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1980979 Atuação do Assistente Social No serviço de proteção social básica 0 1400904 (1) CORRIGIR

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�PAGE \* MERGEFORMAT�1�
Atuação do Assistente Social no Serviço de Proteção Social Básica
MEDEIROS, Marta ��Rosangela�
TOMÉ, Maria Dolores Pelisão�
RESUMO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso tem como tema principal a atuação do Assistente Social nos Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Seu objetivo é analisar as contribuições do profissional e refletir sobre a importância deste trabalho.
Durante muito tempo a assistência social esteve vinculada a caridade e grupos religiosos.�
A partir da Constituição de 1998 isso foi mudando, a assistência social adquire uma nova forma de visibilidade.
No ano de 1993 é regulamentada a lei orgânica de Assistência Social (LOAS), 2004 acontece a consolidação do Sistema Único de Assistência Social(SUAS).
O trabalho do Assistente Social junto ao CRAS surgiu a partir da necessidade do desenvolvimento das potencialidades sócio territoriais das famílias acolhidas.
Este artigo foi realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica para uma contextualização do trabalho e exercício profissional.
Palavras - chave: Assistência Social. CRAS. Serviço Social. 
1 INTRODUÇÃO�
O presente trabalho de conclusão de curso (TCC) traz um estudo sobre a atuação profissional dos assistentes sociais nos centros de Referência de Assistência Social (CRAS). 
Com a Constituição Federal de 1988 a Assistência Social ��tem seu reconhecimento e passa a estar ao lado da Previdência Social e da Saúde.
Em 2004 é aprovado a Política Nacional de Assistência Social, a qual prevê a criação de um Sistema Único de assistência Social e que dará forma a um sistema de proteção social com projetos, programas e ações que serão desenvolvidas através de um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
O CRAS é uma unidade de proteção social básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que tem por objetivo prevenir situações de vulnerabilidade e riscos sociais nos territórios, por meio do desenvolvimento de potencialidades e conquistas, do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e da ampliação do acesso aos direitos de cidadania. Para agir preventivamente é necessário dispor de informação, avaliar o território, e as famílias que nele vivem. A identificação e o conhecimento das condições de vulnerabilidade e risco social são utilizados como fonte, para o plano municipal, para definição de serviços socioassistenciais a serem oferecidos em cada território e para a ação preventiva nos CRAS. 
Para a realização deste trabalho foi feita uma pesquisa bibliográfica em diversas fontes de estudo a fim de aprofundar mais sobre a atuação do Assistente Social nos Centros de Referência de Assistência Social.
Nesse ambiente de atuação, muitas vezes o profissional é visto como aquele que pratica a caridade. Por isso torna-se de suma importância o conhecimento por parte do usuário acerca da atuação do Assistente Social.
2 SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL 
No Brasil, a assistência social esteve historicamente vinculada à filantropia, à caridade e à ajuda, estando inteiramente relacionada com a dependência recíproca da igreja e de grupos com motivações religiosas. 
A Constituição de 1988 foi o ponto de partida para que a assistência social se tornasse visível e relevante para a sociedade brasileira, podendo-se descrever que foi um marco para a ampliação das políticas sociais no Brasil. Políticas sociais são ações governamentais dos Estados modernos tendo em vista atenderem a redução das consequências da pobreza em diversas áreas de serviços, como educação, saúde, habitação, previdência etc. 
Pode-se dizer que a Constituição de 1988 foi a primeira forma dos direitos sociais serem reconhecidos constitucionalmente. A assistência social passa a assumir um caráter de política pública, portanto é a referência inaugural para a compreensão das transformações e redefinições do perfil histórico da assistência social no país (RAICHELIS, 2000).
A história remonta que a assistência social existiu antes da Constituição Federal de 1988. Em torno da década de 30 a assistência social era como dever moral, de forma simplificada seguindo a linha da caridade, associado à filantropia, em geral de caráter privado e confessional e da solidariedade religiosa (SOUZA; OLIVEIRA; ALMEIDA; CAVALCANTI, 2007).
Sendo assim, requer que a assistência social seja vista como uma política pública, regulamentada por uma lei própria, desencadeando a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) passando a atuar sob uma estrutura de política pública de Estado.
A elaboração da LOAS foi o produto da mobilização de segmentos sociais que se organizaram com o objetivo de fortalecer a concepção de assistência social como função governamental e política pública, envolvendo intrincados processos de negociação e formação de consensos pactuados entre diferentes protagonistas da sociedade civil, do governo federal e da esfera parlamentar (RAICHELIS, 2000, pg. 123).
Ocorridas cinco décadas desde 1988 as concepções tomam novo rumo. A assistência social passa a ter um novo julgamento, uma nova forma de visibilidade. Conforme o Art. 1 a “assistência social, é direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que prove os mínimos sociais” (LOAS, 1993, p. s/n), onde se materializa através de atividades socioeducativas, desenvolvidas pelas políticas públicas garantindo o atendimento às necessidades básicas da sociedade. Podemos afirmar que a política de seguridade social proposta tem como visão um sistema de proteção integral, do cidadão, protegendo-o quando no exercício de sua vida laboral, na falta dela, na velhice e nos diferentes imprevistos que a vida lhe oferecer, tendo para a cobertura ações contributivas para a política previdenciária e ações não contributivas para a política de saúde e de assistência social (COUTO, 2010, pg. 159). 
Só em 1993 a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) é regulamentada. Encaminhada ao Congresso Nacional, foi sancionada em 7 de dezembro de 1993, pelo presidente Itamar Franco, dando início, assim, ao processo de reorganização da assistência social no país e à necessidade de revisão dos conceitos assistencialistas que permeavam o campo da política social, distinguindo assim novos conceitos, parâmetros a serem seguidos (MENDES; PRATES; AGUINSKY, 2009).
Entretanto, foram consolidadas em gestão, benefícios, serviços, programas e projetos de assistência social. 
A lei enumera condições para que esse campo passe a ser considerado como de direito social. Indica a responsabilidade estatal e aponta a noção de solidariedade social, soldando a cadeia de atendimento à população-alvo de seus programas, embora faça isso de maneira genérica, ao citar a provisão dos mínimos sociais, sem defini-los (COUTO, 2010, pg. 173). 
Adquiriu-se, assim, um novo status. As desigualdades sociais deixaram de ser aquela concepção de assistencialismo e filantropismo. E sendo reconhecida como uma política pública universal e de gestão participativa que se dá origem a Política de Assistência Social.
Iamamoto (2008b).
O Serviço Social no Brasil, embora regulamentado como profissão liberal, não tem uma tradição de prática peculiar às profissões liberais na acepção corrente do termo. O assistente social não tem sido um profissional autônomo, que exerça independentemente suas atividades, dispondo das condições materiais e técnicas para o exercício de seu trabalho e do completo controle sobre o mesmo, seja no que refere à maneira de exercê-lo, ao estabelecimento do “público ou clientela a ser atingida”. (IAMAMOTO & CARVALHO, p. 80, 2009).
A política de assistência social está prevista na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 203 e 204, na Lei Federal nº 8.742 (LOAS- Lei Orgânica de Assistência Social) e outras normas regulatórias; que preveem uma política social pública não contributiva e que compõe o rol das políticas social. O CRAS Centro de Referência de Assistência Social, como parte da política de assistênciasocial, também está direcionado pelos princípios e diretrizes previstos na LOAS. 
3 CENTRO DE REFERENCIA DE ASSISTENCIA SOCIAL (CRAS)
O reconhecimento da Assistência Social como direito constituído e legitimamente reconhecido vem desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, ao colocar a Assistência Social ao lado da previdência social e da saúde.
Segundo Simões (2007):
 
Os Centros de Referência da Assistência Social – CRAS, também chamados de Casa das famílias têm como objetivo ser a referência local de assistência social, ser tão conhecido quanto uma escola, ou um posto de saúde, e concretizar os direitos socioassistenciais, ofertando e ordenando em rede, visando á interligação dos serviços, programas e projetos de proteção social básica as demais políticas públicas locais, desenvolvendo as ações que previnam situações de risco sociais, por meio de desenvolvimento de potencialidades e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários (SIMÕES 2007 apud Trzinski et al, 2010, p.300).
Em 2004, regulamenta�-se a construção e consolidação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que se objetiva em desempenhar uma nova gestão às políticas de assistência social nos municípios e territórios de atendimento assistencial à sociedade brasileira que apresentam maiores índices de desigualdades sociais e que apresentam risco social, instituído conforme a LOAS. 
O Sistema Único de Assistência Social foi regulamentado pela Norma Operacional Básica - NOB/SUAS em 2005, o que define um progresso expressivo da assistência social como política pública, como política e de Estado.
Em 2005, a aprovação da Norma Operacional Básica - -NOB estabeleceu os parâmetros de operacionalização da gestão da política de assistência e a normatização para a implementação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, tendo como principais objetivos: definição das competências e responsabilidades entre as três esferas e governo (pacto federativo); estabelecimento dos níveis de gestão de cada esfera; determinação das competências das instâncias que compõe a rede de proteção social e a sua articulação (entidades governamentais e não governamentais); descrição dos principais instrumentos de gestão; definição da forma de gestão financeira: mecanismos de transferências e critérios de partilha (SOUZA; OLIVEIRA; ALMEIDA; CAVALCANTI, 2007, pg. 29).�
A questão da organização dos trabalhadores do SUAS, constitui-se nos recursos humanos de cada nível de complexidade, tratando assim da Proteção Social Básica ofertada através dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), que compõe uma equipe multiprofissional atuando no atendimento aos usuários, na prestação de serviços, projetos, programas e ações.
A proteção social é a modalidade de atendimento assistencial destinada à promoção, proteção e prevenção aos indivíduos. Uma gestão gerando o bem estar, constituída por uma equipe de referência onde “cada unidade de assistência social organiza equipes com características e objetivos adequados aos serviços que realizam, de acordo com a realidade do território em que atuam e dos recursos que dispõem” (FERREIRA, 2011, pg. 29). É avaliada e coordenada pelo poder público, com a participação ativa da sociedade e também da organização de conselhos federais, municipais e estaduais da assistência.
O CRAS é o local que possibilita, o primeiro acesso das famílias aos direitos socioassistenciais e, portanto, à proteção social. “Estrutura-se assim, como porta de entrada dos usuários da política de assistência social para a rede de Proteção Básica e referência para encaminhamentos à Proteção especial” (PNAS, 2004).
O CRAS deve prestar serviço, potencializando as mudanças significativas para a população, com vistas a mudar suas condições efetivas e torná-la sujeito de sua própria vida. (Braga, 2011, p. 148)
 A Proteção Social Básica desenvolvida através dos CRAS prevê a garantia das necessidades básicas dos usuários, oferecendo serviços socioeducativos e de consciência aos direitos sociais. Tem como objetivo “prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários” (PNAS, 2005, pg. 33).
 
Prevê o desenvolvimento de serviços, programas e projetos locais de acolhimento, convivência e socialização de famílias e de indivíduos, conforme identificação da situação de vulnerabilidade apresentada. Deverão incluir as pessoas com deficiência a ser organizadas em rede, de modo a inseri-las nas diversas ações ofertadas. Os benefícios, tanto de prestação continuada como os eventuais, compõem a proteção social básica, dada a natureza de sua realização (PNAS, 2005, pg. 34).�
A PNAS tem por objetivo promover serviços, programas, projetos e benefícios de Proteção Social Básica para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem, assegurando que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na família, e que garantam a convivência familiar dos usuários da política, realizada sob a formato de monitoramento através do trabalho realizado por assistentes sociais que atuam diretamente na atenção da Política Nacional de Assistência Social.
Em relação ao trabalho desenvolvido pelo(a) assistente social no CRAS compreende-se que o profissional atua com ações de caráter protetivo, preventivo e proativo em juntura com as dimensões do Serviço Social (ético-política, teórico-metodológica e técnico-operativa).
3.1PRÁTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS�
Diariamente somos interpelados sobre nosso fazer, ou o que faz o assistente social no CRAS? De imediato a resposta é a de mais fácil entendimento, tanto por parte dos usuários, quanto dos demais profissionais, e resume-se a garantir direitos. Não se faz tudo, pois, há as competências e atribuições privativas do Assistente Social que devemos materializar, claro que com as peculiaridades tanto da Assistência Social quanto do CRAS.
A ética profissional é de fundamental importância para o exercício profissional e não deve estar limitado à forma, construção e cumprimento de um Código, como normas a serem cumpridas. Deve ir, na verdade, muito além desse aspecto.
É nessa direção que o Código de Ética preconiza a defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação e do poder político e da riqueza socialmente produzida. Nesta perspectiva, implica a defesa intransigente da cidadania, capaz de estender-se tanto àqueles que criam a riqueza e dela não se apropriam, quanto aos excluídos do mercado de trabalho, preservando e ampliando os direitos, sociais e políticos do conjunto dos trabalhadores. (BONETTI, 2000, p.103).�
O exercício profissional dos assistentes sociais no CRAS tem uma relativa autonomia, como afirma IAMAMOTO (2008), pois não possuem todos os meios para conduzir seu trabalho de forma completamente autônoma, necessitando assim da instituição que os emprega para dar segmento ao seu trabalho.
Para o(a) assistente social significa antes de qualquer intervenção, interpretar as situações, entender a dinâmica responsável por produzi-las, e em seguida apresentarmos uma resolutividade. Não é um processo simples, ao contrário é abstruso, pois, temos que identificar, analisar, detectar, indicar, acompanhar, informar, orientar e propor. 
A profissão de serviço social possui um caráter interventivo nas expressões da questão social, considerada o objeto de trabalho cotidiano do Assistente Social (IAMAMOTO, 2009).
No pensamento de Iamamoto (2012): 
Um dos maiores desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas presentes no cotidiano. (IAMAMOTO, 2012, p. 20)
O trabalho do assistente social junto ao CRAS surgiu a partir da necessidade do desenvolvimento das potencialidades sócio territoriais das famílias acolhidas. O assistente social, através do trabalho socialrealizado permite e tem como objetivo final a emancipação da família/usuário.
 No CRAS toda a dinâmica de trabalho tem centralidade na família, o que exige desse profissional a habilidade de reconhecimento da composição familiar como origem de desenvolvimento do indivíduo como ser ativo e participativo.
O trabalho do assistente social é oferecido através de políticas sociais como forma de intervir em seu objeto de trabalho. Para planejar sua metodologia e sua estratégia de trabalho é de grande importância levar em consideração as expressões da questão social como forma de transformação para melhorar a qualidade de vida do usuário, com funções de coordenar, elaborar e executar as políticas sociais, sendo crítico e questionador para descobrir a realidade social dos usuários. 
Processo de trabalho do assistente social está permeado por um conjunto de valores, intenções e posicionamentos ideológicos, sua intencionalidade. Esse conjunto intencional dá significado e sentido ao movimento da instrumentalidade escolhido pelo profissional (FERNANDES, 2005, pg. 10).
O profissional de Serviço Social comprova a necessidade de realizar projetos apresentando as demandas e os materiais necessários, mas muitas vezes os recursos não são suficientes, tornando o trabalho socioeducativo precário. 
 O código de ética nos indica um rumo ético-político, um horizonte para o exercício profissional. O desafio é a materialização dos princípios éticos na cotidianidade do trabalho, evitando que se transformem em indicativos abstratos, descolados do processo social. Afirma, como um valor ético central, o compromisso com a nossa parceira inseparável, a liberdade. Implica a autonomia, emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais, o que tem repercussões efetivas nas formas de 63 realização do trabalho profissional e nos rumos a ele impressos (IAMAMOTO, 2010, pg. 77).�
Analisando o trabalho do assistente social, este se articula de forma a interceder com as redes de atendimentos especializados, é um trabalho social de atenção em relação aos vínculos familiares e comunitários que amparam os usuários. Precisa ser feito um trabalho além de serem respeitadas os benefícios profissionais, onde atua de forma conjunta, em debates e reflexão sobre cada caso em seu projeto ético-político, com o sigilo profissional e ética profissional procurando o melhor resultado na superação de práticas fragmentadas e tradicionais e a consideração da problemática dos usuários.
 Exige-se um profissional qualificado, que oferece e amplie a sua competência crítica; não só executivo, mas que pensa, analisa, pesquisa e decifre a realidade. Alimentando por uma atitude investigativa, o exercício profissional cotidiano tem ampliadas as possibilidades de vislumbrar novas alternativas de trabalho nesse momento de profundas alterações na vida em sociedade. O novo perfil que se busca construir é de um profissional afinado com a análise dos processos sociais, tanto em suas dimensões macroscópicas quanto em suas manifestações quotidianas; um profissional criativo e inventivo, capaz de entender o “tempo presente, os homens presentes, a vida presente” e nela atuar, contribuindo, também, para moldar os rumos de sua história (IAMAMOTO, 2010, pg. 49).�
É diante deste cenário que os assistentes sociais estão inseridos e devem prezar pela justiça social e pela igualdade social, buscando alternativas para executar seu trabalho mesmos quando não conseguem articulação com as redes de atendimento, para que assim seu trabalho não seja afetado e os usuários não fiquem prejudicados.
Ainda no aspecto de competências e atribuições dos/as assistentes sociais evidenciam-se:
 ( Apreensão crítica dos processos sociais de produção e reprodução das relações sociais numa perspectiva da totalidade; 
( Análise do movimento histórico da sociedade brasileira, apreendendo as particularidades do desenvolvimento do capitalismo no País e as particularidades regionais; 
( Compreensão do significado social da profissão e de seu desenvolvimento sócio histórico, nos cenários internacional e nacional, desvelando as possibilidades de ação contidas na realidade;
 ( Identificação das demandas presentes na sociedade, visando a formular respostas profissionais para o enfrentamento da questão social, considerando as novas articulações entre o público e o privado. (ABEPSS, 1996 APUD PARÂMETROS PARA ATUAÇÃO DE ASSISTENTES SOCIAIS NA POLÍTCA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, 2009)
As atribuições e competências do assistente social, independentemente de seu campo sócio ocupacional são orientadas e norteadas por direitos e deveres constantes em seu Código de Ética e na Lei de regulamentação da profissão, n° 8.662/1993 e devem ser respeitados tanto pelos profissionais como pelas entidades empregadoras.
Estas são as principais competências que os Assistentes Sociais precisam realizar para acolhimento das demandas existentes no campo da Assistência Social, em prol da qualidade de vida dos usuários.
4 METODOLOGIA
Segundo OLIVEIRA (2007), a pesquisa bibliográfica tem por finalidade o contato direto com obras, artigos e documentos que farão com que tenhamos uma maior aproximação do tema pesquisado. 
A pesquisa bibliográfica, segundo Martins (2009) é o passo inicial enriquecendo a construção com estudos já realizados sobre o tema, oportunizando conhecimento sobre tudo que já foi escrito sobre o assunto, problemas já identificados e estudados, bem como, áreas onde demandam um maior aprofundamento. Para tanto buscou-se estudos publicados sobre a temática como passo inicial para o desenvolvimento do trabalho. Assim, a pesquisa bibliográfica é o ponto de partida para toda pesquisa científica comprometida com seu objeto de estudo.
 “sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas.” (LAKATOS, MARCONI, 2003, pag. 182).
O caminho percorrido para investigação do tema, primeiramente foi a partir de uma perspectiva bibliográfica para contextualização no trabalho e também formação do alicerce teórico básico e necessário para construção deste artigo.
O artigo foi realizado a partir da consideração de que o exercício profissional do Serviço Social tem como um de seus instrumentos a participação no campo de luta para tomar espaços e formar consciências críticas em relação à desigualdade, ”eixo articulador do assistente social, como proposta metodológica de ruptura com o conservadorismo”, por SILVA e SILVA (1995, pg. 220). �É um desafio que se faz necessário, até mesmo para a não sujeição ao conformismo, afinal é no cotidiano que o assistente social participará do desenvolvimento do projeto de uma sociedade justa, igual e com autonomia para criar sua história.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os desenvolvimentos acima ponderados não se esgotam aqui, pois, as múltiplas expressões da questão social que se apresentam no CRAS, são dinâmicas assim como a profissão, estão inseridas num método contínuo de produção e reprodução social. Nessa direção, esse artigo talvez possa contribuir, no sentido de abordar aparências e elementos presentes na contemporaneidade da profissão. Diante disso vale admitir que o trabalho do assistente social no CRAS é árduo, enfadonho, desafiador, uma luta diária que precisa indiscutivelmente da unidade teoria/prática para o enfrentamento das expressões da questão social. Deste modo, à medida que a sociabilidade capitalista produz e reproduz situações e as deposita para o assistente social, este é obrigado a atualizar-se, redefinir estratégias e artifícios, daí a importância da capacitação, atualização, renovação e releituras profissionais para uma intervenção social eficaz.
Os Assistentes Sociais que trabalham no CRAS tem muitos desafios a superar, como a falta de autonomia, como IAMAMOTO, (2009) afirma esses profissionais possuem uma autonomia relativa,o clientelismo, a precariedade no local de trabalho também contribui para a superação desses desafios. Porém, mesmo diante de todas essas dificuldades, os Assistentes Sociais procuram desenvolver seu trabalho de forma a exercer sua profissão com ética visando o atendimento aos usuários da melhor maneira possível.
Ao longo deste artigo pode-se observar o quanto foi progressiva a trajetória da Assistência Social até os dias atuais. A visão assistencialista é rompida, passando a ser reconhecida como direito do cidadão e dever do Estado. Sendo regulamentada através da LOAS em 1993 e posteriormente com a implantação da Política Nacional de Assistência Social, em 2004. Como forma de garantir a efetivação destes direitos o Conselho Nacional da Assistência Social – CNAS, mais tarde também aprova a nova Política Nacional da Assistência Social a qual define o SUAS, que vem assegurar o que foi regulamentado na LOAS e implantar ações assistenciais através de um conjunto de serviços, programas, e projetos tendo como base a territorialização. 
Esperamos com este trabalho de conclusão de curso contribuir com o reconhecimento e o debate do exercício profissional na contemporaneidade. Os desafios encarados são muitos e vão de estreitando a cada dia mais, entretanto, o progresso é visível. A conquista da Política Nacional de Assistência Social é prova disso, pois configura-se como conquista de todos os profissionais e usuários da mesma. A conscientização da sociedade nesta luta também é de suma importância para a reafirmação do motivo pelo qual o Serviço Social se faz presente.
Por fim, é na luta de classes que os assistentes sociais vão se fortalecendo na profissão e vão ultrapassando as barreiras que encontram pelo caminho. Mesmo diante de tanta precarização no seu espaço de trabalho, esses profissionais não abdicam de fazer seu trabalho com qualidade em prol de uma sociedade mais justa e com menos desigualdades sociais.
REFERÊNCIAS
http://www.assistenciasocial.al.gov.br/programas-projetos/protecao-social-basica-1/cras-paif Acesso em: 08/08/2018
http://www.assistenciasocial.al.gov.br/sala-de-imprensa/arquivos/NOB-RH.pdf Acesso em: 01/08/2018
http://www.cpihts.com/PDF07/Carmelita%20Y.pdf Acesso em 15/12/2018.
http://www.cressmg.org.br/arquivos/simposio/A%20IMPORT%C3%82NCIA%20DO%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20NA%20FORMA%C3%87%C3%83O%20PROFISSIONAL%20DO%20ASSISTENTE%20SOCIAL.pdf Acesso em 15/12/2018.
http://www.cfess.org.br/arquivos/atribuicoes2012-completo.pdf Acesso em :01/08/2018
http://coronelpriscila.blogspot.com/2011/09/papel-do-assistente-social-cras-e-creas.html Acesso em 23/12/2018
http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/unidades-de-atendimento/cras/ Acesso em: 23/08/2018
http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/mural/arquivos/nob-suas-2010-minutaconsulta-publica-final.pdf( Acesso em 16/12/2018.
(Http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/redesuas/ Acesso em 15/12/2018
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/NOB-RH_SUAS_Anotada_Comentada.pdf Acesso em: 08/08/2018
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/orientacoes_Cras.pdf Acesso em 23/12/2018
http://www.pitangui.uepg.br/ixestagioss/anais/A%20Pr%E1tica%20Profissional%20Do%20Servi%E7o%20Social%20No%20Centro%20De%20Refer%EAncia%20Da%20Assist%EAncia%20Social%20(CRAS)%2026%20De%20Outubro%20Mariana.pdf > Acesso em 18/12/2018.
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/180027/101_00372.pdf?sequence=1 Acesso em 18/12/2018.
revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/download/9551/8057Acesso em:25/08/2018
�Reler as orientações referentes ao número mínimo de páginas 
�Cara aluna Marta, todos os autores citados no corpo do texto (fundamentação teórica) deverão ser citados nas referências bibliográficas 
�-Cara aluna Marta, não é recomendado novos par[agrafos para realizar resumos. Reler as normas técnicas e adequar 
�-Cara Marta, ainda na Introdução você poderá mencionar cada título que faz parte do desenvolvimento. Ex: Na primeira parte será contextualizado o Serviço Social no Brasil...e assim por diante, informar o que será pesquisado....
�Ou início com letras maiúscula ou todas minúsculas 
�
�-Marta observe para que os espaçamentos entre o final de parágrafo e a citação fiquem adequados os espaçamentos cfe normas técnicas, bem como a citação longa e o início de novo parágrafo e adequar todos para que fiquem adequados normas técnicas com relação a espaçamentos.
�-Cfe orientações já realizadas justificar e formatar cfe normas técnicas 
�Justificar e formatar cfe normas técnicas 
�-Este seria o foco de sua pesquisa, sugiro aprofundar um pouco mais a luz de referencial teórico, por se tratar do objeto principal de seu estudo.
� Justificar e formatar cfe normas técnicas
�Justificar e formatar cfe normas técnicas
�Justificar e formatar cfe normas técnicas 
�(SILVA e SILVA, 1995, p. 220) destacar a frase do autor r citado colocando entre ASPAS

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