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NI 003 2001

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 NOTA PARA BOLETIM DA POLÍCIA MILITAR 
 
 
PUBLIQUE-SE POR DELEGAÇÃO 
 
 BOL Nº Fls 01 
 
PMERJ EMG 
 PM/3 12Mar01 
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 003/01 
 
 
1. FINALIDADE 
Regular os procedimentos a serem adotados pelas UOp e UOpE, durante o desenvolvimento 
de ações policiais militares, diurnas, vespertinas e/ou noturnas, no interior de áreas especiais 
críticas(comunidades carentes, conjuntos habitacionais e similares), horizontalizados ou 
verticalizados, onde ocorram, com freqüência, a prática de atos ilícitos, sobretudo o narcotráfico 
e/ou que sejam utilizados como locais de homizio. 
2. OBJETIVOS 
a. Fornecer subsídios para a elaboração do planejamento; 
b. Minimizar os riscos de cada operação policial, tanto para a população, quanto para o policial 
militar; 
c. Estabelecer procedimentos que visem orientar e atribuir responsabilidades durante a execução 
da operação policial militar; 
d. Estabelecer critérios para padronizar as incursões diurnas, vespertinas e noturnas nas áreas 
especiais críticas, em operações policiais militares planejadas, inopinadas e emergenciais; e 
e. Reforçar no policial militar a importância do emprego adequado do armamento nas operações 
policiais, evitando-se o disparo a esmo. 
EMG-PM/3
 
12Mar01
 
 /2555/01
 
OPM
 
DATA
 
Nº
 
NOTA PARA BOL Nº - / / . (CONTINUAÇÃO) 
C:\Helio\Diversos\CFS\Site\ni\2001\NI Nº 003-01.doc 
2
 
3. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 
Os órgãos de imprensa noticiam constantemente, fatos decorrentes da atuação do policial 
militar nas áreas especiais críticas de nosso Estado, principalmente quando ocorrem disparos de 
arma de fogo e confrontos armados entre policiais militares e delinqüentes.Tais situações acarretam, 
com certa freqüência, um saldo negativo para a Corporação, pois, não raro, resultam em ferimentos 
e até mortes de policiais militares e/ou cidadãos de bem, o que contribui para denegrir a imagem da 
PMERJ. 
Nas ações que envolvam a possibilidade de confronto armado, o policial militar deverá 
empregar, fielmente, o preconizado na NI 010/83(Armas de Fogo 
 
Uso e Cuidados), republicada 
no Bol PM nº 046 de 09 março de 2001. 
4. EXECUÇÃO 
a. A cargo dos Cmdo Itrm, UOp e UOpE subordinadas. 
b. Condicionantes legais
 
1) Constituição Federal (incisos XI e LXI do art 5º); 
2) Código Penal (incisos: I, II e III do art 23); 
3) Código de Processo Penal (art 302); e 
4) Lei nº 4898 (Abuso de autoridade). 
c. Procedimentos
 
1) Incursões nos horários diurno e vespertino(planejadas, inopinadas e emergenciais). 
 
a) Em princípio, tais ações constarão do planejamento das respectivas P/3(Ordem de 
Operações), baseadas em levantamentos estatísticos e alimentada por informações das 
2ª Seções e aval dos Cmt de UOp ou UOpE. Excepcionalmente, poderão ocorrer 
operações policiais militares emergenciais ou inopinadas, realizadas pela UOp ou 
UOpE, para retornar à situação de paz social em determinada comunidade, cumprir 
mandado de prisão, recebimento de informes ou informações que possam levar a 
prisão de marginais da lei, apreensão de armas, entorpecentes, etc; 
b) As ações previstas e as inopinadas deverão ser desencadeadas a comando de oficial 
com efetivo, armamento, viaturas e equipamentos de proteção individual e 
coletiva compatíveis com a natureza da missão; 
c) O oficial supervisor ou de operações deverá, dentre outros, observar os seguintes 
fatores: 
(1) Legalidade e oportunidade da ação; 
NOTA PARA BOL Nº - / / . (CONTINUAÇÃO) 
C:\Helio\Diversos\CFS\Site\ni\2001\NI Nº 003-01.doc 
3
 
(2) Conhecimento do terreno por parte da tropa envolvida, procurando identificar e 
ocupar os pontos considerados estratégicos; 
(3) Superioridade numérica e de armamento; 
(4) Conhecimento, por parte da tropa, dos fundamentos e das técnicas policiais 
militares específicas(nível de adestramento); 
(5) Possibilidade de efetiva ação de comando, coordenação e controle; 
(6) Plena identificação dos objetivos; 
(7) Conhecimento das forças adversas; 
(8) Necessidade de apoio e/ou reforço; 
(9) Fator surpresa; 
(10) Meios de comunicação entre as frações de tropa envolvidas; 
(11) Eliminação ou minimização de riscos à integridade física dos policiais militares 
e/ou cidadãos de bem; e 
(12) Utilização de equipamentos de apoio, tais como coletes, capacetes e escudos 
balísticos . 
d) No planejamento deverão constar equipes de incursão e de cerco. Cada equipe de 
incursão deverá atuar agrupada, com missão e objetivos definidos, usando as técnicas 
e procedimentos de emprego próprios de equipe de patrulha, não devendo ser 
fracionada com o objetivo de vasculhar maior quantidade de locais a um só tempo. As 
equipes de cerco serão responsáveis por cobrir os pontos de entrada/saída, com a 
missão de evitar o ingresso e a egressão de marginais da lei na área a ser incursionada, 
lá permanecendo até o término da operação. 
2) Incursões noturnas(planejadas, inopinadas e emergenciais)
 
 
a) Em princípio, não serão realizadas operações policiais militares à noite no interior de 
áreas especiais críticas. 
b) Em ações planejadas as UOp ou UOpE, deverão desenvolver a Operação A Rep 4 
 
Cerco, nos pontos de entrada/saída ou nas vias de acesso à mencionada área, e ocupar 
o terreno com o desencadeamento das Operações A Rep 1- Vasculhamento e A Rep 
2 
 
Busca e Captura. As ações de polícia próprias da A Rep 2(deslocamento da tropa, 
distribuição no terreno do efetivo e logística, as próprias ações de vasculhamento, 
busca e captura e as ações de patrulha) deverão ser desencadeadas se possível antes do 
anoitecer e com objetivo de ocupar pontos estratégicos ou áreas destinadas ao 
NOTA PARA BOL Nº - / / . (CONTINUAÇÃO) 
C:\Helio\Diversos\CFS\Site\ni\2001\NI Nº 003-01.doc 
4
 
cometimento de ilícitos penais(venda de entorpecentes, reunião de marginais armados, 
etc). 
c) Havendo confronto armado entre marginais da lei ou outro fato, à noite, no interior de 
áreas especiais críticas, o oficial supervisor ou oficial de operações deverá cercar a área 
em questão, adequadamente, de forma a impedir a fuga dos criminosos, aguardando o 
dia clarear, a fim de ser feita a incursão. Após tomar tal providência, os oficiais acima 
referidos, comunicarão, de imediato, detalhadamente, o fato, ao Cmt da UOp ou UOpE, 
Superior de Dia, Chefe do COp dos Cmdo Itrm e ao Of de Dia da UOp responsável 
pela A Pol. 
d) Será autorizada, em casos excepcionais, pelo Cmt da UOp ou UOpE ou superior de dia, 
a incursão inopinada ou emergencial noturna em áreas especiais críticas, desde que 
precedida de uma avaliação da situação pelo oficial supervisor ou de operações, e 
relato àquelas autoridades para posterior decisão, com o apoio do BOPE ou GETAM. 
Neste caso, a unidade responsável pela A pol cercará os principais acessos e rotas de 
fuga da área e o BOPE incursionará. No impedimento do BOPE a incursão poderá ser 
efetuada pelo GETAM. 
e) Nos casos de impedimento do BOPE ou GETAM, a UOp ou UOpE responsável pela A 
Pol ao realizar a incursão deverá adotar os seguintes procedimentos: 
(1) O comando da operação será do Oficial mais antigo presente; 
(2) Dividiro efetivo em patrulhas, a comando de SGT; 
(3) Manter a área cercada e isolada; 
(4) Procurar identificar e ocupar os Pontos Estratégicos; 
(5) Efetuar deslocamentos rápidos, abrigados e realizar A Rep 2 Busca e Captura; 
(6) Ocupar o terreno já incursionado; 
(7) Utilizar equipamentos de comunicação entre as patrulhas; 
(8) Utilizar coletes, capacetes e escudos balísticos; 
f) Na ocorrência da letra d , a Unidade responsável pela área especial crítica, só 
ocupará a área especial crítica, após a sua liberação pelo BOPE ou GETAM. 
 
3) Atuação no caso de vítimas(delinqüentes ou moradores)
 
Ocorrendo, nas incursões policiais planejadas, inopinadas ou emergenciais confronto 
armado, tendo como consequência o falecimento de delinqüentes ou acidentes que tenham 
como vítimas moradores da comunidade, a UOp ou UOpE responsável pela A Pol, a fim 
de evitar manifestações e obstruções de vias públicas, fechamento de estabelecimentos 
NOTA PARA BOL Nº - / / . (CONTINUAÇÃO) 
C:\Helio\Diversos\CFS\Site\ni\2001\NI Nº 003-01.doc 
5
 
comerciais ou quaisquer outros ilícitos, por parte das comunidades, deverá adotar as 
seguintes providências,: 
1) Desencadear, na área especial crítica onde ocorreu o evento, a operação Rep 4, 
objetivando evitar e monitorar qualquer tipo de manifestação por parte da 
comunidade; 
2) Escalar, cada Comandante de UOp ou UOpE, com exceção do período noturno, que 
será definido pelo superior de dia, com base nas informações do oficial supervisor ou 
de operações, o efetivo para o desencadeamento da operação A Rep 4, 
3) Determinar ao oficial supervisor ou oficial de operações que desencadeie as ações 
contidas neste tipo de operação; 
4) Desencadear a operação A Rep 4 - Cerco por um período mínimo de 72h(setenta e 
duas horas), smj do Comando da Corporação, ficando a liberação condicionada a 
avaliação do Comandante da UOp ou UOpE; 
5) Desencadear as operações A Rep 3 Revista e OPTran nas vias públicas, propensas a 
qualquer tipo de manifestação popular; 
6) Intensificar as atividades de informações; e 
7) Adotar as medidas preconizadas na NI nº 001/00, 3. EXECUÇÃO, letra d. nº 1), 
publicada no Bol PM nº 098 de 26 de maio de 2000, caso ocorra o bloqueio das vias 
públicas por parte da comunidade. 
 
5. PRESCRIÇÕES DIVERSAS 
a. Não se admite a ocorrência em que o policial fique encurralado, perdido ou seja ferido, em 
casos de confronto com marginais da lei em operações policiais militares. A ocorrência de tais 
hipóteses significará que houve falha no planejamento, consequência da falta de zelo no 
processo de avaliação da situação; 
b. No planejamento das operações policiais militares deverão ser observados os pontos previstos 
no capítulo IV, seção I da DGO; 
c. Os Cmt de UOp e UOpE deverão: 
1) Promover ampla divulgação do contido na presente NI, através de instrução à tropa(oficiais 
e praças), preleção do oficial de dia, etc; 
2) Remeter semanalmente, até às 1600h do penúltimo dia útil de cada semana, para o 
respectivo Cmdo Itrm, a programação semanal das operações policiais militares
 
a 
serem desencadeadas na semana subsequente; 
3) Intensificar a instrução de tiro, principalmente, a de tiro noturno; 
4) Intensificar a instrução de progressão em áreas especiais críticas; 
NOTA PARA BOL Nº - / / . (CONTINUAÇÃO) 
C:\Helio\Diversos\CFS\Site\ni\2001\NI Nº 003-01.doc 
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5) Determinar, orientar e fiscalizar os efetivos sob seu comando quanto ao uso correto, nas 
operações em áreas especiais críticas, do colete, capacete e escudo balísticos, pelos 
policiais militares que comporão o grupo de incursão nas operações policiais militares, 
ou seja, o grupo que entra no local à frente das outras frações de tropa. Em caso de 
ferimento ou morte de policial militar do grupo de incursão em confronto com 
marginais, ficando caracterizado em processo apuratório do fato, que este se deu, por 
inobservância do uso correto ou falta de uso de tais equipamentos, o Cmt da 
Operação será responsabilizado administrativamente e o acidente não será 
considerado como em ato de serviço; 
6) Recomendar à tropa que toda e qualquer ocorrência seja comunicada, de imediato, via 
rádio, por ocasião de seu início; 
7) É imprescindível a leitura da NI 010/83 do EMG-PM/3, republicada no Bol PM nº 046 de 
março de 2001, do Caderno de Instrução IV 
 
Abordagem de edificações e do Art 146 do 
M-4; 
8) Deverão ser utilizados fatos reais na instrução, sob forma de estudo de caso; 
9) A ação policial militar deverá limitar-se à lei, ordens e normas em vigor; 
10) A partir da presente publicação, fica proibido qualquer tipo de incursão em áreas 
especiais críticas, fora do preconizado nesta NI, sendo o seu descumprimento 
considerado falta disciplinar de natureza grave. e 
11) Esta NI revoga a Nota de Instrução do EMG-PM/3 nº 17/91, de 20Nov91, Operações 
Policiais Militares 
 
Procedimentos 
 
Determinação(Bol PM nº 06 de 12Jan95), Nota de 
Instrução do EMG-PM/3 nº 06/95, de 02Jun95, Ações Policiais Militares à noite, em 
Áreas Problemas 
 
Determinação(Bol PM nº 122, de 06Jul95), Colete à prova de 
projéteis de arma de fogo 
 
Obrigatoriedade de uso em operações e situações de risco 
 
Determinação(Bol PM nº 14, de 19Jan96), Ações Policiais Militares 
 
Procedimentos 
Preventivos 
 
Determinação(Bol PM nº 97, de 24Mai96) e Ações Policiais Militares 
 
Cumprimento de Procedimentos Preventivos Determinação(Bol PM nº 65, de 10Abr97). 
UMA AÇÃO IMPROVISADA DEMONSTRA A AUSÊNCIA DE PLANEJAMENTO
 
Em conseqüência, tomem conhecimento e providenciem a respeito os órgãos interessados.

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