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A transformação da libido (1)

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A TRANSFORMAÇÃO DA LIBIDO
 Na criança, a libido se manifesta na nutrição, no ato de sucção com movimentos rítmicos que depois se transferem para braços e pernas.
 Com o crescimento do individuo e de seus órgãos, a libido encontra outras formas de realizar-se; a atividade rítmica é transferida para a zona de outras funções, além de outras formas.
 É uma transição gradativa, composta de 2 formas: a fase do sugar (exclusivamente de nutrição, de se alimentar) e a fase da atividade rítmica em si (quando deixa de ser só alimentar-se e vai para atividades análogas sem a ingestão de alimentos). Como órgão auxiliar surge a mão; na fase de atividade rítmica ocorre o abandono da zona oral e os outros orifícios do corpo despertam o interesse, depois a pele e, por fim, todo e qualquer movimento rítmico. Essa fase do movimento rítmico coincide com o período de desenvolvimento mental e da fala.
 Sem dúvida, a sexualidade é um dos conteúdos psíquicos de maior carga afetiva.
 Para explicar a regressão e a transformação parcial da libido, Freud considerou a proibição do incesto, afirmando que para se limitar ou reprimir algo é preciso que do outro lado exista uma energia ainda maior. Ele considerava a energia do medo.
 Considerando os grupos primitivos, como exemplo, temos que o medo de inimigos e o medo da fome sobrepujam até a sexualidade, que para eles não era problema. O medo das conseqüências da inadaptação é motivo para a restrição do instinto; qualquer situação de emergência é uma situação de impedimento e afeta a libido.
 A libido represada por um obstáculo não regride necessariamente para objetos sexuais antigos, mas para atividades rítmicas infantis que são o modelo primário tanto do ato de alimentação quanto do ato sexual.
 O ritmo é a maneira clássica de gravar certas idéias ou atividades organizadamente e com isso temos a transferência da libido para uma nova função.
 A vontade de repressão ou supressão dos instintos naturais, ou o predomínio descoordenado deles (orgulho e cobiça, por exemplo), provém de fonte espiritual, de imagens numinosas, psíquicas.
 A própria autoridade paterna raramente consegue dominar permanentemente o espírito dos filhos.
 É preciso distinguir entre conjunto de idéias hereditárias e uma predisposição para a criação de fantasias paralelas, de estruturas idênticas, universais, da psique, que mais tarde chamei de IC ( com os arquétipos que correspondem ao conceito de “pattern de behaviour”.
 O arquétipo tem efeito numinoso, ou seja, o sujeito é impelido por ele como pelo instinto, e este pode ser limitado e até subjugado por esta força, sendo supérfluo apresentar provas para isso. Se um instinto é limitado ou inibido, ocorre uma repressão do mesmo.
 A fase pré-sexual da primeira infância, à qual a regressão retorna, caracteriza-se por numerosas possibilidades de aplicação, porque a libido readquire sua polivalência indiferenciada original.
 A psicologia da fase pré-sexual contribui com o caráter de nutrição que lhe é característico, enquanto a sexualidade participa com sua forma característica, o hierógamo. Daí se originam os antiqüíssimos símbolos da agricultura.
EX:
 Acender o fogo faz parte do mistério ritual que assegura um caráter simbólico (ambíguo).
 Os atos rituais precisam ser obedecidos para atingir seu efeito mágico. O ritual tem significado protetor, exigem atenção, concentração e disciplina da libido e possibilitam um maior desdobramento da consciência.
 A realização e o emprego inadequado desses ritos provocam uma regressão da libido, um retorno ao antigo estado impulsivo e inconsciente. Os distúrbios sexuais são freqüentes. EX: o incendiário = produção de fogo “regressiva” e, em muitos casos, associada à masturbação.
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