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AV1 DE FARMACOLOGIA I RESUMO FARMACOCINÉTICA - ABSORÇÃO Os fármacos possuem 3 fases de ação: Fase farmacêutica Desintegração e dissolução Forma farmacêutica que está trabalhando. Ex: cápsula abrindo. Etapa que faz com que haja diferença entre fármacos de mesmo sal, porém de indústrias diferentes (ex: modo de prensar, amido utilizado, etc). Fase Farmacocinética Absorção, Distribuição, Biotransformação e Eliminação. O que o organismo vai fazer com o fármaco. Relacionado a velocidade de absorção, metabolização e excreção. Fase Farmacodinâmica Interação Fármaco-Receptor O que o fármaco faz no organismo (ex: desativa receptor, enzima, etc). FASES DA FARMACOCINÉTICA A – Absorção D – Distribuição M – Metabolização E – Excreção Remédio é ingerido fração livre se distribui pelo organismo nos locais onde tem e onde não tem ação interage com os sítios ativos ou pode ficar ligado à alguma proteína. FORMAS DE ELIMINAÇÃO DO FÁRMACO: você pode metabolizá-lo ou excretá-lo. A metabolização pode fazer o fármaco ser ativado ou somente prepará-lo para excreção. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS Sistêmica x Local Sistêmica: atinge toda circulação sistêmica. (ex: injeção) Local: não atinge a circulação sistêmica, somente determinada localização (ex: inalação, pomada de uso tópico). Via Enteral ou Gastro-enteral: utiliza o sistema gastro-intestinal. Pode ter ação local ou sistêmica Considera todo o TGI, inclusive sublingual e reto. Paraenteral: não utiliza o TGI. Intramuscular, Subcutâneo, Tópico, Inalação, transdérmico, epidural. Inalação Pulmão Ar Expirado: via local e paraenteral. Inalação Pulmão Circulação Sistêmica: via sistêmica paraenteral. Intramuscular Músculo Circulação Sistêmica: via sistêmica paraenteral. Intravenoso Circulação Sistêmica: via sistêmica paraenteral. Subcutâneo Pele Circulação Sistêmica: via sistêmica paraenteral. Oral/Fecal TGI Fígado/ Circulação Sistêmica Circulação Sistêmica: via sistêmica enteral. Oral/Fecal TGI Fezes: via local enteral FORMAS DE ELIMINAÇÃO: Ar expelido, leite, suor, Urina, Fezes VIA DE ADMINISTRAÇÃO ORAL Sofre o EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM, que é o processo que fármaco sofre no epitélio intestinal e no fígado antes de atingir a circulação sistêmica. Células Intestinais Veia Porta Fígado Esse efeito de primeira passagem no intestino diminui a fração de fármaco disponível para agir BIODISPONIBILIDADE Ex: um fármaco de 100mg, perde 20mg ao passar pelo intestino sua biodisponibilidade é de 80%. O efeito de primeira passagem ocorre somente na via oral e um pouco na retal, ou seja, sublingual, inalação, nasal, por ex, não possuem efeito de primeira passagem. Ex: a morfina possui 30% de biodisponibilidade por via oral, ou seja, 70% é eliminada em efeito de primeira passagem. Por isso que ao utilizar morfina em injetável, usamos somente 30% da dose oral. BIODISPONIBILIDADE: é a fração do fármaco administrado que efetivamente atinge a circulação sistêmica. Pode variar de 0 a 100%. BIOEQUIVALÊNCIA: são duas formas de apresentação do mesmo fármaco que a apresentam a mesma biodisponibilidade (mesma AUC, Tmáx e Cmáx). Genérico é aprovado com base nesse princípio Não quer dizer que tenham a mesma via de administração ou mesma forma (um pode ser comprimido e outro solução) se atinge a mesma biodisponibilidade. Tem que ser o mesmo fármaco! Precisam ter mesma área abaixo da curva, atingem a concentração máxima no mesmo tempo e mesma concentração máxima. VELOCIDADE PARA ATINGIR A CIRCULAÇÃO: IV > IM > Subcutâneo > Oral VELOCIDADE PARA ATINGIR O SNC Inalação > Injeção > Inalar > Ingestão Por isso que cheiras cocaína cauna mais dependência cérebro associa mais facilmente causa e efeito ABSORÇÃO Passagem dos fármacos pela pelas barreiras biológicas até atingir a circulação sistêmica IV não tem absorção porque já caiu direto na circulação TRANSPORTE ATRAVÉS DE MEMBRANAS PARACELULAR: passa pelo espaço entre as células Depende da integridade das tight junction (junções comunicantes) – BHE não passa por essa via Moléculas pequenas e hidrofílicas A favor de gradiente de concentração DIFUSÃO PASSIVA: passa através da membrana celular Moléculas lipofílicas e solúveis em água A favor do gradiente de concentração DIFUSÃO FACILITADA: passa através de canais de membrana Pode sofrer saturação, inibição e competição A favor do gradiente de concentração TRANSPORTE ATIVO: passa através de transportadores de membrana Pode sofrer saturação, inibição e competição Ocorre contra o gradiente de concentração com gasto de energia DIFUSÃO PASSIVA Segue a Lei de Fick V=C1 x Constante cinética de 1ª ordem, ou seja, a velocidade só depende da concentração do fármaco. Sofre interferência do pH Os fármacos não podem estar ionizados polares hidrofílicos e pouco lipofílicos não atravessam a membrana A ionização dos fármacos depende: do pH do meio da natureza do fármaco (ácido/básico) do pKa do fármaco Fármacos ácidos ionizam em meio básico melhor que sejam absorvidos no estômago, por exemplo, porque tem um pH ácido e o fármaco não vai ionizar. Fármacos básicos ionizam em meio ácido não pode ser absorvido no estômago porque tem pH ácido e vai ionizar. O FÁRMACO NÃO PODE IONIZAR, PORQUE SE IONIZAR, NÃO VAI PASSAR PELA MEMBRANA ÍON TRAPPING: aprisiona o íon quando muda o pKa e o fármaco não consegue voltar. Ex: Um fármaco ácido de pKa=4,4 no pH ácido do estômago (=1,4) ele se mantém neutro e consegue ser absorvido para o sangue. Quando entra em contato com o sangue, ele entra em um meio de pH básico (=7,4) e sofre ionização, ficando aprisionado ali. FATORES QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO GLICOPROTEÍNA P: No intestino, a glicoproteína P bombeia (ATP dependente) alguns fármacos de volta para o lúmen intestinal, diminuindo a sua absorção. Também está presente na BHE, fígado, rins e placenta Codificado pelo gene MDR-1 Ex: resistência a antineoplásicos Ex: a biodisponibilidade da digozina diminuiu em 30% quando usada em combinação com a rifampicina rifampicina induz a expressão de Glico-P. INATIVAÇÃO DO FÁRMACO NO ESTÔMAGO DEVIDO AO pH GÁSTRICO INTERAÇÃO COM ALIMENTOS: ex: Tetraciclina sofre interferência do cálcio do leite na circulação. MOTILIDADE DO TGI: Motilidade x estase intestinal PROBLEMAS RELATIVOS À FORMULAÇÃO CASOS CLÍNICOS Caso 1 - Varfarina em um paciente com diarreia: xxx Caso 2 – Vancomicina em um paciente com diarreia: xxx Caso 3 – Micofenolato de Mofetila com Omeoprazol: o omeoprazol aumenta o pH do estômago (fica mais básico), mas o micofenolato precisa de um pH ácido para ser absorvido (não ionizar), então acaba atrapalhando na absorção. Caso 4 – Biodisponibilidade de Aciclovir e de Valaciclovir: Valaciclovir (val de valina) ajuda a não ser mais tão hidrossolúvel (ele é um pró-farmaco) pega cara em transportadores de dipeptideos e passa a ser absorvido mais facilmente. Caso 5 – Digoxina com Quinidina: Quinidina inibe a espressão de glicoproteínas P, aumentando xxx. FARMACOCINÉTICA – DISTRIBUIÇÃO E EXCREÇÃO DISTRIBUIÇÃO é a passagem do fármaco (ida e volta) do compartimento central (circulação sistêmica) para os demais compartimentos. FATORES QUE INTERFEREM NA DISTRIBUIÇÃO DE UM FÁRMACO: PERFUSÃO DO ÓRGÃO/COMPARTIMENTO: fluxo de sangue naquele órgão (porque o fármaco chega via sangue nos locais). TAMANHO/VOLUME DO ÓRGÃO/COMPARTIMENTO: órgãos menores recebem mais rapidamente (ex: pele demora muito mais tempo pra alcanças que o coração). PROPRIEDADES FISICOQUIMICAS DO FÁRMACO: os compartimentos mais gordurosos acumulam moléculas mais gordurosas, os hidrofílicos acumulam mais moléculas hidrofílicas (igual dissolve igual). PERMEABILIDADE CAPILAR DO ÓRGÃO/COMPARTIMENTO: no glomérulo a permeabilidade é maior que na BHE. LIGAÇÃO DO FÁRMACO A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS PRINCIPAIS COMPARTIMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO DOS FÁRMACOS O corpo humano possui 60% de seu peso formado por líquido 20% LEC – volume extracelular 5% volume intravasculae e 15% volume intersticial 40% LIC – volumeintracelular É muito raro um fármaco que se encontra no meio vascular ser igualmente distribuído pelos demais compartimentos, mas pode acontecer. Mas o mais comum: FICAR CONFINADO NA CIRCULAÇÃO: molécula do fármaco muito grande SAIR DO VASO E FICAR NO INTERSTÍCIO: moléculas muito polares que não conseguem entrar nas células ACUMULAR NA GORDURA: moléculas de fármacos muito lipofílicos MODELOS COMPARTIMENTAIS – MONO E MULTI O gráfico de semi-log mostra uma reta que descreve a contentração plasmática do fármaco no tempo. A aplicação do fármaco é feita em T0 e a partir daí ela começa a decair. Se esse ângulo de caída é agudo: distribuição e eliminação mais rápida Se esse ângulo é mais obtuso: distribuição e eliminçaão mais lenta MODELO MONOCOMPARTIMENTAL Fármacos cujo equilíbrio entre os compartimentos se dá de forma rápida (ex: aminoglicosídeos). Sai de um compartimento entra no outro eliminado Modelo de cinética de primeira ordem gráfico é uma linha. MODELO BI OU MULTICOMPARTIMENTAL Fármacos cujo equilíbrio entre os compartimentos se dá de forma lenta (ex: vancomicina). Vai e volta de um compartimento pro outro e é eliminado Vai ter mais de um compartimento e o equilíbrio vai ter velocidades diferentes em cada compartimento. Aplica o fármaco no compartimento central e nesse momento 2 coisas acontecem: sai do central e vai pra um segundo compartimento e ao mesmo tempo também será eliminado (duas flechas saindo) PRIMEIRO MOMENTO – 2 velocidades diferentes. Depois de um tempo, o fármaco vai encher o compartimento e a volta do segundo compartimento para o compartimento central passa a ser importante quantitativamente – SEGUNDO MOMENTO – somente uma velocidade. equilíbrio Resumindo se eu tenho velocidades diferentes nessas ações segue modelo bi ou multicompartimental. DIFUSÃO X PERFUSÃO SANGUÍNEA Leva em conta tamanho do órgão e perfusão FLUXO SANGUÍNEO (mL/min) / MASSA DO ÓRGÃO (Kg) = FLUXO SANGUÍNEO NORMALIZADO (mL/min/Kg) Quanto maior o fluxo sanguíneo normalizado maior a velocidade de distribuição. Rins, Coração e Fígado são locais onde ocorre uma distribuição mais rápida. Tecido adiposo e ossos mais lento. Não esquecer que pode ter outro fator também, a ACUMULAÇÃO (ver gráfico). Ex: o fármaco THC chega rápido ao cérebro, mas é rapidamente eliminado. Ex2: o fármaco THC demora muito para ser distribuído na gordura, mas ele se acumula por muito tempo ali. DISTRIBUIÇÃO X PROPRIEDADES DO FÁRMACO Propriedades do Fármaco: Solubilidade Tamanho da molécula Grau de Ionização pKa – íon trapping Coeficiente de partição (logP) afinidade gordura x água Fármacos em depósito: fármacos lipofílicos, como grande parte dos psicofármacos, acumulam-se em tecido adiposo, sendo liberados para distribuição mais lentamente. Obesos podem ser sedados com tiopental por um período maior que um indivíduo magro, graças ao depósito em tecido adiposo. Tetraciclina, por se ligar ao cálcio, tende a se depositar em ossos e dentes. DISTRIBUIÇÃO X PERMEABILIDADE CAPILAR DO ÓRGÃO/COMPARTIMENTO BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA Principal local que precisa ser analisado BHE Os capilares sanguíneos quando passam pelo SNC apresentam muitas tight junctions. A única maneira de sair é via membrana plasmática ou via transportador Membrana plasmática somente moleculas lipofílicas não carregadas As molecular carregadas dependem dos transportadores CARACTERISTICAS DE FÁRMACOS QUE PENETRAM MAIS FACILMENTE A BHE (PROVA!) BAIXA IONIZAÇÃO EM pH PLASMÁTICO mantém neutra para passar BAIXA LIGAÇÃO A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS forma livre ALTAMENTE LIPOFÍLICAS passa pela membrana plasmática BAIXO PESO MOLECULAR moléculas pequenas SOFRE TRANSPORTE ATIVO (INFLUXO)/ OU NÃO SOFRE EFLUXO tem transportador pra ela. Exemplo: ATROPINA e BROMETO DE IPRATRÓPIO São fármacos muito parecidos No brometo - a carga positiva é fixa e nunca sai dessa conformação ionizada A Atropina é um alcaloide que pode equilibrar com H+ (pode existir nas duas formas - base livre ou ionizada). A forma não iônica altamente é lipofílica e portanto, vai penetrar mais facilmente no SNC. Ou seja, a atropina tem ação no SNC é alucinógena. Já o brometo que tem carga fixa, está sempre ionizado não penetra no SNC (tb não tem transportador que realize esse transporte da forma ionizada) pode fazer inalação, não vai ter alucinação, somente ação periférica. BARREIRA PLACENTÁRIA CARACTERISTICAS DE FÁRMACOS QUE PENETRAM MAIS FACILMENTE A PLACENTA: ALTAMENTE LIPOFÍLICAS NÃO IONIZADOS PEQUENO TAMANHO O roacutan (Isotretionina) é um fármaco utilizado para tratar acne grave que não deve ser tuilizado por mulheres grávidas risco de defeitos congênitos de 25% defeitos cardíacos, orelhas pequenas e hidrocefalia. DISTRIBUIÇÃO X LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS Fármacos ácidos que tem carga negativa (doa prótons em meio aquoso) se ligam na albumina positiva Fármacos básicos que tem cargas positivas (recebem próton em meio aquoso) se ligam na lipoproteina ácida alfa1 que é negativa. A ligação dos fármacos com as proteínas plasmáticas são reversíveis, o que permite a dissociação do complexo fármaco/proteína. Ex: 99% da Fenilbutazona fica na forma ligada (forma conjugada e menos disponível), enquanto o Acetomonofeno não se liga a nenhuma proteína plasmática (forma livre e disponível). FRAÇÃO LIGADA inativa FRAÇÃO LIVRE ativa atuam no seu sítio de ação Fármacos hidrofóbicos possuem afinidade pela albumina (A) a B Além disso, determinados fármacos são capazes de deslocar outros fármacos ligados a proteínas devido a maior afinidade de ligação (B) Ex: A Fenilbutazona (antiinflamatório) e as sulfonamidas deslocam a Varfarina da ligação com a Albumina, fazendo com que a fração livre da Varfarina aumente muito isso pode causar um quadro hemorrágico perigoso. Então, os fármacos que se ligam à proteínas podem sofrer duas interferências: satração (falta proteínas plasmáticas para se ligar) e competição (existência de outro fármaco com maior afinidade pela proteína plasmática). FATORES QUE INTERFEREM NA DISPONIBILIDADE DE PROTEÍNAS PLASMÁTICAS: DISTURBIOS HEPÁTICOS: pacientes com distúrbios hepáticos, como cirrose ou desnutrição, apresentam HIPOALBUMINEMIA, tento um padrão de distribuição de fármacos alterado. DISTÚRBIOS RENAIS: perda de proteínas plasmáticas pela urina PROTEÍNURIA DISTÚRBIOS CARDÍACOS: o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) aumanta a quantidade de alfa1-glicoproteína ácida no sangue (câncer, artrite tb aumentam). DISTURBIOS TIREOIDIANOS: hipertireoidismo tende a diminuir e hipotireoidismo tende a aumentar as proteínas plasmáticas. A Alfa1-glicoproteína ácida também varia em estados inflamatórios Nesses casos acima, precisa ser feito um ajuste na dosagem do fármaco para que o efeito seja mantido. VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO Volume no qual um determinado fármaco precisaria ser uniformemente distribuído para produzir a concentração sanguínea observada. É a medida de extensão da distribuição além do plasma É dito volume “aparente” de distribuição pois pode ultrapassar em muito o volume corporal total. Você sabe a concentração plasmática = dose administrada/volume de plasma Esse volume é o volume de distribuição Ele te dá uma medida de quanto o fármaco se distribui para fora do plasma O volume de plasma de alguém com 70kg é de 3L (5%) - se o fármaco não se distribuisse para além do plasma, o Vd deveria ser de 3L Mas o fármaco não fica somente no plasma - a concentração diminui e o volume precisa aumentar para que a concentração seja cte Existem fármacos que tem mais de 1000L de Vd - altamente distribuído para os tecidos QUANTO MAIOR O Vd MAIS DISTRIBUIDO É O FÁRMACO (pode até ultrapassar o Vcorporal total) QUANTO MENOR O Vd MAIS CONFINADOS NO SANGUE ESTÁ O FÁRMACO Ou seja, quanto mais o fármaco sai do sangue, menor fica o denominador Vd mais alto A importância de conhecer o Vd é devido a necessidade de usar uma DOSE DE ATAQUE Para o fármaco atingir essa concentração plasmática desejada pode demorarmuitos dias, mas você pode precisar que ele atue rápido. Quando usar dose de ataque? Quando vc deseja que o fármaco atinja rapidamente a Cplasmatica desejada (ou steady state) Só pode usar ela quando o fármaco não gera uma toxicidade muito grande Você da uma dose enorme para atingir o Cterapico em menos tempo EXCREÇÃO DO FÁRMACO PRINCIPAIS VIAS DE EXCREÇÃO: RINS urina principal via BILIAR fezes SUOR SALIVA EXPIRAÇÃO LÁGRIMA LEITE RINS A excreção renal se dá graças a 3 mecanismos que ocorrem nos néfrons: Filtração glomerular Capilares dos glomérulos são muito frouxos, só não passa proteina (farmacos que estão intensamente ligados à proteina plasmática sofre pouca filtração glomerular, mas a fração livre passa). Hidrossoluveis e lipossoluveis livres são filtrados no glomérulo Devido as barreiras seletivas e as forças de filtração, quanto menor o peso molecular de uma substância, melhor a sua filtrabilidade. A albumina tem sua filtração impedida devido a sua carga negativa e a repulsão exercida pelas cargas negativas dos proteoglicanos da membrana basal do capilar glomerular. Por conta disso, fármacos ligados a proteínas plasmáticas não sofrem filtração glomerular. A porcentagem filtrada é inversamente proporcional ao grau de ligação e ao volume de distribuição. Reabsorção tubular Na reabsorção só reabsorve quem é lipofílico (não carregados), os hidrossoluveis são eliminados via urina. Os lipofilicos não consegue ser eliminados via urina. Em alguns casos, após a sua filtração, a substancia pode retornar para a circulação, graças ao processo de reabsorção tubular, que depende de mecanismos de transporte transmembrana específicos (ex: glicose, ácido ascórbico, vitamina D). As formas não ionizadas dos fármacos e seus metabólitos também tendem a sofrer reabsorção. No entanto, considerando que a forma ionizada é melhor excretada, e que este grau de ionização pode variar com o pH local: A acidificação da urina tende a aumentar a reabsorção e diminuir a excreção de ácidos fracos e fazer o contrário com bases fracas A alcalinização da urina tem efeito contrário Nesse contexto vale lembrar que a manobra de alteração do pH da urina é importante em situações de intoxicação, visando acelerar a excreção do agente intoxicante. Ex: a alcalinização da urina aumenta a excreção do AAS. Secreção tubular É um processo ativo que ocorre por mecanismos separados para ânions e cátions e independe do grau de ligação as proteínas plasmáticas. A secreção é um importante ponto de interação entre fármacos. Ex: a probenecida, por bloquear a secreção tubular da penicilina, leva a um aumento da concentração plasmática desta. Também ocorre competição entre altas doses de AAS e ácido úrico. Ex de fármacos que sofrem secreção tubular: AAS, cocaína, morfina, lidocaína, etc. O fármaco vai ser excretado dependendo da soma dos 3 Ion trapping - para aumentar a eliminação do farmaco ácido, preciso alcalinizar a urina para que fique mais ionizado BILIAR – FEZES O fígado recebe suprimento sanguíneo de duas fontes: Artéria Hepática sangue oxigenado Veia Porta sangue venoso vindo do intestino delgado, rico em nutrientes. O fígado contém sinusóides preenchidos com sangue ao redor dos hepatócitos.. Os produtos do metabolismo hepático são assim removidos e adicionados a bile, que é armazenada na vesícula para posterior liberação no intestino delgado. Dessa forma, substâncias do metabolismo hepático são eliminadas pelas fezes. A depuração heática pode ser influenciada por situações de: indução ou inibição enzimática alteração na circulação hepática estase biliar doenças do fígado RECIRCULAÇÃO ENTERO-HEPÁTICA: A circulação entero-hepática é a circulação dos ácidos biliares, bilirrubina, drogas ou outras substâncias a partir do fígado para a bile, seguido da entrada no intestino delgado, a absorção pelo enterócito e transporte de volta para o fígado. FARMACOCINÉTICA – METABOLIZAÇÃO Metabolismo são reações químicas feitas pelo nosso organismo. Nosso organismo pega uma substância LIPOFÍLICA (fármaco) e transporta em algo que possamos eliminar, ou seja, uma substância SOLÚVEL EM ÁGUA (hidrofílica). A maior parte do metabolismo é de inativação para excreção, mas existem casos onde o nosso metabolismo ativa os pró-fármacos em fármacos. Se a molécula do fármaco já for hidrofílica, não precisa ser metabolizada para excretar, assim que ela passar pelos rins, já será excretada aproximadamente 20% dos fármacos. FÁRMACO ---------METABOLISMO-----METABÓLITO Os metabólitos são produtos do metabolismo e possuem uma estrutura química diferente do fármaco, além de propriedades físico-químicas (ex: solubilidade) e/ou biológicas diferentes. Quase sempre um metabólito é mais solúvel que seu antecessor. BIOINDICAÇÃO BIOATIVAÇÃO Um fármaco ingerido na forma de pró-fármaco e o metabolismo dele transforma ele em um fármaco ativo Ex: o aciclovir é um medicamento muito hidrossolúvel e é absorvido na boca perdendo seu efeito, portanto, tomamos sua forma pró-fármaco Valaciclovir que é inativo e só será ativado em Aciclovir depois de metabolizado. BIOINATIVAÇÃO Um fármaco ingerido em sua forma ativa, faz efeito e quando é metabolizado, é transformado em metabólito inativo para excreção. BIOTOXIFICAÇÃO O metabolismo torna a molécula mais tóxica. Ex: o METANOL sofre metabolismo e vira FORMALDEÍDO que é muito tóxico. Uma forma de não deixar que ocorra essa metabolização, é usar como antídoto o ETANOL, porque ambos sofrem metabolização pela mesma enzima. Dessa forma, a velocidade de metabolização de metanol em formaldeído é diminuída e conseguimos eliminal o metanol via resppiração antes de se tornar tóxico. Ex: O PARACETAMOL é um fármaco atico e pouco tóxico, quando sofre metabolização, ele se transforma em um metabólito inativo e hepatotóxico. Podemos tomar porque existe uma enzima em nosso organismo (GLUTATIONA) que reage com o metabólito. Porém, em caso de overdose, não há glutationa suficiente para proteger contra o efeito hepatotóxico. BIODETOXIFICAÇÃO Nosso metabolismo pode transformar um fármaco tóxico em não tóxico. Ex: quando a TERFANADINA foi criada, ela era ativa e tóxica, mas era metabolizada em FEXOFENADINA, um metabólito também ativo e não tóxico. Hoje em dia a fexofenadina já é comercializada e a terfanadina caiu em desuso. LOCAIS DE METABOLIZAÇÃO Principais locais FÍGADO E EPITÉLIO INTESTINAL Produzem CITOCROMO P450 É a porta de entrada da via oral (atravessa o epitélio do intestino veio porta fígado) Locais onde ocorre o efeito de 1ªpassagem Outros locais SNC, PULMÃO, RINS e SANGUE REAÇÕES DE METABOLISMO Tem 2 fases Não necessariamente é sequencial ou ocorrem as duas. FASE I Reações de FUNCIONALIZAÇÃO Há uma alteração necessária para que se possa acontecer a conjugação (segunda fase), em que o fármaco torna-se susceptível para interagir com a estrutura química que será conjugada com o fármaco, formando um metabólito reativo. Essa fase se ativação não determina a ativação das propriedades terapêuticas da droga, ou seja, ele pode ter sua composição alterada mas não ser ativado. Coloca ou revela grupos funcionais onde não havia Reações de OXIDAÇÃO hidroxilação deaminação deaquilação etc REDUÇÃO cetona etc HIDRÓLISE esterificação aminação etc FASE II Reações de CONJUGAÇÃO Ligo covalentemente uma molécula endógena ao fármaco. GLUCORONIDAÇÃO ácido glucorônico uma molécula de glicose em que um álcool da ponta vira ácido. Ex: paracetamol SULFATIZAÇÃO GLUTATIONIZAÇÃO glutationa destoxifica o paracetamol AMINOÁCIDOS ENZIMAS DO METABOLISMO As principais são as da família do CITOCROMO P 450 chamadas de CYP´s Existem cerca de 70 famílias de enzimas CYP As CYPs envolvidas no no metabolismo de fármacos são das famílias 1, 2 e 3 As CYPs são hemiproteínas (contém o grupo HEME) e são chamadas de MONOXIDASES coloca um átomo de Oxigênio na molécula do fármaco. As CYP´s são enzimas pouco seletivas (promiscuas), ou seja, elas são capazes de catalizarreações em vários fármacos com estruturas diversas. As enzimas do metabolismo podem ser inibidas ou induzidas por fármacos (ou moléculas exógenas) – (comida, tabagismo) possibilitando a ocorrência de interação medicamentosa e alterações no metabolismo. A CYP3A4 é a mais promíscua é capaz de metabolizar 50% dos fármacos. FATORES QUE AFETAM O METABOLISMO Outras medicações interações medicamentosas Alimentos (ex: grapefruit) Hábitos de vida (ex: tabagismo e etilismo) Idade Doenças concomitantes (ex: febre amarela ataca o fígado e pode prejudicar a metabolização) Genética mutação de alguma enzima PARÂMETROS FARMACOCINÉTICOS CLEARANCE: está relacionado à depuração medida do volume de plasma depurado por unidade de tempo. Mede a eficiência de eliminação do fármaco pelo organismo o quanto demora para “limpar” aquele fármaco do organismo. Ex: Cefalexina 4,3 mL/min/kg Ex: propanolol 16 mL/min/kg O organismo é mais eficaz para eliminar o propanolol que a cefalexina elimina maior quantidade de propanolol por unidade de tempo. STEADY STATE: se um fármaco é administrado em uma velocidade constante, ele vai atingir uma concentração de equilíbrio chamada steady state (Css). O tempo para atingir a Css não depende da dose. O tempo para atingir a Css é de quatro meias vidas (t1/2). Se você administra o fármaco em uma velocidade constante, a concentração vai subir no organismo, mas chega um hora que eu atinjo uma concentração de equilíbrio. A velocidade com que o fármaco é eliminado depende da concentração quanto maior a concentração, mais rápido eu elimino. Se a concentração que eu dou constantemente for maior, eu chego em um Css maior. MEIA VIDA: tempo necessário para que a concentração do fármaco caia pela metade. Se a cinética é de 1ª ordem, o t1/2 é utilizado para calcular o intervalo de dose. DOSE DE MANUTENÇÃO: é a dose utilizada por unidade de tempo que é igual a velocidade de eliminação do fármaco. BIODISPONIBILIDADE X DOSE DE ATAQUE = Css X Vd FARMACODINÂMICA – ALVO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS A farmacodinâmica é a área da farmacologia que estuda o efeito de uma determinada droga em seu tecido-alvo, ou simplesmente estuda como uma droga age no tecido-alvo. COMO OS FÁRMACOS ATUAM TEORIA DA OCUPAÇÃO DOS RECEPTORES: a intensidade de efeito biológico é proporcional à fração de receptores ocupados e será máxima quanto todos os receptores estiverem ocupados. Para produzir um efeito biológico o medicamento tem que possuir afinidade que possibilite formar o complexo fármaco-receptor e atividade intrínseca. MODELO DOS DOIS ESTADOS DE ATIVAÇÃO DO RECEPTOR: AGONISTA: Fármacos que se ligam aos receptores fisiológicos e simulam os efeitos dos compostos endógenos. AGONISTAS TOTAIS / PARCIAIS: AGONISTAS: totais são aqueles que conseguem uma resposta de 100% do receptor quando ligados ao mesmo. Enquanto os agonistas parciais, independente da dose utilizada, não conseguem obter uma resposta total do receptor. AGONISTAS INVERSOS: São fármacos que estabilizam o receptor em seu estado inativado. Logo, não podem ser chamados de antagonistas, pois alteram a conformação do receptor. Esta é a principal diferença deles para os Antagonistas que possuem eficácia zero (não alteram a conformação do receptor – Ativa ou Inativa). ANTAGONISTA: Fármacos que ligam-se aos receptores bloqueando o sítio de ligação do agonista, devido a competição entre o agonista e o antagonista pelo receptor. Normalmente os antagonistas apresentam maior afinidade pelos receptores no que comparado aos agonistas do mesmo receptor. Sendo assim, os antagonistas competitivos podem deslocar o agonista correspondente de seu sitio de ligação. Vale ressaltar que no antagonismo competitivo, o aumento da concentração do agonista na biofase irá deslocar o antagonista de seu sítio de ligação, logo a concentração do agonista influência diretamente. impede que o agonista se ligue. Seu efeito não é fazer o contrário que o agonista. Se o agonista não se liga, o receptor volta para o estado basal e não há ativação. Eu não preciso usar um antagonista sempre, posso usar um agonista parcial (quando quer diminuir só um pouco o efeito). PROTEÍNAS-ALVO PARA LIGAÇÃO DOS FÁRMACOS CANAIS IÔNICOS REGULADOS POR LIGANTES RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G RECEPTORES LIGADOS À QUINASE RECEPTORES NUCLEARES ENZIMAS PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS TRANSPORTADORES DE MEMBRANA ETC ENZIMAS Não utilizar o termo antagonista e agonista quando falar de enzimas. O fármacos podem ser inibidores de enzimas: Inibidor competitivo Ganha quem estiver em maior concentração Competem pelo mesmo sítio de ligação Inibidor não competitivo a substância inibidora pode ligar-se tanto à enzima quanto ao complexoenzima-substrato, mas num sítio de ligação diferente. Nesse caso, a ligação do inibidor com a enzimanão atrapalha a ligação do substrato, mas gera uma alteração que impede a formação do produto da reação. TRANSPORTADORES DE MEMBRANA Os fármacos podem ser bloqueadores ou moduladores de membrana. CANAL IÔNICO Atua em receptores ionotrópicos, NÃO atua em receptores sensíveis à voltagem. Ex: receptores de acetilcolina, GABA, 5-HT3 Os fármacos agem por meio de alterações de polaridade da membrana por trânsito de íons entre o exterior e o interior da célula, e vice-versa pode aumentar ou diminuir a permeabilidade do canal iônico. Os benzodiazepínicos agem por meio da alteração da permeabilidade dos canais iônicos, com efeito quase imediato. A administração de benzodiazepínicos facilita a entrada de íons cloro pelo receptor GABA, de carga negativa, no interior da célula, que se torna hiperpolarizada e menos excitável imediatamente. Este é o fundamento da pronta ação ansiolítica dos benzodiazepínicos. RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G Receptores metabotrópicos. Exemplos: Receptor muscarínico de acetilcolina, receptores adrenárgicos, receptores de dopamina, receptores de 5-HT, receptores de peptídeos, receptores de purina. Os receptores ligados às proteinas G exercem sua função por meio de mensageiros intracelulares, que poderão atuar em nível citoplasmático por meio da fosforilação de enzimas e alteração de sua atividade ou pela mobilização de estoques intracelulares de cálcio, que pode atuar como segundo mensageiro ou alterar a polaridade da célula e facilitar sua despolarização, já que possui carga positiva. Outras ações dependem da difusão para o núcleo ou da ativação de fatores de transcrição, e conseqüentes alterações da expressão genética neuronal. Por este motivo as drogas que exercem sua ação direta ou indiretamente por meio de receptores ligados às proteinas G possuem efeitos terapêuticos mais lento. A fosforilação pode ativar ou desativar uma ação. RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA QUINASE Exemplos: hormônios (receptores de insulina), fatores de crescimento e citocinas. Se liga ao receptor Ativa proteína quinase fosforilação de proteína transcrição gênica síntese de proteínas efeitos celulares São alvos para terapia do câncer se você consegue bloquear o receptor que ativa fator de crescimento, você inibe o crescimento do câncer. A fosforilação pode ativar ou desativar uma proteína. RECEPTOR NUCLEAR Agem em receptores que estão lá no núcleo. Em todos ou outros receptores, o fármaco está do lado de fora da célula. Ex: receptores de estrógeno. O fármaco se liga no receptor e este no DNA: liga no DNA ativa ou inibe a expressão gênica efeitos celulares. Efeito demora horas ou dias muito demorado. Moléculas altamente lipofílicas porque precisam atravessar a membrana, não utilizam nenhum transportador de membrana, atravessam sozinha. Fármacos: hormônios tireoidianos, vitamina D, ácido retinóico, etc. FÁRMACOS QUE AGEM NO S.N. SIMPÁTICO O sistema nervoso autônomo é independente, ou seja, não voluntário. Ele está envolvido com atividades como: respiração, circulação, digestão, temperatura corporal, metabolismo e sudorese. É dividido em SN Simpático e SN Parassimpático. O SN SIMPÁTICO está relacionado com o mecanismode luta ou fuga hipoperusão periférica, taquicardia, taquipneia, contração dos esfíncteres. O SN PARASSIMPÁTICO está relacionado ao repouso e digestão: liberação de enzimas digestivas, movimentos peristálticos, ritmo normal de frequência cardíaca e respiratória. O SN AUTONÔMICO está relacionado com uma resposta endócrina e comportamental. DIFERENÇAS ENTRE OS SN SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO Entre o SNC e a ação no órgão alvo, ocorrem 2 sinapses. A primeira ocorre nos Gãnglios e a segunda nos receptores dos órgãos alvo. Existem dois neurônios na via, um pré-ganglionar e outro pós-ganglionar. SIMPÁTICO Localização: toraco-lombar Fibra pré-ganglionar: curta Fibra pós-ganglionar: longa Gânglio: paravertebrais Receptor no gânglio: nicotínico/ACh Receptores no Órgão: Alfa e Beta/noraepinefrina nos órgãos Muscarínico/ACh nas glândulas sudoríparas PARASSIMPÁTICO Localização: crânio-sacral Fibra pré-ganglionar: longa Fibra pós-ganglionar: curta Gânglio: no órgão Receptor no gânglio: nicotínico/ACh Receptores no Órgão: Muscarínico/ACh Nicotínico/ACh LOCAL SN SIMPÁTICO SN PARASSIMPÁTICO PUPILAS Midríase Miose BRONQUIOS Broncodilatação Broncoconstrição CORAÇÃO + FC e força de contração - FC e força de contração TRATO DIGESTÓRIO - motilidade e secreção (contrai esfíncteres) + motilidade e secreção (contrai esfíncteres) BEXIGA URINÁRIA Relaxa m. detrusor (contrai esfíncter) Contrai m. detrusor (relaxa esfíncter) PÂNCREAS - secreção enzimas (- insulina) + secreção de enzimas (+insulina) GLÂNDULAS SUDORÍPARAS + secreção + secreção ÓRGÃO SEXUAL MASCULINO Ejaculação Ereção VASOS SANGUÍNEOS Vasoconstrição periférica Vasodilatação nos m. esqueléticos --------- RINS + secreção de renina --------- MÚSCULOS PILOMOTORES + constrição m. pilomotores --------- SUDORESE + sudorese --------- FÍGADO Estimula glicogenólise e gliconeogênese --------- LIPÓLISE Estimula lipólise --------- A homeostase é um equilíbrio dinâmico entre as subdivisões autonômicas. CARACTERÍSTICAS DOS RECEPTORES E NEUROTRANSMISSORES DO SN SIMPÁTICO SÍNTESE, ARMAZENAMENTO E LIBERAÇÃO DAS CATECOLAMINAS: o aminoácido tirosina é um precursor direto das catecolaminas, esse aminoácido é carreado para dentro do neurônio pré-ganglionar, onde ele é transformado em dopa no citoplasma da célula pela enzima tirosina hidroxilase, e em seguida essa dopa é transformada em dopamina pela enzima dopamina descarboxilase, tudo isso ocorre no citoplasma da célula. Agora a dopamina por sua vez entra na vesícula onde ela será armazenada, se o neurônio for dopaminérgico ele liberará dopamina, se o neurônio for noradrenérgico, lá dentro da vesícula existe uma enzima chamada dopamina β-hidroxilase (DβH), ela transforma a dopamina em noradrenalina (reação que ocorre no citoplasma do neurônio pré-ganglionar do sistema nervoso central, quanto no citoplasma das células da adrenal). Para transformar a noradrenalina em adrenalina, transformação que ocorre principalmente no citoplasma de células adrenais (da glândula adrenal), a noradrenalina sai de dentro da vesícula e volta para o citoplasma e por sua vez é transformada em adrenalina por uma enzima chamada fenil n-metiltransferase (reação que ocorre no citoplasma das células da adrenal). SÍNTESE E ARMAZENAMENTO: TIROSINA EC ---------transportador----- TIROSINA IC -------tirosina-hidroxilase--- DOPA ------- L-aminoácidos aromáticos descarboxilase --- DOPAMINA -----dopamina B-hidroxilase --- NORADRENALINA -------VMAT-- NE NA VESÍCULA LIBERAÇÃO: ENTRADA DE CALCIO EXOCITOSE DA VESÍCULA NE NA FENDA SINAPTICA SE LIGA A ADRENORECEPTORES PÓS-SINAPTICOS PARA RETIRAR A NE DA FENDA TEMOS 3 FORMAS: (1) Recaptação - transporte da NE para o neuronio pré-sinaptico por meio do NET armazenada em enzimas ou sofre ação da Monoamina oxidase -MAO A (metaboliza a NE) / MAO B - Presente no fígado, intestino (2) COMT faz metabolização em locais como rins Meabolização da NE periférica - nos tecidos em q está agindo Ação que a NE tem nos receptores alfa2 pré-sinápticos --> É INIBITÓRIO --> inibe que a NE seja exocitada pq já tem muita na fenda - é um agonista com ação antagônica importante pelo down regulation (ICC) chega um hora não responde mais. Importante porque o fármaco pode agir em qualquer lugar dessa via. NE fica armazenada em vesículas RECEPTORES ADRENÉRGICOS Os receptores adrenérgicos são METABOTRÓPICOS ACOPLADOS À PROTEINA G Alfa 1 ativa fosfolipase C aumenta DAG e IP3 Aumenta Ca2+ efeito Alfa 2 INATIVA adenil ciclase inibe ATP diminui AMPc efeito (proteína G inibitória) Beta ativa adenil ciclase ativa ATP Aumenta AMPc efeito Alfa1 Vasoconstriçao periférica Midríase Contração do m. pilomotor Contação da próstata ejaculação Alfa 2 inibição Agregação plaquetária Diminui liberação de NE, ACh e insulina Diminui Lipólise Beta 1 Aumenta FC (cronotropismo) e força de contração (inotropismo) Aumente secreção de renina Beta 2 Broncodilatação Relaxamento dos vasos musculares esqueléticos Relaxamento uterino Glicogenólise Beta 3 Lipólise Dilatação dos vasos renais FARMACOLOGIA DO SN SIMPÁTICO AGONISTAS ADRENÉRGICOS (SIMPATOMIMÉTICOS) Fármacos que atuam estimulando o SN Simpático Ação Indireta - não tem ação diretamente no receptor. Aumenta liberação de NE na fenda Inibe a captação da NE Inibe MAO e COMT - metabolização Ação Mista – ação nos receptores + ação indireta Ação Direta – agem nos receptores adrenérgicos seletivos e não seletivos (em alfa, beta...) - os não seletivos tem mto efeito colateral FÁRMACOS AGONISTAS DE AÇÃO DIRETA FÁRMACO RECEPTOR AÇÃO USO CLÍNICO EFEITOS ADVERSOS Epinefrina/ Adrenalina Menor [] age em Beta Maior [] age em alfa Aumenta PA, DC, Força de contração, vasoconstrição e broncodilatação - Choque anafilático (vasoconstrição) - C/ anestésicos locais (prolonga) - Asma -Parada cardíaca - HAS - Vasoconstrição - taquicardia e arritmias - Tremor NE/NA Alfa1=Alfa2 Beta1>>Beta2 Aumenta PA, vasoconstrição e FC - Choque cardiogênico e séptico - Aumenta;/mantém PA em UTIs - C/ anestésicos locais - Hipertensão -Vasocontrição Taquicardia DOPAMINA (precursor de NE) D>>Beta>>Alfa Menor [] age em D (vasos) Maior [] age em beta (inotropismo) D – vasolatação renal, mesentéricos e coronários Beta – aumenta formaç de contração - Insuficiência renal - ICC grave - Choque cardiogênico e séptico - INEFICAZ POR VO - Nauseas e vômitos - Arritmias - Vasoconstrição periférica (durante infusão) FENILEFRINA* OXIMETAZOLINA* NAFAZOLINA* METOXAMINA# (neosoro, moura brasil) Alfa 1 > Alfa2 >>>>Beta - vasoconstrição - miose - Descongestionante nasal* - Miose* (colírios) - Fundoscopia* - Choque# -Hipotensão# - Hipertensão -Arritmias CLONIDINA x BRIMONIDINA* GUANFACINA# ALFA-METILDOPA² Alfa 2 > Alfa1 >>>>Beta (lembrar que alfa2 é inibitório) - Diminui PA - Aumente absorção de NaCl e diminui a de bicarbonato (TGI) - anti-hipertensivo - Hipertensão ocular* - Glaucoma* -Inibe diarreia -Sedação -HAS² (grávidas) - Abstinência de opióides x - Boca seca -Sedação - Bradicardia ISOPRENALINA (IV) Beta1=Beta2>>>> Alfa - Aumenta FC e força - Broncodilatador - Bradicardia -Arritmia ventricular - Palpitações -Taquicardia -Arritmias DOBUTAMINA Beta1>Beta2>>>> Alda - Aumenta força e DC -Boncodilatador - Descompensação cardíaca após cirurgia cardíaca - ICC ou IAM - Choque cardiogênico e séptico - Aumenta PA e FC (na infusão) Eficácia de poucos dias SALBUTAMOL TERBUTALINA (inalação ou VO) Beta2>>Beta1>>> Alfa - Broncodilatador -Aumenta força e FC - Relaxa Útero - Asma -Broncoespasmo -Retarda parto prematuro - Ação curta (3 a 4h) -Taquicardia -Arritmias -Tremores -Ansiedade SALMETEROL FENOTEROL FORMOTEROL* RITODRINA² (IV) Beta2>>Beta1>>> Alfa - Broncodilatação -Relaxamentouterino -Aumenta FC e força - Asma noturna - Profilaxia broncoespasmo - Aumenta glicocorticoides - Retarda parto - Ansiedade - HAS -Tremores - Ação longa (>12h) – pode usar a bombinha menos vezes ao dia FÁRMACOS AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO INDIRETA AUMENTAM A LIBERAÇÃO DE NE ANFETAMINA E TIRAMINA FÁRMACO AÇÃO USO CLINICO EFEITO ADVERSO ANFETAMINA - Aumenta liberação de NE Descola catecolamina das vesículas - Inibe fracamente MAO - Bloqueia receptação - Aumenta PA, FR, dimnui apetite, mais alerta, estimula SNC - Obesidade -Narcolepsia - Insônia -Inquietação -Irritabilidade -Tremor -Boca seca -HAS -Arritmias -Dependência TIRAMINA - Aumenta liberação de NE - não é usada clinicamente, mas existe em vários alimentos - HAS -Vasoconstrição -Taquicardia Pessoa que faz isso de inibidor de MAO tem que tomar cuidado na ingestao de tiramina --> hipertensão PROVA! Tiramina - alimentos que sofrem fermentação - cerveja, vinho, queijo, banana envelhecida DIMINUEM A CAPTAÇÃO DE NE NA FENDA COCAÍNA E IMIPRAMINA FÁRMACO AÇÃO USO CLINICO EFEITO ADVERSO IMIPRAMINA AMITRIPTILINA - inibe o NET diminui captação de NE - Antidepressivo - Boca seca -Sudorese -Visão turva -Taquicardia -Arritmias COCAÍNA - inibe o NET diminui captação de NE - Anestésico local (raro) - Fármaco de abuso - HAS - Excitação - Dependência INIBE MAO E COMT SELEGILINA E ENTACAPONA FÁRMACO AÇÃO USO CLINICO EFEITO ADVERSO FENELZINA TANILCIPROMINA CLORGILINA SELEGILINA - Inibe MAO e COMT inibe degradação enzimática da NE - Anti-depressivos - Ajuda da doença de Parkinson - HAS -Insônia Pessoas com Parkinson precisam que aumente a liberação da dopamina. FÁRMACOS AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO MISTA FÁRMACO AÇÃO USO CLINICO EFEITO ADVERSO EFEDRINA PSEUDO-EFEDRINA Age no receptor (alfa e beta) + age em VMAT liberando a vesícula - aumenta PA, FC e RVP - hipotensão -descongestinante nasal -incontinência urinária -Asma - HAS -Insônia FÁRMACOS ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS (SIMPATOLÍTICOS) Bloqueiam/atenuam os efeitos da estimulação do SNA Simpático Pode ter ação direta (seltivos e não seletivos) e indireta (na síntese, armazenamento e liberação dos neurotrnasmissores). ANTAGONISTAS DE AÇÃO DIRETA ANTAGONISTA FÁRMACO AÇÕES USOS EFEITOS ADVERSOS ALFA NÃO SELTIVOS FENOXIBENZAMINA FENTOLAMINA Valodilatação Midríase Relaxa m. pilomotor Relaxa próstata Libera NE Aumenta lipólise Diminui agregação plaquetária -Feocromocitoma -Antagoniza ACh e 5-TH - Induz liberação de histamina -Diminui PA -Hipotensão postural -Taquicardia ALFA1 SELETIVOS PRAZOZIN TERAZOSIN DOXAZOZIN Valodilatação Midríase Relaxa m. pilomotor Relaxa próstata - HAS - Melhora lipídeos, glicose e insulina - Hiperplasia prostática benigna (HPB) - Vasodilatação - Diminui PA (vasodilatação diminui RVP e DC) ALFA2 SELETIVOS Inibo a ação inibitória, então estou estimulando IOIMBINA IDAZOXANO Libera NE Aumenta lipólise Diminui agregação plaquetária Aumenta secreção de insulina - NÃO USADO NA CLÍNICA -Auemnta FC, PA, liberação de insulina BETA NÃO SELETIVOS PROPANOLOL NADOLOL TIMOLOL - Antag Beta 1 e 2 - Diminui FC e froça - Broncoconstrição -Vasoconstrição muscular - Contração uterina Inibe glicogenólise - CONTRA-INDICADO PARA ASMÁTICOS - ICC - Arritmias -HAS - Cardiopatias congênitas - Modifica metb de carbo e lipídeos - Glaucoma - Enxaqueca - Sintômas agudos do pânico - Broncoconstrição - Bradicardia - Hipoglicemia - Fadiga BETA1 SELETIVOS ATENOLOL METOPROLOL ESMOLOL CELIPROLOL Antagonista Beta1 e agonista Beta2 - Diminui FC e força - HAS - IC moderada a leve --- BETA E ALFA1 SELETIVOS LABERALOL CARVEDILOL - diminui FC e força Vasodilatação periférica - Redução aguda da PA - Laberavol é hepatotóxivo PARCIAIS BETA PINDOLOL ACEBUTOLOL - Diminui FC e força - HAS ---- BETA2 SELETIVOS BUTOXAMINA - Broncoconstritor - Vasoconstritor muscular - Contração uterina - Diminui glicogenólise - experimental ---- FÁRMACOS ANTAGONISTAS DE AÇÃO INDIRETA Diminuem a síntese de NE a-metiltirosina e carbidopa A-metiltirosina inibe a tirosina hidroxilase HAS e feocromocitoma Carbidopa inibe a dopa descarboxilase parkinson Diminui armazenamento de NE reserpina Age em VMAT Aumenta NE no citoplasma Aumenta degradação pela MAO Reduz a disponibilidade de NE experimental Diminui liberação de NE guanetidina Inibe a liberação de NE inibe nervos simpáticos cardíacos diminui DC e vasoconstrição Usada no tratamento de HAS FARMACOS QUE AGEM NO SN PARASSIMPÁTICO A FIBRA PRÉ GANGLIONAR É MAIOR, O PRE SINAPTICO LIBERA ACETILCOLINA, ATUA NOS RECEPTORES NICOTINICOS E A FIBRA POS GANGLIONAR VAI SECRETAR ACETILCOLINA TAMBEM. O neurotransmissor é sempre a Acetilcolina e age em dois receptores diferentes: muscarínos e nicotínicos Divisão do crânio-sacral. Crânio: glândulas salivares, nervo vago (controla toda parte de tórax e abdome). Causa bradicardia, contração de brônquio, aumento secreção de ácidos. Receptores relacionados com o parassimpático: NICOTÍNICOS – muscular, ganglionar e neuronal Canal iônico controlado por ligantes Nicotinico: para o receptor ser ativado, as duas subunidades alfa (tem o sitio de ligação com a acetilcolina) e, para que o receptor seja ativado preciso que as duas alfas sejam, ligadas ao mesmo tempo na acetilcolina. Com essa ligação, ocorre a ação do receptor (entrada do sódio despolarização da célula). MUSCARINICOS- M1, M2, M3, M4, M5 Metabotrópico (relacionado com a proteína G). Os receptores ímpares estão acoplados a proteína Gq excitatória (via fosfato inositol) (tenho aumento do cálcio celular). Os receptores pares são ligados a proteína Gi (adenilato ciclase), ou seja, são inibitórios. M1: neuronal e células parietais gástricas (responsáveis pelo aumento do acido gástrico). Tem efeito excitatórios. M2: músculos e nervos, se ele é inibitório. Age no coração e SNC/P. Vai causar uma bradicardia. Vai estar nos terminais pré-sinápticos também. M3: nas glândulas e no músculo liso. Vai causar aumento da secreção na glândula e contração do músculo. M4: não está muito bem definido, maior parte localizada no SNC. Liberação da acetilcolina: Colina que é transportada para dentro do neurônio por meio do transportador de colina dependente de sódio e vai ser acetilada junto com o AcetilCoA por meio da enzima acetiltransferase à formando da acetilcolina. Transportador associado a vesícula (VAT) que faz a acetilcolina entra nas vesículas para ficar protegida. METABOLIZACÃO: Tenho a enzima Acetilcolinesterase que vai metabolizar a acetilcolina, sendo transformada em colina e acetato. A colina é recaptada para o neurônio e o acetato é excretado. INIBICAO PRÉ SINAPTICA: tenho neurônios inibitórios do tipo M2 que, quando são estimulados, tem poder de diminuir a exocitose da acetilcolina. AÇÕES DO SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO Está relacionado a REPOUSO E DIGESTÃO Pupilas: miose Glândula Salivar: estimula secreção Coração: reduz FC e contratilidade Brônquios: broncoconstrição TGI e Fígado: estimula a atividade, motilidade, dilatação de esfíncteres, secreção de HCl e glândulas Bexiga: contração Sistema Genital Masculino: ereção NEUROTRANSMISSOR E RECEPTORES Neurotransmissor sempre ACETILCOLINA Receptor na fibra pós-sináptica NICOTÍNICO Receptor no órgão-alvo MUSCARÍNICO CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS AGONISTAS: drogas que mimetizam as ações da ACh parassimpaticomiméticos ou colinérgicos ANTAGONISTAS: drogas que antagonizam os efeitos da ACh parassimpaticolíticos ou anticolinérgicos. AGONISTAS DO SN PARASSIMPÁTICO – PARASSIMPATICOMIMÉTICOS OU COLINÉRGICOS Podem ter: Ação Direta: Agonistas de receptores N ou M Ésteres da colina Alcalóides Ação Indireta: Inibidores da colinesterase AGONISTAS MUSCARÍNICOS DE AÇÃO DIRETAAnálogos Sintéticos: menos suscetíveis a inativação pela enzima colinesterase longa duração da ação. Se utilizar a própria acetilcolina, ela sofre degradação e perde o efeito rapidamente. Esses medicamentos agem em TODOS os receptores. Eles podem possuir maior afinidade por um tipo, mas não quer dizer que só vai se ligar nesse. ÉSTERES DA COLINA ACh sem uso clínico Metacolina reduz FC e contratilidade do coração Carbacol Betanecol estimula TGI e contrai a bexiga. ALCALÓIDES Muscarina Citotóxica Encontrada em vários cogumelos Amanita muscarina (pouco), Inocybe SP (muito) e Clitocybe SP (muito). Intensificação dos efeitos colinérgicos Pilocarpina miose e estimula secreção glandular colírios EFEITOS EFEITOS COLATERAIS CONTRA-INDICAÇÃO - Bradicardia (M2) - Vasodilatação diminui pa - Contração da musculatura lisa visceral -intestino -bexiga -brônquios (M3) - Aumenta secreções exócrinas (m3 e m1) -lacrimal -salivar -gástrica - Miose - Contração do musculo ciliar diminui pio (m4) - Vasodilatação - Cólicas do TGI – diarreia - Diaforese (mto suor) - Salivação - Náuseas (aumeta HCl) - Ulceras (aumento do HCl) - PA baixa - Úlceras pépticas - Asmáticos AGONISTAS DE AÇÃO INDERETA - ANTICOLINESTERÁSICOS PREVINE O METABOLISMO DA ACh NA SINAPSE O RESULTADO É UM AUMENTO DA CONCENTRAÇÃO DE ACh NA FENDA SINÁPTICA São usados mais para musculatura esquelética Usado em miastenia Normalmente, a acetilcolina se liga na enzima e é degradada em colina e acetato. O anticonesterásico se liga no receptor da enzima (competitivo reversivel) Impede que a acetilcolina se ligue --> mais acetilcolina na fenda Ação de competição reversível O uso em altas doses de anticolinesterásicos podem levar a 3 sindromes graves: Síndrome muscarínica superestimulação de receptores muscarínicos. Síndrome nicotínica ação na junção neuromuscular (BNM) Síndrome neurológico central incialmente estimula muito o SNC (usado para Alzheimer) mas em um segundo momento leva a depressão do SNC (COMA) Exemplos: chumbinho (carbamato) e pesticidas organofosforados Existem 3 grupos de anticolinesterásicos: Ação curta (edrofônio, tacrina e donepezila Duração média derivados do ácido carbâmico (neostigmina, piridostigmina, fisostigmina, rivastigmina e galantamina). Irreversível Organofosforados (paration, malation, ecotiopato) USO TERAPÊUTICO EFEITOS COLATERAIS MUSCARÍNICOS EFEITOS COLATERAIS NICOTÍNICOS - Glaucoma - Pós-operatório para estimular TGI e urinário - Miastenia grave - Mal de Alzheimer - Reverter efeito dos bloqueadores neuromusculares - Envenenamento atropínico - Miose - Visão turva - Lacrimejamento - Perturbação da acomodação visual - Salivação - Aumento das secreções brônquicas - Fraqueza ou paralisia dos músculos respiratórios - Dor torácica - Tosse - Diarréia - Vômito - Sialorréia - Cólicas Abdominais - Incontinência de Esfincteres - Bradicardia - Bloqueio cardíaco - Hipotensão - Incontinência urinária - Cefaléia - Hipertensão transitória - Palidez - Taquicardia - Caimbras - Debilidade generalizada - Fasciculações - Mialgias - Paralisia flácida Esses fármacos são muito utilizados em suicídio Início: ansiedade + cefaleia + confusão + irritabilidade + ataxia + hiperrreflexia - Fim: sonolência + depressão dos centros circulatórios e repsiratórios + convulsão COMA MIASTENIA GRAVE Doença Autoimune IgG reagem contra receptores nicotínicos Afeta JNM --. fraqueza muscular e aumento da fatigabilidade falha na transmissão neuromuscular Músculos não consegue produzir contrações sustentadas Perda de receptores nicotínicos da JNM Dou um anticolinesterásico para que fique mais ACh na fenda Alternativas imunossupressores para inibir produção dos Ac MAL DE ALZHEIMER Paciente com Alzheimer possuem menor inervação de nervos parassimpáticos Trata com anticolinesterásicos para aumentar ACh na fenda e estimular mais esse paciente ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS – PARASSIMPATOLÍTICOS Esses fármacos são ANTAGONISTAS COMPETITIVOS da ACh e outros agonistas muscarínicos Geralmente possuem pouco ou nenhum efeito em receptores nicotínicos. Exemplos: ATROPINA E ESCOPOLAMINA derivado da beladona comum intoxicação de crianças e animais que comem a planta IPRATRÓPIO, TIOTRÓPIO TROPICAMIDA E CICLOPENTOLATO BENZOTROPINA E TRIEXIFENIDILA PIRENZEPINA, TOLTERODINA E OXIBITININA PRINCIPAIS EFEITOS - Glândulas Salivares Muito sensíveis, resultando em boca seca com dificuldade de deglutição e falar (mesmo em baixas doses) Abole completamente as secreções que são induzidas pelo parassimpático - Glândulas Sudoríparas Muito sensíveis, resultando em pele quente e seca, a temperatura pode aumentar (com doses tóxicas) - Coração: Taquicardia em altas doses - Pupilas e Olhos: Midríase e fotofobia Paralisia da acomodação (objetos perto borrados) Pouco ou nenhum efeito no glaucoma - Sistema Respiratório - Inibe secreção do nariz, faringe e brônquios - Broncodilatação bom pra asma/DPOC - Relaxa M. Lisos bom pra asma/DPOC - aumenta volume residual de ar Estimulação respiratória - TGI - reduz secreções gástricas - boca seca - diminui motilidade - usado em síndrome do cólon irritável - facilita endoscopia e radiologia - SNC - diminui concentração e memória - tontura e sedação - excitação - diminui reflexo de vômito - alucinações - usado em Parkinson para diminuir cinetose - em altas doses --. excitação seguida de coma, parada cardíaca e respiratória - TRATO URINÁRIO - retenção urinária - usado em bexiga superativa - MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA - atropina – usada antes da anestesia para previnir afogamento ou choque - broncodilatador BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES SINTESE E ARMAZENAMENTO DE ACETILCOLINA Acetil-CoA proveniente principalmente da glicólise e descarboxilação do piruvato Etapa limitadora mediada pela disponibilidade de colina Após a síntese, que ocorre no citoplasma, a acetilcolina é armazenada em vesículas mediante uso de canal antiportadr H+/ACh. Há 2 estoques de ACh nos neurônios compartimento de reserva vesículas mais internas re´^oem o compartimento de depósitos compartimento de depósito vesículas próximas à membrana sináptica Após muito tempo em jejum, o corpo começa a utilizar corpos cetônicos RECEPTOR COLINÉRGICO NICOTÍNICO A transmissão colinérgica nicotínica resulta da ligação de ACh e nAChR (receptor nicotínicos de ACh) através de condutância direta regulada por ligante. Receptores nicotinicos, diferentemente dos muscarinicos, são canais iônicos por onde passam íons monovalentes (Na+) Ocorre a ligação de duas moléculas de ACh, fazendo com que ocorra uma mudança estrutural no receptor criando poro seletivo para cátions monovalentes Ocorrendo o estímulos de multipos nAChR despolariza a célula abre canais de Ca2+ A ACh se liga mas dissocia-se rapidamente A importância dela não ter essa adesão tão firme ao receptor: por senão aconteceria dessensibilização do canal. Como ocorre a secreção de acetilcolina? Potencial de ação influxo de Ca liberação da acetilcolina ACh se liga nos receptores pós-sinapticos dissociação rápida assim q ela dissocia, a acetilcolinesterase degrada a acetilcolina reabsorção de colina voltará a ser uma nova acetilcolina A Acetilcolinesterase promeve a hidrólise da ACh Se ocorre uma exposição contínua do nAChR a ACh ocorre dessensibilização do receptor É um pentâmero - canal feito de 5 proteínas diferentes. Normalmente temos 17 genes que codificam para essas proteínas -- combinação de 17, 5 a 5... Muitos!!! Desses 17 genes: Alfa 1 ----Alfa 10 Beta 1 ---- Beta 4 Gama Delta Épsilon Na placa neuromuscular temos alfa2betaepisilongama (adultos) e alfa2betadeltagama (embrião) A variabilidade genética é muito alta em receptores nAChR (receptores de acetilcolina) ganglionar (SNC) dificulta o bloqueio por se tornar impreciso. Pode causar ações inesperadas ou em locais que não quero. Receptorde Ach (nAChR) : Amino terminal - 4 passagens pela membrana (m1, m2, m3 e m4) - terminação C=O-O- A leucina fico na meio na helice M. Inicialmente, quando a Acetilcolina entra em contato. As hélices M interagem de forma com que as leucinas se afastam e os íons passam. Quanto mais tempo ela se liga dessensibilização pq atinge um estagio muito mais baixo de energia--> ligação vai ficando muito estável o canal não se abre mais e fica fechado. As cadeias laterais da leucina (apolar) criam um núcleo hidrofóbico que não passa ion nenhum. O que abre ou fecha ou causa dessensibilização são as leucinas. AÇÃO DA ACh NA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR ACh é o principal neurotransmissor do nosso organimo. A ligação de ACh na nAChR DESPOLARIZA A CÉLULA E OCORRE CONTRAÇÃO MUSCULAR A extensão da despolarização depende da [ACh] na fenda sináptica. A ACh é liberada em quantuns 1 quantum conteúdo em uma única vesícula de ACh liberada pelo neurônio pré-sináptico O conteúdo de uma vesícula provoca pequena despolarização potencial de placa motora em miniatura (PPMM) Potencial de placa motora em miniatura - é o resultado de uma secreção expontânea de acetilcolina (1 quantun) (PROVA) - suficiente para ter uma ação no pós-sinaptico -- SEM TER POTENCIAL DE AÇÃO Chegada de PA resulta em alta secreção de ACh Potencial de Placa Motora (PPM) A acetilcolina pode se ligar nos receptores pré-sinapticos fazendo uma retroalimentação e fazendo com que mais acetilcolina seja secretada (feed-back positivo). mobilização de vesículas do compartimento de reserva ao compartimento de depósido feedback positivo mais liberação de ACh na fenda A presença das dobras juncionais facilita a captação da Ach e a ação dela no receptor pós-sinaptico. As dobras tambem fazem com que a Ach não consiga sair - a acetilcolinesterase fica ali esperando para degradar ela (armadilha). BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES Apresentam similaridade química com a ACh. Podem atuar como ANTAGONISTAS não despolarizantes Podem atuar como AGONISTAS despolarizantes Muito úteis clinicamente por oferecerem relaxamento muscular com menor dose de anestésico. O BNM competitivos/antagonistas/não despolarizante - mais utilizados na clinica Já os BNM despolarizantes/agonistas - 1 ou 2 somente que são utilizados na clínica Quando usa um bloqueador neuromuscular causa um relaxamento muscular e faz com que não precise usar uma dose de anestésico tão alta Com menos analgesia, a recuperação do paciente é muito mais rápida. O bloqueador neuromuscular não causa analgesia, só relaxamento. Competitivos (não despolarizantes) são antagonistas - se ligam ao receptor nicotínico de uma maneira muito mais estável, impedindo a ligação da própria Ach Os despolarizantes (não competitivos) são agonistas - causa inicialmente uma contração muscular espontânea, mas depois causa uma dessensibilização do nAChR causa uma paralisia (paralisia vem depois do disparo inicial). AGONISTA SÓ NO MOMENTO INICIAL. BNM NÃO DESPOLARIZANTES/ANTAGONISTAS/COMPETITIVOS Atuam por competição, ligando ao nAChR CURARE – foi o primeiro fármaco flechas dos índios (veneno) TUBOCURARINA (não mais utilizado) Secreção exacerbada de histamina espasmos indesejável CISATRACÚRIO PANCURÔNIO ROCURÔNIO VECURÔNIO Em doses baixas melhor controle sobre a extensão do bloqueio Em doses altas bloqueio de canais iônicos enfraquecimento adicional da transmissão neuromuscular Não adianta ingerir via TGI - não absorve nos enterócitos Vias de administração: intravenosa (principal), IM. Não sofrem biotransformação. Sai na urina livre, bile. Pode sofrer decomposição expontânea na circulação. Todos impedem a ligação da acetilcolina no receptor. Em doses baixas: Utiliza estímulos elétricos pra ver ate que ponto a anestesia foi. Se foi muito mais do que devia, pode usar um anticolinesterásico (neoestigmina por ex) - inibe a acetilcolinesterase aumenta Ach na fenda MAIOR CONCENTRAÇÃO de ACh que do fármaco desloca o fármaco PROVA: como reverter o efeito de um bloqueador neuromuscular. Os anticolinesterásicos também são utilizados na desintoxicação por venenos (cobra por ex). Doses altas desses fármacos - não tem como controlar e reverter facilmente. Ação inicial desses farmacos em musculos rápidos e pequenos (ex: palpebra, faciais, dedos --- depois--> pernas....--> ultimo é o diafragma). Na reversão do efeito retorna do diafragma para menores. INTERAÇÕES FARMACOLOGICAS POSSIVEIS DOS BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES COM: BNM DESPOLARIZANTES/NÃO COMPETITIVOS/AGONISTAS Os despolarizantes (não competitivos) são agonistas - causa inicialmente uma contração muscular espontânea, mas depois causa uma dessensibilização do nAChR causa uma paralisia (paralisia vem depois do disparo inicial). AGONISTA SÓ NO MOMENTO INICIAL. Pouco utilizados na clínica. EFEITOS AUTÔNOMOS DOS BNM É imprevisível Grande variedade de receptores 17 genes que codificam para as cadeias alfa (10), beta (4), gama, delta e épsilon. EVENTO PRIMÁRIO mediado por receptores nicotínicos pós-ganglionares EVENTOS SECUNDÁRIOS PPSE LENTO receptores muscarínicos PPSI receptores dopaminérgicos e alfa-adrenérgicos PPSE LENTO TARDIO estímulo de hormônios peptídicos: angiotensina, subst. P, LHRH. O processo de neurotransmissão depende inicialmente do receptor nicotinico e ele se liga a um outro receptor. Ele pode ser muscarínico, dopaminergico ou adrenergico. Os muscarinicos são de resposta lenta - demora um pouco mais e costumam ser inibitórios. Os dopaminergicos - inibitorios tb. ANESTÉSICOS Anestesia Local: é a supressão temporária de todos os tipos de sensibilidade de uma determinada área do organismo, sem perda de consciência. Anestésicos Locais: são substâncias capazes de impedir de modo reversível, a gênese e a condução de impulsos nas fibras nervosas sensitivas. ANESTÉSICOS LOCAIS MECANISMO DE AÇÃO Bloqueiam canais de Na+ que são necessários para o PA. A propragação do PA é bloqueada e assim, a sensação não é transmitida até o córtex. Age em: Transmissão simpática Temperatura Dor Toque leve Bloqueio Motor Sequencia de ação: temperatura dor toque leve bloqueio motor VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Tópica Infiltração dentista Bloqueio do nervo periférico mais local Bloqueio neuraxial (espinal, epidural ou caudal) Espinal LCR – utilizada na cesárea em injeção única Epidural dura-máter com infusão constante Caudal em região mais baixa FATORES QUE INTERFEREM NO EFEITO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS PKA DO FÁRMACO E PH DO TECIDO Melhores fármacos os que tem pH entre 7,5 e 9,0 - fármaco descarregado é melhor absorvido Se o ambiente é acido, ele não é bem absorvido (ex: região infeccionada, com pus) LIPOSSOLUBILIDADE DO FÁRMACO Quando mais lipossoluvel - demora mais pra fazer a ação, mas tem uma duração maior TEMPO DE DIFUSÃO DA PONTA DA AGULHANERVO Tempo que o fármaco demora pra sair da agulha ate fazer o bloqueio no nervo depende da solubilidade, pKa do fármaco TEMPO DE DIFUSÃO PARA FORA DA FIBRA usa vasoconstritores como a epinefrina Tempo de difusão pra fora da fibra - são vasodilatadores e esse fármaco difunde antes de atingir o local necessário. Usa vasoconstrição para diminuir o espalhe e para que ele fique mais tempo no local da ação CARACTERÍSTICA DA FIBRA mielinizadas são bloqueadas primeiro CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A CADEIA INTERMEDIÁRIA ÉSTERES (1) AMIDAS (3) SEGUNDO O RADICAL LIPOFÍLICO Derivados do PABA (ácido para-aminobenzóico) Derivados xilênicos Derivados toluênicos Derivados tiofênicos Terminação do nome dos anestésicos terminam em ___ina Importante saber qual o tipo porque se apresenta uma alergia, troca o tipo. Todos tem a mesma ação, mas muda as indicações. Como que sei qual usar? Depende da cirurgia/uso - mais rápida/ mais longa? GRUPO ÉSTER DERIVADOS DO PABA (ÁCIDO PARA-AMINOBENZÓICO) PROCAÍNA (NOVOCAÍNA) TETRACAÍNA (PANTOCAÍNA) PROPOXICAÍNA (RAVOCAÍNA) BENZOCAÍNA (DEQUADIN, MALVONA...) Biotransformados pela colinesterase do plasma (Butirilcolinesterase)No plasma a principal anticolinesterase --> butirilcolinesterase - ele que faz a degradação desse farmaco Se tenho paciente com problema hepático - uso um que não precisa de enzimas hepáticas - ex: grupo éster Tem enzimas no plasma e na sinapse fazendo a degradação do fármaco GRUPO AMIDA DERIVADOS XILÊNICOS LIDOCAÍNA – xylocaína e novocol MEPIVACAÍNA – carbocaína e scancicaine não deve ser usada na anestesia obstétrica devido à sua toxicidade ao recém-nascido BUPIVACAÍNA – neocaína e marcaína cardiotoxicidade se injetada IV inadvertidamente Todos biotransformados no fígado DERIVADOS TULUÊNICOS PRILOCAÍNA (citanest) metemoglobinemia e era usada em tratamento para arritmias ETIDOCAÍNA (duranest) Arritmias e toxicidade DERIVADOS TIOFÊNICOS ARTICAÍNA EFEITOS ADVERSOS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS Sangue: Metemoglobinemia forma oxidada da hemoglobina que não se liga ao oxigênio (PRILOCAÍNA) não usar em pessoas com globinopatias Cardíacos: Arritmias e toxicidade (BUPIVACAÍNA E ETIDOCAÍNA) Psicogênicos: síncope, hiperventilação, náuseas, vômitos, Alteração da FC ou PA, falsas reações alérgicas SNC – ocorre uma fase de excitação, seguida de uma de depressão FASE DE EXCITAÇÃO Inquietude, irritabilidade, aumento da FC, PA e FR, abalos musculares, convulsões, náuseas e vômitos FASE DE DEPRESSÃO Indiferença afetiva, sonolência, diminui FC, FR e PA, coma e morte controlar a hipóxia durante o COMA Quando usar um ou outro? Depende do tipo de cirurgia que vou fazer Ação igual O que diferencia é a farmacocinetica/dinamica Lidocaina - ação de 1 a 2 horas Se usar epinefrina junto- dobra o efeito Bupivacaina --> procesimentos com maior duração Não usar topicamento ou por IV --> cardiotoxicidade Cloroprocaina Duração muito curta - 30 a 60 min Dentista Cocaína Era local Por conta da dependencia não é mais tao usada Se tiver procedimentos de vasocontrição ( ao precisa da epinefrina) e coisas superficiais Ver efeitos adversos Saber mecanismo de ação, particularidade de cada um, farmacocinetica ANESTÉSICOS GERAIS Depressão reversível do SNC com perda da percepção e de resposta a estímulos Deve oferecer: sedação e diminuição da ansiedade perda da consciência e amnésia relaxamento da musculatura esquelética supressão dos reflecos indesejados analgesia Nenhum medicamento consegue suprir todas essas demandas várias classes são associadas para chegar a esses 5 pré-requisitos São IV e inalatórios Inalatórios tem muitos benefícios em relação ao IV Usa IV pra induzir a anestesia e depois usa um inalatório para manter a anestesia pelo período que for necessário Fármaco inalado tem segurança maior Se a pessoa fica mall , tira inalador e uso manobras para tirar esse fármaco - aumenta FR e DC - sai mais rápidos dos alvéolos - diminui ação mais facilmente EFEITOS ADVERSOS Sistema Respiratório: fármacos inalados deprimem respiração e promovem broncodilatação Fígado e rins: influenciam a distribuição de longo prazo e a depuração. Flúor, bromo e outros metabólitos dos hidrocarbonetos halogenados podem afetá-los. SNC: distúrbios neurológicos (epilepsia, miastenia grave) influenciam a escolha do fármaco. Gestação: efeitos na organogênese fetal óxido nitroso – anemia aplásica; benzodiazepínicos – palato aberto CLASSES DE ANESTÉSICOS GERAIS ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS Anestesia ou indução rápida Agentes únicos ou infusão ANESTÉSICOS INALATÓRIOS Agentes voláteis ou gases Normalmente halogenados ESTÁGIOS DA ANESTESIA GERAL - IMPR INDUÇÃO PROPOFOL IV estado de inconsciência em 30/40s MANUTENÇÃO Anestésico inalatório + opióide monitorar sinais vitais e resposta a estímulo PROFUNDIDADE Depressão crescente do SNC passa por 4 fases aqui Fase 1 Perda de sensação de dor Fase 2 Comportamento agressivo e combativo deve passar por essa fase o mais rápido possível Fase 3 Anestesia cirúrgica perde tônus muscular, reflexos, etc Fase 4 Paralisar bulbar e morte não pode deixar chegar nesse estágio, precisa manter na fase 3. RECUPERAÇÃO respiração espontânea, PA e FC recuperadas, reflexos intactos e sem depressão respiratória O paciente tem que passar por esses 4 estágios MECANISMO DE AÇÃO Gerais - não existe um com certeza Teoria - vários alvos ate chegar na sedação Teoria que foca nas sinapses - seria capaz de diminuir a liberação dos neurotransmissores na fibra pré e na pós, diminui os impulsos. Inibitória - anestésico aumenta sensibilidade do receptor do GABA ao próprio GABA (alostérico) - aumenta entrada dos cloretos e membrana da célula fica hiperpolarizada. Além disso, tem saída do K+ não consegue despolarizar e então não propaga PA Excitatória - bloqueia o receptor e consequentemente - não faz com que célula despolarize - impede entrada do Na, Cl.. Etc - não transmite PA Alguns fármacos agem mais na inibitória e outras na excitatória. ANESTÉSICOS INSTRAVENOSOS Rápida indução circulação braço-cérebro Parte ligada às proteínas plasmáticas, parte livre. As moléculas livres, não ionizadas e lipossulúveis atravessam a BHE mais rapidamente. Usado em combinação com anestésicos inalatórios para: suplementar anestesia geral manter anestesia geral promover sedação controlar a pressão sanguínea proteger o cérebro Recuperação – o fármaco se difunde para tecidos com menor suprimento sanguíneo [] no plasma cai deixa o SNC Redução do DC prolonga a circulação cerebral + lipossulúvel demora mais para agir maior tempo de duração Fármaco IV Obersações PROPOFOL Usado na indução ou manutenção da anestesia Pouca ação analgésica Potente anestésico Potencializa sinapses inibitórias GABA hiperpolarização Reduz PA --. vasodilatação e inibição de barorreceptores Potente depressor respiratório FOSPROFOL Pró-fármaco hidrossolúvel do propofol utilizado para diminuir a dor na administração BARBITÚRICOS Tiopental Metoexital Usados na indução Ação super curta Anestésico potente Analgésico fraco Aumenta neurotransmissão inibitória e diminui a excitatória Vasocontritores cerebrais – reduz fluxo e volume de sangue e PIC Reduz PA – vasodilatação periférica Depressores respiratórios BENZODIAZEPÍNICOS Midazolam Lorazepam Diazepam Usados no pré-operatório como sedativo, ansiolítico e amnésico Ações interrompidas pelo antagonista flumazenil Rápido início de ação Combinação Benzo+Opióides+proposol melhor sedação e analgesia ETOMIDATO Hipnótico sem ação analgésica precisa associar algum Usado em paciente com doença coronariana ou disfunção cardíaca poucos efeitos hemodinâmicos CETAMINA Usado muito em teste em animais Potente analgésico Rápida ação Curta duração Induz estado dissociativo (sedação, amnésia e imobilidade) Causa estimulação do coração e alucinações Vasodilatação cerebral Inibe receptor NMDA – sinapses excitatórias Droga de abuso OPIÓIDES Fentalina Propriedades analgésicas, são combinados com outros anestésicos e hipnóticos. Podem causar hipotensão, depressão respiratória e rigidez muscular, bem como náuseas e êmese pós-anestésicas. DEXMEDETOMIDINA Usado em UTI e cirurgias. Reduz a necessidade de anestésico volátil, sedativos e analgésicos. ANESTÉSICOS INALATÓRIOS HALOTANO - hepatotóxico ISOFLURANO*** DESFLURANO ENFLURANO SEVOFLURANO*** ÓXIDO NITROSO – único em gás Todos terminados em ___ANO ANESTÉSICO INALATÓRIO IDEAL Ação reversível Indução e recuperação rápida Poucos efeitos adversos Não inflamável Estabilidade química Monitoramento de [] plasmática Fácil administração Possibilidade de utilização como agente único Pequeno custo operacional em baixo fluxo Rápida recuperação pós anestésicas, principalmente nos anestésicos de baixa solubilidade VANTAGENS: menos solúvel no sangue indução mais rápida e recuperação mais rápida RAPIDEZ DA AÇÃO Depende do coeficiente de partição sangue:gás + lipossolúvel + lenta a indução e recuperação Quanto maior o coeficiente, mais lipossolúvel --> vai mais para o sangue do alvéolo --> preciso de maior quantidadedo fármaco pra fazer a ação Quanto mais lipossol, mais lenta a indução - demora mais pra chegar no SNC pq se diluiu em outros orgaos e tecidos Quando chega, tem tempo de ação maior e recuperação mais lenta POTÊNCIA Concentração alveolar mínima (CAM) para eliminar o movimento em 50% dos paciente. Quanto mais potente menor CAM Interfere na potência: Aumenta CAM diminui potência hipertermia, alta de catecolaminas no SNC e abuso de álcool Diminui CAM aumenta potência idade, hipotermia, gestação, sepse, intoxicação, anestésico IV e agonistas alfa2 AÇÕES Atividade hipnótica, analgésica, amnésica e relaxante muscular Cardiovascular: vasodilatação, diminui PA risco de IC Respiratório: depressão Útero: relaxante retarda trabalho de parto e aumenta o risco de hemorragia não usar se já estiver em trabalho de parto Anestésico Inalatório Observações HALOTANO Analgésico fraco Mais potente anestésico inalatório Oxidação em hidrocarbonetos hepatotóxico Bradicardia ISOFLURANO Odor pungente Estimula reflexo respiratório Não utilizado em indução inalatória DESFLURANO Baixa solubilidade no sangue Estimula reflexo respiratório Não utilizado em indução inalatória – demora para agir SERVOFLURANO Baixa solubilidade no sangue Pouco pungente Usado em indução inalatória ÓXIDO NITROSO Age inibindo os receptores NMDA – inibe exocitose de neurotransmissores Anestésico geral fraco Potente analgésico Usado pelo odonto Pouco solúvel no sangue Retarda absorção de O2 na recuperação hipóxia de difusão coloca paciente no O2 Não deprime respiração, não causa relaxamento muscular, efeito moderado a nulo no sistema cardiovascular Menos hepatotóxico Não irrita vias aéreas Deve ser usado com outros anestésicos pq não produz hipnose profunda Mais seguro EFEITO NOS SISTEMAS Hipertermia maligna Sintomas: hipertermia, taquicarcia, hipertensão, rigidez muscular e desequilíbrio ácido-base Susceptibilidade genética: alteração do receptor de liberação de Ca2+ do retículo sarcoplasmático do músculo esquelético Tratamento: interromper anestésico e baixar temperatura + DANDROLENE (inibidor de canais de Ca2+) Lista de Exercícios Farmacocinética – Absorção JS, 80 anos, é um paciente portador de câncer terminal, com dor crônica, bem controlada com morfina VO, 90mg a cada 12 horas. Na última visita JS se queixou de dificuldade de deglutição e não foi capaz de engolir as cápsulas de morfina. Foi decidido então trocar a sua dose de morfina para IV. Calcule a dose de morfina por hora que ele deve receber por infusão. Utilizando o GUIA DE CONVERSÃO DE OPIÓDES, temos: 300mg de morfina via oral ------------------- 100mg de morfina IV, ou 3:1 90mg/12h = 7,5mg/h ---------------------------- x X= (7,5mg/h. 100mg)/300mg X=2,5 mg/h PP, 55 anos, é uma paciente portadora de câncer terminal, com dor crônica, bem controlada com morfina VO, 120mg a cada 12 horas. Na última visita PP se queixou de dificuldade de deglutição e não foi capaz de engolir as cápsulas de morfina. Foi decidido então trocar a sua dose de morfina para IV. Calcule a dose de morfina por hora que ela deve receber por infusão. Utilizando o GUIA DE CONVERSÃO DE OPIÓDES, temos: 300mg de morfina via oral ------------------- 100mg de morfina IV, ou 3:1 120mg/12h = 10mg/h ---------------------------- x X= (10mg/h. 100mg)/300mg X=3,33 mg/h O que é ADME? É uma sigla que representa a etapas da fase farmacocinética, sendo elas: Absorção, Distribuição, Metabolização e Excreção. Qual a definição de absorção? Passagem do fármaco pelas barreiras biológicas até atingir a circulação sistêmica. Cite 6 vias de administração de fármacos Oral, nasal, retal, IV, intramuscular, subcutâneo, vaginal, etc. Qual via de administração sempre confere 100% de biodisponibilidade? Intravenosa. A via retal é considerada uma via enteral ou parenteral? Enteral. Os anticoncepcionais transdérmicos são considerados de administração local ou sistêmica? Sistêmica. Um fármaco que sofre efeito de primeira passagem pode ter 100% de biodisponibilidade? Não. Quais os tipo de transporte através de membranas que podem sofrer inibição/competição? Difusão facilitada e transporte ativo – pode saturar o canal/transportador. É correto dizer que omeprazol e pantoprazol são bioequivalentes? Não, são fármacos diferentes. O Metotrexato tem maior permeabilidade no estômago ou intestino? O metotrexato é um fármaco ácido que se mantém em sua conformação neutra quando está em meio ácido, sendo, portanto, mais permeável no estômago. Qual a definição de absorção? Quais são as vias de absorção de fármacos? e qual a diferença entre elas? Passagem dos fármacos pela pelas barreiras biológicas até atingir a circulação sistêmica. Via Enteral ou Gastro-enteral: utiliza o sistema gastro-intestinal. Pode ter ação local ou sistêmica Considera todo o TGI, inclusive sublingual e reto. Paraenteral: não utiliza o TGI. Intramuscular, Subcutâneo, Tópico, Inalação, transdérmico, epidural. Qual a diferença entre administração enteral e parenteral? Local e Sistêmica? Sistêmica: atinge toda circulação sistêmica. (ex: injeção) Local: não atinge a circulação sistêmica, somente determinada localização (ex: inalação, pomada de uso tópico). Via Enteral ou Gastro-enteral: utiliza o sistema gastro-intestinal. Pode ter ação local ou sistêmica. Considera todo o TGI, inclusive sublingual e reto. Paraenteral: não utiliza o TGI. Intramuscular, Subcutâneo, Tópico, Inalação, transdérmico, epidural. O que é o efeito primeira passagem? É o processo que fármaco sofre no epitélio intestinal e no fígado antes de atingir a circulação sistêmica.Esse efeito de primeira passagem no intestino diminui a fração de fármaco disponível para agir BIODISPONIBILIDADE. Quais são os tipos de transporte através de membranas? Quais são as características de cada tipo de transporte? PARACELULAR: passa pelo espaço entre as células Depende da integridade das tight junction (junções comunicantes) – BHE não passa por essa via Moléculas pequenas e hidrofílicas A favor de gradiente de concentração DIFUSÃO PASSIVA: passa através da membrana celular Moléculas lipofílicas e solúveis em água A favor do gradiente de concentração DIFUSÃO FACILITADA: passa através de canais de membrana Pode sofrer saturação, inibição e competição A favor do gradiente de concentração TRANSPORTE ATIVO: passa através de transportadores de membrana Pode sofrer saturação, inibição e competição Ocorre contra o gradiente de concentração com gasto de energia O que é bioequivalência? São duas formas de apresentação do mesmo fármaco que a apresentam a mesma biodisponibilidade (mesma AUC, Tmáx e Cmáx). Os medicamentos genéricos são aprovados com base nesse princípio. Não quer dizer que tenham a mesma via de administração ou mesma forma (um pode ser comprimido e outro solução) se atinge a mesma biodisponibilidade. Tem que ser o mesmo fármaco. Precisam ter mesma área abaixo da curva, atingem a concentração máxima no mesmo tempo e mesma concentração máxima. O que é aprisionamento iônico e como a ionização e o pH podem afetar a absorção de fármacos? É o aprisionamento do íon absorvido quando muda o pKa e o fármaco não consegue voltar para o meio que estava antes da absorção. Ex: Um fármaco ácido de pKa=4,4 no pH ácido do estômago (=1,4) ele se mantém neutro e consegue ser absorvido para o sangue. Quando entra em contato com o sangue, ele entra em um meio de pH básico (=7,4) e sofre ionização, ficando aprisionado ali. FARMACOCINÉTICA – DISTRIBUIÇÃO E EXCREÇÃO Qual é o volume de plasma de uma pessoa saudável de aproximadamente 70Kg? * 1 Litro 3 Litros (5%) 5,5 Litros 12 Litros 42 Litros Qual é o volume de sangue de uma pessoa saudável de aproximadamente 70Kg? * 1 Litro 3 Litros 5,5 Litros 12 Litros 42 Litros Qual é o volume extracelular de uma pessoa saudável de aproximadamente 70Kg?