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Samuel Aleixo da Silva Junior Graduando do primeiro semestre de Farmácia 2015.1 Turma C406 Anatomia – Prof Sérgio Sistema Digestório e Respiratório Canais Comuns As finalidades fisiológicas do sistema digestório e respiratório são distintas e atuam em modalidades divergentes na manutenção da homeostase. O Sistema Digestório possui como função a absorção de substâncias necessárias para dar energia e preparar moléculas ou íons funcionais. O Sistema Respiratório possui a função de fornecer rapidamente o oxigênio necessário para a produção de ATP e eliminar com a mesma rapidez o CO2 residual. Apesar disso, há em comum algumas passagens do trato bucofaríngeo, visto que o ar pode ser inspirado pela via bucal e nasal com diferenças entre ambas. Veja a figura 1. Vias Nasais A passagem preferida para a passagem de ar é a via nasal, visto que há diversas estruturas com função de limpar, aquecer e umidificar o ar antes da chegada aos pulmões. A via nasal é a estrutura composta externamente de nariz e narinas e internamente de conchas nasais (superior, média, inferior), tudo isso articulado com os ossos nasais, vômer, frontal e os temporais. A função de limpar o ar é atribuída aos pelos nasais. O aquecimento e umidificação do ar ocorre nas conchas nasais. Quando é respirado pela boca, o ar chega à traqueia sem passar por nenhuma dessas fases, diminuindo a qualidade do ar ingerido e aumentando a probabilidade de microrganismos, poeira ou outras obstruções quaisquer a vir se sedimentar nas paredes da mucosa bucofaringeas. Figura 1: passagens comuns para sistema respiratório e sistema digestório. Fonte: Internet. Samuel Aleixo da Silva Junior Graduando do primeiro semestre de Farmácia 2015.1 Turma C406 Boca, Dentes, Língua, Palatos e Glândulas Salivares A boca é a região inferior à via nasal, sendo onde a passagem de comida acontece, possuindo estruturas especializadas para lidar com tal. Essas estruturas são os dentes, a língua, os palatos e as glândulas salivares exócrinas. A boca possui uma musculatura desenvolvida na região dos lábios (músculo orbicular da boca, músculo elevador do ângulo da boca, músculo elevador da asa do nariz e do lábio superior, músculo zigomático menor e o maior, músculo depressor do lábio inferior, músculo depressor do ângulo da boca), servindo para articular os complexos sons da fala. Os dentes são estruturas ósseas articuladas com a maxila e a mandíbula por articulação sinartrose gonfose, existindo de vários tipos (incisivos, caninos, pré-molares, molares) para várias funções (cortar, perfurar, triturar). A língua tem função sensorial para o alimento, indicando se ele está próprio para consumo, visto que substância tóxicas podem ter gosto ruim ou ser doloroso para ingestão, além de manter o alimento entre os dentes durante a mastigação, com a ajuda do palato duro (o “céu” da boca). Por fim, na boca, temos as glândulas salivares, responsáveis por transformar o alimento em bolo alimentar através da ação de enzimas que já iniciam a digestão de certas substâncias (o amido) e lubrificam o alimento para ser apropriadamente movimentado dentro do corpo. São três regiões de glândulas salivares: sublinguais, submandibulares e parótidas. As mandibulares estão abaixo da língua e o soalho da boca. As sublinguais são anteriores às submandibulares. As parótidas ficam na região próxima à articulação temporomandibular. Faringe Logo após essa região, temos a região da faringe. É um tubo revestido de músculo esquelético com túnica mucosa. Funciona como canal de acesso do ar à traqueia e do bolo alimentar ao esôfago. É dividida em três regiões: Nasofaringe, Orofaringe e Laringorofaringe. Há um mecanismo importante que é um divisor de águas na relação entre esses sistemas: a Glote. A glote é a região onde a laringe dará espaço à traqueia e ao esôfago. Durante a respiração, a glote libera passagem para a laringe, onde o ar é absorvido pelo pulmão através de mecanismos que falaremos posteriormente. Durante a mastigação, quando o Samuel Aleixo da Silva Junior Graduando do primeiro semestre de Farmácia 2015.1 Turma C406 bolo chega à faringe, o movimento de peristalse empurra para baixo e a glote se posiciona de modo estendido sobre a passagem da laringe, bloqueando o acesso do bolo a esta. Isso interrompe a respiração. Sistema Digestório O sistema digestório, possui uma constituição básica de 4 tipos de tecidos envolvendo os órgãos: uma túnica serosa, túnica muscular, túnica submucosa e túnica mucosa. Cada uma tem uma função específica, a seguir e acompanhe na Figura 2 ao lado. A túnica serosa é a mais externa e serve para fixar as vísceras nas regiões apropriadas. Também secreta um muco que permite que uma deslize facilmente sobre a outra. A túnica muscular é imediatamente interna à túnica serosa. Ela é feita de músculo liso, possuindo do sistema nervoso parassimpático uma inervação para realização de movimentos peristálticos. Esses movimentos são contrações ritmadas que conduzem o alimento através do tubo Gastrointestinal (GI), que agitam o alimento com o suco gástrico ou biliar ou entérico. A túnica submucosa é onde ocorre a passagem dos vasos sanguíneos, onde estão fixada as glândulas e outras estruturas. A túnica mucosa é a mais interna de todas, onde há especificações de acordo com a etapa (órgão) do trato GI. Observe agora na Figura 3 os principais órgãos do sistema digestório. Figura 2: túnicas do GI. A mais interna, com "ondas" é a túnica mucosa. A rosa adjunta é a submucosa. A vermelha adjunta é a muscular lisa e a externa é a serosa. Fonte: Internet. Figura 3: Órgãos do sistema digestório. Em ordem: 1- boca; 2- faringe; 3- esôfago; 4- estômago; 5- intestino delgado; 6- intestino grosso; 7- fígado; 8- Pâncreas. Fonte: internet. Samuel Aleixo da Silva Junior Graduando do primeiro semestre de Farmácia 2015.1 Turma C406 Faringe Após a passagem pela faringe, o bolo alimentar chega ao esôfago, um tubo na região inferior do pescoço cuja única função é prosseguir com a peristalse, conduzindo em frente até o estômago. A passagem por esta via é rápida e involuntária, pois é um movimento-reflexo. Estômago No estômago, o alimento pode ficar por até 4 horas, onde sob influência do meio fortemente ácido (pH = 2) devido a presença de HCƖ e de enzimas proteases, as macromoléculas são quebradas em moléculas menores. Nessa etapa não ocorre absorção de alimentos porque devido a essa região ter um pH muito ácido, é preciso uma constituição especial para o estômago, evitando deste ser digerido pelo próprio suco gástrico. Isso acontece por causa do muco secretado pelas células da túnica mucosa. Esse muco forma uma barreira que impede o contato do suco gástrico com as paredes do estômago. Anatomicamente, o estômago possui várias regiões: fundo gástrico, cárdia, corpo gástrico, parte pilórica e músculo esfíncter do piloro. Enquanto o alimento está no estômago, ele é constantemente agitado por movimentos peristálticos que misturam as enzimas do suco gástrico com todo o bolo alimentar e dissolvem-no completamente no suco gástrico, desfazendo sua forma sólida e sendo chamado agora de Quimo. Também, por esse movimento periodicamente uma parte do quimo é depositado no intestino delgado, mais especificamente na região chamada de duodeno. Intestino Delgado, Fígado, Vesícula Biliar e Pâncreas No intestino delgado é onde os nutrientes serão absorvidos por mecanismos específicos à sua classe. Essa fase da digestão é auxiliada pelos órgãos fígado, pâncreas e vesícula biliar. O fígado é onde as enzimas são produzidas,numa mistura chamada de bile. Anatomicamente ele possui dois lobos: o esquerdo e o direito. Ele serve para degradar substâncias tóxicas em outras menos tóxicas, degradar drogas e para degradar macromoléculas (geralmente lipídios, visto que no estômago não há enzimas lipases) em moléculas menores. Samuel Aleixo da Silva Junior Graduando do primeiro semestre de Farmácia 2015.1 Turma C406 A bile é armazenada na Vesícula Biliar. O pâncreas secreta o suco pancreático, que aumenta o pH do quimo, desativando as enzimas gástricas e deixando-o próprio para ser digerido pelo intestino delgado. A anatomia do intestino delgado é a de um tubo fino que se enrola sobre si mesmo. Esse tubo possui todas as 4 túnicas do trato GI. Absorção de Nutrientes A função mais importante do intestino delgado não é a digestão, mas sim a absorção das substâncias. Por toda a extensão deste órgão, há uma estrutura na túnica mucosa denominada Microvilosidades. São enrugamentos da superfície entérica voltada para a luz do intestino que aumentam a área de contato do quimo com as paredes do intestino. Esse contato é mais aumentado ainda devido à peristalse não ser simplesmente linear, mas sim, rotacionada. Nessa fase, devido à digestão pela saliva, suco gástrico, suco pancreático, pela bile e pelo suco entérico, as macromoléculas todas são convertidas em unidades moleculares pequenas (monossacarídeos, glicerol separado das cadeias de ácidos graxos, aminoácidos no lugar de sequencias peptídicas, etc) o bastante para atravessar as paredes do intestino delgado em direção à corrente sanguínea através de difusão, difusão facilitada, transporte ativo e osmose. Os glicídios entram nas células epiteliais do intestino delgado por difusão facilitada como no caso da frutose e por transporte ativo, como nos casos da glicose e galactose. Eles caem na corrente sanguínea através de difusão facilitada, de onde seguem para o sistema porta do fígado e posteriormente para a circulação em geral. Igualmente, os aminoácidos são absorvidos por transporte ativo, entrando nos capilares entéricos por difusão facilitada, seguindo logo após para o sistema porta do fígado e posteriormente para a circulação em geral. Os lipídios chegam ao intestino na forma de ácidos graxos e monoglicerídeos. Os monoglicerídeos e ácidos graxos de cadeia curta são absorvidos por difusão simples e seguem a mesma via dos aminoácidos e glicídios. Como a maioria dos lipídios são de cadeia longa, eles são absorvidos com a ajuda dos sais biliares, que formam uma micela ao redor, como se fosse uma vesícula, e transportam para dentro da célula epitelial, onde Samuel Aleixo da Silva Junior Graduando do primeiro semestre de Farmácia 2015.1 Turma C406 são recombinados na forma de triglicerídeos e então seguem para o sistema linfático e posteriormente para a corrente sanguínea. Por serem insolúveis, eles são transportados em lipoproteínas que são solúveis em água, que são as LDL e HDL. A LDL possui a função de remover a gordura dos tecidos adiposos e musculares para outras regiões, para usos úteis ou excreção. A HDL possui a função de conduzir os triglicerídeos para o fígado, onde vai ser catabolizada em sais biliares ou outras substâncias. As vitaminas lipossolúveis também são absorvidas nesse momento. Com todos os eletrólitos passando por difusão e/ou transporte ativo para a corrente sanguínea, por osmose a água também passa. Os resíduos são conduzidos através do jejuno para o íleo que posteriormente chega ao intestino grosso. Intestino Grosso A anatomia do intestino grosso é a de um tubo com diâmetro maior que o intestino delgado, que se posiciona de modo circunscrito ao intestino delgado. Ele possui cavidades chamadas sacúolos do colo que dão seu aspecto típico cheio de bolsas. Também há uma linha média chamada Tênia do Colo que perpassa através das fases ascendentes, transversa e descendentes do intestino grosso. No final, há uma curvatura chamada Colo Sigmóide e após isso segue o ânus. Funcionalmente, essa etapa ocorre por ação bacteriana que fermentam os resíduos e liberam íons H+, CO2 e gás metano. Também degradam os aminoácidos em substâncias mais simples e tudo que é absorvido nessa etapa (como vitamina B e K) é conduzida ao fígado e depois utilizado pelo organismo. Nessa etapa, enquanto passa pelos haustros, o intestino progressivamente absorve a água do quimo e ele é agora chamado de Fezes. Finalmente, a peristalse do colo sigmoide conduz as fezes ao reto, iniciando o reflexo de defecar com o relaxamento do músculo liso do ânus, mas que, a partir dos 3 anos de idade só é completado quando há o relaxamento voluntario do musculo estriado esquelético do esfíncter do ânus. Samuel Aleixo da Silva Junior Graduando do primeiro semestre de Farmácia 2015.1 Turma C406 Sistema Respiratório Assim que o ar passa pelo canal da glote, chega à traqueia. A forma da traqueia é de um tubo revestido de anéis cartilagíneos em forma de arco incompleto, como uma letra /C/ com a face aberta voltada para o dorso, em direção ao esôfago. Na traqueia, as ramificações lembram o formato de uma árvore e frequentemente é assim que é chamado: Árvore Bronquial. A traqueia desce pela linha medial até logo acima da região mediastino onde se divide em dois “braços”: brônquio principal direito e brônquio principal esquerdo. Novamente, em cada um dos pulmões, há mais ramificações em brônquios lobares e depois brônquio segmentar, depois bronquíolos e depois bronquíolos respiratórios terminais. Pulmões Os pulmões são ligeiramente diferentes entre si. O pulmão direito é dividido em três lobos: superior, médio e inferior. O pulmão esquerdo é dividido em dois lobos: superior e inferior. O pulmão esquerdo também tem uma peculiaridade anatômica que é um recuo na região mediastino, para dar lugar ao coração. Esse recuo é chamado de Impressão Cardíaca. O pulmão direito tem uma peculiaridade anatômica que é ser mais curto e mais espesso. Ele é ligeiramente mais curto porque o diafragma é mais alto no lado direito, devido ao fígado ser logo abaixo. Respiração Envolvidos no processo respiratório existem vários músculos, que são os intercostais externos e internos, o diafragma, o músculo esternocleidomastoideo e os músculos escalenos. A respiração compreende as fases de Ventilação Pulmonar, Respiração Externa (pulmonar) e Respiração Interna (ou tecidual). Figura 4: localização dos pulmões com algumas peculiaridades anatômicas. Nesta imagem nota-se a Impressão Cardíaca. Fonte: Patrick J. Lynch, medical illustrator em Wikipédia. Samuel Aleixo da Silva Junior Graduando do primeiro semestre de Farmácia 2015.1 Turma C406 Fisiologicamente falando, o ar atmosférico é inspirado até os alvéolos pulmonares, através de um sofisticado mecanismo de manipulação da pressão atmosférica interna e externa. Alvéolos pulmonares são pequenos vacúolos nas “pontas” da árvore bronquial nos quais a dita troca gasosa de O2 e CO2 ocorre. Esse mecanismo é o fundamento da inspiração (inalação) e expiração (exalação). O que acontece é que dentro dos pulmões há uma quantidade de ar que sempre estará presente. Esse ar ocupa todo o espaço disponível. Quando é para a inspiração ocorrer, os músculos intercostais externos se contraem e tracionam as costelas para cima e para fora. Ao mesmo tempo, o diafragma se contrai e traciona-se para baixo, comprimindo as vísceras. Isso aumenta a área disponível ao pulmão e a pressão dentro cai em relação à pressão exterior. Assim, para equilibrar, entra ar no pulmão. Após a desoxigenação desse O2, que vai para o sangue, os músculos relaxam e o espaço disponíveldiminui, aumentando a pressão em relação ao exterior. Assim, o ar sai para manter o equilíbrio de pressão. No momento da inspiração, o ar que entra é rico em gás oxigênio (pressão parcial de O2 em 160 mm Hg ou pO2 = 160 mm Hg). O sangue que chega pela artéria pulmonar e vai pelos finíssimos capilares (tão finos que as hemácias têm de se organizar em fila para passar, o que é bom, pois deixa cada hemácia com exposição máxima ao O2, aumentando a eficiência de captação) é pobre em O2 (pO2 = 40 mm Hg). Assim, cada hemácia tem a captação de O2, visto que a combinação da hemoglobina com o O2 é boa e que este gás não tem boa solubilidade no plasma sanguíneo. O meio mais eficiente é combinar com a hemoglobina. O contato do O2 com o sangue é por meio de difusão simples e o sangue reoxigenado volta ao coração pela veia pulmonar. Assim, após passar pelos alvéolos pulmonares, por difusão o sangue atravessa os tecidos e chega até o sangue onde se combina com as hemácias e é transportado para as células pelo sistema arterial do coração. Enquanto é transportado pelas células, o nível da pO2 cai progressivamente até retornar para 40 mm Hg que é o nível da pressão de O2 dentro das células, pois o utilizam continuamente para produzir ATP. Nesse ponto, a pressão parcial de CO2 (pCO2) que estava em 40 mm Hg mas nas células é de 45 mm Hg, causa a difusão deste para o sangue, que eleva seu nível de pCO2 para 45 mm Hg e passa a ser chamado de sangue venoso. Samuel Aleixo da Silva Junior Graduando do primeiro semestre de Farmácia 2015.1 Turma C406 Nesse ponto, só resta ao sangue venoso voltar para o coração pelo sistema venoso de transporte, que leva o sangue pela artéria pulmonar de volta aos alvéolos pulmonares para reoxigenação. Veja no gráfico os seguintes dados organizados para melhor visualização: O Ar Atmosférico é pobre em CO2, mas rico em O2. O Ar Alveolar (na ponta final da Árvore Bronquial) tem as mesmas concentrações do sangue arterial. O sangue venoso é pobre em O2, mas contém quantidades ligeiramente maiores de CO2 nas mesmas proporções que dentro da célula. O sangue arterial é rico em O2, nas mesmas proporções que o ar alveolar. A concentração de O2 dentro das células é sempre baixa, visto que é continuamente utilizado pela célula para produção de ATP. Gráfico 1: Pressão Parcial dos Gases O2 e CO2 em diferentes situações biológicas. Fonte: Tortora. 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 ar atmosférico ar alveolar sangue venoso sangue artérial intracelular P re ss ao P ar ci al d e O 2 e C O 2 Samuel Aleixo da Silva Junior Graduando do primeiro semestre de Farmácia 2015.1 Turma C406 Essas configurações permitem que o sangue rico em CO2 no momento da exalação sempre saia para a atmosfera e que o O2 sempre vá para o sangue, tudo por difusão. Também garantem que a troca gasosa entre sangue arterial – célula – sangue venoso aconteça naturalmente, por difusão. Essas quantidades de pO2 depende da disponibilidade na atmosfera, logo, em regiões onde o ar é rarefeito, a quantidade de oxigênio absorvida pode ser insuficiente e entrar em quadro de hipóxia. Controle Respiratório O controle respiratório é parcialmente voluntário, porque embora possa ser controlado conscientemente, na maior parte do tempo, é regulada automaticamente por regiões no bulbo e na ponte que ficam alternadamente ativas. Quando a área inspiratória está ativa, a área expiatória está inativa. Para evitar a hiperinsuflação dos pulmões, regularmente a área expiatória se ativa e inibe os impulsos inspiratórios, relaxando os músculos e provocando a exalação e o fim do ciclo respiratório. Assim, se a área inspiratória do bulbo está ativa, o processo de inspiração acontece e a área de expiração está inativa. Se a área expiratória do bulbo está ativa, o processo de inspiração é interrompido e a expiração acontece. A parte voluntária é regulada pelo córtex cerebral. Entre os alteradores de frequência respiratória, é interessante notarmos que, além de sensores de pH na saída de artérias importantes para sinalizar quando o sangue está rico em CO2 (por que para o CO2 existir na corrente sanguínea, significa que há muitos íons H+ e o sangue está ácido, portanto o reflexo de expiração remove o CO2 e traz o O2 para restaurar o equilíbrio ácido-base do sangue e consequentemente o equilíbrio de oxigenação), há os baroceptores que possuem função sensorial de pressão, visto que um aumento de pressão significa uma diminuição do ritmo respiratório, e uma queda de pressão significa um aumento de ritmo respiratório. Há outros fatores também, como temperatura (com o aumento de temperatura, há um aumento de frequência respiratória, com a diminuição da temperatura, há diminuição desta frequência), dor (uma dor instantânea interrompe a respiração, mas uma dor prolongada aumenta o ritmo respiratório), irritação das vias aéreas (interrompe a respiração e causa tosse ou espirros) ou o interessantíssimo caso da distenção do músculo esfíncter do ânus, visto que isto Samuel Aleixo da Silva Junior Graduando do primeiro semestre de Farmácia 2015.1 Turma C406 aumenta a frequência respiratória, sendo inclusive utilizado para estimular o retorno do ritmo respiratório em casos de apneia. Referências: TORTORA, G. J. Corpo Humano: fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 4ª ED. Porto Alegre: Artmed, 2003. p 406-454. WIKIPÉDIA, a Enciclopédia Livre. Mediastino. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Mediastino>. Acesso em 16 Mai 2015. GOOGLE IMAGES. Disponível em: <http://images.google.com>. Acesso em 16 Mai 2015.