Buscar

Entrevista estruturada panfleto

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

ENTREVISTA 
ESTRUTURADA 
Vantagens: 
1) aumentar a validade dos diagnósticos 
atribuídos a pacientes com transtornos mentais; 
2) permitir maior adequação do planejamento 
do tratamento ao quadro clínico apresentado; 
3) aumentar a consistência entre as formulações 
diagnósticas de profissionais de orientações e 
formações diversas; 
4) aumentar a eficácia do tratamento a partir da 
maior validade do diagnóstico e da maior 
homogeneidade de compreensão do quadro 
clínico pelos membros das equipes de saúde 
mental; 
5) melhorar a qualidade das pesquisas que 
requerem uma maior precisão de classificação 
diagnóstica (como em psicologia clínica e 
forense, psiquiatria, epidemiologia, intervenção 
em crise, etc.); 
6) permitir a existência de um registro 
diagnóstico permanente e a criação de bancos 
de dados para uso administrativo e de pesquisa. 
Definição: 
A Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV, ou 
SCID, é uma técnica de entrevista semi-estruturada, 
utilizada para a avaliação sistemática dos principais 
transtornos mentais, segundo os critérios da quarta 
edição do DSM-IV. 
A SCID tem demonstrado seu valor em psiquiatria, 
em saúde mental, em psicologia clínica, em 
psicologia forense e em psicologia hospitalar. Além 
de sua utilidade nesses settings, ela tem sido 
empregada como instrumento de ensino e de 
coleta de dados de pesquisa nessas áreas. 
 
Antecedentes: 
O DSM-III foi o resultado do esforço de muitos 
pesquisadores que construíram um sistema de 
critérios e diagnósticos específicos para todos os 
transtornos mentais. 
Devido a uma linguagem fenomenológica, que 
procurava estar isenta de vieses teóricos, o DSM-III 
ganhou popularidade rapidamente. 
O DSM-III constituiu-se no principal instrumento 
para aumentar a precisão diagnostica, favorecer a 
comunicação clinica entre profissionais e facilitar a 
comparabilidade entre conclusões diagnosticas. O 
DSM-IV mantém essa mesma característica. 
A SCID foi desenvolvida entre 1983 e 1987. Desde 
então a Entrevista Clinica Estrutural tem sido 
periodicamente revisada para incluir novos 
desenvolvimentos. 
A SCID é hoje o instrumento mais atual e 
abrangente para o diagnóstico de transtornos 
mentais. 
Com a publicação do DSM-IV tornaram-se 
necessárias a reformulação e adaptação da SCID, 
para adequá-la aos novos critérios. 
Estrutura: 
Todas as versões da SCID são compostas de uma 
série de módulos. Cada módulo se destina à 
avaliação de conjuntos de categorias diagnósticas 
agrupadas nos mesmos padrões do DSM-IV. Esta 
característica modular permite adaptabilidade a 
situações e contextos específicos. 
Os módulos estão organizados hierarquicamente, 
segundo uma ordem lógica que procura acompanhar 
uma sequência naturalmente encontrada em uma 
entrevista diagnostica bem conduzida. 
Por exemplo, se nunca houve humor elevado ou 
expansivo, não motivo para examinar detalhes de 
outros sintomas dessa condição. 
Portanto, o entrevistador é dirigido a passar para 
outra condição. A maioria das perguntas só é 
formulada se o contexto é adequado. Alguns são 
fundamentais, sendo feitas a todos. Assim, a 
entrevista prossegue, de modo que uma pessoa com 
poucos sintomas, ou nenhum, serie entrevistada em 
menos tempo. 
Essa sequência lógica é chamada de algoritmo e 
representa o raciocínio clínico completo. 
O primeiro módulo da entrevista é a Avaliação 
Preliminar, destinada a obter informações gerais e 
dados demográficos básicos. 
Essa avaliação geral prepara o trabalho posterior 
com os módulos específicos. Cada transtorno ou 
condição nos diversos módulos inicia questões 
fechadas, destinadas a avaliar seus sintomas chave. 
 
 
 
“Acima de tudo, a SCID ajuda-nos a desenvolver a consciência da complexidade de nossa tarefa e a 
competência para lidar com ela. É mais um instrumento técnico de nossa profissão, com um potencial 
excepcional na clínica, na pesquisa e no ensino”. 
Treinamento: 
Antes de exercitar-se com a entrevista, os 
candidatos a entrevistadores com pouca 
experiência no diagnóstico clínico deverão se 
familiarizar com o DSM-IV e com os livros 
didáticos sobre psicopatologia. 
A SCID deverá ser estudada juntamente com as 
categorias diagnósticas no DSM-IV, 
acompanhadas de estudos de casos (como o livro 
de casos do DSM-IV). 
A aprendizagem é facilitada pela observação 
(direta ou em vídeo) de sessões didáticas de 
aplicação por um entrevistador treinado. Elas 
servem como demonstração dos princípios e 
técnicas de aplicação da entrevista e devem ser 
seguidas de treinamento prático com as 
entrevistas. A observação (direta, por sala de 
espelho ou por meio de vídeo) é um dos recursos 
mais importantes da aprendizagem. O manual de 
instruções oferece esclarecimentos cruciais para 
a utilização da SCID e dos critérios do DSM-IV nela 
contidos. 
Discentes: Debora, Flavia, Nayane, Roberto, Thainan e Vivianny. 
Conclusão: 
As técnicas de semi-estruturação visam a ajudar, 
e não a substituir, o profissional treinado; visam 
a ampliar, e não a subjugar a intuição ou o 
julgamento clínicos temperados por anos de 
experiência. O clínico treinado saberá 
reconhecer, por exemplo, um momento de 
fragilidade ou uma emoção emergente e poderá 
adaptar seu comportamento para poder atender 
empaticamente uma necessidade do sujeito, 
durante a entrevista. 
A padronização da técnica não significa que ela 
seja destinada a uma aplicação mecânica. Em 
todos os sentidos, é necessário conhecimento e 
experiência clínica para fazer o melhor uso dela. 
Por outro lado, o clínico que decidir utilizá-la, ou 
ter sua prática influenciada pela sua forma de 
estruturação, perceberá os benefícios que a 
técnica irá trazer para sua capacidade 
diagnóstica, principalmente no diagnóstico 
diferencial.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando