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GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO
DAVID ALEXSANDER SOUZA BENJAMIN
R.A.: 8009104
PORTFÓLIO DE PROGRAMAS DE SAÚDE E SOCORROS URGENTENTES
 BELO HORIZONTE
 2018�
 O que é controle social no SUS, qual a importância desse princípio para o funcionamento do Sistema Único de Saúde e os desafios existentes para a população praticar o controle social.
 Controle Social é, originalmente, um conceito das ciências sociais elaborado por Emile Durkhein com vista a entender o problema da ordem e da integração social (ALVAREZ, 20004)). No dicionário de Ciência Política, Bobbio, Matteucci e Pasquino (1986) destacam o controle social baseado na comunidade, no mercado e no Estado.
 Mas este conceito foi apropriado por outras tradições teóricas, a exemplo do pensamento social marxista. Nesta concepção o controle social é simultaneamente uma forma de integração social que, numa sociedade dividida em classes, tem o sentido da reprodução dos interesses das classes dominantes.
 É importante ressaltar que o controle social entendido como participação da sociedade no âmbito das políticas públicas ainda não faziam parte da consciência política das atividades sociais, parlamentares, técnicos e pesquisadores que realizaram a Oitava Conferência Nacional de Saúde (CNS). O relatório final desta conferência recomenda a ´´participação da população na organização, gestão e controle dos serviços e ações de saúde``. ( Conferência Nacional de Saúde).
 A participação e mobilização na gestão da saúde, é prevista pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 198, que trata das diretrizes do SUS: descentralização, integralidade e a participação da comunidade. Essas diretrizes orientam a organização e o funcionamento do sistema, com o intuito de torna-lo mais adequado a atender as necessidades da população brasileira (BRASIL, 2006; WENDHAUSE; BARBOS; BORBA, 2006; OLIVEIRA, 2003).
 Sendo o controle social uma importante ferramenta de democratização das organizações, busca adotar-se uma série de práticas que efetivem a participação da sociedade na gestão (GUIZARDI et al.,2004)
 
 Qual a importância desse princípio para o funcionamento do Sistema Único de Saúde e os desafios existentes para a população praticar o controle social.
 O SUS é um sistema com serviços e ações que interagem para um fim comum trabalhista com atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde. 
 Sua base doutrinária segue os seguintes princípios: Universalidade, Equidade, Integralidade.
 Há também, os princípios que regem sua organização: Regionalização, e Hierarquização; Resolubilidade; Descentralização, Participação dos cidadãos; Complementaridade do setor privado.
 Uma das importâncias do sistema social para um bom funcionamento do SUS, é oferecer serviços de qualidade a todos os cidadãos brasileiros, mesmo para aqueles que têm seus planos privados e acreditam nunca em usufruir do mesmo benefício (nível de atendimento). O SUS hoje, por meio de órgãos federais, estaduais e municipais, fiscaliza todos os insumos de medicação e padrões de higiene em estabelecimentos que manipulam alimentos, bem como custeia medicações caras para quaisquer cidadãos e socorre pessoas por meio do SAMU, entre tantos outros serviços. Por isso hoje, a defesa do SUS é associada a defesa da vida, e ele esta organizado em todo o território nacional como um sistema.
 Desafios existentes para a população praticar o controle social.
 Muitos desafios são encontrados, como vários entraves que interferem no exercício da função do conselheiro, desde a falta de informação, que vai da sonegação de informações até o atendimento da linguagem adotada nos conselhos, além do acesso as capacitações especificas. 
 Os problemas ou agravos citados em maior número de reuniões foram considerados proprietários para a população como um todo. Os problemas de saúde foram classificados em assistências como (carência de médicos, de pré-natal, e etc.), de infra-estrutura (falta de água, saneamento básico e transporte), socioeconômico (desemprego, migração e carência alimentar). As principais causas dos problemas foram: o descompromisso das autoridades, falta de informação, a distribuição desigual da terra e a falta de participação/organização da comunidade.
 O desenvolvimento dos processos de qualificação destes conselheiros, por meio das capacitações específicas e/ou permanentes, propicia o aprimoramento do exercício de controle social, inclusive na qualificação de demandas e adoção de propriedades que resultam na melhoria das condições de vida da população.
 Os espaços de controle social, estruturados e qualificados com o adequado reconhecimento da gestão em saúde, certamente serão mais permeáveis às necessidades locais e com maiores possibilidades de trazer impactos positivos na saúde da população na região da saúde.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Política nacional de educação permanente para o controle social no Sistema Único de Saúde (Série B. Textos Básicos em Saúde). Brasília, 2006.
Cotta RMM, Martins PC, Batista RS, Franceschini SCC, Priose SE, Mendes FF. O controle social em cena: refletindo sobre a participação popular no contexto dos conselheiros de Saúde. Physis: Rev. Saúde col. 2011; 21:1121-38
Moreira MR. Democracia participativa, democracia representativa e os Conselhos de Saúde no contexto da reforma política. Divulgação em Saúde para Debate. 2008(43): 15-22
Correia MVC. Desafios para controle social: subsídios para captação de conselhos de saúde. Rio de Janeiro: Editora Fio Cruz; 2005
Carvalho GCM. Participação da comunidade na saúde. Passo Fundo: IFIBE; 2006
Acide, GG. Algumas questões para debate do controle social no Sistema Único de Saúde. Saúde em Debate. 2003. 27(63): 63-73
Alvarez. M. C. Controle Social: notas em torno de uma nação polêmica. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v.18, n. 1, p. 168-76, jan./mar. 2004
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Coletânea de Normas para o Controle Social no Sistema Único de Saúde. 2. ed. Brasília, DF, 2006. 2008 p. Série E. Legislação de Saúde. Disponível em: http://www.conselho.saúde.gov.br/biblioteca/livros/coletânia_miolo.pdf. Acesso em 04 dez. 2007
Conferência Nacional de Saúde. 8., 1986, Brasília, DF. Relatório final. Brasília, DF: Centro de Documentação do Ministério da Saúde. Disponível em: <http://conselho.saúde.gov.br/biblioteca/relatorios.htm>. acesso em; 04 dez. 2007
Conferência Nacional de Saúde. 9.,1992, Brasília, DF. Relatório final. Brasília, DF: Centro de Documentação do Ministério da Saúde. Disponível em: <http://conselho.saúde.gov.br/biblioteca/relatórios.htm>. Acesso em: 04 dez. 2007
Oliveira, J. A. A. Saúde Pública hoje: notas para um debate sobre a conjuntura em saúde e a situação da ENSP em seu interior. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 4, n. 3, p. 326-333, 1988
Atividade referente à disciplina de PROGRAMAS DE SAÚDE E SOCORROS URGENTES, sob orientação da professora Gláucia C. Degani.

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