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Resumo 2 - Parasitologia e o meio ambiente - Protozoários parasitas (1)

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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA – UNIMEP
Curso de Ciências Biológicas – Bacharelado
Disciplina: PARASITOLOGIA E O MEIO AMBIENTE
RESUMO DAS AULAS: PROTOZOOLOGIA
A Protozoologia é o ramo da parasitologia que se ocupa das parasitoses causadas por protozoários.
PROTOZOÁRIOS PARASITOS
Algumas espécies de protozoários são causadores de doenças humanas. Entre elas:
Entamoeba histolytica – disenteria amebiana
Giardia lamblia – giardíase (intestinal)
Trichomonas vaginalis – tricomoníase (aparelho genital)
Trypanosoma cruzi – Doenças de Chagas 
Leishamania sp – leishmanioses 
Pasmodium sp – malária 
Toxoplasma gondii – toxoplasmose
Transmissão pela água, alimentos, objetos contaminados ou através de vetores.
 Amebas
· Várias espécies de protozoários conhecidos popularmente como amebas pertencem ao Filo Rhizopoda.
· Família Endamoebidae (Ordem Amoebida) contêm, entre outras, as espécies que são parasitas, comensais ou simbiontes no intestino humano. 
Amebas em humanos - Família Endamoebidae:
· Comensais ou simbiontes – Entamoeba coli, E. dispar, E. hartmanni, Entamoeba gingivalis*, Endolimax nana, Iodamoeba butschlii*
· Patogênica – Entamoeba histolytica
· Vida livre ou patogênicas facultativas – Acanthamoeba sp, Naegleria sp, Balamuthia sp (podem provocar casos graves de meningoencefalite ).
*Algumas destas espécies ocorrem também em animais.
Forma ativa – trofozoíto 
Forma de resistência – cisto – responsável pela disseminação do parasito.
Entamoeba histolytica
Trofozoíto- forma ativa dentro do hospedeiro
Cisto- forma de resistência: parede cística formada por dupla camada: proteina (similar queratina) + carboidratos; resistentes ao suco gástrico. Aumenta chances de sobrevivência no meio (20 dias de viabilidade) e facilita a dispersão, podendo ser transportado por vetores.
Ciclo Monoxênico - A transmissão se dá através de água e alimento contaminados com os cistos oriundos das fezes de pessoas parasitadas.
Patogenia
· Amebíase ou disenteria amebiana
· Infecções assintomáticas – 80 a 90% dos casos
· Infecções sintomáticas – disenteria com cólicas ou somente cólicas
· Podem causar úlceras intestinais (“botão de camisa”) – ação traumática.
· Amebíase extra-intestinas – pode atingir o fígado, pulmão, cérebro ou pele.
· É uma doença grave, quando se apresenta na forma extra-intestinal (lesões hepáticas, pulmonares e em outros tecidos...).
· No Brasil, há registros desta forma na Amazônia. No Pará foram relatadas formas invasivas, inclusive de amebíase hepática (SILVA et al., 2005).
Epidemiologia
· A amebíase é considerada importante causa de morbi-mortalidade no homem. Esta parasitose apresenta ampla distribuição geográfica com alta prevalência em regiões tropicais, onde as condições de higiene e educação sanitária são consideradas deficientes (SILVA et al., 2005)
· Segundo dados mais recentes (BORGES, MARCIANO e OLIVEIRA, 2011) são cerca de 200 milhões de pessoas parasitadas no mundo.
· Segundo Silva et al. (2014) a prevalência para esta espécie é difícil de ser estabelecida devido à semelhança com E. dispar (não patogênica), apenas possível de serem diferenciadas em testes de antígenos específico (ELISA).
· Regiões críticas – México, América Central, Norte da América do Sul (Colômbia, Peru, Equador)
· A prevalência da amebíase é bastante variável nas regiões do Brasil (5,6% a 40%) (Silva et al. 2005). Exemplo: Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Amapá (19% de prevalência), segundo Neves (2006).
· Regiões tropicais – maior prevalência devido às condições precárias de saneamento.
· Maior prevalência entre adultos (20 a 60 anos);
· Principal fonte de contaminação – portador assintomático;
· Transmissão – água, alimentos e objetos contaminados por cistos - viáveis por 20 dias no ambiente.
Profilaxia e tratamento
· Tratamento das pessoas parasitadas: uso de amebicidas (Ex. Amebyl) e antibióticos.
· Tratamento caseiro da água
· Higiene dos alimentos ingeridos crus 
· Saneamento básico*
O que é saneamento básico?*
“No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais.”
Segundo o Instituto Trata Brasil, em 2011 foram 400 mil casos de internação por diarréia (53% de crianças de 0 a 5 anos), devido à falta de saneamento.
Em 2013, o país teve mais de 14.982 milhões de casos de afastamento do trabalho/atividades por diarreia ou vômito no país.
Fonte: http://www.tratabrasil.org.br/saneamento/o-que-e-saneamento
Giardia lamblia 
· É um protozoário flagelado (Filo Diplomonadida) causador da giardíase, uma doença gastro-intestinal.
· Apresenta a forma ativa – trofozoíto – e o cisto - sendo este o responsável pela disseminação do parasito.
· Ciclo monoxênico: a transmissão do parasito ocorre através dos cistos nos alimentos e na água contaminada por fezes de pessoas parasitadas.
Obs.: Os cistos são eliminados pelas fezes em grande quantidade (300 milhões a 14 bilhões por dia) (SANTANA et al., 2014)
Patogenia e Sintomatologia
· Habitat – intestino delgado (duodeno).
· Giardíase: colonização do duodeno, com forramento da mucosa, causando dor e edema; irritabilidade, insônia, emagrecimento e avitaminose.
· Fezes diarreicas ou não – amarelo-esverdeadas
Epidemiologia
· Encontrada em todo o mundo, com incidência maior em crianças (1 a 12 anos).
· Fonte de contaminação – portadores assintomáticos (60%); água e alimento contaminado com cistos – que podem sem disseminados tb pela poeira e animais (vetores mecânicos).
Prevalência
· Estima-se que no mundo 400 milhões de indivíduos estejam infestados por Giardia lambli. A frequência desta parasitose na população varia quanto à distribuição mundial ficando as taxas entre 11 e 30%.
· Um estudo realizado em pacientes atendidos pelo Hospital de Cumari (Catalão, GO), em diferentes faixas etárias, no período de 2002 a 2008 obteve em média 33,6% (n=346) das amostras examinadas (1029) positivas para G. lamblia. A prevalência foi maior em crianças de 0 a 10 anos;
· Os elevados índices de giardiose podem estar associados a:
· Contaminação do solo por fezes (economia baseada na agricultura e pecuária);
· Utilização de água de cisterna e hábitos de frequentar córregos e rios;
· Alimentos não higienizados corretamente;
· Provável contaminação da rede pública de abastecimento de água, visto que este protozoário resiste à ação do cloro adicionado à água tratada*. 
*Fonte:
BORGES, MARCIANO e OLIVEIRA (2011). 
· Vários estudos realizados (*) mostraram que os processos de tratamento convencional de água não foram totalmente eficientes na remoção e/ou inativação de Giardia lamblia (e tb de Cryptosporidium). Isso tem gerado uma grande preocupação para as instituições responsáveis pelo abastecimento de água potável em todo o mundo, que vêm buscando outras tecnologias para o tratamento da água, como:
· Técnicas de filtração com eficiência aumentada - assegurando uma adequada retenção na passagem dos protozoários citados;
· Uso de ultravioleta (UV) para desinfecção da água, com o objetivo de inativar os protozoários.
* FREGONESI. et al. 2012. 
Diagnóstico – sintomas relatados pelo paciente, exame de fezes (parasitológico) e pesquisa de antígenos (imunológico).
Tratamento – medicamentos diversos com bons resultados (Ex.: secnidazol, albendazol entre outros).
Profilaxia 
· Tratamento das pessoas infectadas;
· Tratamento caseiro da água;
· Higiene com alimentos e mãos; 
· Proteção dos alimentos contra possíveis vetores (insetos e outros);
· Saneamento básico:
· Maior eficiência com relação ao tratamento da água (uso de novas tecnologias)
Comparação Amebíase X Giardíase
· Estimativa de 200 e 400 milhões de pessoas infestadas respectivamente (cerca de 3 a 6% pop.).
· Altas prevalências em algumas populações (ex.: 19% amebíase região Norte Brasil; 33% giardíase estudo local).
· Transmissão: ambas água, alimento contaminados com cistos;vetores mecânicos.
· Portadores assintomáticos maior problema.
__________________________________________________________________________________________
Trichomonas vaginalis 
· A tricomonose (ou tricomoníase) é uma enfermidade causada por um protozoário flagelado (Ordem Tricomonadida), que é transmitido através da relação sexual, uma vez que habita o sistema geniturinário humano.
Patogenia
Tricomoníase: 
· Mulheres – leucorréia (corrimento amarelo-esverdeado; inflamação da mucosa vaginal).
PH vagina – ácido 3,8 a 4,5 mantido pelos bacilos de Doderlëin – não favorável instalação do parasito. Mudanças destas condições (período menstrual ou outras alterações hormonais) favorecem a parasitose. 
· Homens – geralmente não causa lesão e nem sintomatologia, no máximo uma uretrite, com ardor e leve prurido.
· Alguns estudos mostram que o T. vaginalis pode estar associado à outras doenças ou intercorrências como: câncer de útero, infertilidade, parto prematuro e baixo peso em recém-nascidos de mães infectadas e à transmissão do vírus HIV.
Diagnóstico – sintomatologia não dá uma boa indicação da patogenia; exame laboratorial (esfregaço vaginal e cultura do corrimento uretral peniano).
Tratamento – medicação oral e vaginal para as mulheres; homem deve receber apenas medicação oral (tratamento de ambos parceiros sexuais).
Epidemiologia
· Distribuição geográfica mundial – estimativa de 200 milhões de mulheres infectadas no mundo (segundo Neves, 2006).
*Segundo Almeida et al. (2010) são 180 milhões (maioria mulheres entre 15 e 45 anos) de infectados.
· Incidência aumentada devido à liberdade e precocidade sexual dos últimos tempos;
· Formas de transmissão – trofozoítos em secreções vaginais ou penianas; fômites.
Prevalência 
· Segundo Rey (2002) as estatísticas mostram que nos países em desenvolvimento, a exemplo do Brasil, as taxas de tricomoníase oscilam entre 20% e 40% no gênero feminino.
· Estudos realizados (ALMEIDA, 2010) no Estado de Sergipe (2004-2005), com base em exames de Papanicolau de 206.034 mulheres, mostraram que no ano de 2004, 3,66 % foram positivos para tricomoníase e em 2005, 3,47% positivos.
· Outros estudos mostram prevalência entre 2 e 5% na população feminina examinada. 
OBS. Estes resultados diferem das estatísticas, que registram taxas de positividade entre 20 a 40% nas mulheres. Por que?
· Uma das explicações seria o uso do método para diagnóstico (Papanicolau), que pode apresentar falha entre 30 a 40% na identificação do parasito. Segundo alguns pesquisadores o ideal seria utilizar o método de citologia direta à fresco.
Diagnóstico
· A sintomatologia não dá uma boa indicação da patogenia, o ideal é o exame laboratorial (esfregaço vaginal e cultura do corrimento uretral peniano).
Profilaxia
· Educação sanitária;
· Uso de preservativo masculino;
· Tratamento dos doentes.
__________________________________________________________________________
TRIPANOSSOMOS
· Os tripanossomos são protozoários flagelados, pertencentes ao Filo Kinetoplastida*, Famíla Trypanosomatidae.
OBS. Segundo Brusca& Brusca (2007), estes protozoários eram classificados no antigo Filo Sarcomastigophora. Neves (2006) os classifica no subfilo Mastigophora (portadores de flagelos) (de cinetoplasto – massa concentrada de DNA na mitocôndria)
· Família Trypanosomatidae 
1 flagelo, com ou sem membrana ondulante
· Dois gêneros são parasitas humanos e atingem também outros vertebrados: Trypanosoma e Leishmania.
Trypanosoma cruzi
· Trypanosoma cruzi Chagas, 1909 - responsável pela Doença de Chagas ou Tripanossomíase Americana (América do Sul, Central e México)
· Descrito pelo Dr. Carlos Chagas que estudou todo o ciclo do parasito, sua patogenia, sintomatologia e epidemiologia.
· Vetor - inseto conhecido como barbeiro ou chupão.
Morfologia do T.cruzi
O T. cruzi passa por diferentes formas durante seu ciclo de vida:
· tripomastigotas – nas fezes do barbeiro e no sangue circulante humano
· amastigota – dentro das células humanas/parede do estômago do barbeiro (=esferomastigota)
· epimastigota – intestino do barbeiro
Resumo do Ciclo de Vida:
1.Triatomíneo infectado ao realizar a hematofagia, defeca e urina, próximo ao local da picada (penetração facilitada através da mucosa palpebral), contaminando o hospedeiro com as formas tripomastígotas metacíclicas.
2.Parasito penetra nas células ou são fagocitados por macrófagos.
3.No interior das células, as formas tripomastígotas se transformam em amastigotas, que se multiplicam por divisão binária
4. Parasito rompe a célula hospedeira na forma tripomastígota - cai na circulação sanguínea e invade outras células (musculares, nervosas...).
5. O parasito circulante é ingerido por um triatomíneo.
6.Transformação do parasito em esferomastigota (estômago) e epimastigota no intestino do inseto com intensa multiplicação (divisão binária). Migração das formas epimastigotas para o intestino posterior e transformação em tripomastigota metacíclicas.
Transmissão
Vetorial – o parasito presente nas fezes do inseto é capaz de penetrar em mucosas íntegras (ex. boca, olho) e na pele arranhada (solução de continuidade).
Transfusão sanguínea
Transmissão congênita
Outras (acidentes de laboratório, transplante de órgãos, ingestão de triatomíneos ou suas fezes com alimentos*...)
* Caso ocorrido em Florianópolis - SC, em 2005 (25 pessoas infectadas e 3 mortes).
VETOR: INSETO BARBEIRO
· Ordem Hemiptera
· Família Reduviidae
· Sub-família Triatominae – inclui os barbeiros*, que são hematófagos.
* Conhecidos também por chupões, chupanças e fincões
· Triatominae: 18 gêneros e 148 espécies, das quais 65 ocorrem no Brasil (GALVÃO, 2014). Estão distribuídos por todo o continente americano, principalmente na América Latina. 
· Por se alimentarem de sangue (hematófagos) estabelecem relações mais ou menos estreitas com os seus hospedeiros vertebrados, incluindo os seres humanos; 
· Algumas espécies podem defecar durante ou logo após a alimentação, enquanto outras defecam após abandonar a fonte de alimento, longe do local da sucção. 
· Este fato classifica as diferentes espécies como “boas ou más” transmissoras da doença, uma vez que as formas infectantes de Trypanosoma cruzi são expelidas nas fezes dos insetos infectados. 
· Inicialmente afeta mais as pessoas que vivem em áreas rurais, em moradias de baixo padrão. Casas de taipa e pau-a-pique, embaixo dos móveis, colchões, entre os objetos das casas. Saem à noite para a hematofagia.
· Embora todas as espécies de triatomíneos sejam vetores em potencial deste protozoário, apenas aquelas que colonizam no domicílio e ou peridomicílio reúnem condições necessárias para transmitir a doença de Chagas humana. 
· Neste aspecto, os gêneros de maior importância epidemiológica são: Panstrongylus, Triatoma e Rhodnius. 
Panstrongylus - Insetos robustos com cabeça globosa e antenas implantadas junto aos olhos. P. megistus – grandes: Machos – 2,6 a 3,4 cm/ fêmeas 2,9 a 3,8 cm. Cor geral negra com marcas vermelhas pelo corpo
Triatoma - Insetos mais delicados (2cm em média) com cabeça mais alongada e antenas implantadas entre os olhos e o clípeo (extremidade anterior da cabeça).
Rhodnius - Insetos delgados (em média – cerca de 2cm), cabeça fina e alongada, antenas implantadas junto ao clípeo.
· A maioria das espécies de triatomíneos deposita seus ovos livremente no ambiente, mas algumas produzem substâncias adesivas que fazem os ovos ficarem aderidos a alguns substratos, de forma que possam ser transportados por longas distâncias. Ex.: em penas de aves; folhas de palmeiras...
Epidemiologia
· Fontes de infecção – humanos e outros mamíferos infectados (reservatórios – tatus e gambás; ratos e morcegos, animais domésticos);
· Transmissão – fezes do barbeiro; transfusão de sangue; outras.
· Penetração dos parasitos - pela pele lesada ou mucosa sadia.
· Distribuição da doença – região latino-americana. Distribuição espacial da doença limitada à ocorrência do vetor.
Transmissão vetorial – o parasito presente nos dejetos do inseto é capaz de penetrar em mucosas íntegras (ex. boca,olho) e na pele arranhada (solução de continuidade). É a forma de transmissão clássica da doença, ocorre em 80% dos casos e depende de três fatores básicos: 
1)presença do T. cruzi, o agente etiológico da doença, 
2) triatomíneos domiciliados, 
3) hospedeiros humanos e outros animais vivendo no ambiente domiciliar. 
Diretamente relacionada a fatores humanos e sócio econômicos, tais como a qualidade da habitação, a ação do ser humano sobre o ambiente e as migrações humanas.
No Brasil, áreas de risco com transmissão vetorial (vide mapa abaixo): 
A doença de Chagas no estado de São Paulo (Silva, J.L.,1986).
· T. infestans – introduzido do altiplano andino (Argentina/Uruguai/sul do Brasil);
· Final séc. XIX e início séc. XX - expansão da fronteira agrícola – cafeicultura;
· 1950 – início combate à doença, com declínio notável a partir de 1960;
· Combate ao vetor (uso de inseticidas); êxodo rural; modernização da agricultura (maior variedade de culturas e mecanização...); melhoria das condições rurais.
Transmissão oral – ingestão dos parasitos em alimentos contaminados por fezes dos barbeiros:
“O caso do caldo de cana”
· 25 pessoas se infectaram ingerindo caldo de cana contaminado pelas fezes do barbeiro (esmagado durante a moagem da cana). Destas, 3 morreram cerca de 20 dias após o incidente. As demais foram tratadas.
· A imprensa desejosa de fazer alarde (e vender notícia!) levou as autoridades sanitárias despreparadas a proibir a venda de caldo de cana em todo o estado de Santa Catarina!
· Maior frequência de casos e surtos registrados na região da Amazônia Legal (Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Amapá, Pará, Tocantins), onde a transmissão oral tem sido registrada com maior frequência, devido ao consumo do açaí.
Transmissão por transfusão de sangue:
O Brasil, nos anos 80, apresentava prevalência média de 7,03% em candidatos à doação de sangue; Na década de 90, teve esse coeficiente diminuído para 3,18%, e atualmente para 0,6% e 0,7%, na hemorrede pública e privada, respectivamente; Esses índices refletem a efetividade dos programas de combate ao vetor e maior controle do sangue e hemoderivados, através de uma rigorosa triagem clínica e da doação voluntária de sangue. 
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde/MS. Guia de Vigilância Epidemiológica: Doença de Chagas, Caderno 10. http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/gve_7ed_web_atual_doenca_de_chagas.pdf
Prevalência e Incidência
· A prevalência da Doença de Chagas é estimada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 15 a 25 milhões de pessoas infectadas. 1
· No Brasil, estima-se a existência de 2,5 a 5 milhões de indivíduos infectados. 1
· A Cardiopatia Chagásica Crônica (CCC), considerada a pior das complicações ocasionadas pela doença, comete pelo menos um terço dos pacientes e é a causa de mortalidade mais importante relacionada à doença.2
1 Almeida (2016) 2 https://agencia.fiocruz.br/candidato-vacina-se-mostra-eficaz-contra-doen%C3%A7a-de-chagas
Patogenia
· A doença de Chagas apresenta uma certa seletividade pela musculatura cardíaca, causando miocardite crônica, hipertrofia e disfunção fatal, embora, às vezes, a longo prazo. Atinge também o aparelho digestório.
· A Cardiopatia Chagásica Crônica (CCC), considerada a pior das complicações ocasionadas pela doença, comete pelo menos um terço dos pacientes e é a causa de mortalidade mais importante relacionada à doença.1
1 https://agencia.fiocruz.br/candidato-vacina-se-mostra-eficaz-contra-doen%C3%A7a-de-chagas
Diagnóstico e Tratamento 
· Exames clínicos: sintomas apresentados pelo paciente ou laboratoriais – para confirmação do diagnóstico clínico – exames de sangue e sorológicos.
· Drogas disponíveis: benzonidazol e nifurtimox
· Acompanhamento do paciente chagásico para melhorar sua qualidade de vida.
Profilaxia
· Combate ao vetor
· Melhoria das condições de moradia
· Tratamento dos pacientes
· Controle do doador de sangue
· Vacina*
Vacina para doença de Chagas: uma experiência atual*
Maurício Rodrigues - Escola Paulista de Medicina/Unifesp
Desenvolvimento de uma vacina recombinante contra doença de Chagas por pesquisadores da Fiocruz e do Centro Interdisciplinar de Terapia Gênica da Universidade Federal de São Paulo.
Fonte: http://chagas.fiocruz.br/vacinas/ acesso em: 02/02/2017
Plasmodium sp 
· Esporozoário (FILO APICOMPLEXA; Família Plasmodiidae) causador da malária e transmitido por um mosquito (Diptera) do gênero Anopheles (Família Culidae).
· A malária é uma doença tão antiga quanto a espécie humana, ocorrendo em grandes áreas da Europa, Ásia, África, Oceania e Américas. Acredita-se que tenha sido a principal causa de morte entre os primatas precursores do Homo sapiens, como os Australopithecus;
· A característica peculiar da febre malárica permitiu identificar sua presença em escritos chineses e egípcios de 3 mil anos a.C.;
· Em outros registros (escritos de vários filósofos gregos) são encontrados referências a febres mortais em populações antigas.
Fontes: CAMARGO, E.P. (2003); FRANÇA; SANTOS; FIGUEROA-VILLAR. (2008)
· Hipócrates fez a conexão entre corpos de água estagnados* e a ocorrência de febre na população;
· Romanos antigos fizeram a drenagem de pântanos*.
*malária = mal’ aria = ar ruim (termo usado pelos italianos no séc. XIV)
*Paludismo = de pântano (termo criado pelos franceses)
Ler: CAMARGO, E.P. (2003) – para histórico sobre a malária
Agente etiológico: As espécies de plasmódio que afetam o ser humano são: 
- Plasmodium vivax (Grassi & Feletti, 1890)
- Plasmodium falciparum (Welch,1897) 
- Plasmodium malariae (Laveran, 1881) 
- Plasmodium ovale (Stephens,1922) 
· O plasmódio apresenta diversas formas, das quais duas serão destacadas:
Esporozoítos – forma infectante presente nas glândulas salivares do mosquito;
Trofozoítos – formas encontradas dentro das hemáceas.
· Fases do Ciclo de Vida do Plasmodium sp
· Fase pré-eritrocítica –fora das hemácias e dentro dos hepatócitos (humanos), onde ocorre a reprodução assexuada do parasito; 
· Fase eritrocítica - dentro das hemácias (no homem), onde transformam-se em diferentes tipos, rompem as hemácias, caem na circulação e invadem novas hemácias;
· Reprodução sexuada (no mosquito) – ao sugar o sangue humano, o mosquito ingere todas as formas presentes, algumas dão continuidade ao ciclo se reproduzindo sexuadamente.
Resumo do Ciclo de Vida:
1. O mosquito ao se alimentar de sangue humano inocula as formas infectantes do Plasmodium (esporozoítos, cerca de 10 a 20)
2. No homem: Fase pré-eritrocítica ou tissular - dentro dos hepatócitos, onde ocorre a reprodução assexuada do parasito (merozoítos 10 a 40 mil)
3. Fase eritrocítica - dentro das hemácias reproduzem-se novamente, rompem as hemácias (acesso malárico) caem na circulação e invadem novas hemácias (várias formas);
4. No mosquito - Ao sugar o sangue humano, o mosquito ingere todas as formas presentes, algumas dão continuidade ao ciclo se reproduzindo sexuadamente (gametócitos);
5. Sofrem esporogonia e produzem esporozoítos, que migram para as glândulas salivares.
Patogenia: aspectos clínicos
· Sintomas e sinais conhecidos como acesso malárico - intenso calafrio seguido de elevação rápida da temperatura corpórea, acompanhada de náuseas e/ou vômitos, dor de cabeça, dores musculares e abdominais. À medida que a temperatura começa a baixar, o doente apresenta intensa sudorese. 
· O acesso malárico pode durar vários minutos ou horas, se repete com intervalos diferentes, de acordo com a espécie do plasmódio:
P.vivax e P.ovale - acessos em dias alternados, 48 em 48 horas – Terçã benigna
P. malariae - os acessos se repetem cada 72 horas – Quartã benigna
P. falciparum* - com intervalos de 36 a 48 horas, por vezes com febre ininterrupta (forma grave que pode levar ao óbito) – Terçã maligna 
*Espécie com maior capacidade de reprodução nos hepatócitos (40 mil) e tb nas hemácias (até 36), segundo Neves (2006).
Epidemiologia
· Considerada atualmente como uma zoonose na África e Ásia – macacos são portadores de plasmódios humanos.
· Fonte de infecção – humanos;
· Transmissãoatravés da picada do vetor – fêmeas do mosquito Anopheles. Outras:
· Congênita
· Transfusão de sangue
· Compartilhamento de seringas
· Acidentes de laboratório
· A malária está presente em mais de 90 países, com prevalência distinta.
· 300 a 500 milhões de casos da malária todo ano, dos quais mais de 90% ocorrem na África, a maioria com resolução satisfatória, mas resultando em enfraquecimento e perda de dias de trabalho significativos. 
· No Brasil - cerca de 300 mil casos/ano
· Até o final do século XX, a malária matava cerca de 2 milhões de pessoas em cada ano, 1 milhão das quais são crianças com menos de 5 anos.
· Segundo a OMS, a taxa de mortalidade por malária baixou 60% desde 2000. Mas continua sendo um grave problema de saúde pública em muitas regiões. 
· Em 2017, estima-se que houve 219 milhões de casos de malária em 90 países e territórios.
· As mortes por malária em 2017 chegaram a 435 mil.
· A Região Africana, em 2017, notificou 92% dos casos e 93% das mortes pela doença.
Fonte: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5682:folha-informativa-malaria&Itemid=812
Situação atual no Brasil
“Em 2017, o número de casos de malária subiu 50% no país, chegando a 194 mil ocorrências. O crescimento ocorreu depois de seis anos de queda - em 2016, o Brasil registrou o menor número de casos em 37 anos, o que foi visto como um grande sucesso no combate à doença.”
Os maiores aumentos ocorreram no Pará (153%), em Amazonas (65%) e em Roraima (56%).
No município de Bagre (Pará) o aumento foi de 129 casos em 2016 para 6789, em 2017.
Hipóteses:
· Perda da importância da malária em todos os níveis da administração pública, uma vez que a doença vinha caindo havia seis anos, parecia estar sob controle. Isso teria feito o poder público baixar a guarda.
· Surtos de outras doenças infecciosas típicos de zonas urbanas (dengue, zika e Chikungunya), que mobilizaram a opinião pública, mudando o foco em relação aos programas de controle e vigilância.
ROSSI, A. Por que os casos de malária cresceram 50% no Brasil após 6 anos de queda. BBC Brasil. 04, maio.2018. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43998843.
Vetores biológicos
· Existem mais de 350 espécies de Anopheles em todo o mundo, a maioria permitindo a proliferação de plasmódios em seu organismo, em laboratório, mas apenas cerca de 30 a 50 espécies são capazes de transmitir, em condições naturais, os plasmódios humanos.
· As diferentes espécies de Anopheles têm preferências diversas:
· Todas as fêmeas são hematófagas e põem seus ovos em coleções d’água, mas algumas preferem águas paradas, outras preferem águas limpas de fluxo lento, ou sujas, ou de fluxo rápido. Algumas exigem muito calor, muitas gostam de temperaturas amenas.
Anopheles darlingi - espécie de maior importância epidemiológica no Brasil:
· Abundância
· Ampla distribuição geográfica 
· Alto grau de antropofilia
· Capacidade de transmitir diferentes sp plasmódio
Hoje - ausente das áreas urbanizadas brasileiras - está restrito à Amazônia (criadouros naturais: água limpa, fluxo lento, quente e sombreado).
Medidas profiláticas e tratamento
· Os esforços no sentido de evitar a transmissão destas doenças, concentram-se em medidas contra os vetores (quando isso é possível!):
· Uso de repelentes
· Uso de inseticidas
· Combate aos criadouros
· Campanha de conscientização da população 
· Tratamento dos doentes: várias drogas são utilizadas no combate das várias formas dos parasitos.
· Vacina (?)*
Vacina contra malária
Há muitos anos são realizadas pesquisas com o intuito de se desenvolver uma vacina eficiente contra a malária, no entanto, os resultados são ainda incipientes.
“Teste de vacina contra malária começará em países africanos”
24/07/2017 
“A vacina Mosquirix (RTS,S) criada pelo laboratório britânico GlaxoSmithKline (GSK) é destinada a crianças de pouca idade e será testada em regiões da África com maior número de casos (92% das mortes ocorrem neste continente). A vacina não garante a imunização, pois atua por cerca de 4 anos e meio, mas reduziu em 40% os episódios da doença (de acordo com testes realizados entre 2009 a 2014).
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2017/04/1878059-teste-de-vacina-contra-malaria-comecara-em-paises-africanos.shtml)
“OMS anuncia primeiro teste em grande escala de vacina contra malária”
· A vacina, desenvolvida ao longo de 30 anos, tem proteção parcial contra a doença em crianças pequenas e foi aplicada em 3 países africanos (Malaui, Gana e Quênia). Segundo a OMS, a vacina RTS, S é a única que mostra um efeito protetor contra a malária em crianças pequenas e entrará para o calendário de vacinação destes países.
Fonte: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/04/23/oms-anuncia-primeiro-teste-em-grande-escala-de-vacina-contra-malaria.ghtml (acesso em 22/09/2019)
“Vacina contra malária tem resultados promissores”
15 de fevereiro de 2018
Maria Fernanda Ziegler - Agência FAPESP
“Uma nova vacina pré-clínica contra a malária vivax – forma da doença com maior distribuição geográfica e maior prevalência nas Américas – foi testada em camundongos e obteve 45% de eficácia, o que representa um importante avanço no desenvolvimento de alternativas de prevenção...”
A iniciativa é de um grupo de pesquisadores da Unifesp e da FCF-USP e com apoio de pesquisadores do Instituto Pasteur (França) entre outros. 
Fonte: http://agencia.fapesp.br/vacina-contra-malaria-tem-resultados-promissores/27129/)
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Toxoplasma gondii 
· A Toxoplasmose é uma infecção muito comum em todo o mundo sem, no entanto, causar doença grave na maioria. 
· É causada por um protozoário esporozoário (FILO APICOMPLEXA; Família Sarcocystidae)
· É uma zoonose típica, ocorrendo em grande número de animais e humanos e tendo os gatos como principais hospedeiros.
Mecanismos de transmissão
· Os oocistos são encontrados nas fezes dos gatos e são disseminados contaminando o ambiente, alimentos e diversos animais:
· Ingestão de carne crua ou mal cozida contendo cistos (bovina, ovina, suina);
· Ingestão de oocistos (fezes dos gatos): nas caixas de areia, outros...
· Ingestão dos trofozoítos presentes no leite cru ou na saliva de animais;
· Congênita – forma mais grave da doença 
Epidemiologia
· Distribuição geográfica mundial;
· Fonte de infecção – gatos;*
· Formas de transmissão – oocistos (fezes dos gatos), cistos (carnes) e trofozoítos (leite, saliva, via placenta);
*Os felinos infectam-se por ingestão dos cistos de tecidos de roedores ou de carne crua de outras espécies animais ou pela ingestão de oocistos (fezes de gatos) ou mesmo por transmissão transplacentária.
Prevalência
· A toxoplasmose é uma infecção de ampla distribuição geográfica, sendo relatada em todo planeta, com índices de soropositividade variando entre 23 a 83%, dependendo de fatores como: clima, socioeconômicos e culturais. A infecção já foi descrita em todos os mamíferos e aves. (1)
· No Brasil, a toxoplasmose atinge cerca de 60% da população 2 (outros autores apresentam índices entre 40 e 80%).
Fontes: 
1http://www.zoonoses.org.br/absoluto/midia/imagens/zoonoses/arquivos_1258562951/7861_crmv-pr_manual-zoonoses_toxoplasmose.pdf
2Souza &Cardozo (2011).Incidência de toxoplasmose no Brasil. Saúde & Ambiente em Revista, Vol. 6. http://publicacoes.unigranrio.edu.br/index.php/sare/article/view/1338
Diagnóstico e Patogenia
· A toxoplasmose é usualmente diagnosticada com base na detecção de anticorpos.
· Os sinais clínicos que podem ser observados nos humanos são alterações oculares,
· podendo levar a cegueira; 
· Toxoplasmose congênita: alterações reprodutivas como abortos, más formações fetais, hidrocefalia, neuropatias e alterações neuromusculares
Profilaxia e Tratamento
· Manejo adequado de gatos de rua ou abandonados;
· Alimentação dos gatos com ração;
· Incineração das fezes dos gatos;
· Proteção das caixas de areias contra os gatos;
· Evitar a ingestão de carnes e leites crus;
· Exame pré-natal para diagnosticaro parasito. 
· Vacina (em fase de pesquisa)
Tratamento – medicamentos disponíveis para tratar a fase aguda da doença.
O gato é o culpado!
A chave da epidemiologia da toxoplasmose parece ser o gato de rua, pois são os únicos hospedeiros que apresentam a forma sexuada, e a areia e solo contaminados por fezes contendo oocistos, serem fontes duradouras de infecção, uma vez que os felinos cobrem suas fezes, aumentando as condições de sobrevivência do oocisto. 
A presença dos oocistos no solo já foi relatada por vários autores, sendo que as condições ideais para sua esporulação são: umidade, oxigenação e temperatura podendo o oocisto permanecer infectante por até 18 meses.
http://www.zoonoses.org.br/absoluto/midia/imagens/zoonoses/arquivos_1258562951/7861_crmv-pr_manual-zoonoses_toxoplasmose.pdf 
Bibliografia consultada e indicada para aprofundamento
Básica:
NEVES, D.P. 2006. Parasitologia dinâmica. 2ª ed. São Paulo, Atheneu.
Complementar:
ALMEIDA, D.R. 2016. Transplante cardíaco na Doença de Chagas. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, 26 (4):266-71
ALMEIDA, M. S. et al. 2010.Tricomoníase: prevalência no gênero feminino em Sergipe no biênio 2004-2005. Ciência e Saúde Coletiva [online]. vol.15, suppl.1, pp. 1417-1421. 
BORGES, W. F., MARCIANO F. M. ;OLIVEIRA, H. B. de. 2011.Parasitos intestinais: elevada prevalência de Giardia lamblia em pacientes atendidos pelo serviço público de saúde da região sudeste de Goiás, Brasil. Revista de Patologia Tropical, vol. 40 (2): 149-157. 
CAMARGO, E.P. 2003. Malária, maleita, paludismo. Ciência e Cultura [online], vol.55, n.1, p. 26-29. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v55n1/14850.pdf
FRANÇA, T.C.C.; SANTOS, M. G. dos; FIGUEROA-VILLAR J. D. 2008. Malária: aspectos históricos e quimioterapia. Quimica Nova, Vol. 31, No. 5, 1271-1278. http://www.scielo.br/pdf/qn/v31n5/a60v31n5.pdf
FREGONESI, B.M. et al. 2012. Cryptosporidium e Giardia: desafios em águas de abastecimento público. O Mundo da Saúde, 36 (4):602-609.
GALVÃO, C. (org). 2014. Vetores da doença de chagas no Brasil [online]. Curitiba: Sociedade Brasileira de Zoologia. 289 p. Disponível em: https://static.scielo.org/scielobooks/mw58j/pdf/galvao-9788598203096.pdf acesso em: 02 out 2017.
MARGONATO et al. (2007). Toxoplasmose na gestação: diagnóstico, tratamento e importância de protocolo clínico. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, Recife, 7 (4): 381-386.
REY L. 2002. Bases da parasitologia médica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 
ROSSI, A. Por que os casos de malária cresceram 50% no Brasil após 6 anos de queda. BBC Brasil. 04.maio.2018. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43998843.
SANTANA et al. (2014). Atualidades sobre giardíase JBM, 102 (1): 7-10.
SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE/MS. Guia de Vigilância Epidemiológica: Doença de Chagas, Caderno 10. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/gve_7ed_web_atual_doenca_de_chagas.pdf >(acesso em 19/09/2012.)
SILVA, J.L. 1986. Desbravamento, agricultura e doença: a doença de Chagas no Estado de São Paulo. Cadernos de Saúde Pública, R.J., 2 (2):124-140.
SILVA, M.C.M. et al. 2005. Determinação da infecção por Entamoeba histolytica em residentes da área metropolitana de Belém, Pará, Brasil, utilizando ensaio imunoenzimático (ELISA) para detecção de antígenos. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(3):969-973. 
SILVA, M.T.N. et al. 2014. Prevalence of Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar in the city of Campina Grande, in northeastern Brazil. Revista do Instituto de Medicina Tropical Sao Paulo 56(5):451-454.
SILVEIRA, A.C. 2000. Situação do controle da transmissão vetorial da doença de Chagas nas Américas. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 16(2):35-42. 
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