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1 Introdução à Parasitologia

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*
Parasitologia e Meio Ambiente
Socorro Rocha
*
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Parasita: ser que vive às custas de outro (hospedeiro), dele extraindo os elementos necessários à sua sobrevivência (abrigo e/ou alimento), o que pode gerar danos ao hospedeiro (para=ao lado sitios=alimento).
Em geral, a associação parasito-hospedeiro tende para um equilíbrio entre a ação do parasito e a capacidade de resistência do hospedeiro.
Parasitismo: toda relação ecológica em que se observa, além de associação íntima e duradoura, uma dependência metabólica de grau variável, por parte do parasito.
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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*
PARASITOLOGIA 
HELMINTOS
PROTOZOÁRIOS
ARTRÓPODES
MOLUSCOS
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e
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*
Até que ponto os parasitas podem influenciar o comportamento do hospedeiro?
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e
Ancylostomatidae
Dicrocoelium dentriticum
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Fig. 7 – Ciclo evolutivo do Dicrocoelium dentriticum
Fonte: IRIA, 2000; ZIMMER, 2000.
Carl Zimmer
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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Fig. 5 – Ancylostoma duodenale
Fonte: NEVES et al., 2006
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Fig. 6 – Ancylostoma duodenale
Fonte: REY, 2005.
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As condições ambientais são fatores determinante para a prevalência de parasitoses, que ocorrem sobretudo nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, gerando as chamadas doenças tropicais.
(AMATO NETO; CHIEFFI, 2006)
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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Distribuição geográfica das verminoses
Zona de alto risco
Zona de médio risco
Zona de baixo risco
Fig. 8 – distribuição geográfica das verminoses
Fonte: www.eduparasito.html.com.br
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e
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O que são doenças tropicais?
Fig. 9 – zonas tropicais no globo terrestre
Fonte: www.eduparasito.html.com.br
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e
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P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e
*
*
 Pobreza e falta de saneamento básico concorrem para tornar as pessoas dependentes de coleções de águas superficiais onde há risco.
Fig. 10 – Leito de rio na Nigéria
Fonte: OMS, 2004.
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e
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	A prevalência e a importância das doenças infecciosas e parasitárias são notórias: elas causaram, segundo a OMS, 33% dos óbitos, no mundo, em 2003.
Fig. 11 – Causas globais de mortalidade
Fonte: OMS, 2004.
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INFECÇÕES PARASITÁRIAS DE MAIOR INCIDÊNCIA NO HOMEM (OMS, 2004)
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Helmintoses			 Prevalência anual
Enterobiose 			1.000.000.000
Ascaridiose 			1.000.000.000
Ancilostomose 			 900.000.000
Trichuriose 			 700.000.000
Esquistossome 			 250.000.000
*
*
NO BRASIL:
30,9% das crianças apresentam parasitoses, sendo as mais comuns ascaridíase, giardíase e tricuríase. Há poliparasitismo em cerca de 13,0% delas.
Em relação à população mundial:
50% está infectada por parasitos
25% tem ascaridíase
0,5 a 20% tem giardíase
500 milhões têm amebíase
(AMATO NETO; CHIEFFI, 2006; MACEDO; COSTA; ALMEIDA, 2004.)
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e
*
*
Fig. 12 – Ascaris lumbricoides
Fonte: www.parasitologytoday.com
Fig. 13 – Ascaris lumbricoides
Fonte: www.parasitologytoday.com
Fig. 14 – Ascaris lumbricoides
Fonte: www.hpparasitology.com
Fig. 15 – Ascaris lumbricoides
Fonte: www.parasitologytoday.com
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
*
*
Em torno de 20% das cirurgias por quadro de abdome agudo são de pacientes com obstrução intestinal. 
Uma das causas mais comuns da obstrução intestinal é a ocorrência de “bolo de Ascaris”. Em menores de 10 anos, é a etiologia que predomina.
Em estudo realizado no HU/UFS, o “bolo de Ascaris” aparece como a patologia que mais apresentou complicações (61%).
Neste mesmo estudo, a ascaridíase foi responsável por uma mortalidade de 39%.
(VIDAL, 2005)
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e
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*
*
Fig. 16 – Ascaris lumbricoides
Fonte: www.rotten.com
Fig. 17 – Ascaris lumbricoides
Fonte: www.rotten.com
Fig. 18 – Ascaris lumbricoides
Fonte: www.rotten.com
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e
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*
No Brasil, existem diversos tipos de endemias parasitárias cuja origem remonta à carência de saneamento básico e de educação sanitária, porém nenhuma delas parece tão fácil de ser erradicada quanto o complexo teníase/cisticercose.
a neurocisticercose é a principal causa de epilepsia nos países em desenvolvimento, incluindo o Brasil. 
Um estudo realizado nos municípios de Prata, Camalaú e Monteiro evidenciou 11,8% de prevalência de cisticercose entre pacientes com epilepsia.
(FREITAS et al., 2005)
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e
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*
Fig. 19 – Taenia spp.
Fonte: www.cdc.gov
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________*
*
Potencial biótico 
Taenia solium
 5 proglotes / dia
 250.000 ovos / dia
 91.250.000 ovos / ano
Dispersão 10 km
50.000 ovos / proglote
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
*
*
Formas infectantes dos helmintos
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
*
*
Tempo de sobrevivência dos
 microrganismos patogênicos no solo 
(AMATO NETO; CHIEFFI, 2006)
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
		Agentes patogênicos
		
Tipos de solo
		Tempo de Sobrevivência (dias)
 
 Médio Máximo
		Vírus
Enterovírus
		
Diferentes tipos
		
12
		
100
		Bactérias
C. fecais
Salmonella sp.
V. cholerae
		
Superfície
Solo arenoso
Solo(profunda)
		
40
30
70
5
		
90
60
90
30
		Protozoários
Giardia
		
		
90
		
300
		Nematodas
Ascaris sp.
Toxocara sp. 
Taenia sp. 
		Solo irrigado
Solo
Solo 
Solo 
		Muitos meses
Muitos meses
Muitos meses
15 a 30 dias (verão seco)
		2 a 3 anos
7 a 14 anos
8 meses
3 a 15 meses (inverno)
*
*
Tempo de sobrevivência dos microrgansimos patogênicos na água 
(AMATO NETO; CHIEFFI, 2006)
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
		Agente patogênico
		Tempo de sobrevivência
		Bactérias
Coliformes fecais
Salmonella sp
Vibrio cholerae
		
60 dias
60 dias
10 a 60 dias
		Vírus
Enterovírus
		
60 a 120 dias
		Helmintos
Ascaris sp.
Taenia sp.
		
Muitos meses
15 dias a 3 meses
		Protozoários
Giardia (cistos)
		
30 a 90 dias
*
*
Tempo de sobrevivência de microrganismos patogênicos em vegetais e raízes 
(AMATO NETO; CHIEFFI, 2006)
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
		Microrganismo
		Tempo máximo (dias)
		Tipo de alimento
		Vírus
		4
60
		Feijão
Plantas cultivadas
		Bactérias (Salmonella)
		40
10
		Batata e legumes
cenoura
		Cistos de Protozoários
		3-15
		Legumes
		Ovos de helmintos
		27-35
		Legumes
		
		8-15
		Alface
		
		28
		Tomate
		
		10-30
		Beterraba (folhas e raizes)
*
*
De onde vem a contaminação ambiental e de frutas e verduras ?
Atividade humana  Esgoto  Lodo
Falta de saneamento básico
Contaminação dos recursos hídricos e do solo
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
*
*
PRINCIPAIS HELMINTOS PARASITAS ENCONTRADOS EM LODO DIGERIDO
(AMATO NETO; CHIEFFI, 2006)
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Plan1
		Ascaris sp.		76%
		Trichuris sp.		7.40%
		Toxocara sp.		2.70%
		H. diminuta		9.30%
		H. nana		3.60%
		Taenia sp.		1.30%
Plan1
		
Plan17
		0.757
		0.074
		0.027
		0.093
		0.036
Plan2
		
Plan3
		
Gráfico1
		
Gráfico1
		0.757
		0.074
		0.027
		0.093
		0.036
		0.013
Gráfico2
		Ascaris sp.		90%
		Trichuris sp.		3.00%
		Toxocara sp.		3.00%
		H. diminuta		4.20%
		H. nana		0.10%
		Taenia sp.		0.10%
Gráfico2
		
Plan4
		
Figura 2- Helmintos prevalentes em lodo obtido por digestão aeróbia. O percentual representa a média de 12 análises realizadas.
Plan5
		0.76
		0.074
		0.027
		0.093
		0.036
		0.013
- Prevalência de ovos de helmintos presentes em lodo digerido aeróbio , ETE Belém, Curitiba, Pr.
Plan6
		Ascaris sp.		76%
		Trichuris sp.		7.40%
		Toxocara sp.		2.70%
		H. diminuta		9.30%
		H. nana		3.60%
		Taenia sp.		1.30%
Plan7
		
Plan8
		
Plan9
		
Plan10
		
Plan11
		
Plan12
		
Plan13
		
Plan14
		
Plan15
		
Plan16
		
		
		
*
*
Saneamento na América Latina
População Rural: 
124 milhões
Sistema de tratamento de excretas
20 a 30%
População urbana:
324 milhões
30 - 40% com coleta de esgoto e apenas 8% tratado
(AMATO NETO; CHIEFFI, 2006)
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
*
*
Saneamento e neurocisticercose humana
em países da América Latina. 
(AMATO NETO; CHIEFFI, 2006)
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Gráfico1
		94.4		0
		84.3		0.3
		80		0.5
		60		1
		39		2.3
		17		8.5
Cobertura sanitária
% Cisticercose
Países
Percentual
Plan1
		País		Cobertura sanitária		% Cisticercose
		COSTA RICA		94.4		0
		PANAMÁ		84.3		0.3
		CHILE		80		0.5
		COLOMBIA		60		1
		EQUADOR		39		2.3
		MÉXICO		17		8.5
Plan2
		
Plan3
		
*
*
Saneamento no Brasil
5 milhões sem instalações sanitárias
75 milhões de pessoas sem sistema de coleta
10 bilhões de litros de esgoto bruto no ambiente
65% das intervenções hospitalares são por doenças de veiculaçãohídrica
180 mil pessoas/ano morrem pelo consumo de água contaminada
(www.saude.gov.br)
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
*
*
Intervenções
Ampliar redes de esgoto urbanas;
Tratar o esgoto antes de ser lançado nos rios;
Proteger fontes de água de bebida da contaminação com esgoto ou fezes humana;
Instalar latrinas para correta disposição das fezes humanas na zona rural;
Tratamento das verminoses na população escolar.
P a r a s i t o l o g i a e m e i o a m b i e n t e _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
*
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