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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 1 Apresentação ................................................................................................................................ 3 Aula 1: ........................................................................................................................................... 4 Introdução ................................................................................................................................ 4 Conteúdo .................................................................................................................................. 5 Contextualização ............................................................................................................... 5 Contextualização ............................................................................................................... 5 Conceito de estratégia ...................................................................................................... 6 O Planejamento Estratégico ............................................................................................ 9 O que o Planejamento Estratégico pode proporcionar ........................................... 10 Missão ................................................................................................................................ 11 Visão ................................................................................................................................... 11 Valores ............................................................................................................................... 12 Ações internas .................................................................................................................. 16 Atividade proposta ............................................................................................................. 17 Referências ............................................................................................................................. 17 Exercícios de fixação ............................................................................................................... 18 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 21 Aula 2: ......................................................................................................................................... 23 Introdução .............................................................................................................................. 23 Conteúdo ................................................................................................................................ 24 Análise da competitividade e as cinco forças competitivas .................................... 24 As cinco forças de Porter, as cinco forças competitivas .......................................... 25 Influências externas ......................................................................................................... 25 Novos entrantes (novos concorrentes) ....................................................................... 26 Poder de negociação (ou barganha) dos fornecedores ........................................... 27 Poder de negociação (ou barganha) dos compradores ou clientes/pacientes ... 28 Ameaça dos serviços substitutos.................................................................................. 30 A rivalidade entre as empresas existentes .................................................................. 31 Diagnóstico estratégico .................................................................................................. 33 Matriz SWOT ..................................................................................................................... 34 Atividade proposta ............................................................................................................. 37 Referências ............................................................................................................................. 37 Exercícios de fixação ............................................................................................................... 38 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 42 Aula 5: ......................................................................................................................................... 44 Introdução .............................................................................................................................. 44 Conteúdo ................................................................................................................................ 45 Objetivos organizacionais .............................................................................................. 45 O processo do estabelecimento dos objetivos .......................................................... 45 Abordagem quantitativa ................................................................................................. 48 Monitoração da estratégia ............................................................................................. 48 Monitoração como instrumento administrativo ....................................................... 50 Fases do processo de controle e monitorização estratégica .................................. 51 Níveis de controle ............................................................................................................ 52 Atividade proposta .......................................................................................................... 52 Referências ............................................................................................................................. 53 Exercícios de fixação ............................................................................................................... 53 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 58 Aula 6: ......................................................................................................................................... 60 Introdução .............................................................................................................................. 60 Conteúdo ................................................................................................................................ 61 Planos tático e operacional ........................................................................................... 61 Tipos de políticas ............................................................................................................. 61 Tipos de níveis de planejamento empresarial ........................................................... 62 Níveis de planejamento em termos de divisão do trabalho empresarial ............. 62 Planejamento operacional como um sistema ........................................................... 63 Tipos de planos operacionais ........................................................................................ 64 Orientações do planejamento ...................................................................................... 65 Os seis passos do processo de planejamento ........................................................... 65 Como os planos estratégicos e táticos se ajudam mutuamente ........................... 66 Classificação do Planejamento Operacional .............................................................. 66 Gráfico de Gantt ...............................................................................................................66 Atividade proposta ............................................................................................................. 66 Referências ............................................................................................................................. 67 Exercícios de fixação ............................................................................................................... 67 Exercícios de fixação ........................................................................................................... 69 Conteudista ................................................................................................................................. 70 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 3 Há uma sociedade que está evoluindo cada vez mais. Novos conceitos, novos produtos, novas técnicas, novos paradigmas. Tudo isto altera o comportamento das organizações. O cenário mundial está interligado em um processo de grandes desafios que interferem e transformam as organizações, exigindo uma constante atualização de suas estratégias. As organizações de saúde estão inseridas neste contexto, deixando de ser uma organização tradicional, mecanicista, para a era do conhecimento, cujo planejamento deve ser uma ferramenta atualizada e cíclica. As estratégias devem ser desenvolvidas a fim de que as organizações possam continuar evoluindo para se manterem em um equilíbrio capaz de assegurar sua missão e permitir o alcance de metas. Sendo assim, essa disciplina tem como objetivos: 1. Identificar as estratégias como ferramenta importante para as organizações de saúde. 2. Compreender os métodos e técnicas, o diagnóstico e os referenciais estratégicos na elaboração de um planejamento. 3. Compreender as etapas de elaborações de um planejamento estratégico para uma organização de saúde. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 4 Introdução Nesta aula, você terá a oportunidade de compreender de maneira mais apropriada as escolas estratégicas e o planejamento como ferramenta indispensável para o desenvolvimento das organizações de saúde, percebendo- o como uma ferramenta de gerenciamento significativamente contextualizada ao cenário do mercado atual, em uma época em que a informação está disponível e democratizada. O processamento desta em um novo saber garante maior competitividade e resolutividade à Organização. Objetivo: 1. Apresentar os conceitos iniciais, a contextualização da estratégia, além de identificar as escolas da estratégia; 2. Conceituar planejamento estratégico e compreender a missão, visão e valores. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 5 Conteúdo Contextualização Há uma sociedade que está evoluindo cada vez mais. Novos conceitos, novos produtos, novas técnicas, novos paradigmas. Tudo isso altera o comportamento das organizações. O cenário mundial está interligado em um processo de grandes desafios que interferem e transformam as organizações, exigindo uma constante atualização de suas estratégias. As organizações de saúde estão inseridas nesse contexto, deixando de ser uma organização tradicional, mecanicista, para a era do conhecimento, cujo planejamento deve ser uma ferramenta atualizada e cíclica. As estratégias devem ser desenvolvidas a fim de que as organizações possam continuar evoluindo para se manterem em um equilíbrio capaz de assegurar sua missão e permitir o alcance de metas. Atenção O setor de saúde possui características próprias por contar com dois ícones peculiares: o fator político e o fator social. Um fator importante para as organizações de saúde é estabelecer antecipadamente suas estratégias, focando a mudança. Não há dúvidas de que o sucesso das organizações em saúde passa necessariamente pelo nível de integração de suas ações específicas e de seus ajustes no decorrer do tempo, com base em seu planejamento. Contextualização Há uma sociedade que está evoluindo cada vez mais. Novos conceitos, novos produtos, novas técnicas, novos paradigmas. Tudo isso altera o comportamento das organizações. O cenário mundial está interligado em um processo de grandes desafios que interferem e transformam as organizações, exigindo uma constante atualização de suas estratégias. As organizações de saúde estão inseridas nesse contexto, deixando de ser uma organização tradicional, PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 6 mecanicista, para a era do conhecimento, cujo planejamento deve ser uma ferramenta atualizada e cíclica. As estratégias devem ser desenvolvidas a fim de que as organizações possam continuar evoluindo para se manterem em um equilíbrio capaz de assegurar sua missão e permitir o alcance de metas. Atenção O setor de saúde possui características próprias por contar com dois ícones peculiares: o fator político e o fator social. Um fator importante para as organizações de saúde é estabelecer antecipadamente suas estratégias, focando a mudança. Não há dúvidas de que o sucesso das organizações em saúde passa necessariamente pelo nível de integração de suas ações específicas e de seus ajustes no decorrer do tempo, com base em seu planejamento. Conceito de estratégia Ao longo dos tempos, o conceito de estratégia foi usualmente aplicado no sentido militar. Segundo Ghemawat (2000), a estratégia é um termo usado pelos antigos gregos, para os quais significava um magistrado ou comandante chefe-militar. Segundo Suz Tzu, a estratégia é o mais importante trabalho de uma organização. Em situações de vida e morte, isto é o Tao da sobrevivência ou da extinção. Este estudo não pode ser negligenciado.(Sun Tzu, A Arte da Guerra ). Drucker (1992) considera a estratégia como um conjunto de hipótese a respeito da realidade; os cenários onde se desenvolvem as empresas. Chandler (1962) escreve que a estratégia pode ser definida como a determinação de metas e de objetivos básicos, a longo prazo, de uma empresa, bem como a adoção de cursos de ação e alocação de recursos necessários à consecução dessas metas. Além disso, outros autores como Mintezberg e Quinn (2001) definem estratégia PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 7 como um padrão ou plano para interagir as principais metas, políticas e sequência de ação de uma organização. Estratégia é então "a principal ligação entre fins e objetivos e políticas funcionais de vários setores da empresa e planos operacionais que guiam as atividades diárias" (HOFER; SCHENDEL,1978, p. 13), isto é, significa a escolha dos meios e sua articulação, ou alocação de recursos para atingir os objetivos, que contempla, além da elaboração de um plano por meio de uma sistemática e sucessivas etapas, a execução e o controle das ações ali estabelecidas, ou seja, o que fará para atingir os objetivos propostos. A estratégia pode ser considerada como a arte de enxergar, de estabelecer, de se apropriar de uma nova ordem, de uma nova e melhor posição da organização frente ao mercado, aos desafios, para alcançar o êxito empresarial, os objetivos estabelecidos, as metas traçadas. Assim, “[...] 3. P. ext. Arte de aplicar os meios disponíveis com vistas à consecução de objetivos específicos. 4. P. ext. Arte de explorar condições favoráveis com o fim de alcançar objetivos específicos [...] (FERREIRA, 1986, p. 726)” Compreenda a evolução do pensamento estratégico: Período Década de 50 Década de 60 A partir de 70 Tema central Planejamento organizacional e controle Planejamento corporativo Estratégia corporativa Conceitos e técnicas principais Orçamento financeiroAvaliação de projetos Planejamento do crescimento Unidade estratégia de negócios Retorno da fatia de mercado Implicação organizacional Gerenciamento Financeiro Desenvolvimento dos Integração do controle financeiro PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 8 departamentos de planejamento corporativo Difusão das organizações multifuncionais com estratégico Planejamento estratégico como um dialogo entre a corporação e suas divisões Final de 70 início 80 Fina80 de início 90 Final de 90 início 2000 Análise da indústria e da competição A questão da vantagem competitiva Inovação e estratégia Escolha de mercados, segmentação e posicionamento Fontes de vantagens competitiva dentro da organização. Aspectos dinâmicos da estratégia Vantagens competitivas por meio da inovação estratégica, competindo com adaptação do conhecimento ao novo, era digital e economia em rede Analise dos competidores Analise de recursos, analise das competências organizacionais, analise dinâmica, receptividade e vantagens de mover-se primeiro Flexibilidade organizacional e rápidas respostas, gerenciamento do conhecimento e organizações que aprendem, competindo com padrões móveis de mercado Desinteresse pelas unidades de negócios não Reestruturação organizacional e reengenharia de A empresa baseada em redes e no conhecimento A organização virtual PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 9 atrativas Gerenciamento da cadeia de valor processos Construção de novas competências a partir das alianças estratégicas Gerenciamento dos recursos humanos e novas estruturas organizacionais O Planejamento Estratégico Segundo Oliveira (2006), planejamento estratégico é o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando otimizar o grau de interação com o ambiente e atuando de forma inovadora e diferenciada. O planejamento estratégico normalmente pede responsabilidade da alta direção da empresa, tanto na formulação da estratégia, dos objetivos, quanto na seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua consecução, levando em conta as condições externas e internas à empresa de saúde e sua evolução esperada. Importante salientar que é necessário uma coerência com o todo organizacional, tendo sustentação decisória. Ao tratar do planejamento estratégico, alguns pontos e termos-chaves precisam ser definidos. Processo decisório, definição de prioridades, risco, escolhas e, principalmente, integração. A empresa de saúde deve saber olhar para o futuro e se guiar neste documento. Além disso, desdobrará nos planejamentos tático e PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 10 operacional, que são realizados a médio e curto prazo, enquanto o planejamento estratégico é a longo prazo. O planejamento de longo prazo, conforme descreve Boucinhas (1972), consiste na explicação de uma estratégia detalhada e programada no tempo, em termos de demanda de recursos e do fluxo de fundos, e que apresenta consenso da alta administração da empresa de saúde. Além disso, os fatores ambientais, aliados a uma aceleração da taxa de mudança e consequente redução do tempo necessário para tomadas de decisões podem trazer impacto para a empresa, pois os efeitos favoráveis ou não das forças ambientais podem ter um caráter temporal e variável. Assim, os três tipos de planejamento devem ser coexistentes e ser trabalhados continuamente. O que o Planejamento Estratégico pode proporcionar Realizar um planejamento estratégico pode proporcionar alguns pontos importantes para a empresa de saúde, segundo Marcondes e Cesar, adaptado de Greenley (2005): • Aponta os problemas que podem surgir antes que eles ocorram; • Ajuda os administradores a serem mais comprometidos com a organização; • Chama a atenção da organização para as mudanças; • Melhora a canalização dos esforços para a realização de objetivos predeterminados; • Oferece uma visão objetiva dos problemas de administração; • Minimiza os efeitos indesejáveis de condições e mudanças adversas; • Ajuda os administradores a relatar as principais decisões de maneira mais efetiva e a estabelecer objetivos; • Torna mais efetiva a alocação de tempo e recursos para a identificação de oportunidades; • Coordena a execução das táticas que compõem o plano; • Permite integração de todas as funções de marketing em um esforço combinado; PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 11 • Cria uma estrutura para comunicação interna entre as pessoas; • Fornece uma base para o esclarecimento de responsabilidade individuais e contribui para a motivação; • Estimula uma abordagem cooperativa, integrada e entusiasmada para enfrentar problemas e aproveitar oportunidades. Missão Planejamento estratégico é uma técnica administrativa que procura ordenar as ideias das pessoas, de forma que se possa criar uma visão do caminho que se deve seguir (estratégia)(ALMEIDA, 2003). Depois de ordenar as ideias, são ordenadas as ações, que é a implementação do plano estratégico, para que, sem desperdício de esforços, siga na direção pretendida. Uma etapa importante do desenvolvimento de uma estratégia é o desenvolvimento da missão. A missão está relacionada com a atividade-fim da empresa e com o propósito da organização. Segundo Marcondes e Cesar (2005), missão organizacional é uma proposta da razão pela qual a organização existe. Segundo Kotler (1988), uma missão bem-definida e explícita pode desenvolver nos funcionários um senso comum de oportunidade, direção, significância e realização, além de atuar como mão invisível que os guia para um trabalho independente, mas coletivo, na direção da realização dos potenciais da empresa. Em geral, a missão de uma organização apresenta informações como os tipos de produto ou serviço que a empresa oferece, quem são seus clientes e que valores importantes possuem. A missão é uma declaração muito importante, ampla da diretriz organizacional. A missão muitas vezes vem resumida e documentada em uma declaração de missão. Visão No contexto do planejamento, há também a figura da visão, ou seja, como a organização quer ser vista e reconhecida no futuro. A visão permite vislumbrar PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 12 novos horizontes para a organização e ajuda os colaboradores a distinguirem o que vale a pena desejar conseguir, pois ela estabelece sentido e foco para as ações da organização, inspirando as ações que devem ser tomadas no presente para repercutir no futuro. A visão da empresa pode ser entendida como articulação das aspirações de uma empresa a respeito de seu futuro (Hart, 1994) ou idealização de um futuro desejado para as empresa. (COLLINS; PORRAS, 1993). Segundo Oliveira(2006) a visão deve ser resultante do consenso e do bom- senso de um grupo de líderes e não da vontade de uma pessoa. Valores Os valores representam o conjunto de princípios e crenças fundamentais de uma empresa, bem como fornecem sustentação às suas principais decisões. Segundo Oliveira (2005), os valores devem ter forte interação com as questões éticas e morais da empresa. Os valores devem manter todos os colaboradores em um sentido certo, na mesma trajetória. É preciso que todos tenham a clara compreensão do realmente importa, para que, nos momentos de dificuldade, saibamcomo agir. Visualize alguns exemplos de visão, missão e valores: Exemplos de Missão: Missão da Estácio EDUCAR PARA TRANSFORMAR Integramos academia e gestão para oferecer uma educação transformadora ao maior número de pessoas, criando impacto positivo para a sociedade. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 13 Fonte: http://portal.estacio.br/quem-somos/missao-e-valores.aspx acesso em junho de 2014. Missão da Petrobrás Atuar de forma segura e rentável, com responsabilidade social e ambiental, nas atividades da indústria de óleo, gás e energia, nos mercados nacional e internacional, fornecendo produtos e serviços adequados as necessidades de seus clientes e contribuindo para o desenvolvimento do Brasil e dos países onde atua. Fonte: www.petrobras.com.br/ri-port Missão da rede dor Prestar atendimento médico-hospitalar de alta eficácia, com equipes qualificadas e motivadas, respeitando a ética e o indivíduo em seu contexto social. Fonte: http://www.rededor.com.br/missao-e-valores acesso em 21/04/2014 Missão do hospital Israelita Oferecer excelência de qualidade no âmbito da saúde, da geração do conhecimento e da responsabilidade social, como forma de evidenciar a contribuição da comunidade judaica à sociedade Fonte:: http://www.einstein.br/busca/busca.aspx?k=*missao* acesso em junho de 2014. Missão da Amil Nossa missão é ajudar as pessoas a viver de forma mais saudável e contribuir para que o sistema de saúde funcione melhor para todos. Fonte: http://www.amil.com.br/portal/institucional/conheca-amil/sobre-amil/missao acesso em junho de 2014. Exemplos de visão: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 14 Visão da Estácio Ser reconhecida como a melhor opção em Educação Superior para alunos, colaboradores e acionistas. Fonte: http://portal.estacio.br/quem-somos/missao-e-valores.aspx acesso em junho de 2014. Visão Do Hospital Albert Einstein Ser líder e inovadora na assistência médico-hospitalar” Fonte: www.eisntein.br acesso em 21/04/2014 Exemplos de Valores: Valores da Estácio GENTE EDUCANDO GENTE Foco no aluno - O aluno é nossa razão de ser. Gente e Meritocracia - Valorizamos e reconhecemos o mérito do maior ativo que possuímos: nossa gente. Inovação - Devemos criar e ousar sempre. Simplicidade - Devemos ser simples para sermos ágeis e austeros. Resultado - Perseguimos resultados extraordinários com paixão e método, agindo sempre como “donos”. Ética - Não toleramos desvios de conduta. Excelência - Perseguimos a excelência na prestação de serviços dentro e fora da sala de aula. Hospitalidade - Tratamos as pessoas como gostamos de ser tratados. Fonte: http://portal.estacio.br/quem-somos/missao-e-valores.aspx acesso em junho 2014. Valores e princípios de conduta da REDE D'OR Competência, Credibilidade, Desenvolvimento, Humanização, Integridade, Respeito. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 15 Fonte: http://www.copador.com.br/missao-e-valores Valores da Amil Estamos construindo uma empresa, e não um negócio. O cliente é hóspede em nossa empresa. Nosso produto deve ser original. Tenhamos orgulho dele. Deve haver muito espaço para a opinião e nenhum para a dissidência. Sejamos um time. A verdade tem que prevalecer para todos: clientes, colaboradores e fornecedores. Clientes e fornecedores são parceiros de nossas ideias e de nossos objetivos. Profissionalismo com ausência total de protecionismo. Sejamos o mais justos possível. A preocupação com o desenvolvimento de pessoal deve ser permanente. Não devemos ter preconceitos. A seriedade de nossa empresa deve ser incontestável. Fonte: www.amil.com.br/amilportal/site/institucional/valores.jsp Acesso em abril de 2014. Declaração de Missão Segundo Marcondes e Cesar (2005), são as seguintes informações que devem constar na declaração de missão: Produto ou serviço da empresa – essa informação identifica os bens e ou serviços produzidos pela organização – o que ela oferece a seus clientes. Mercado – essa informação descreve os clientes da organização – quem são, onde estão constituem os temas comuns. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 16 Tecnologia – essa informação geralmente inclui tópicos como instrumentos, máquinas, materiais, técnicas e processos usados para produzir os bens e serviços da organização. Objetivos da empresa – a administração deve garantir que quaisquer objetivos organizacionais mais específicos sejam consistentes com as referências gerais e com os objetivos da organização que aparecem na declaração demissão. Filosofia da empresa – as declarações de filosofia da empresa (também chamadas de credo) normalmente aparecem como parte da declaração de missão ou no material que a acompanha. A filosofia é uma declaração que reflete as crenças e os valores básicos da empresa e sua função é guiar os membros da organização na condução dos negócios. Imagem pública – geralmente as declarações de missão apresentam alguma referência direta ou indireta. Além da missão, valores e visão, a organização de saúde também precisa definir seu negócio e seus clientes-alvo. Parece estranho que essa metodologia possa ser aplicada à empresa da área de saúde, porém o mercado é altamente competitivo e existem inúmeras nuances que devem ser tratadas. Já em 1989 Drucker tratava da importância em identificar o negócio. Ações internas Segundo Tavares (1991), negócio é a linha mestra que a alta direção da empresa anota para orientar suas ações internas e tornar possível a continuação da empresa no ambiente em que ela atua. Uma organização de saúde pode atuar em diferentes frentes e por isso a sua definição é muito importante. Importante também é definir o cliente-alvo, pois assim ela poderá direcionar seus produtos e serviços oferecidos. Esses clientes são os que a organização entenderá que utilizará seus produtos e serviços. Um hospital poderá atender PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 17 ao SUS, a determinados planos de saúde, por exemplo. Além disso, a segmentação do cliente pode ser por sexo, idade, renda, pessoa física ou jurídica, localidade, reticência. Quando a organização de saúde possui essas informações, poderá definir, por exemplo se terá ênfase no cuidado da saúde, o health care, ou se estará relacionada aos serviços oferecidos, como exames, internações, cirurgias etc. Atividade proposta Com base na empresa em que trabalha, procure identificar a missão, a visão e os valores e como foi possível chegar a esses elementos. Importante também é definir o cliente-alvo, pois assim ela poderá direcionar seus produtos e serviços oferecidos. Esses clientes são os que a organização entenderá que utilizará seus produtos e serviços. Um hospital poderá atender ao SUS, a determinados planos de saúde, por exemplo. Além disso, a segmentação do cliente pode ser por sexo, idade, renda, pessoa física ou jurídica, localidade. Referências KRAUSE, D. G. – A arte da guerra para executivos. São Paulo, Makron Books, 1996. SENGE, P et all. – A quinta disciplina – caderno de campo. Rio de Janeiro, Qualitymark, 1997. PORTER, M e TEISBERG, E. Repensando a Saúde,Porto Alegra, Bookman, 2007. Kaplan, R. e Norton, D. Mapas Estratégicos, Rio de Janeiro, Campus,2004. Mintzberg, H. Ascensão e Queda do Planejamento estratégico, Porto Alegre, Bookman, 1994. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 18 Bethlem, A. Estratégia Empresarial, SãoPaulo, Atlas, 1997. Certo, Samuel C. & Peter, J.P. Admiistraççao Estratégica. Pearson, Sp, 2005. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico. Conceito,Metodologiss e Pratoicas. Atlas, RJ, 2006. Exercícios de fixação Questão 1 Estratégia é a principal ligação entre fins e objetivos e políticas funcionais de vários setores da empresa e planos operacionais que guiam as atividades diárias, pois: a) É um termo usado pelos antigos gregos, para os quais significava um magistrado ou comandante chefe-militar. b) Considera a estratégia como um conjunto de hipóteses a respeito da realidade. c) Significa a escolha dos meios e sua articulação, ou alocação de recursos para atingir os objetivos, que contempla, além da elaboração de um plano por meio de uma sistemática e sucessivas etapas, a execução e o controle das ações ali estabelecidas, ou seja, o que fará para atingir os objetivos propostos. d) É a articulação entre o saber e o pensar, por intermédio dos planos e ações das tarefas que serão realizadas pelo nível institucional. Questão 2 A estratégia pode ser considerada como: a) Um ato isolado que não pode ser aplicado nas organizações de saúde. b) Um ato integrado, mas que não se aplica nas organizações de saúde, pois seguem uma norma do Governo Federal. c) Arte de aplicar os meios disponíveis com vistas à consecução de objetivos específicos. d) A arte de buscar soluções para desenvolver o faturamento hospitalar. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 19 Questão 3 Existe uma evolução do pensamento estratégico, onde pode-se afirmar que na década de 50... a) Houve a construção de novas competências a partir das alianças estratégicas e gerenciamento dos recursos humanos e novas estruturas organizacionais. b) Existiu fontes de vantagens competitivas dentro da organização e aspectos dinâmicos da estratégia. c) A empresa era baseada em redes e no conhecimento. d) Houve planejamento organizacional e controle. Questão 4 Existe uma evolução do pensamento estratégico, onde podemos considerar no final da década de 80 e início da de 90: a) Construção de novas competências a partir das alianças estratégicas e gerenciamento dos recursos humanos e novas estruturas organizacionais. b) Fontes de vantagens competitiva dentro da organização e aspectos dinâmicos da estratégia. c) A empresa baseada em redes e no conhecimento. d) Planejamento organizacional e controle. Questão 5 Há uma evolução do pensamento estratégico em que se pode considerar, a partir do ano 2000: a) Construção de novas competências a partir das alianças estratégicas e gerenciamento dos recursos humanos e novas estruturas organizacionais. b) Fontes de vantagens competitiva dentro da organização e aspectos dinâmicos da estratégia. c) Vantagens competitivas por meio da inovação estratégica, competindo com adaptação do conhecimento ao novo, era digital e economia em rede. d) Planejamento organizacional e controle. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 20 Questão 6 O que você compreende por missão? a) Razão de ser da organização. b) Como a empresa quer ser vista e reconhecida em um tempo. c) Os elementos que compõem o princípio organizacional. d) A estratégia a ser seguida por uma organização. Questão 7 Como pode ser definida a visão? a) Razão de ser da organização. b) Com o a empresa quer ser vista e reconhecida em um tempo. c) Os elementos que compõem o princípio organizacional. d) A estratégia a ser seguida por uma organização. Questão 8 Como podem ser compreendidos os valores de uma organização? a) Razão de ser da organização. b) Como a empresa quer ser vista e reconhecida em um tempo. c) Os elementos que compõem o princípio organizacional. d) Os elementos que pautam a organização, caracterizando-a como tal. Questão 9 Segundo Marcondes e Cesar (2005), pode ser considerada uma informação que deve constar na declaração de missão: a) Produto ou serviço da empresa b) A visão empresarial c) Os planos estratégico, tático e operacional d) Como a organização quer ser vista ou reconhecida Questão 10 Segundo Marcondes e Cesar (2005), pode ser considerada uma informação que deve constar na declaração de missão: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 21 a) Filosofia da empresa b) O plano operacional padrão (POP) c) Os cenários estratégicos d) As metas que serão estabelecidas Aula 1 Exercícios de fixação Questão 1 - C Justificativa: A partir do processo decisórios estabelecido na estratégia, desenvolvem-se os planos tático e operacional, articulando as estratégias com as ações. Questão 2 - C Justificativa: A estratégia propicia uma visão ampla das organizações, no contexto do ambiente onde está inserida, podendo escolher o melhor caminho a seguir, em busca de seus objetivos. Questão 3 - D Justificativa: Na década de 50 ainda não existia a visão integrada das ações, sendo a estratégia apenas elemento de planejamento organizacional, restrito, e de controle. Questão 4 - B Justificativa: A partir da década de 80 já havia indícios de que as organizações precisavam olhar com mais atenção para o ambiente e buscar a vantagem competitiva a partir dessa análise. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 22 Questão 5 - C Justificativa: Há uma inserção das organizações em um ambiente cada vez mais competitivo e inovador, onde a economia em rede se faz necessário, até pela popularização da internet. Questão 6 - A Justificativa: A missão define o norte que a organização seguirá. Questão 7 - B Justificativa: Visão estabelece como a empresa quer ser vista ou reconhecida em um determinado tempo no futuro. Questão 8 - D Justificativa: Os valores norteiam as diretrizes organizacionais na medida que delimitam as ações com base nesse contexto. Questão 9 - A Justificativa: A missão, por ser a razão de ser da organização, precisa compreender e ter declarada seu produto ou serviço. Questão 10 - A Justificativa: A filosofia é uma declaração que reflete as crenças e os valores básicos da empresa e sua função é guiar os membros da organização na condução dos negócios. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 23 Introdução A partir do momento que é possível compreender as cinco forças de Porter, em uma visão sistêmica do negócio, ou seja, da organização de saúde com seus serviços e ações, é necessário analisar o ambiente interno e externo. Compreender esse ambiente é diagnosticar a situação atual da organização, compreendendo a sua relação com o ambiente externo. As organizações de saúde estão inseridas em um ambiente que proporciona cada vez mais a necessidade de análise para que se possa buscar novas oportunidades de negócios, produtos e serviços. Bons estudos! Objetivo: 1. Conhecer a análise da competitividade e as cinco forças competitivas; 2. Conceituar visão sistêmica e ambientes externo e interno. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 24 Conteúdo Análise da competitividade e as cinco forças competitivas Pode-se dizer que nas empresas do setor de saúde há uma grande necessidade de sistemas de gestão que lhes garantam maior competitividade através de maior qualidade na prestação de seus serviços, que é direcionado não apenas para a satisfação de seus clientes (ou pacientes), mas em obter a solução de um problema de saúde existente ou até mesmo prevenir um problema. Nessecontexto, há uma necessidade de que todo o sistema deva ser cuidadosamente planejado e acompanhado para que as empresas desse ramo posam avaliar constantemente os resultados de suas ações. A gestão da qualidade do setor de saúde deve ser capaz de contemplar a necessária integração entre as decisões estratégicas de uma organização, a análise estrutural das indústrias inseridas em um mesmo ambiente competitivo, o poder de fornecer serviços que atendam aos requisitos dos clientes, respeitando as normas e regulamentes públicos e privados, assim como a pretensão de superar a satisfação desses clientes. Segundo Porter (1986), a competição em determinado setor industrial é influenciada por um conjunto de cinco principais forças competitivas: ameaça de empresas ingressantes, ameaça de produtos ou serviços substitutos, poder de barganha. Novas empresas, não somente no setor de saúde, querem ganhar parcela de mercado e devem estar dispostas a consumir recursos substanciais. Com isso, podem causar a queda de preços ou a redução dos lucros das empresas existentes. No entanto, é de se esperar que haja uma reação das empresas existentes, isto é, se as barreiras já não forem altas, o que significa ameaça pequena para a entrada de novos concorrentes. As cinco forças competitivas são definidas através de um panorama de determinantes que as caracterizam no mercado, permitindo um entendimento do que está ocorrendo ou que pode ocorrer nesse ambiente da indústria. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 25 As cinco forças de Porter, as cinco forças competitivas As cinco forças competitivas podem ser compreendidas dentro do contexto das cinco forças de Porter (1986) e podem ser descritas como uma ferramenta que auxilia a definição de estratégia da empresa e leva em consideração tanto o ambiente externo quanto o interno. (Figura representativa das cinco forças de Porter.) As cinco forças de Porter (1986) causam impacto sobre o desempenho da saúde. Podem ser representadas pela figura: Influências externas Cada uma dessas forças descritas por Porter (1986) deve ser analisada em um nível de detalhamento considerável, pois, para uma empresa de saúde desenvolver uma estratégia competitiva, precisa estar em consonância com tal estrutura. Tais influências externas são: • As ameaças de novos entrantes; PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 26 • O poder de negociação dos fornecedores; • O poder de negociação dos compradores; • As ameaças de serviços substitutos; • A rivalidade entre as empresas existentes. Podem-se ainda analisar essas cinco forças, acompanhe a seguir. Novos entrantes (novos concorrentes) Determinantes: • Diferenças de produtos patenteados; • Imagem da marca; • Custo de mudança; • Exigências de fundos; • Acesso à distribuição e aos canais; • Vantagens de custo absoluto; • Curva de aprendizado, know-how; • Acesso a insumos, matérias-primas; • Política governamental; • Regulamentação legal; • Retaliação esperada. Segundo Porter (1986), essa força refere-se ao grau de competitividade do mercado (da saúde) ou até que ponto as empresas são capazes de entrar no mesmo e concorrer por clientes. Os novos entrantes em um setor da saúde trazem novas capacidades, novos serviços, o desejo de ganhar participações no mercado e, em geral, recursos substanciais. Por outro lado, existem duas expectativas dos entrantes em relação às barreiras: a existência já consolidada de barreiras de entrada, que sabemos na área de saúde se apresenta de e forma substancial, tanto pela regulamentação pelos grupos já existentes, e a ameaça de reação dos competidores já estabelecidos (PORTER, 1986). PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 27 Atenção Pode-se afirmar que o interesse das empresas em investir ou encontrar uma maior participação no mercado, nesse caso, na saúde, é determinado pela ATRATIVIDADE deste, ou seja, o quanto o mercado possui requisitos que o condicionam a uma nova empresa se estabelecer. Quanto maior for a possibilidade desse novo entrante ocorrer, menor será a atratividade, ou seja, quanto mais barreiras ocorrerem ou mais possibilidades de retaliações, menor será a ameaça de novos entrantes. Poder de negociação (ou barganha) dos fornecedores Determinantes: • Custos de mudança; • Diferenciação de insumos; • Concentração de fornecedores; • Presença (ou inexistência)de insumos substitutos; • Importância do volume para os fornecedores; • Impacto dos insumos sobre custo ou diferenciação; • Ameaça de integração “para frente‟ ou “para trás‟; • Custo em relação às compras totais do setor; • Custo de mudança de fornecedores; • Custo em relação ao total comprado na indústria. O poder de negociação dos fornecedores é capaz de exercer ameaça ao desempenho das empresas de uma indústria da saúde através da elevação dos preços ou da redução da qualidade dos bens e serviços. Assim, os fornecedores poderosos dispõem de condições para forçar a redução da rentabilidade de um setor que não consiga compensar os aumentos de custos nos próprios preços. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 28 Atenção Analisando a área da saúde, pode-se afirmar que o grupo de fornecedor é poderoso na medida em que consegue esse mercado que é dominado por poucas empresas, sendo mais concentrado que o setor comprador. Além disso, esse produto ou serviço é diferenciado, sendo capaz de arcar com os custos da mudança que o comprador enfrenta para trocar esse fornecedor. É claro que um fornecedor com mais poder de negociação afetará a rentabilidade daqueles que não têm, impondo prazos, condições de pagamentos, regras, prazos de entregas, qualidade, entre outros. Quanto menor for a importância do setor consumidor para os fornecedores e maiores forem os custos de mudança de fornecedor, maior será o potencial de impacto negativo no desempenho. Por outro lado, se a importância dos produtos fornecidos para os clientes for baixa, ou se existirem produtos substitutos para os dos fornecedores, o setor receberá um menor impacto dessa força. Poder de negociação (ou barganha) dos compradores ou clientes/pacientes Determinantes: • Concentração de compradores; • Volume de compradores; • Lucros dos compradores; • Produtos substitutos; • Capacidade de empurrar produtos; • Sensibilidade a preços; • Preço/compras totais; • Diferença entre produtos; PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 29 • Imagem da marca; • Ameaça de integração “para frente‟ do fornecedor versus ameaça de integração “para trás‟ da empresa; • Impacto sobre qualidade/desempenho; • Custo da mudança para o cliente e para a empresa de saúde; • Informações disponíveis sobre preços, produtos etc. É importante descrever que, da mesma forma que os fornecedores possuem poder de negociação, os clientes também são capazes de forçar a baixa dos preços, de exigir melhor qualidade ou de cobrar mais prestação de serviços, jogando os concorrentes (fornecedores) uns contra os outros – em detrimento dos lucros do setor. Pode-se analisar assim: caso os compradores sejam mais concentrados ou comprarem em grandes volumes, se os produtos forem padronizados ou não diferenciados, certamente disporão de fornecedores alternativos. Os compradores jogam um fornecedor contra o outro. Outro ponto a ser destacado é a certeza de que sempre disporão de fornecedores alternativos, os compradores também jogarão um fornecedor contra o outro. Destaca-se também que se seus lucros forem baixos, criando um forte incentivopara a redução dos custos de suas compras ou se os produtos do setor não forem importantes para a qualidade dos produtos ou serviços dos compradores, da mesma forma que o produto do setor não economiza o dinheiro do comprador ou se os compradores representarem uma ameaça concreta de integração para trás (a montante), incorporando o produto do setor. Atenção Nesse caso, quanto maior o poder de negociação dos consumidores, menor será a atratividade de um dado setor, pois estes podem forçar as empresas a reduzir preços, aumentar a PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 30 qualidade dos produtos e/ou serviços e ainda barganhar melhores condições de pagamento. O poder de negociação dos consumidores tende a ser maior quando existe concentração da indústria dos consumidores ou quando a importância da indústria consumidora for alta. A influência dos consumidores pode ser alta quando estes consomem em grandes quantidades ou quando ameaçam promover uma integração para trás. Os consumidores também têm maior poder de negociação quando são únicos ou quando os produtos fornecidos são de menor importância para eles. Ameaça dos serviços substitutos Determinantes: • Custo da mudança; • Desempenho ou a relação; • Preço ou rendimento; • Propensão do cliente (paciente) em buscar outros serviços; • Após indústria (nesse caso, a organização de saúde). Segundo Porter (1986), é possível impor teto ao preço em serviços substitutos, o que pode limitar o potencial de um setor, a menos que esse consiga melhorar a qualidade desse serviços ou a imagem desse serviço através das diversas campanhas de marketing, estabelecendo uma diferenciação. No caso da saúde, nem sempre haverá opções, mas sabe-se que é a qualidade dos produtos ou serviços será estratégia eu determinará a opções final do consumidor. Pense eu está em busca de um exame: além de preço, o que busca? Uma melhor imagem, uma melhor qualidade? PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 31 Atenção Porém, há de se estabelecer que a ameaça de produtos substitutos ocorre quando os serviços ou produtos oferecidos por empresas rivais aproximam-se das mesmas necessidades dos clientes da mesma oferta de uma determinada organização, mas de forma diferente. Os substitutos impõem um teto aos preços de uma firma, podendo diminuir seus rendimentos. Quanto maior for a pressão dos produtos substitutos, menor é a atratividade de um dado setor. Os substitutos reduzem os retornos potenciais, limitando os preços e, consequentemente, a rentabilidade. Essa ameaça é tanto maior quanto maior for o desempenho relativo de preço dos substitutos, ou seja, a diferença da razão preço/qualidade dos produtos em um determinado setor de mercado em relação aos serviços substitutos. A ameaça também ocorre quando as empresas que produzem substitutos apresentam taxas de rentabilidade elevadas, o que poderá se tornar uma vantagem competitiva, já que permite a redução dos preços sem afetar a qualidade. A rivalidade entre as empresas existentes Determinantes: • Número de concorrentes; • Custos fixos elevados; • Estrutura antiga e rápida obsolescência; • Diferenciação do produto; • Custo de mudança; • Diversidade dos concorrentes; • Barreiras à saída de cunho emocional, estratégico, restrições de cunho social/legal/regulamentação. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 32 A análise competitiva de uma empresa dentro de seu setor tem efeitos significativos em seus concorrentes, que podem, portanto, desencadear esforços para conter esses movimentos ou ações de retaliação. Quando o setor é concentrado, dominado por um reduzido número de empresas, o que se verifica na área da saúde, estas podem impor a sua disciplina ou desempenhar um papel coordenador no setor. Quanto maior for a rivalidade maior será a possibilidade de ocorrência de guerras de preços, disputas publicitárias, investimentos em qualidade etc. Ela tende a ser maior quando o mercado está em recessão ou crescendo lentamente, ou ainda quando existem altos custos fixos. Uma alta rivalidade interna tem consequências negativas na atratividade da indústria. E ela pode ser reflexo de um baixo grau de diferenciação dos produtos, fortes barreiras à saída ou ainda da necessidade de grandes investimentos para expansão da atividade. Assim, compreende-se que uma empresa na área de saúde deve, antes de desenvolver uma estratégia, perceber que o foco de uma estratégia competitiva é posicionar a empresa em um ambiente em que ela possa se defender das ameaças provenientes dessas cinco forças ou influenciar a seu favor as oportunidades oriundas delas. Não é demais afirmar que, para obter uma estratégia de sucesso, é necessário, além de outros fatores, analisar cuidadosamente as fontes de cada força. Atenção A pressão que cada força exerce irá fazer com que a empresa mostre seus pontos fortes e fracos para enfrentar as ameaças de cada força ou aproveitar eventuais oportunidades. Portanto, a base fundamental para a formulação da estratégia, de acordo com Porter, é fazer uma análise da estrutura da indústria que serve também como um método para diagnosticar a PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 33 concorrência industrial, o setor em que essa empresa está inserida. Diagnóstico estratégico (Figura representativa sobre Diagnóstico estratégico) A análise do ambiente é uma base lógica para a execução da estratégia. Essa análise permite um estudo do ambiente em que as organizações de saúde estão inseridas – os ambientes interno e externo. Monitorar esse ambiente permite identificar oportunidades e os riscos atuais e futuros que podem vir a interferir na capacidade de desenvolvimento e ação da organização de saúde. O objetivo da análise do ambiente das organizações de saúde é avaliar o ambiente organizacional, de modo que a organização possa identificar as oportunidades e os riscos atuais e futuros. A maioria dos autores divide a análise de ambiente em interno e externo. Certo (2006) divide em três ambientes, conforme figura que segue: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 34 Ambiente geral: é o nível de ambiente externo à organização composto por componentes que têm amplo escopo e pouca aplicação imediata na administração da organização, mas que podem influenciar a organização. São os componentes econômicos, social, político, legal e tecnológico aos quais a organização está sujeita. Ambiente operacional: é o nível de ambiente externo à organização composto de setores que normalmente têm implicações específicas e relativamente mais imediatas na administração da organização. São os componentes clientes, fornecedores, mão de obra, concorrência, e ambiente internacional. Ambiente interno: é o nível de ambiente da organização que está dentro da mesma e normalmente tem implicação imediata e específica na administração. São os aspectos organizacionais, de pessoal, de produção, de marketing, e financeiros. Atenção Não existe uma forma ideal de se realizar uma análise de ambiente, contudo, a organização de saúde sempre deve levar em consideração a relevância dos diversos níveis para a organização que está sendo analisada. Matriz SWOT Após definir a missão, a visão e os valores da empresa de saúde, e realizar a análise da indústria do setor, deve-se elaborar a análise de mercado. Veremos a seguir uma das ferramentas importante denominada matriz SWOT. Essa matriz procura elencar pontos importantes ou relevantes em relação aos ambientes interno e externo da organização. Essespontos são divididos em quadrantes que dão nome de Matriz. No ambiente interno, os pontos Fortes da organização (Strengths), ou seja, aquilo que a organização reconhece que PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 35 tem de bom em processos, pessoas, organização etc. Em outro quadrante, as Fraquezas (Weaknesses), ou seja, aquilo que a organização reconhece que são pontos fracos que a impede de progredir. Já em relação ao ambiente externo, as Oportunidades (Opportunities) e as Ameaças (Threats) que o mercado oferece para a organização. A análise ambiental A Análise ambiental da empresa é de fundamental importância, pois evidenciará o que a empresa deverá priorizar, quer seja aquilo que ela deve usufruir ou o que ela deve evitar. Essa análise deve ser feita como um todo, segundo Oliveira, 2005. Nesse contexto, pode se analisar: O mercado nacional e regional da área da saúde; As evoluções tecnológicas que significam uma acelerada inserção da tecnologia na área; Os fornecedores que impactam significativa no setor; Os aspectos econômicos e financeiros de forma geral; Os aspectos econômicos e sociais; Os aspectos políticos e reguladores do setor; As entidades de classe, os sindicatos, os conselhos, as agencias reguladoras; Os órgãos governamentais, de uma forma geral; As políticas públicas de saúde; O sistema único de saúde; O mercado de Mão de obra; E outros de interesses do setor. Cada oportunidade deve ser analisada criteriosamente e correlacionadas com os objetivos da empresa. Esses devem ser balizados com a sua missão, os valores e a visão. Essas oportunidades devem ser analisadas sob o contexto de que será possível ser usufruída, de forma eficiente, eficácia e sustentável, pois caso contrário se tornará uma ameaça. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 36 Ao fazer o diagnostico estratégico, deve se compreender o ambiente direto e o ambiente indireto. Segundo Oliveira (20005) o ambiente direto é aquele que representa o conjunto de fatos através dos quais a empresa em condições não só de identificar, mas também de avaliar e medir, de forma mais efetiva e adequada, o grau de influencia recebido e ou proporcionado. O ambiente direto que representa o conjunto de fatores através dos quais a empresa identificou, mas não tem condições, no momento de avaliar ou medir o grau de influencia entre as partes. Por exemplo, variáveis demográficas, culturais ou sociais. Na análise interna, alguns pontos devem ser destacados: Produtos e serviços atuais e futuros, a imagem institucional, os sistemas de informações gerenciais que são utilizados, a tecnologia, os recursos financeiros, como a atual administração exerce seu papel, considerando qual estilo, a mão de obra disponível, no que se refere á qualificação w atualização, bem como oferta, recursos financeiros disponíveis, a capacidade de compreender e lidar com as políticas públicas de saúde e os órgãos reguladores, o nível de reclamação e a análise dos indicadores pertinentes da área de saúde, tais quais, óbitos, infecção, ocupação, permanência, valor diário médio, dentre outros. Portanto, sabe-se que nenhuma empresa de saúde pode abrir mão de realizar um diagnóstico estratégico, que veremos com mais detalhes na próxima aula, pois não poderá ficar imune as ameaça do ambiente, tais como obsolescência dos equipamentos, dos serviço, dos procedimentos, ou as políticas publicas que impõem regras e recursos. Segundo Oliveira (2005) o diagnóstico, que corresponde a uma análise estratégica, apresenta algumas premissas básicas, a saber. Deve-se considerar o ambiente e suas variáveis relevantes no qual está inserida a empresa. Esse ambiente proporciona à empresa oportunidades que deverão ser usufruídas e ameaças que deverão ser evitadas. Para enfrentar essa situação do ambiente externo, a empresa deverá ter pleno conhecimento de seus pontos fortes e PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 37 fracos; e esse processo de análise interna e externa deverá ser integrado, contínuo e acumulativo. Origem do fator (Figura representativa da matriz swot.) Atividade proposta Elabore uma matriz SWOT a partir de uma organização da saúde. Em seguida, descreva os aspectos básicos a serem considerados na análise de cenários de uma organização de saúde e estabeleça as principais vantagens em usar essa matriz. Chave de resposta: Estabelecer os parâmetros de análise de ambiente considerando a cultura e a região, bem como a especificidade da organização. Referências PORTER, Michael E. Estratégia competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1986. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 38 Exercícios de fixação Questão 1 A gestão da qualidade do setor de saúde deve ser capaz de contemplar a necessária integração entre as decisões estratégicas de uma organização, levando em consideração: a) A análise estrutural das indústrias inseridas em um mesmo ambiente competitivo. b) O poder de fornecer serviços que atendam os requisitos dos clientes. c) Respeitar as normas e regulamentes públicos e privados, assim como a pretensão de superar a satisfação desses clientes. d) Todas estão corretas. Questão 2 Segundo Porter, é considerada uma das cinco forças competitivas: a) O Governo com as políticas públicas b) A Agência Nacional de Vigilância Sanitária c) Os fornecedores dos produtos de saúde d) As doenças epidemiológicas Questão 3 Assim, compreende-se que uma empresa na área de saúde deve, antes de desenvolver uma estratégia: a) Perceber que o foco de uma estratégia competitiva é posicionar a empresa em um ambiente em que ela possa se defender das ameaças provenientes dessas cinco forças ou influenciar a seu favor as oportunidades oriundas delas. b) Analisar cuidadosamente as fontes de cada força. c) Analisar a pressão que cada força exerce irá fazer com que a empresa mostre seus pontos fortes e fracos para enfrentar as ameaças de cada força ou aproveitar eventuais oportunidades. d) Todas estão corretas. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 39 Questão 4 Analisando a área da saúde, pode-se afirmar que o grupo de fornecedor é poderoso na medida em que consegue esse mercado é dominado por poucas empresas, sendo mais concentrado que o setor comprador. a) Esse produto ou serviços é diferenciado, sendo capaz de arcar com os custos da mudança que o comprador enfrenta para trocar esse fornecedor. b) Um fornecedor com mais poder de negociação afetará a rentabilidade daqueles que não têm, impondo prazos, condições de pagamentos, regras, prazos de entregas, qualidade, dentre outros. c) Quanto menor for a importância do setor consumidor para os fornecedores e maiores forem os custos de mudança de fornecedor, maior será o potencial de impacto negativo no desempenho. Por outro lado, se a importância dos produtos fornecidos para os clientes for baixa, ou se existirem produtos substitutos para os dos fornecedores, o setor receberá um menor impacto dessa força. d) Todas estão corretas. Questão 5 Pode-se afirmar que o interesse das empresas em investir ou encontrar uma maior participação no mercado, nesse caso, na saúde, é determinado pela atratividade deste, ou seja: a) O quanto o mercado possui requisitos que condicionam uma nova empresa se estabelecer. b) Quanto menor for a possibilidade desse novo entrante ocorrer, menor será a atratividade. c) Quanto mais barreiras ocorrerem ou mais possibilidades de retaliações, maior será a ameaça de novos entrantes. d) Nenhuma alternativa correta. Questão 6 A maioriados autores divide a análise de ambiente em interno e externo. Certo (2006) divide em três ambientes: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 40 a) Ambiente industrial, comercial e do terceiro setor b) Ambiente geral, ambiente operacional e ambiente medicinal c) Ambiente geral, ambiente interno e ambiente operacional d) Ambiente bom, ambiente prejudicado ou ambiente ruim Questão 7 Ambiente geral é: a) O nível de ambiente externo à organização composto por componentes que têm amplo escopo e pouca aplicação imediata na administração da organização, mas que podem influenciar a organização. São os componentes econômicos, social, político, legal e tecnológico aos quais a organização está sujeita. b) É o nível de ambiente externo à organização composto de setores que normalmente têm implicações específicas e relativamente mais imediatas na administração da organização. São os componentes clientes, fornecedores, mão de obra, concorrência, e ambiente internacional. c) É o nível de ambiente da organização que está dentro da mesma e normalmente tem implicação imediata e específica na administração. São os aspectos organizacionais, aspectos de pessoal, aspectos de produção, aspectos de marketing e aspectos financeiros. d) O nível de ambiente da organização que define as tarefas a serem desenvolvidas. Questão 8 Ambiente interno é: a) O nível de ambiente externo à organização composto por componentes que têm amplo escopo e pouca aplicação imediata na administração da organização, mas que podem influenciar a organização. São os componentes econômicos, social, político, legal e tecnológico aos quais a organização está sujeita. b) É o nível de ambiente externo à organização composto de setores que normalmente têm implicações específicas e relativamente mais imediatas na administração da organização. São os componentes clientes, fornecedores, mão de obra, concorrência, e ambiente internacional. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 41 c) é o nível de ambiente da organização que está dentro da mesma e normalmente tem implicação imediata e específica na administração. São os aspectos organizacionais, de pessoal, de produção, de marketing, e financeiros. d) O nível de ambiente da organização que define as estratégias a serem desenvolvidas. Questão 9 Na análise interna, alguns pontos devem ser destacados, exceto; a) Produtos e serviços atuais e futuros. b) A imagem institucional, os sistemas de informações gerenciais que são utilizados, a tecnologia, os recursos financeiros. c) Como a atual administração exerce seu papel, considerando qual estilo, a mão de obra disponível, no que se refere à qualificação e atualização, bem como oferta, recursos financeiros disponíveis, a capacidade de compreender e lidar com as políticas públicas de saúde e os órgão reguladores, o nível de reclamação e a análise dos indicadores pertinentes da área de saúde, tais quais óbitos, infecção, ocupação, permanência, valor diário médio, dentre outros. d) A capacidade barganha dos fornecedores e clientes. Questão 10 Matriz SWOT significa; a) Forças, fraquezas, oportunidades e ameaças b) Ambiente interno, ambiente externo, ambiente operacional e ambiente externo c) Forças, fraquezas, estratégias e planos d) Ameaças, oportunidades, estratégias e planos PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 42 Aula 2 Exercícios de fixação Questão 1 - D Justificativa: Segundo Porter (1986), a competição em determinado setor industrial é influenciada por um conjunto de cinco principais forças competitivas: ameaça de empresas ingressantes, ameaça de produtos ou serviços substitutos, poder de barganha. Novas empresas, não somente no setor de saúde, querem ganhar parcela de mercado e devem estar dispostas a consumir recursos substanciais. Questão 2 - C Justificativa: Segundo Porter, os fornecedores exercem uma força a partir do momento que podem barganhar o fornecimento de produtos médicos. Questão 3 - D Justificativa: A base fundamental para a formulação da estratégia, de acordo com Porter, é fazer uma análise da estrutura da indústria que serve também como um método para diagnosticar a concorrência industrial, o setor em que essa empresa está inserida. Questão 4 - D Justificativa: Trata-se da força de barganha dos fornecedores. Questão 5 - A Justificativa: O mercado sinaliza a possibilidade de sucesso de um novo entrante a partir do momento que oferece condições para o seu desenvolvimento, tanto em termos de leis e regulamentos, como a possibilidade de estabelecimento. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 43 Questão 6 - C Justificativa: Certo define os três ambientes que permeiam as relações da indústria, nesse caso, da saúde. Questão 7 - A Justificativa: O ambiente geral está relacionado aos fatores externos que, de alguma forma, interferirá na organização, não de forma direta, como fornecedores, clientes, funcionários, mas tais quais as políticas governamentais, a evolução tecnológica. Questão 8 - C Justificativa: O ambiente interno define as questões da estrutura organizacional da empresa. Questão 9 - D Justificativa: A análise interna leva em conta os aspectos inerentes à organização que irão compor o portfólio de serviços para fazer frente às demandas externas, caracterizando a sua situação atual em termos de capacidade. Questão 10 - A Justificativa: No ambiente interno, os pontos Fortes da organização (Strengths), ou seja, aquilo que a organização reconhece que tem de bom em processos, pessoas, organização etc. Em outro quadrante, as Fraquezas (Weaknesses), ou seja, aquilo que a organização reconhece que são pontos fracos que a impede de progredir. Já em relação ao ambiente externo, as Oportunidades (Opportunities) e as Ameaças (Threats) que o mercado oferece para a organização. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 44 Introdução Após compreender o mercado, suas forças propulsoras, fraquezas, ameaças e oportunidades, chegou a hora de delinearmos objetivos. Esses objetivos precisam ser derivados das estratégias. Além disso, uma vez estabelecidos, há de se fazer o controle, monitorar cada etapa, implantação e ação dessa estratégica. Avante. Objetivo: 1. Apresentar objetivos e estratégias; 2. Conceituar monitoração estratégica. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 45 Conteúdo Objetivos organizacionais Em primeiro lugar, podemos caracterizar objetivo como o estado, situação ou resultado futuro que o executivo pretende atingir (OLIVEIRA, 2005). Também podemos dizer que é aquilo, o alvo, o ponto que a organização de saúde pretende atingir. Esse objetivo precisa ter um prazo determinado para a sua realização. Além disso, precisa estar determinado aquele que será responsável pela sua execução. Alguns autores ainda acrescentam meta como as etapas realizadas para alcançar objetivos e desafios. Segundo Oliveira, meta é a quantificação do objetivo, a etapa ou processo ou passo intermediário para alcançar determinado objetivo. Alguns detalhes precisam ser elencados na elaboração desses objetivos: • Apresentam as suas inter-relações de forma esquematizada; • Estão adequadamente relacionados aos fatores internos e externos; • As prioridades estão estabelecidas; • Ser focalizado em um resultado a atingir, e não em uma atividade; • Ser consistente, ou seja, estar amarrado coerentemente a outros objetivos e demais metas da organização; • Ser específico,isto é, circunscrito e bem definido; • Ser mensurável, ou seja, quantitativo e objetivo; • Ser relacionado com um determinado período, como dia, semana, mês e número de anos; • Ser alcançável, isto é, os objetivos devem ser perfeitamente possíveis. O processo do estabelecimento dos objetivos Normalmente, os objetivos são determinados de cima para baixo, considerando-se os níveis organizacionais, segundo Chiavenato. Compreenda: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 46 (Figura representativa do processo do estabelecimento dos objetivos.) Quando se estabelecem os objetivos de uma empresa, considera-se que a alta administração os desenvolveu. Com base nesses objetivos, a média administração, aqueles que estão no nível intermediário, ou tático, estabelece os objetivos funcionais. Pode ocorrer de devolver para a alta administração para averiguar se estão de acordo com o que foi planejado. A partir da aprovação da alta direção, encaminham-se os objetivos para o nível operacional, que estabelece metas, prazos e ações em nível de operacionalização. Assim, tal qual na etapa anterior, esse processo deve retornar para a média administração para que se averigue o estabelecido; sendo aprovado, retorna para o nível operacional para a sua consecução. A partir daí toda a empresa recebe o documento e parte para as ações. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 47 Atenção O desenvolvimento dos objetivos permeia uma ação integrada em toda a organização da saúde, proporcionando inúmeros benefícios. Evidentemente que deve ter uma ampla e irrestrita aprovação da alta direção. Pode-se destacar alguns benefícios na elaboração desses objetivos: • Os esforços serão direcionados para onde foi estabelecido, analisado e com o foco no que se deseja atingir; • Possibilita um maior conhecimento de toda a empresa e seus recursos; • Poderá proporcionar uma maior motivação pela maior participação de todos os envolvidos; • Propicia um melhor estabelecimento de prioridades. Ao estabelecer os objetivos, além dos pontos mencionados anteriormente, deve-se considerar alguns pontos: • Formas determinísticas – reduzir em 20 % o índice de mortalidade; reduzir em 10 % o índice de infecção hospitalar; • Forma probalística – o objetivo é apresentado como uma situação viável de acontecer – por exemplo: não ter mais que 1 % de seringas quebradas; • Forma qualitativa – o objetivo pode ser melhorar o nível de satisfação dos pacientes Além desses, segundo Oliveira, outros aspectos quanto ao estabelecimento dos objetivos e desafios podem ser: • De obtenção – quando a empresa quer obter algo que não possui no momento. Por exemplo, consolidar a oferta de serviço de alta complexidade; PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 48 • De manutenção – quando a empresa quer manter uma situação ou algo que já tem no momento. Como exemplo pode-se citar a manutenção atual de 80 % de taxa de ocupação. Abordagem quantitativa Segundo Oliveira, o processo de estabelecimento de objetivos de uma organização pode passar, em um momento inicial, por uma abordagem qualitativa, mas, seguramente, tem que se consolidar em uma abordagem quantitativa, na qual os resultados esperados são quantificados de maneira adequada. É importante salientar que essas medidas devem estar facilmente visíveis por todos os elementos envolvidos na organização. Outro ponto importante desses indicadores é que esses números devem ser, como muitos autores chamam, de gestão à vista, ou seja, processo em que os indicadores, parâmetros e critérios de avaliação, bem como realidade atual das atividades, ficam disponíveis para acompanhamento e possível interação e intervenção de todos os demais envolvidos, de forma direta ou indireta, nas atividades consideradas. Atenção Outro ponto importante nesse contexto dos objetivos é a necessidade de esses números passarem por uma revisão sistemática rotineiramente. Mesmo que as condições internas ou externas não estejam em evidência de alteração, de forma que haja uma adequação para os parâmetros da organização de saúde. Monitoração da estratégia Exercer o controle de uma organização é essencial; controlar é fazer que algo ocorra da forma como foi planejado. Por exemplo: se uma organização de saúde planeja aumentar em até 80 % o nível de ocupação de seus leitos, será PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 49 preciso monitorar diariamente as admissões e saídas, bem como as transferências. Além disso, é necessário acompanhar o processo de higienização dos leitos, nos intervalos de ocupação, para que o mesmo seja utilizado. Para fazer esse controle, deve-se conhecer com clareza os resultados planejados de uma ação particular. O controle estratégico, segundo Certo, é um tipo essencial de controle organizacional que se concentra em monitoração e avaliação do processo de administração estratégica para garantir que ele funcione apropriadamente. Ou seja, ele é feito para garantir que todos os resultados planejados durante o processo de administração estratégica tornem-se realidade. A grande finalidade do controle é garantir que a alta administração consiga atingir suas metas organizacionais por meio da monitoração e avaliação do processo de administração estratégica. Observe que todo o processo estratégico começa com a análise do ambiente, o estabelecimento da missão e das metas organizacionais, estabelecendo diretrizes organizacionais e o desenvolvimento de formas de lidar com a concorrência para atingir essas metas e cumprir a missão da organização. O controle estratégico fornece o feedback ou retroação do processo, ou seja, assegurar que o que foi planejado está sendo cumprindo. Resumidamente, a finalidade da monitoração estratégica pode ser: • Identificar problemas, falhas e erros que se transformam em desvios do planejado, com a finalidade de corrigi-los e de evitar sua reincidência. • Fazer com que os resultados obtidos com a realização das operações estejam, tanto quanto possível, próximos dos resultados esperados e possibilitem o alcance dos objetivos. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 50 • Verificar se as estratégias têm proporcionado os resultados esperados, dentro das situações existentes e previstas. • Proporcionar informações gerenciais periódicas para que seja rápida a intervenção no desempenho do processo. Monitoração como instrumento administrativo Segundo Oliveira(2006), a função controle ou monitoração da estratégia pode ser utilizada como instrumento administrativo para: • Corrigir ou reforçar o desempenho apresentado; • Informar sobre a necessidade de alterações nas funções administrativas de planejamento, organização, direção e controle; • Proteger os ativos das organizações de saúde financeiros, tecnológicos, humanos etc.; • Garantir a manutenção ou aumento de eficiência, eficácia e efetividade na consecução dos objetivos, desafios e metas da empresa; • Informar se os programas, projetos e planos de ação estão sendo desenvolvidos de acordo com o estabelecido e têm apresentado os resultados desejados; • Informar se os recursos estão sendo utilizados da melhor maneira possível. Atenção Essa monitoração estratégica precisa levar em conta que há alguns pontos que precisam ser tratados, que podem prejudicar esse controle: • Lentidão e deficiência nas informações; • Insuficiência de informações; • Qualificação do pessoal responsável pelo controle; • Sistemas de controle complicados; • Planos mal elaborados ou implantados; • Estrutura
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