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RESUMO ANFIBIOS ZOO

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ANFÍBIOS
INTRODUÇÃO 
Os Amphibia incluem três ordens: Anura, Caudata ou Urodela, e Gymnophiona. O nome da classe (gr. Amphi, dual + bios, vida) indica que a maioria das espécies vivem parcialmente na água doce e na terra. Tanto na estrutura como na função, os anfíbios situam-se entre os peixes e os répteis, sendo o primeiro grupo de cordados a viver fora da água. Porém, para se adaptaram à vida terrestre desenvolveram caracteres “novos”, como pernas, pulmões, narinas comunicadas com a cavidade bucal e órgãos dos sentidos os quais funcionam na água e no ar.
A respiração pulmonar tornou-se de longe a mais importante quando as brânquias foram perdidas nos adultos com o advento da vida terrestre. A excreção transformou-se em uma substância menos tóxica, a ureia. A evolução de uma língua musculosa, rápida, viscosa e protrátil, usada primariamente para a captura de presas foi favorecida. Confrontados com a seca e com partículas no ar, desenvolveram-se glândulas e pálpebras móveis para lubrificação, limpeza e proteção dos olhos, além de um ducto lacrimal. No entanto, os anfíbios limitaram sua expansão para os ambientes secos, devido a sua dependência a respiração cutânea, à incapacidade de produzir uma urina concentrada e um ovo terrestre resistente à dessecação. 
SISTEMÁTICA
ORDEM: Urodela: As salamandras são alongadas e quase todas as espécies totalmente aquáticas apresentam quatro pernas funcionais. Seus passos combina a flexão lateral características da locomoção dos peixes com movimento das patas. Várias linhagens adaptaram-se à vida em cavernas, e sua alimentação consiste em invertebrados cavernícolas.
ORDEM: Anura: (Grego an =sem, uro= cauda) ocorrem em todos os continentes, exceto na Antártida. A especialização do corpo para o salto é a característica esquelética mais evidente dos Anura. Os membros traseiros e os músculos formam um sistema de alavancagem capaz de arremessar o animal no ar e várias especializações morfológicas estão associadas a esse tipo de locomoção. Os membros dianteiros fortes e a cintura peitoral flexível absorvem o impacto da aterrissagem. Os olhos são grandes com visão binocular. Os Anuras aquáticos utilizam a sucção para engolir o alimento na água, mas a maioria das espécies semi-aquáticas e terrestres possui línguas pegajosas que são protraídas para capturar a presa e trazê-la até a boca.
ORDEM: Gymnophiona (Cecilias): anfíbios ápodes escavadores ou aquáticos que ocorrem em habitats tropicais do mundo todo. Os olhos das cecílias são recobertos por tegumento ou por osso. Algumas espécies são totalmente desprovidas de olhos, mas, em outras, a retina possui a organização estratificada típica dos Vertebrata e parece ser capaz de detectar a luz. Muitas espécies têm escamas dérmicas no interior de bolsas nos anéis; não se conhecem escamas nos outros grupos de anfíbios atuais. Uma segunda característica singular é o par de tentáculos protráteis, um em cada lado do focinho, entre os olhos e as narinas. É provável que o tentáculo seja um órgão sensorial.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Pele mole, lisa, úmida e glandular, vascularizada, com glândulas de veneno mais escassas, porém, maiores. Coloração críptica ou viva. No girino jovem, esqueleto cartilaginoso. Músculos desenvolvidos e diferenciados, adaptados para saltar e nadar. Os girinos possuem apenas um átrio e um ventrículo que recebe apenas sangue não oxigenado, bombeando para as brânquias. Depois da metamorfose, coração com três câmaras (um ventrículo e duas aurículas), com válvulas que impedem o retorno do sangue. Pele e mucosa da cavidade bucal, com superfícies úmidas situadas imediatamente sobre vasos sanguíneos. O oxigênio do ar dissolve-se na umidade superficial e difunde-se para dentro até o sangue, ao passo que o CO2 passa em direção oposta. A urina é eliminada pela cloaca e podendo ser armazenada na bexiga. Na extremidade posterior, encontra-se o ânus (abertura cloacal), onde são eliminados restos não digeridos, excretas produzidas pelos rins e gametas. Os olhos têm posição e estrutura para ver quase em todas as direções ao mesmo tempo, com visão diurna e noturna de qualidade. 
ECOLOGIA: vivem principalmente na água e comumente em lugares úmidos, mas a maioria é tropical. No entanto, alguns anfíbios vivem nos desertos, escondendo-se em buracos na terra durante os períodos secos, com hábitos noturnos. Certas espécies de rãs e pererecas são parcialmente ou completamente arborícolas. As salamandras terrestres escondem-se geralmente embaixo de pedras ou troncos; algumas são arborícolas e as cobras-cegas tropicais enterram-se na terra úmida ou nadam. Fêmeas e machos adultos e maduros possuem dimorfismo sexual. Grande parte dos anfíbios preferem se acasalar na água, onde seus ovos são depositados e eclodem larvas que se desenvolvem até sofrer metamorfose para o estágio adulto. 
METAMORFOSE: O desenvolvimento larval dos anuros geralmente se divide em três períodos: (1) durante a pré-metamorfose, os girinos aumentam de tamanho com pouca mudança de forma; (2) na pró-metamorfose, aparecem os membros traseiros e o crescimento do corpo continua em ritmo mais lento; e (3) durante o clímax metamórfico, os membros dianteiros emergem e a cauda regride. Uma larva com pernas e cauda não seria um bom girino nem um bom adulto: as pernas impediriam a natação e a cauda atrapalharia o salto. Como resultado, os predadores têm mais sucesso na captura de anuros durante o clímax metamórfico do que na pró-metamorfose ou depois de completada a metamorfose.
TROCA DE ÁGUA E GASES: Os Amphibia possuem tegumento glandular desprovido de escamas externas e altamente permeável aos gases e à água. As glândulas mucosas se distribuem por toda a superfície do corpo e secretam compostos mucopolissacarídicos. A função primária do muco é manter o tegumento úmido e permeável. Uma interferência com a secreção das glândulas mucosas, produzida experimentalmente, leva ao superaquecimento letal dos anuros na atividade normal de exposição ao sol. O tegumento também controla o movimento de outros compostos, como a exemplo do sódio, que é transportado ativamente da superfície externa para a interna e a uréia é retida pela pele. Essas características são importantes para regular a concentração osmótica e facilitar a ingestão de água pelas espécies terrestres.
GLÂNDULAS DE VENENO E OUTROS MECANISMOS DE DEFESA: O muco que recobre o tegumento de um Amphibia possui várias propriedades podendo ser antibacteriana e um potente antibiótico. Torna-os também escorregadios, dificultando sua captura por predadores. Embora as secreções das glândulas mucosas de algumas espécies de anfíbios sejam irritantes ou tóxicas, o sistema primário de defesa química dos Amphibia está localizado nas suas glândulas de veneno. Essas glândulas estão concentradas na superfície dorsal do animal e, tanto nos anuros como nas salamandras, as posturas de defesa apresentam as áreas glandulares aos predadores potenciais.
MIMETISMO: Nesse fenômeno, conhecido como mimetismo, a espécie que não possui propriedades tóxicas (mimético) se torna semelhante a um modelo tóxico e essa semelhança faz com que uma terceira espécie - o ludibriado - confunda o mimético com o modelo. Alguns dos casos mais conhecidos de mimetismo entre os vertebrados envolvem as salamandras. 
ATIVIDADES ESTACIONAIS: Todos os anfíbios precisam evitar temperaturas extremas e a seca porque não regulam a temperatura do corpo, podendo perder facilmente água através de sua pele. Durante o inverno, rãs e salamandras aquáticas hibernam no fundo de lagos e rios que não congelam; sapos enterram-se ou vão até abaixo da linha de congelação e salamandras terrestres entram em fendas ou buracos de outros animais. Durante a hibernação todos os processos vitais são reduzidos, o batimento cardíaco é lento e o animal subsiste de material armazenado no corpo, incluindo o glicogênio do fígado. A maioria das espécies de zonas temperadas tem uma época definida para sair da quiescência durante a primavera ou outono; a saída é desencadeada por temperaturae /ou chuva. Em ambientes secos, muitas espécies são ativas durante a noite quando a umidade do ar aumenta; outras durante a época da seca, escondem-se em cavidades subterrâneas construídas por elas. 
PREDAÇÃO: Várias espécies de aves, mamíferos e répteis se alimentam de anfíbios. Em algumas delas, os anfíbios são o principal item de suas dietas e por isso, são predados em várias fases de suas vidas. As desovas são consumidas por Saracuras, Camarão-de-água-doce, certas espécies de besouros, formigas dentre outros. Os girinos sofrem predação de aves e mamíferos, como o Mão-pelada (Procyoncancrivorus) por exemplo.
DIVERSIDADE/EXTINÇÃO: A diversidade de anuros no mundo ultrapassa 5.600 espécies. O Brasil inclui a maior diversidade, abrigando 849 delas, sendo quase 500 das espécies viventes no país endêmicas, isto é, exclusivas do nosso território. Hoje, os anuros são reconhecidos como um dos grupos mais ameaçados de extinção em todo o mundo. Cerca de 30% das espécies correm risco de desaparecerem nos próximos anos, e desde 1980, 35 espécies já foram extintas na natureza. A causa dos declínios e das extinções desses animais está associada em última instância às alterações ambientais geradas por ações antrópicas. 
QUESTÕES:
1 - Cite as três ordens dos Amphibias, e qual a principal diferença existente entre elas:
Ordem Urodela: são alongadas, quase todas as espécies totalmente aquáticas, e apresentam quatro pernas funcionais. Seus passos combina a flexão lateral características da locomoção dos peixes com movimento das patas. Várias linhagens adaptaram-se à vida em cavernas, e sua alimentação consiste em invertebrados cavernícolas.
Ordem Anura: a especialização do corpo para o salto é a característica esquelética mais evidente, onde os membros traseiros e os músculos formam um sistema de alavanca, enquanto que os dianteiros são fortes e a cintura peitoral flexível absorvem o impacto. Os olhos são grandes com visão binocular. Os Anuras aquáticos utilizam a sucção para engolir o alimento na água, mas a maioria das espécies semi-aquáticas e terrestres possui línguas pegajosas e protraídas para captura e alimentação.
Ordem Gymnophiona (Cecilias): anfíbios ápodes escavadores ou aquáticos que ocorrem em habitats tropicais. Os olhos das cecílias são recobertos por tegumento ou por osso. Algumas espécies são desprovidas de olhos, mas, outras a retina possui a organização estratificada típica dos Vertebrata e parece ser capaz de detectar a luz. Uma segunda característica singular é o par de tentáculos protráteis, que funciona como um órgão sensorial.
2 - Quais características foram necessárias para garantir a sobrevivência dos anfíbios no ambiente terrestre.
R: Para se adaptaram à vida terrestre desenvolveram caracteres “novos”, como pernas, pulmões, narinas comunicadas com a cavidade bucal e órgãos dos sentidos os quais funcionam na água e no ar.
3 - O que é mimetismo e qual a sua importância para os anfíbios? 
R: Adaptação na qual um organismo possui características que o confundem com um indivíduo de outra espécie. O mimetismo é muito comum nas Salamandras, servindo como mecanismo de defesa.
4 - Cite um dos motivos que provem o declínio e extinções de populações de anfíbios:
R: A causa dos declínios e das extinções desses animais está associada em última instância às alterações ambientais geradas por ações antrópicas. Como fragmentação de seus hábitats, queimadas, desmatamento, dentre outros.
5 - Cite um mecanismo de defesa dos anfíbios:
R: Glândulas de veneno.
REPTILIA
ORIGEM E EVOLUÇÃO
 Os répteis surgiram há cerca de 315 milhões de anos, durante o período do Carbonífero. São definidos basicamente como animais com escamas ou escutelo, que põem ovos de casca dura em terra e possuem metabolismo ectotérmico. O grupo pode ser considerado parafilético por excluir seus atuais sucessores: as aves e os mamíferos.
 Os répteis provavelmente apareceram na sua forma primitiva em pântanos do período Carbonífero, que através da pressão do ambiente foram desenvolvendo certas características que conferiram maior segurança no meio exclusivamente terrestre, como um esqueleto mais robuso, um pulmão mais desenvolvido, ovos externos de casca dura e o cerebelo maior (dando vantagem na caça). As escamas também foram essenciais por impedir a perda excessiva de água.
 Evidências indicam que os primeiros répteis possuiam um crânio sólido com buracos apenas para boca, nariz, olhos, ouvidos e medula espinhal. Tartarugas atuais compartilham essa estrutura de crânio, levando muitos a acreditarem que elas sejam uma de suas formas primitivas. 
 Ao decorrer da história dos répteis na Terra, a evolução os levou para dois ramos, um dos quais evoluiu para os mamíferos, o outro voltou a dividir-se nos lepidossauros (que inclui as cobras e lagartos modernos) e nos arcossauros (crocodilos, dinossauros e as aves atuais). 
FISIOLOGIA E COMPORTAMENTO
 Os répteis têm o corpo recoberto por uma pele seca e praticamente impermeável. As células mais superficiais da epiderme são ricas em queratina, o que protege o animal contra a desidratação e representa uma adaptação à vida em ambientes terrestres. A pele pode apresentar escamas (cobras), placas (jacarés, crocodilos) ou carapaças (tartarugas, jabutis). 
 São ectotérmicos. Isso significa que o ganho de temperatura corporal do animal ocorre através de fontes de calor externas. Neste caso, todo o calor presente no corpo de um réptil provém do meio no qual o indivíduo se encontra. Estas fontes de calor podem ser a radiação solar que incide diretamente sobre o corpo do animal, ou aquela que é refletida por rochas, areia ou até mesmo galhos de uma árvore
 Os répteis dependem quase exclusivamente da respiração pulmonar. Os pulmões dos repteis são mais complexos e eficientes que os dos anfíbios, com maior número de câmaras internas e alvéolos. As tartarugas podem permanecer algumas horas embaixo d´água, pretendo a respiração, e para isso o organismo funciona lentamente, o coração bate devagar, num fenômeno chamado bradicardia, e é auxiliado por um tipo de respiração acessória, em que o oxigênio dissolvido na água é absorvido pelas vias faringicas e cloacal.
 Em geral, os Répteis como cobras e jacarés alimentam-se de animais menores. Essa alimentação feita basicamente através da caça, fez com que fossem animais de reflexos rápidos, fortes e extremamente perigosos. Dentre os que pegam a comida com a boca estão as cobras, lagartos, tartarugas e crocodilos. Em sua maioria, os répteis são animais carnívoros; algumas espécies são herbívoras e outras são onívoras. Eles possuem sistema digestório completo. O intestino grosso termina na cloaca.
 O sistema reprodutor dos répteis foi um importante fator de adaptação desses animais ao ambiente terrestre. Os répteis fazem a fecundação interna: o macho introduz os espermatozóides no corpo da fêmea. A maioria é ovípara, ou seja, a fêmea põe ovos, de onde saem os filhotes. Esses ovos têm casca rígida e consistente como couro. Os ovos se desenvolvem em ambiente de baixa umidade. A fecundação interna e os ovos com casca representam um marco na evolução dos vertebrados, pois impediram a morte dos gametas e embriões por desidratação. Assim, em ralação a reprodução, os répteis tornaram-se independentes da água. A tartaruga marinha e muitos outros répteis aquáticos depositam os seus ovos em ambiente terrestre. Eles ficam cobertos de areia e aquecidos pelo calor do Sol.
 Os répteis possuem órgãos dos sentidos que lhes permitem, por exemplo, sentir o gosto e o cheiro das coisas. Os olhos possuem pálpebras e membrana nictitante, que auxiliam na proteção dessas estruturas. Eles têm glândulas lacrimais, fundamentais para manter a superfície dos olhos úmida fora da água.
 Mecanismos de defesa são parte da história evolutiva dos organismos. Assim, espécies da mesma linhagem tendem a apresentar os mesmos mecanismos. Escape locomotor, camuflagem, descarga cloacal, mordida e constriçãodo corpo podem ser mecanismos ancestrais dos répteis. Tartarugas ainda podem se refugiar no casco e usar secreções tóxicas no seu repertório. A maior diversidade de comportamentos é encontrada em Squamata
DINOSSAUROS
 Os dinossauros, teriam surgido durante a Era Mesozoica, no período Triássico, há cerca de 231 milhões, e extintos 66 milhões de anos atrás, ou seja, eles habitaram a Terra por 165 milhões de anos. Os dinossauros faziam parte do grupo dos répteis, apesar de serem muito diferentes dos répteis que nós conhecemos hoje. A palavra “dinossauro”, aliás, significa “lagarto terrível”. Geralmente de tamanhos bastante grandes, esses animais foram moldados pela nossa imaginação como gigantes ferozes, entretanto, muitos deles apresentavam tamanhos pequenos e nem carnívoros eram. Na realidade a maioria deles era composta por dinossauros herbívoros e que apresentavam comportamentos pacíficos, iguais aos muitos animais atuais. Assim como a fauna e a flora da nossa atualidade, as espécies de dinossauros eram bastante diversificadas, apresentando singularidades, como tamanhos, formas, cores e características únicas. A extinção dos dinossauros aconteceu no final do período Cretáceo, levando também à extinção diversas espécies de animais, plantas e insetos. A teoria mais aceita pela comunidade científica é a que de um asteroide com dimensões de aproximadamente 10 quilômetros de diâmetro atingiu a superfície do nosso planeta, causando uma imensa explosão, cujo pode se assemelhou ao estouro de 100 trilhões de toneladas de TNT. 
ORDENS
A classe reptiliana é dividida em quatro ordens: Testudines, Squamata, Sphenodonta e Crocodylia. 
TESTUDINES OU QUELONIOS
Os Testudines surgiram no período Triássico, entre 230 e 195 milhões de anos atrás. Desde então, os animais dessa ordem não sofreram grandes mudanças e continuam tendo como principal característica a presença do casco. Existem cerca de 260 espécies de quelônios no planeta. Os termos “jabuti”, “cágado” e “tartaruga” são aplicados de formas distintas aos vários membros grupo das tartarugas.
São distinguidas em três de acordo com algumas características morfológicas, relacionadas ao formato do corpo, presentes nos cascos, nas patas e nos pescoços e as principais diferenças variam de acordo com seu hábitat. Os terrestres sãos os jabutis seu casco tem forma de cúpulas e seus pés são cilíndricos oque lembra as patas de um elefante. Já os cágados são semiaquáticos, seu casco é mais achatado e têm o pescoço bem mais longo, as patas possuem dedos com membranas entre os dedos e a carapaça é delgada e hidrodinâmica o que facilita o nado. As tartarugas vivem em água doce ou salgada, suas patas em geral têm formato de pá, que usam como remos para nadar e seu corpo é mais achatado facilitando os movimentos dentro d´água.
 Os Squamatas compreende os Lagartos, Serpentes e Anfisbernas. É uma das quatro ordens de répteis sendo a ordem mais abundante e diversificada, representados principalmente por lagartos e serpentes, onde são responsáveis por cerca de 95% dos repteis atuais. Os animais dessa ordem possuem todo o corpo coberto por escamas e reúnem três subordens. Lacertílios ou sáurios (lagartos em geral) formam 4800 espécies variando em tamanho, desde as de as pequenas lagartixas com 3cm e o dragão de Komodo chegando até 3m de comprimento quando adulto. Amphisbaenídeos é formada por cobras de duas cabeças as anfisbenas refere-se a um grupo extremamente fossoriais (fossor= cavador). O nome dado a esse grupo significa “andar duplo”. As Serpentes ou ofídios (cobras em geral) Grupo constituinte de 2900 espécies, distribuídas em 465 generos e 20 famílias, com a principal característica a ausência de membros que foi perdido durante o processo evolutivo.
 Os Sphennodontas representado por apenas duas espécies atuais do gênero sphenodon da Nova Zelandia chamado de Tuatara, que significa “espinhos nas costas” são encontradas atualmente em cerca de 30 ilhas, ao largo da costa, as duas espécies são Sphenodon punctatus e o Sphenodon gutheri. O tuatara é semelhante a um lagarto com até 66 cm de comprimento, de crescimento lento e grande longevidade.
 E os Crocodylias são os únicos sobreviventes da linhagem Archosauria que deu origem a grande irradiação dos dinossauros e das aves. Seus detalhes atuais não são diferentes da sua linhagem primitiva desde o início da Era mesozoica. Os crocodilianos são divididos em três famílias: Alligatoridae que são típicos de água doce, principalmente, margens de lagos e rios. Aqui no Brasil são muito comuns na região do Pantanal Mato-grossense. Crocodylidae são os crocodilos vivem em locais espaços como pântanos e rios lentos, mas toleraram águas salgadas como manguezais e estuários na África, América do Norte, América do Sul e Ásia. Gavialidae são grandes repteis semelhantes aos crocodilos, porém com o focinho mais fino, se alimentam de peixes exclusivamente por não possuírem força na mandíbula. Eles habitam os rios da Índia, Paquistão, Myanmar e do Bangladesh, consistem de apenas duas espécies Gavial (Gavialis gangeticus) e Falso-gavial (Tomistoma schlegelii) 
IMPORTÂNCIA MÉDICA
 De todos os répteis existentes, os que possuem maior frequência em acidentes com o ser humano a nível médico são as serpentes peçonhentas. A peçonha é inoculada nas vítimas através de presas especializadas – o tipo de presa varia, e isso está relacionado com a quantidade de peçonha a ser inoculada. No Brasil, classificamos estes acidentes da seguinte forma:
•	Acidentes botrópicos: Acidentes causados pelas serpentes do gênero Bothrops (Jararaca, jararacuçu, urutu-cruzeiro e etc.). Efeito: Atividades proteolíticas, coagulante e hemorrágica. 
•	Acidentes crotálicos: Acidentes causados pelas serpentes do gênero Crotalus (Cascavéis). Efeito: Atividades neurotóxica, miotóxica e coagulante.
•	Acidentes laquéticos: Acidentes causados pelas serpentes do gênero Lachesis (Surucucus). Efeito: Atividades coagulantes, hemorrágicas e inflamatórias agudas.
•	Acidentes elapídicos: Acidentes causados pelas serpentes da família Elapidae (Corais).. Efeito: Atividades neurotóxicas e miotóxicas, prejucicando até fatalmente o sistema respiratório.
PERGUNTAS 
1 – Quais as principais características que os répteis tiveram que desenvolver para garantir um maior sucesso no meio exclusivamente terrestre?
R: Escamas ou plaquetas (para evitar a desidratação); pulmões, pernas e cérebro mais desenvolvidos; ovos externos e de casca dura.
2 – Cite 3 mecanismos de defesa utilizados pelos répteis.
R: O bote das serpentes, a camuflagem principalmente dos lagartos e o recuo para a carapaça, no caso das tartarugas.
3 – Os eventos que levaram os dinossauros e outras espécies de seres vivos à extinção ainda não tiveram a sua causa explicada pelos estudos científicos, porém, há algumas teorias que tentam explicar o caso, quais são as 2 teorias mais aceitas? 
R: Uma delas é a de que as placas tectônicas sofreram movimentos, provocando mudanças nas correntes marítimas e afetando o clima da Terra causando diminuição da temperatura do planeta, causando invernos mais rigorosos, o que levou à morte muitos seres vivos e, consequentemente, o desaparecimento deles. Entretanto, a teoria mais aceita pela comunidade científica é a que de um asteroide com dimensões de aproximadamente 10 quilômetros de diâmetro atingiu a superfície do nosso planeta, causando uma imensa explosão, cujo pode se assemelhou ao estouro de 100 trilhões de toneladas de TNT
4 – Como a ordem Crocodylia é subdivida? Cite seus principais representantes.
R: A ordem é subdividida emem três subordens: Alligatoridae, representados pelo jacarés; Crocodylidae pelos crocodilos e Gavialidae representada pelos Gaviais.
5 – Por que as serpentes de interesse médico são consideradas peçonhentas e não apenas venenosas? 
R: Porque elas possuem estruturas especializadas (glândulas produtoras da peçonha e dentição) para inocular o veneno na presa ou vítima.Elas seriam consideradas “venenosas” se não houvesse essas estruturas, fazendo com que o veneno fosse liberado de forma barafunda.
Especiação dos Vertebrados terrestres do Brasil: Possíveis barreiras Biogeográficas
Primeiramente para compreender melhor o assunto; o que é especiação? A especiação refere-se ao surgimento de uma ou mais espécies a partir de uma população ancestral. Esse processo, que envolve mecanismos de diferenciação e pode ocorrer por vários fatores, entre eles, o isolamento geográfico e redução de fluxo gênico.
A especiação por isolamento ocorre quando uma espécie se isola geograficamente, alterando assim o seu nicho ecológico e fazendo com que a mesma sofra mutações com o passar do século. Um exemplo ocorreu com os chamados “Tentilhões de Darwin”, na ilha de Galápagos, na qual houve a reprodução de mais de uma dúzia de espécies.
Do ponto de vista geográfico, o processo de especiação, pode ocorrer de 3 formas distintas: Especiação Alopátrica (Peripátrica), Simpátrica e Parapátrica.
Especiação Alopátrica (alo-além, pátrica-pátria): Especiação alopátrica é apenas um nome para especiação por isolamento geográfico. Neste modo de especiação, algo extrínseco para o organismo previne dois ou mais grupos de se acasalarem uns com os outros regularmente, eventualmente causando especiação nesta linhagem. O isolamento pode ocorrer devido a grande distância ou uma barreira física, como um deserto ou um rio, como mostrado abaixo.
Especiação Simpátrica:(sim-mesma pátrica-pátria): especiação simpátrica não requer distância geográfica em larga escala para reduzir o fluxo gênico entre as partes de uma população. Como poderia uma população de acasalamento aleatório reduzir o fluxo gênico e causar especiação? Simplesmente explorar um novo nicho pode automaticamente reduzir o fluxo gênico com indivíduos que exploram outros nichos. Isto ocasionalmente pode acontecer quando, por exemplo, insetos herbívoros experimentarem uma nova planta hospedeira.
Especiação Parapátrica : Ocorre quando duas populações de uma mesma espécie diferenciam-se e ocupam áreas próximas. Por estarem em áreas de contato, é possível o intercruzamento, que acaba gerando híbridos, fazendo com que ocorra uma redução no fluxo gênico.
O Brasil é seguramente o país que apresenta a maior riqueza de espécies de vertebrados do mundo, se considerados os tetrápodes e “peixes” em conjunto. Esta condição privilegiada impões-nos a responsabilidade ética de compreender a magnitude desta riqueza, o que é indispensável para exploração, uso responsável e conservação desde patrimônio. O Brasil se deve à riqueza dos vertebrados, principalmente por causa de sua conspicuidade, beleza e familiaridade que o grande público tem com estes animais. Deste ponto de vista, os vertebrados constituem as mais importantes e evidentes criaturas para os seres humanos (uma posição tendenciosa, segundo Wilson, 1985), e muitas delas são usadas como espécies-símbolo em programas de conservação (e.g., mico-leão-dourado, muriqui, ararajuba, arara-azul, tamanduá-bandeira, tartaruga-marinha e onça-pintada).
 Mas a pergunta em questão é: Como as barreiras biogeográficas influenciam na especiação de espécies? Para responder essa pergunta temos que entender dois processos evolutivos de especiação: a Anagênese e a Cladogênese.
A anagênese (ana = para cima; genesis = origem) compreende processos pelos quais um caráter surge ou se modifica numa população ao longo do tempo, sendo responsável pelas "novidades evolutivas". A anagênese resulta da interação entre mutação, permutação e seleção natural.
A cladogênese (clado = ramo) compreende processos responsáveis pela ruptura da coesão original em uma população, gerando duas ou mais populações que não podem mais trocar genes entre seus indivíduos. Essa ruptura pode ocorrer em função do fenômeno da deriva genética, do surgimento de barreiras geográficas e mesmo da ocorrência de mutações. Se permanecerem separadas, sem trocar genes, cada uma dessas populações passa a ter sua própria história evolutiva e, em função dos eventos anagenéticos, essas populações modificam-se ao longo do tempo, podendo originar uma espécie distinta.
Para entender melhor o objetivo do nosso trabalho não podemos deixar de falar sobre: isolamento geográfico, Diversificação gênica e Isolamento reprodutivo que são processos chaves da especiação.
1.Isolamento geográfico; que consiste na formação de barreiras que separam uma população em subpopulações. As barreiras, denominadas geográficas ou ecológicas, que promovem esse isolamento podem ser representadas por um rio que corta uma planície, um vale que separa dois planaltos ou um braço de mar que separa ilhas e continentes. Impedindo a passagem de indivíduos, elas interrompem também o fluxo gênico entre os dois grupos, que passam então a ser submetidos à ação da seleção natural em ambos os lados. Dessa forma, o isolamento geográfico faz com que variabilidades genéticas novas, surgidas em uma das subpopulações, não sejam transmitidas para a outra. 
2. Diversificação gênica: é a progressiva diferenciação do conjunto gênico de subpopulações isoladas, que é causada, basicamente, por dois fatores: mutações e seleção natural. As mutações respondem pela introdução de alelos diferentes em cada um dos grupos isolados, que passarão a integrar o pool gênico (conjunto gênico). A seleção natural, atuando em ambientes distintos, tende a preservar certos genes em uma das subpopulações, que são transferidos aos descendentes, por meio da reprodução, e a eliminar genes similares em outra subpopulação, acentuando, como consequência, a diversidade gênica e adaptando os grupos a diferentes nichos ecológicos. Dessa forma, essas subpopulações, assim separadas, acumulam diferenças ao longo do tempo, podendo chegar a desenvolver mecanismos de isolamento reprodutivo, que caracteriza a formação de novas espécies.
3. Isolamento reprodutivo: é a incapacidade, total ou parcial, de membros de duas populações se cruzarem. Ele atua impedindo a mistura de genes das populações quando elas entram em contato. Via de regra, após um longo período de isolamento geográfico, as populações isoladas se tornam tão diferentes que não mais conseguem cruzar ou não formam descendentes férteis, mesmo depois do desaparecimento da barreira geográfica. Quando isso ocorre, elas são consideradas espécies distintas. O isolamento reprodutivo evolui, portanto como subproduto da divergência entre populações geograficamente afastadas.Os mecanismos de isolamento reprodutivos podem ser classificados em dois grupos: pré-zigóticos e pós-zigóticos.
Perguntas:
1-Devido ao aparecimento de uma barreira geográfica, duas populações de uma mesma espécie ficaram isoladas por milhares de anos, tornando-se morfologicamente distintas.
Explique sucintamente como as duas populações podem ter-se tornado morfologicamente distintas no decorrer do tempo.
R: As modificações observadas nas populações isoladas geograficamente são devido à seleção natural diferencial atuando sobre as variações produzidas por mutações e recombinações gênicas.
2- O que é Anagênese?
R:Compreende em processos pelos quais um caráter surge ou se modifica numa população ao longo do tempo, sendo responsável pelas "novidades evolutivas". A anagênese resulta da interação entre mutação, permutação e seleção natural.
3- Quais são as etapas do processo de especiação por Cladogênese? Marque a sequência correta dessas etapas:
I. Diferenciação do conjunto gênico de subpopulações isoladas.
II. Incapacidade dos membros de duas subpopulações se cruzarem, produzindo descendência fértil.
III. Separação física de duas subpopulações de uma espécie.
( III,I,II)
4-São condições necessárias ao aparecimento de novas espécies:
a) A existência de diferenças genéticas dentro das populações, o isolamento geográfico e o reprodutivo.
b) A não-ocorrência de mutação e seleção natural.
c) A existência de recombinação genética e a ação da seleção natural.
d) A não-existência de diferenças genéticas dentro das populaçõese o isolamento reprodutivo.
e) A não-ocorrência do isolamento reprodutivo e mutação.
5- A seguir marque (V) ou (F) nas alternativas que se referem ao processo de formação de novas espécies (especiação):
( )I. Para que ocorra a especiação por cladogênese, é necessário que grupos de indivíduos pertencentes à mesma população original separem-se e deixem de se cruzar.
( )II. Mutações ao acaso do material genético, ao longo do tempo, promovem o aumento da variabilidade, permitem a continuidade da atuação da seleção natural e o consequente aparecimento de novas espécies.
( )III. Barreiras mecânicas, diferenças comportamentais no processo de acasalamento, amadurecimento sexual em épocas diferentes, inviabilidade e/ou esterilidade do híbrido ou da geração F2 são mecanismos que levam ao isolamento reprodutivo e, consequentemente, à formação de novas espécies.
V,V,V (Todas as alternativas estão corretas)
Peixes, Anfíbios e Répteis: Métodos de Campo para Estudo e Preservação do Material em Museus de Zoologia.
“Coleção taxonômica é a reunião ordenada de espécimes mortos ou partes corporais desses espécimes, devidamente preservados para estudos” (U. R. MARTINS, in PAPAVERO, 1994:20).
Coleções Científicas depositam, preservam e ordenam exemplares biológicos de fauna e flora, sendo uma importante infraestrutura que dá suporte ao desenvolvimento científico e trabalhando como uma ferramenta essencial para preservar material testemunho.
Quanto mais representativa for à coleção de determinado grupo, maiores possibilidades terá o taxonomista para efetuar sua análise. A grande representatividade refere-se ao maior número possível de espécies e a maior quantidade possível de populações geograficamente diversas. Este agrupamento numeroso de indivíduos de uma espécie numa coleção denomina-se série. Durante as atividades de campo são coletados objetos relacionados com o animal ou planta em questão como, por exemplo, ninhos, pegadas, galerias, galhas, folhas danificadas, ramos, etc.
Existem diversos tipos de coleção como a coleção didática, coleção de pesquisa, coleção particular, coleção regional, coleções de tipo entre outras. 
COLETA
A coleta é uma atividade profissional e deve ser realizada de acordo com as normas legais e princípios éticos de respeito aos seres vivos. Antes de iniciar as coletas, é necessário obter uma licença de coleta, transporte e/ ou eutanásia de espécimes ao IBAMA, que possui atualmente, uma divisão para répteis e anfíbios (RAN). A captura, coleta, transporte e morte de animais silvestres sem autorização dos órgãos competentes, é crime (Lei 7653/88).
Os dados coletados em campo acompanharão o espécime para sempre. É muito importante que as informações sejam coletadas com a maior atenção e legitimidade e precisão porque servirão de referência para humanidade. Quanto mais informações registradas, com menos interferência ao meio ambiente, melhor terá sido a coleta.
Todos os espécimes devem receber uma etiqueta e posteriormente, os dados do caderno de campo deverão ser transferidos para um livro tombo de uma coleção científica. Os dados fundamentais da etiqueta são: local onde o animal foi coletado, data da coleta e nome do coletor. Outros dados (sexo, local específico, peso e outras observações) estarão no caderno de campo e podem ser incluídos nas etiquetas. Para facilitar a organização, utiliza-se a numeração dos espécimes.
Previamente ao trabalho de campo, os objetivos devem estar bem claros e a metodologia a ser utilizada bem definida, pois para cada pergunta, há uma metodologia para buscar a resposta. Deve-se coletar apenas e exclusivamente o suficiente para os objetivos propostos. Répteis e anfíbios podem ser coletados juntos e a coleta pode ser ativa ou passiva.
TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO
VIA SECA 
Adota-se este tipo de preservação para material de difícil decomposição, especialmente peles, ossos, conchas e exoesqueletos.
O preparo de peles para exposição ou estudo denomina-se taxidermia. Tradicionalmente taxidermizam-se para coleções mamíferos e aves. Capturados em armadilhas ou abatidos a tiro, os animais serão completamente limpos (remoção de sangue, dejeções e secreções).
VIA ÚMIDA 
 Neste caso, o material é preservado em meio líquido. O líquido preservador mais habitual é o álcool a 70%. Preservam-se neste meio vertebrados menores (morcegos, répteis, anfíbios e peixes) e a grande maioria dos invertebrados.
Exceto animais muito pequenos, cuja imersão em álcool 70% garantirá a preservação, os demais vertebrados devem receber injeções de fixadores antes da imersão em álcool. O fixador empregado frequentemente é o formol a 10%.
Em grande parte dos casos os animais invertebrados, tão logo capturados e ainda vivos, são colocados diretamente no álcool a 70%. A ingestão do líquido, ainda que em pequena quantidade, melhora as condições de preservação.
A preservação em álcool, de maneira geral, aplica-se aos animais sujeitos a fácil decomposição. É ainda usada nos casos em que a preservação a seco é indesejável: por causar contração corporal; por tornar o corpo ou os apêndices (antenas, perna, cercos, filamentos caudais etc.) quebradiços.
TÉCNICAS DE COLETA E PRESERVAÇÃO PARA PEIXES, ANFÍBIOS E RÉPTEIS.
PEIXES
Não somente em estudos puramente taxonômicos, mas também em estudos nos quais se pretende obter dados acerca da biologia e ecologia dos peixes, há a necessidade da captura de exemplares, isolados ou como amostragens populacionais.
A captura é inspirada em métodos tradicionais na captura de peixes, que concistem em: 
TÉCNICAS DE CAPTURA PASSIVA: 
Consiste na captura de peixes através de apetrechos que não são movidos pelo homem ou por máquinas, compreendendo dois tipos principais: redes de espera e armadilha.
Rede de espera; Armadilhas – Corvo
TÉCNICAS DE CAPTURA ATIVA
Consiste na captura de peixes com uso de instrumentos que perturbam o ambiente, tanto pela movimentação dos coletores quanto pelas alterações provocadas na estrutura dos microhábitats.
Rede de arrasto; Tarrafas ou rede de arremesso
REDES DE MÃO
Peneiras; Puçás
OUTROS MÉTODOS
Espinhelas; Arpões; Venenos; Anzol; Corrente elétrica; Mergulho
Métodos de Conservação-Peixes 
A fixação é um processo de coagulação dos conteúdos celulares dos exemplares, geralmente através do estabelecimento de pontes químicas, previamente inexistentes, entre cadeias proteicas adjacentes, tornando-os insolúveis, e como consequência, impedindo a autólise e decomposição dos tecidos e, consequentemente preservando os exemplares. 
Via Úmida- Formol; Álcool 70%; Via Seca- Texidermia 
Anfíbios
Os anfíbios são coletados de dia ou de noite, quando estão vocalizando. Por dependerem de umidade, estão mais ativos nas estações chuvosas e/ou próximos a lugares úmidos.
Para a captura desses animais os seguintes métodos são comunmente usados:
Armadilhas De Interceptação e Queda “Pitfall Traps”; Busca Ativa; Procura Visual Limitada por Tempo
Eutánasia em Anfíbios 
Para os anfíbios é sugerido o sacrificio por meio do uso de barbitúricos, anestésicos inaláveis (em algumas espécies), dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO), metano sulfonato de tricaína (TMS, MS222), hidrocloreto de benzocaína ou dupla secção da medula espinhal. O uso de pistola de ar comprimido, pistola, atordoamento e decapitação, decapitação e secção da medula espinhal são aceitos com restrições.
Fixação de Anfíbios
Após a morte, os animais são fixados por meio da injeção de formol 10% na cavidade abdominal. Devem ser arrumados numa bandeja (com auxílio de pinças) de forma que imitem a postura natural do espécime no ambiente. Devem ser cobertos com um papel fino (que pode ser papel-higiênico) encharcado de formol 10%. A bandeja deve ser envolta em um saco plástico e protegida da luz, para evitar que o material resseque. Os animais são retirados depois de 24h e são amarradas as etiquetas com a numeração da coleção científica. Os espécimes são então lavados em água corrente e imersos em álcool 80% (já na coleção científica).Répteis
Para a coleta de répteis todos os métodos citados para a captura de anfibios podem ser empregados (Pitfall Traps, Busca Ativa, Procura Visual Limitada por Tempo, Registro Auditivo em Transectos). 
Também pode ser empregado o uso de armadilhas do tipo “Tomahawk” e “Sherman” que geralmente são utilizadas para capturar pequenos mamíferos, mas também podem capturar répteis como alguns lagartos, como o teiú e o calango. Iscas podem ser usadas para atrair esses animais. Assim, essas armadilhas devem ser revisadas e iscadas preferencialmente duas vezes ao dia.
Eutánasia em Répteis 
Para os répteis, é sugerido o uso de barbitúricos, anestésicos inaláveis (em algumas espécies), CO2 (em algumas espécies). O uso de pistola de ar comprimido, pistola, decapitação e secção da medula espinhal, atordoamento e decapitação são aceitos com restrições.
Fixação de Répteis 
A fixação dos répteis é feita por injeção de formol 10% em várias partes da cavidade abdominal e musculatura do corpo e membros. As injeções devem seguir o sentido cauda-cranial e o ar deve ser retirado dos pulmões antes da fixação. Deve-se posicionar o animal em uma bandeja no formato que se quer fixá-lo e cobri-lo com gaze encharcada de formol 10%.
A posição da fixação deve permitir um bom acondicionamento do animal e a consulta às características do corpo. As serpentes podem ser fixadas em espiral, com a cabeça no interior da espiral. A bandeja deve ser envolta em um saco plástico e protegida da luz. O tempo pode variar de 24 a 48h em animais grandes. Depois disso, o animal deve ficar imerso em formol 10% por alguns dias, dependendo do tamanho do animal. Deve ser lavado em água corrente, e imerso em álcool 80%, na coleção científica. Répteis grandes podem ser fixados a seco, conservando a pele ou esqueleto. Estes animais devem ser limpos imediatamente após a morte.
Questões
1 – Porque é importante, no ato da coleta do animal, que o maior número possiveis de informações sejam coletadas e com a melhor precisão possível?
R: Porque as informações coletadas acompanharão a espécie ao longo do seu caminho e é por isso que precisam ser corretas e o maior número de informações facilita, no caso de pesquisa, a obtenção de informações totalmente necessarias.
2 – Porque os EPI’S são considerados essenciais na coleta de espécies?
R: Porque garantem a proteção do profissional que está realizando a coleta, reduzindo muito o risco de acidentes, principalmente com animais peçonhentos.
3 – Em estudos actiofaunísticos, o que consiste métodos de captura passiva? Cite exemplos de técnica.
R: Consiste na captura de peixes através de apetrechos que não são movidos pelo homem ou por máquinas, compreendendo dois tipos principais: redes de espera e armadilha.
4 - Defina coleções gerais e particulares.
R: Coleções gerais: conservam materiais zoológicos de todos os grupos, se possível, do mundo todo e representado por séries.
Coleções particulares: colecionadores que reúnem com recursos particulares, um grande número de material de grupo ou de grupos taxonômicos, para sua própria pesquisa ou motivos de interesse próprio.

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