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O experimento consiste em medir a temperatura e a altura indicada no termoscópio para a água em temperatura ambiente, água em ebulição e água em equilíbrio com o gelo. Com o objetivo de compreender o funcionamento do termômetro, construir uma escala termométrica própria e fazer a conversão dessa escala para a escala Celsius. Para isso, foram necessários: 1 termômetro (-10° a 110° C); 1 termoscópio; Chapa aquecedora (220V); 3 béqueres de 250 ml; Água; Gelo; Régua milimetrada. No béquer 1, colocamos 50 ml de água em temperatura ambiente. Medimos a temperatura e a altura do termoscópio ao entrarem em contato com a água. h = (123,0 ± 0,5) mm Ɵ = (30,0 ± 0,5) °C No béquer 2, colocamos gelo e um pouco de água em temperatura ambiente para ajudar no derretimento do gelo. Quando o gelo começou a derreter medimos a temperatura e a altura do termoscópio ao entrarem em contato com a água. h = (94,0,0 ± 0,5) mm Ɵ = (5,0 ± 0,5) °C No béquer 3, colocamos 50 ml de água em temperatura ambiente e colocamos em cima da chama aquecedora ligada a uma temperatura de 200°C. Quando a água começou a entrar em ebulição medimos a temperatura e a altura do termoscópio ao entrarem em contato com a água. h = (194,0 ± 0,5) mm Ɵ = (84,0 ± 0,5) °C No termoscópio, ao longo do tubo capilar, existem duas marcas já feitas de fábrica. Estas marcas indicam o ponto de fusão, e o ponto de ebulição. As marcas que fizemos para marcar a altura da água em temperatura ambiente, ebulindo e fundindo não coincidiram com as marcas já feitas de fábrica. Isso pode ser dado por diversos fatores: Estamos a uma pressão de 100.98 kPa, o que faz com que as temperaturas de ebulição e fusão, sejam diferentes de 100 e 0°C respectivamente. No dia em questão, a temperatura estava em cerca de 27°C, diferentemente da temperatura tomada como ambiente, que é de 25°C, o que também influencia nos valores para ebulição e fusão da água. A coluna de hg do termoscópio subia e descia muito rapidamente, e como as marcas foram feitas por uma pessoa, pode ser que não tenhamos conseguido marcar na altura certa para a determinada medida. A medida para fusão, ebulição e ambiente foi feita apenas uma vez para cada, o que nos dá um maior nível de erro. Se estivéssemos a nível do mar, a uma temperatura de 25°C, fossemos bastante precisos na hora de marcar a altura do líquido no termoscópio e fizéssemos o experimento várias e várias vezes, conseguiríamos um resultado mais próximo do esperado para cada situação. No béquer 3, misturamos a água em ebulição com a água com gelo (sem o gelo) e esperamos entrarem em equilíbrio. Medimos então a temperatura e a altura do termoscópio ao entrarem em contato com a mistura. h = (118,0,0 ± 0,5) mm Ɵ = (27,0 ± 0,5) °C Com os resultados encontrados, foi feita a seguinte tabela: Tabela 1: Escala Temperatura Ɵ (°C) h (mm) Ponto de fusão (5,0 ± 0,5) (94,0 ± 0,5) Ambiente (30,0 ± 0,5) (123,0 ± 0,5) Mistura (27,0 ± 0,5) (118,0 ± 0,5) Ponto de ebulição (84,0 ± 0,5) (194,0 ± 0,5) E construído o gráfico Ɵ = f(h) com ajuste linear. Pelo gráfico, temos a seguinte expressão para encontrar a temperatura: y = (0,78x – 66,49) °C (eq1) Onde x é a altura encontrada no termoscópio e y é a temperatura em °C Para uma altura de 94 mm (ponto de fusão), encontramos que a temperatura é de 6,83°, está dentro do erro esperado para a equação, porém é um erro de 36,6% em relação ao valor esperado (5°C). Consideraremos as demais alturas para comprovarmos se essa expressão satisfaz ou não os demais pontos. Para uma altura de 123 mm (temperatura ambiente), encontramos que a temperatura é de 29,45°C, onde o esperado era 30°C, este valor já está bastante aceitável e condizente com o que encontramos experimentalmente. Para uma altura de 118 mm (mistura), encontramos que a temperatura é de 25,55°C, onde experimentalmente encontramos 27°C, um erro de 5%, questionável, mas aceitável. Para uma altura de 194 mm (ponto de ebulição), encontramos que a temperatura é de 84,83°C, enquanto experimentalmente encontramos 84°C, a equação foi bastante condizente com o experimento. Em suma, a equação só não foi favorável para o ponto de fusão, provavelmente por ter um valor baixo de temperatura e estar um pouco fora da reta do gráfico. Para encontrar valores um pouco melhores, vamos montar a equação através de dois pontos: y = (0,86x – 75,84) °C (eq2) Onde x é a altura encontrada no termoscópio e y é a temperatura em °C Usando os valores das alturas encontradas experimentalmente, vamos analisar qual das duas equações satisfaz de melhor maneira o experimento, para isso vamos criar uma pequena tabela com os resultados obtidos em ambas as equações com os devidos erros em cada: Tabela2: Comparação equações H (mm) T (°C) esperado T (°C) eq1 Erro eq1/esperado T (°C) eq2 Erro eq2/esperado 94 5 7 37% 5 0% 123 30 29 2% 29,9 0,2% 118 27 26 5% 26 5% 194 84 85 1% 91 8% Como usamos os valores do ponto de fusão e da temperatura ambiente para fazer a segunda equação, nota-se que o erro entre o valor encontrado e o valor esperado é zero, então só podemos analisar os outros dois pontos, e percebe-se que deu uma diferença bastante aceitável, considerando que não foi feito nenhum arredondamento para que pudéssemos ter uma visão melhor das equações. Sendo assim, a segunda equação demonstra melhor nosso experimento e ela que será usada futuramente para nossa escala. Os erros encontrados podem ter acontecido pelo fato da coluna de hg do termoscópio subir ou descer muito rapidamente ao ser tirado do meio frio ou quente e devido a isso a marcação da altura pode ter sido errada. Além do fato de estarmos a um nível diferente do mar. Conclusão: Ao pegarmos o béquer contendo água, à temperatura ambiente e colocarmos em aquecimento, as suas moléculas vão ganhando energia cinética para romper as interações intermoleculares com as moléculas vizinhas. As moléculas que passam para o estado de vapor, inicialmente, ficam no fundo da panela. Isso pode ser visto pela formação das bolhas no chão do recipiente. A pressão que o vapor exerce dentro da bolha é menor que a pressão externa, que é a pressão atmosférica, isto é, a pressão exercida sobre sua superfície. Porém, à medida que a temperatura vai aumentando, essa pressão de vapor (Pv) dentro da bolha também aumenta, até que ela se torne igual à pressão atmosférica e, por fim, entre em ebulição, ou seja, a bolha sobe para a superfície e é liberada no estado gasoso. Dessa forma, conclui-se que quanto menor for a pressão externa, mais rápido será para a pressão do vapor dentro da bolha igualar-se a ela e, assim, será menor o ponto de ebulição. E quanto maior for a pressão externa, maior será também a temperatura de ebulição. Enquanto se a pressão aumentar, a temperatura de fusão diminui. Pode-se concluir então, que a pressão influencia na temperatura, mas mesmo com vários fatores de alterações, podemos montar uma equação que se ajuste à nossa escala. Referência bibliográfica: [1] Halliday, D.; Resnick, R. - Física – Vol 2, Rio de Janeiro, Livros técnicos e Científicos
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