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www.ifi.unicamp.br/~assis 1 Equações de Maxwell (1864-1873) E Lei de Gauss: Não há monopólos magnéticos: 0 B Lei de indução de Faraday: t B E Lei circuital de “Ampère” com corrente de deslocamento: t E c JB 2 1 Força de Lorentz (1895) BvqEqF 2 Wilhelm Weber (1804 – 1891) J. C. Maxwell (1831 – 1879) 1846 – lei de força 1848 – energia potencial 1856 – medida de c 1857 – equação de onda 1870-80 – modelo planetário para o átomo 3 Weber conhecia em 1846: Coulomb (1785): 2 0 21 ˆ 4 r rqq F Ampère (1820-6): ),,( ˆ 4 2 21 0 f r r IIF Faraday (1831): dt dI Mfem Suposição de Weber: vqId 1222112 0 21 1 ˆ 4 aKvvK r rqq F 4 Sua proposta de unificação: Força de Weber (1846): 22 2 2 0 21 2 1 ˆ 4 c rr c r r rqq F 00 2 2 1 , , cdt rd r dt dr r 5 Medida do Weber em 1856: c = 3 x 108 m/s. Ligação do eletromagnetismo com a óptica antes de Maxwell! Propriedades da força de Weber • No caso estático (dr/dt = 0 e d2r/dt2 = 0) volta-se à força de Coulomb e à lei de Gauss. • Ação e reação. Logo, conservação do momento linear. • Força ao longo da reta que une as cargas. Logo, conservação do momento angular. • Pode ser deduzida de uma energia potencial dependente da velocidade: 2 2 0 21 2 1 1 4 c r r qq U • Conservação da energia: 0 dt UTd 6 • A lei de indução de Faraday pode ser deduzida da força de Weber (ver o Treatise do Maxwell). • A lei circuital de “Ampère” pode ser deduzida da força de Weber. • Ela é completamente relacional. Isto é, só depende de r, dr/dt e d2r/dt2. Portanto, tem o mesmo valor para todo observador e em todo sistema de referência. Depende apenas de grandezas intrínsecas aos corpos que estão interagindo, das relações entre as cargas. 7 Weber Força de Ampère entre elementos de corrente (1826): rdrdrrdd r II F A ˆ)ˆ)(ˆ(3ˆ)(2 4 21212 210 Lorentz Força de Grassmann-Biot-Savart (1845): 21212210 2 220 1121 )ˆ(ˆ)( 4 ˆ 4 drdrdd r II r rdI dIBdIdFG 8 2 1 F2 em 1 F1 em 2 A 0 0 G 0 2 1 F2 em 1 F1 em 2 A G 0 0 2 220 11 1 em 21 em 2 ˆ 4 r rdI dI FF GA 9 10 Pêndulo de impulso eletromagnético: Explosão de fios: Ponte de Ampère: Ampère X Grassmann: 11 Maxwell no Treatise on Electricity and Magnetism ao comparar as forças entre elementos de corrente de Ampère (1826), Grassmann (1845) e duas outras expressões que o próprio Maxwell criou (1873): Artigo 527: “Destas quatro suposições diferentes, a expressão do Ampère é sem dúvida alguma a melhor, por ser a única na qual a força entre os dois elementos é não apenas igual e oposta, mas também ao longo da linha reta que os une.” Avaliação de Maxwell sobre o trabalho de Ampère: Artigo 528: “A investigação experimental pela qual Ampère estabeleceu as leis da ação mecânica entre correntes elétricas é um dos feitos mais brilhantes na ciência. O conjunto de teoria e experiência parece como que se tivesse pulado, crescido e armado, do cérebro do “Newton da eletricidade”. O conjunto é perfeito na forma, e de precisão irrefutável, e está resumido em uma fórmula a partir da qual todos os fenômenos podem ser deduzidos, e que tem de sempre permanecer como a fórmula mais importante da eletrodinâmica.” 12 Disponíveis em www.ifi.unicamp.br/~assis Propagação de sinais eletromagnéticos obtida pela primeira vez por Weber e Kirchhoff em 1857 a partir da eletrodinâmica de Weber: Equação do telegrafista t J t A gEgJ t R tcs ln 21 0 2 2 22 2 13 AI , , , onde 14 t E c JB 2 1 Utilizou a constante c que Weber havia introduzido em 1846. 00 1 c s m c 8103 Conhecia seu valor medido pela primeira vez por Weber em 1856. 0 1 2 2 22 2 tcs Conhecia a equação de onda obtida pela primeira vez por Weber e Kirchhoff em 1857 a partir da eletrodinâmica de Weber. Porém: Maxwell introduziu a corrente de deslocamento na lei circuital de “Ampère” em 1864: Principal diferença entre Weber e Lorentz: BvqEqF 111 Lorentz 1 em 2 15 Já a força de Weber depende não apenas da posição e velocidade da carga teste, mas também de sua aceleração! A força de Lorentz depende apenas da posição e velocidade da carga teste: Ou seja, a força de Lorentz não tem um termo que dependa de 1a Weber versus Lorentz 2 21 2 2 21 2 2121 2 0 21 )( 2 )(ˆ3)()( 1 ˆ 4 c aar c vvr c vvvv r rqq ),,,,,( 2121211 em 2 aavvrrFF Weber ),,,,( 22121111 Lorentz 1 em 2 avvrrFBvqEqF 2 2 2 0 2 112 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 2 1 ˆ1 42 ˆ 22 ˆ3 2 1 1 4 c rv r q vq c ar r c ar c vr c v r q q 16 Modelo planetário de Weber para o átomo (1870-1880) 111122 2 2 0 21 2 1 1 4 amamEq c rr c r r qq W quando r qq m W 210 4 111 ammEq W mr C 15 10 Dois pósitrons atraem-se para distâncias menores do que: 17 Wmm 1 onde Cr m qq r 1 210 4 18 • A previsão de Weber (1870-1880) foi feita antes da descoberta do elétron (1897), da série espectral de Balmer (1897) e das experiências de espalhamento de Rutherford (1911)! Já o modelo de Bohr (1913) foi inventado para ser compatível com estes dados experimentais. • Weber apresentou uma fórmula para sua distância crítica r_c a partir da qual duas cargas de mesmo sinal se atraem. Mas não tinha como calcular seu valor pois não conhecia os elétrons e pósitrons (1932). Se utilizarmos a massa e a carga de dois pósitrons, obtemos que eles se atraem quando: r_c < 10^{-15} m. Ou seja, o modelo de Weber dá uma justificativa para o tamanho conhecido dos núcleos atômicos! • Na física atual é necessário postular forças nucleares para estabilizar o núcleo eletrizado positivamente contra as forças repulsivas de Coulomb. Já o modelo de Weber é uma unificação do eletromagnetismo com a física nuclear, pois o núcleo é mantido estável por forças puramente eletrodinâmicas! Propriedades notáveis do modelo planetário de Weber para o átomo: 19 Disponível em www.ifi.unicamp.br/~assis 20 Analogia matemática nos livros didáticosentre a segunda lei de Newton e a teoria de circuitos: C Q dt dQ R dt Qd LV RI C Q dt dI LV 2 2 Fkx dt dx b dt xd m makxbvF 2 2 Pode-se mostrar que a equação da teoria de circuitos é a segunda lei de Newton aplicada aos elétrons de condução, desde que combinada com a força de Weber. A aceleração vem do termo LdI/dt. Mas o que acontece com a massa do elétron? Lei de Ohm a partir da 2ª lei de Newton nos livros didáticos: IRV 1112 1 11 4 bvEqbv r qq amF j o j 01 a 1 1 1 1 Av Aq b v q b E quando 2ª lei de Newton: 21 vem: 11 bvEq Isto é: 01 a quando dt dI Aq m RIV 1 mas H Aq m 16 1 10 Porém: H d L 6 0 10 2 ln 2 viria: ou: Ou seja, parece que não dá para deduzir a equação de circuitos da 2ª lei de Newton quando I varia no tempo. 111 bvFamF W Segunda lei de Newton junto com a força de Weber: dt dI LRIV com j j W c rr c r r rqq F 22 2 2 0 1 2 1 ˆ 4 1 1 1 1 a q mmv q b E W onde kgm 31 1 109 e mkgm W 20 10 L Aq mW 1 111 2 10 11 2 ln 8 ama d dq bvEq 22 deduzimos então ou dt dI LRIV 111 bvFamF W L dq mW 4 2 1 d L 2 ln 2 0 4 2 0 dL 23 com A auto-indutância de um circuito é deduzida na eletrodinâmica de Weber como sendo devida a uma massa inercial efetiva do elétron. Esta massa efetiva é muito maior do que a massa usual do elétron e surge de sua aceleração em relação à rede cristalina positiva do metal. A. K. T. Assis, Circuit theory in Weber electrodynamics, Eur. J. Phys., Vol. 18, p. 241 (1997). 24 0 BvqEqF Lorentz ama c q a R qQ F W Weber 2 0 3 12 De acordo com a eletrodinâmica de Weber, a carga teste deve se comportar como tendo uma massa inercial efetiva que depende das cargas ao redor. Ordem de grandeza: 25 Teste experimental da eletrodinâmica de Weber: Carga sendo acelerada no interior de uma casca eletrizada kgmMV W 31109 então 5,1 se 26 Possível experiência: 0 em LorentzqQF ama R qQ F W Weber qQ 12 0 em Logo: m k makxF Ao cercar o sistema com a casca esférica eletrizada: Logo: m kL f Logo: W W f mm k R Q vqBvqEqF Lorentz 6 0 dt d rvra R qQ FWeber 2 12 0 27 Se a casca esférica eletrizada estiver girando: 28 Disponível em www.ifi.unicamp.br/~assis Conclusão: É uma eletrodinâmica extremamente poderosa. Nos últimos anos tem havido um interesse renovado na eletrodinâmica de Weber por motivos teóricos e experimentais. www.ifi.unicamp.br/~assis 29
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