Produz uma rápida e eficiente proteção, sendo temporária, podendo durar poucas semanas ou meses. Ex: passagens de anticorpos da mãe para o feto através da placenta e o leite materno. Essa transferência de anticorpos ocorre nos últimos 2 meses de gestação, para uma boa imunidade da criança durante seu primeiro ano de vida.
Tipos de imunização
Outros exemplos de imunização passiva
A transfusão de sangue também é um exemplo de imunidade passiva por que todos os tipos de produtos sanguíneos (sangue total, plasma, hemácias, plaquetas etc) contêm anticorpos.
A água também é um exemplo de imunização passiva se deixarmos de tomar, vai desidratar o organismo, diminuído a imunidade, pois a água melhora a resistência física e retira as impurezas do organismo, prevenindo doenças. 
Classificação das vacinas
Vacinas vivas atenuadas
Compostas de microrganismos vivos atenuados em laboratório( modificados em sua estrutura para não causar infecção) que devem ser capazes de multiplicarem-se no organismo hospedeiro para que possa ocorrer a estimulação de uma resposta imune. Exemplo : Sarampo, caxumba, rubéola, pólio-Sabin, febre amarela, varicela, BCG.
Vírus da gripe aviária
Classificação de vacinas
Vacinas inativadas
Compostas de microrganismos inativados, o que significa que estes estão mortos, logo incapazes de multiplicarem-se. A resposta imune à vacina inativada é principalmente humoral (as imunoglobulinas, sintetizadas por plasmócitos). Exemplos: DPT (Vacina acelular contra Difteria, Tétano e Coqueluche), hepatite A, hepatite B, raiva, pneumococo, meningococo, influenza, haemophilus do tipo-b, febre tifóide, cólera.
Geração de vacinas
Vacinas de primeira geração : Vacinas compostas por patógenos vivos atenuados ou inativados. Ex: Pólio, Sarampo, Raiva. 
Vacinas de segunda geração: Vacinas compostas por proteínas recombinantes. Ex: Hepatite B
Vacinas de terceira geração: Vacinas compostas por genes, pedaços do DNA, que codificam importantes imunógenos. Ex: Vacina de gene que codifica uma nucleoproteína do vírus Influenza
Cobertura de Vacinação
 Calcula-se a cobertura de vacinação dividindo o número de vacinados num grupo etário com determinada vacina pelo número de pessoas contidas neste grupo etário, multiplicando por 100. 
Para se calcular este indicador, utiliza-se os dados de vacinação produzidos no próprio serviço a partir dos registros de doses aplicadas, e as estimativas de população calculadas a partir de dados dos censos.
HISTÓRICO DA IMUNIZAÇÃO 
NO SÉC. XI na China
Os primeiros casos de imunização ocorreram na China
Chineses trituravam as cascas das feridas produzidas pela varíola e sopravam com um pó através de um cano de bambu diretamente na narina das crianças,
Essa técnica foi aprimorada e é conhecida mundialmente como variolização.
A vacinação se inicia em 1796
 Nesse ano, o naturalista e medico britânico Edward Jenner elaborou a primeira vacina, que era contra vírus da varíola. Jenner percebeu nas tetas das vacas algumas lesões idênticas as dos humanos portadores da varíola e notou, que as mulheres que ordenhavam tais vacas tinham varíola, porem desenvolvia uma versão mais leve da doença. Com isso o medico fez alguns experimentos e chegou a conclusão de ser possível preparar um individuo previamente contra o acometimento de certos microorganismos. 
Início da imunização no Brasil
1799 –D. Pedro I, com 1 ano de idade é imunizado contra a varíola – vacina vinda da Europa
1804 – Marquês de Barbacena traz a vacina para o Brasil para ser testada, e na travessia do Atlântico vários escravos adoeceram e eram obrigados a fazer um corte no braço e encostar o ferimento no corpo do outro para assim transmitir o vírus
1885 – Cientista francês – LOUIS PASTEUR, comunica a descoberta do imunizante contra a raiva
1904 – Para erradicar a varíola no Brasil, o sanitarista Oswaldo Cruz convence o Congresso Brasileiro a aprovar a Lei da Vacina Obrigatória, que permite ás brigadas sanitárias entrarem nas casas acompanhadas de policiais para aplicá-la a força. A lei causa indignação na população do Rio de Janeiro que se rebela dando início a REVOLTA DA VACINA.
1909 – Instituto Pasteur comunica na França a criação da vacina contra TB – BCG. 
1925- primeira vacina bacteriana atenuada introduzida no Brasil.
1936 – Fundação Rockfeller cria a cepa 17D da Febre Amarela, um vírus atenuado por passagem em cérebro de rato e em embrião de galinha. No ano seguinte ela é testada no Brasil.
1942 – Os imunizantes contra Tétano, Difteria e a Coqueluche são reunidos numa única vacina a DPT ou Tríplice, o 1º no mundo a imunizar contra mais de um microorganismo 
1949 – Jonas Salk, desenvolve vacina contra a Pólio a partir de vírus mortos. No mesmo ano, Albert Sabin cria a vacina atenuada contra a Pólio a 1ª a ser aplicada via oral.
1974 – Nesse ano, uma epidemia de meningite meningocócica toma conta de regiões de SP e RJ
1980 – OMS declara a varíola erradicada do mundo. O Brasil adota as campanhas de vacinação e cria os dias nacionais contra a Pólio, reduzindo a incidência da doença. 
1989 – último registro de Pólio no Brasil
1980 – OMS declara a varíola erradicada do mundo. O Brasil adota as campanhas de vacinação e cria os dias nacionais contra a Pólio, reduzindo a incidência da doença. 
 
1989 – último registro de Pólio no Brasil 
1992 – implantado vacina Hep.B para grupos de risco
1998 – Vacina Hepatite B em todo o Brasil
1999 – Implantação da Vacinação para Idosos – vacina de gripe, DT(Difteria e Tétano) - Haemophilus Influenzae para menor de 2 anos
2006 – Implantado Vacina Rotavírus no calendário básico.
 
2010 – Vacina contra Meningo C e Pneumoco 10 no calendário de vacinação de rotina. 
2013- Preparação para a introdução da Vacina Tetraviral ( Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela ) no Calendário Básico de Vacinação da Criança 
2014- Campanha da vacina HPV e contra influenza no calendário nacional de vacinação.
2015- serão vacinadas, para HPV, meninas de 11 a 13 anos, 11 meses e 29 dias, bem como portadoras do vírus da AIDS com idade entre 9 ​e 26 anos, 11 meses e 29 dias.
Calendário básico de vacinação
Calendário básico de vacinação
Ao nascer -Vacinas: BCG - dose: única – Doença evitada: Formas graves de tuberculose; Vacina contra hepatite B – dose: 1ª 
1 mês -Vacina: contra hepatite B – dose: 2ª 
2 meses -Vacina: Pentavalente (DTP + Hepatite B) – dose: 1ª - Doenças evitadas: Difteria, tétano, coqueluche, meningite e hepatite b; Vacina: VOP;VIP (vacina oral e injetável contra pólio) – dose: 1ª - Doença evitada: Poliomielite (paralisia infantil);Vacina: VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) – dose: 1ª - Doenças evitadas: Diarreia por Rotavírus; Vacina: Pneumocócica 10V- dose: 1a - Doenças evitadas: pneumonia, otite, sinusite e meningite;
3 meses - Vacina: Meningocócica C - dose: 1a - Doenças evitadas: meningite e outras infecções
4 meses- Vacina: VOP;VIP (vacina oral e injetável contra pólio) – dose: 2ª ; Vacina:
VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) – dose: 2ª; Vacina: Pentavalente (DTP + Hib) - dose: 2a ; Vacina: Pneumocócica 10V - dose: 2a 
6 meses- Vacina: Pentavalente (DTP + Hib) – dose: 3ª ; Vacina: VOP;VIP (vacina oral e injetável contra pólio) – dose: 3ª ; Vacina: contra hepatite B – dose: 3ª 
9 meses- Vacina: contra febre amarela – dose: inicial 
12 meses- Vacina: Tríplice viral (SCR)– dose: única - Doenças evitadas: Sarampo, rubéola e caxumba; Vacina: Pneumocócica 10V- dose de reforço; Vacina: Hepatite A - uma dose.
15 meses- Vacina: VOP;VIP (vacina oral e injetável contra pólio) – dose: primeiro reforço ; Vacina: Pentavalente (DTP+ Hib ) – dose: primeiro reforço; Vacina: Meningocócica C - dose de reforço; Vacina: Tetraviral (SCRV) - uma dose- reune a 2a dose da tríplice viral mais a dose única contra a Varicela.
4 anos- Vacina: Pentavalente – dose: segundo reforço ; Vacina: VOP;VIP - dose: segundo reforço
10 a 19 anos- Vacina: contra febre amarela – dose: reforço a cada 10 anos; Vacina: Hepatite B - doses: 3 a depender da situação vacinal anterior; Vacina: Tríplice viral (SCR) - doses: 2; Vacina: HPV - doses: 3 (meninas de 11 a 13 anos) - Doenças evitadas: Câncer de colo de útero; Vacina: Dupla adulto - dose: reforço a cada 10 anos - Doenças evitadas: difteria e tétano
A partir de 20 até 59 anos-Vacina: Dupla adulto – dose: reforço a cada dez anos; Vacina: contra febre amarela – dose: reforço a cada 10 anos; Vacina: Tríplice viral (SCR) – uma dose; Vacina: Hepatite B - doses: 3 a depender da situação vacinal anterior; 
60 anos ou mais-Vacina: Influenza – dose: anual - Doença evitada: Influenza ou Gripe; Vacina: Hepatite B - doses: 3 a depender da situação vacinal anterior; Vacina: contra febre amarela – dose: reforço a cada 10 anos; Vacina: Dupla adulto – dose: reforço a cada dez anos; Vacina: Herpes zoster (acima de 50 anos, dose única)
Gestantes- Vacina: Hepatite B - doses: 3 a depender da situação vacinal anterior ; Vacina: Dupla adulto – doses: 3; Vacina: dTpa-R (Tríplice bacteriana acelular) - dose: uma a partir da 27a semana de gestação - Doenças evitadas: Difteria, Tétano e Coqueluche.
Exemplos de Campanhas de vacinação
BIBLIOGRAFIA
Veronesi, R., Focaccia, R. Tratado de infectologia. Atheneu, 1997.
IMUNOLOGIA CELULAR E MOLECULAR Abbas, A.; Lichtmann, A.; Pillai, S.Editora Elsevier 6a edição/2008
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao
 www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/protocolos/imunizacao
pt.slideshare.net/labimuno/vacinas-5981577
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