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UNIFAMA-UNIÃO DAS FACULDADES DE MATO GROSSO
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
ADRIELI CAMARGO DA SILVA
ORIENTADOR:MARCOS CAVALHEIRO
Guarantã do Norte-MT
2018
 
UNIFAMA-UNIÃO DAS FACULDADES DE MATO GROSSO 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
Trabalho apresentado à disciplina de Psicologia da aprendizagem, da União das Faculdades de Mato Grosso, sob orientação do Prof.ª Marcos Cavalheiro.
Guarantã do Norte-MT
2018
APRENDIZAGEM PELAS CONSEQUÊNCIAS: O REFORÇO
Comportamento operante
 Termo cunhado por B. F. Skinner. É classificado como operante aquele comportamento que produz consequências (modificações no ambiente) e é afetado por elas. (Situação= resposta=consequências).
A maior parte de nossos comportamentos produz consequências no ambiente. Essas consequências são mudanças no ambiente. Um comportamento simples, como estender o braço, produz a consequência pegar (alcançar) um saleiro (mudança no ambiente: o saleiro passa de um lugar para outro). Em vez de estender o braço e pegar um saleiro, é possível emitir outro comportamento que produzirá a mesma consequência: pedir a alguém que lhe passe o saleiro. No primeiro exemplo, o comportamento produziu diretamente a mudança de lugar do saleiro. No segundo exemplo, o comportamento modificou diretamente o comportamento de outra pessoa e produziu a mudança de lugar do saleiro. 
Comportamento Respondente
(Situação = Resposta) uma alteração no ambiente elicia uma resposta do organismo, ele é aprendido por meio do condicionamento respondente. Os comportamentos respondentes são interações em que emitimos um comportamento em resposta a determinado estímulo ambiental, e isto de maneira automática, como uma reação natural do organismo, sem qualquer relação com processos de aprendizagem.
O comportamento é afetado e controlado pelas consequências.
As consequências de nossos comportamentos vão influenciar suas ocorrências futuras. Dizer que as consequências dos comportamentos chega a afetá-los é o mesmo que dizer que as consequências determinarão, em algum grau, se os comportamentos que as produziram ocorrerão ou não outra vez, ou se ocorrerão com maior ou menor frequência. As consequências produzidas pelos comportamentos não têm influência somente sobre os comportamentos adequados, mas também mantêm ou reduzem a frequência de comportamentos indesejados. 
	Comportamento (resposta) → Consequência
	Fazer "bagunça" em sala de aula → atenção do professor
	Dirigir em alta velocidade → "admiração” dos colegas
	Cabular (“matar aula”) → mais tempo ocioso
	Dizer que está deprimido → atenção das pessoas
	"ser grosseiro e estúpido"→ respeito dos funcionários
O reforço 
Reforço é um tipo de consequência do comportamento que aumenta a probabilidade de um determinado comportamento voltar a ocorrer. Quando as alterações no ambiente aumentam a probabilidade de o comportamento que as produziu voltar a ocorrer, chamamos tal relação entre o organismo e o ambiente de contingência de reforço.
Imagine uma criança cujos pais trabalham fora e lhe dão pouca atenção. Essa criança de repente começa a tirar notas baixas na escola e os pais passam a verificar suas tarefas, fazem leituras e revisam com o filho, a fim de estimulá-lo a melhorar. Contudo as notas continuam baixas. Note que, para a criança, o reforço foi a atenção dos pais, dessa forma o comportamento que produziu essa consequência teve sua frequência aumentada a fim de manter a consequência no ambiente. Por esse motivo é importante analisar a contingência (a relação entre estímulo, resposta e consequência) para verificar se esta é reforçadora ou não. 
Skinner classifica os eventos reforçadores em positivos e negativos.
Reforço Positivo aumenta a probabilidade de o comportamento voltar a ocorrer pela adição de um estímulo reforçador ao ambiente.
Reforço negativo: aumenta a probabilidade de o comportamento voltar a ocorrer pela retirada de um estímulo aversivo (punitivo) do ambiente (comportamentos de fuga e esquiva).
Podemos aumentar a probabilidade de um rato pressionar uma barra utilizando reforço positivo ou reforço negativo.
Reforçadores naturais x reforçadores arbitrários
Quando a consequência reforçadora do comportamento é o produto direto do próprio comportamento, dizemos que a consequência é uma reforçadora natural. Quando a consequência reforçadora é um produto indireto do comportamento, afirmamos que se trata de um reforço arbitrário. Por exemplo, o comportamento de um músico de tocar violão sozinho em seu quarto é reforçado pela própria música (reforço natural); se ele toca em um bar por dinheiro (reforço arbitrário).
 Outros efeitos do reforço
Diminuição da frequência de outros comportamentos; diferentes do reforçado. Se, por exemplo, você está em um bar, olhando as pessoas que por lá passam, bebendo, comendo e falando sobre um determinado assunto, e alguém começa a prestar muita atenção no que você está falando, é provável que você coma menos, beba menos, observe menos o movimento no bar e passe mais tempo conversando.
 Diminuição da variabilidade na topografia (na forma) da resposta (do comportamento) reforçado.
 Esse efeito do reforço sobre o comportamento é muito evidente no nosso dia-a-dia. Na ocasião de alguém lhe fazer uma pergunta e sua resposta for precisa (ou seja, seu interlocutor não ficar com dúvidas), é provável que, da próxima vez que lhe fizerem a mesma pergunta, você responda de forma semelhante. Quanto mais vezes você responder à pergunta e for bem-compreendido, mais a resposta dada será parecida com a anterior. A forma como você abre portas, fala, escreve, dirige, entre outros exemplos, é, provavelmente, quase sempre bem parecida.
Extinção operante
Suspensão do reforço, o que provoca a diminuição da probabilidade deste comportamento voltar a ocorrer, o comportamento volta a seu nível operante, isto é, a frequência do comportamento retoma os níveis de antes do comportamento ter sido reforçado.
Resistência a extinção
É definida como o tempo – ou número de vezes – em que um organismo continua emitindo uma resposta (comportamento) após a suspensão do reforço.
Fatores que influenciam na resistência a extinção
 Número de reforços anteriores: Quanto mais um comportamento é reforçado, mais resistente a extinção ele será.
Custo da resposta: Quanto mais esforço é exigido para emitir um comportamento, menor será sua resistência a extinção.
Esquemas de reforçamento: Quando um comportamento as vezes é reforçado e as vezes não é, ele se tornará mais resistente a extinção do que um comportamento reforçado continuamente.
Outros efeitos da extinção
-Aumento na frequência da resposta no início do processo de extinção: Antes da frequência de uma resposta começar a diminuir, ela aumenta abruptamente.
–Aumento na variabilidade da topografia (forma) da resposta: Logo no início do processo de extinção, a forma como o comportamento estava sendo emitido começa a modificar-se.
-Eliciação de respostas emocionais: Raiva, ansiedade, irritação, frustração.
Modelagem: aquisição de comportamento
É uma técnica usada para se ensina um comportamento novo por meio de reforço diferencial de aproximações sucessivas do comportamento-alvo.
O reforço diferencial (reforçar algumas respostas e extinguir outras similares) e aproximações sucessivas (exigir gradualmente comportamentos mais próximos do comportamento-alvo) a fim de ensinar um novo comportamento, sendo uma característica fundamental da modelagem a imediaticidade do reforço, ou seja, quanto mais próximo temporalmente da resposta o reforço estiver, mais eficaz ele será.
APRENDIZAGEM PELAS CONSEQUÊNCIAS: O CONTROLE AVERSIVO
Estímulo aversivo: Estímulo cuja retirada ou evitação aumenta a frequência docomportamento, ou cuja adição reduz a frequência do comportamento que o produziu.
Exemplo: Se você mente, apanha, passando a mentir menos. Para você, apanhar é um estímulo aversivo.
Controle aversivo: Controle do comportamento por contingências de reforço negativo e punição (positiva e negativa).
Comportamento de fuga: Comportamento mantido por reforço negativo, pela remoção de um estímulo aversivo do ambiente.
Comportamento de esquiva: Comportamento mantido por reforço negativo, pela evitação do contato com um estímulo aversivo.
Punição: É um tipo de consequência do comportamento que torna sua ocorrência menos provável. A punição foi o termo escolhido por Skinner para substituir os "maus efeitos" da lei do efeito de Thorndike.
Punição positiva: É uma contingência em que um comportamento produz a apresentação de um estímulo que reduz sua probabilidade de ocorrência futura.
• Diminui a probabilidade de o comportamento ocorrer novamente pela adição de um estímulo aversivo (punitivo) ao ambiente. 
Punição negativa: A consequência de um comportamento é a retirada de reforçadores (de outros comportamentos). Essa consequência tomará o comportamento menos provável no futuro.
• Diminui a probabilidade de o comportamento ocorrer novamente pela retirada de um estímulo reforçador do ambiente.
REFERÊNCIAS
Medeiros, M. b. (2007). Princípios básicos de análise do comportamento. Brasília: Artmed.
Consultada e sugestões de leitura Catania. A. C. (1999). Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição. Porto Alegre: Artmed. Capítulo 5: As consequências do responder: o reforço.
Millenson, J. R. (1967). Princípios de análise do comportamento. Brasília: Coordenada. Capítulo 4: Fortalecimento operante. Capítulo 5: Extinção e recondicionamento do operante.
Consultada e sugestões de leitura Catania. A. C. (1999). Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição. Porto Alegre: Artmed. Capítulo 6: As consequências do responder: controle aversivo
Millenson, J. R. (1975). Princípios de análise do comportamento. Brasília: Coordenada. Capítulo 17: Contingências aversivas
Skinner, B.F. (1983). O mito da liberdade. São Paulo: Summus.

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