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VIAS AÉREAS NO TRAUMA- resumo phtls

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Larissa M. Melo Moura 
VIAS AÉREAS NO TRAUMA
A via aérea do doente é rapidamente examinada para garantir que esteja permeável e que não haja perigo de obstrução. Se a via aérea estiver comprometida, esta deverá ser aberta, inicialmente por métodos manuais (elevação do mento ou tração da mandíbula em doentes traumatizados) e a remoção de sangue, substâncias orgânicas e corpos estranhos deve ser realizada conforme necessário. Ocasionalmente, quando há equipamento e tempo disponíveis, o tratamento de via aérea pode progredir para meios mecânicos (cânula orofaríngea, dispositivos supraglóticos, intubação endotraqueal). 
Via Aérea Adequada 
Paciente em alerta e orientado
Paciente falando normalmente
Não há evidências de lesões na cabeça e no pescoço
Via Aérea Comprometida
Alto índice de suspeita (mecanismo = como foi o acidente, bateu a cabeça, etc)
Mudança na voz (rouquidão)
Respiração ruidosa (ronco e estridor laríngeo)
Dispneia (dificuldade em respirar) e agitação
Taquipneia 
Padrão respiratório anormal 
Baixa saturação de O2 (utiliza-se oxímetro de pulso para checar)
OBS: Frequência Respiratória
Eupneia = (normal) 10-20 respirações/min
Taquipneia = > 10-20 respirações/min
Bradipneia = < 10-20 respirações/min
Causas mais comuns de via aérea comprometida; corpos estranhos, fraturas faciais, fraturas mandibulares, trauma de laringe e traqueia, lesões por inalação, rebaixamento do nível de consciência.
Via Aérea Definitiva 
É realizada quando se tem baixo nível de consciência, paciente em apneia.
Tubo colocado na via aérea (traqueia, boca ou nariz) com cuff (balão) insuflado abaixo das cordas vocais conectado a alguma forma de ventilação assistida enriquecida com O2 e fixado no lugar com fita adesiva.
É importante lembrar que toda vez que se acessa o paciente e ele não verbaliza, a via aérea dele vai estar obstruída até que o médico socorrista identifique se há algo obstruindo ou não. Caso não tenha, será necessário a realização de manobras, essas, melhores detalhadas a seguir. 
VIAS AÉREAS – MEDIDAS NECESSÁRIAS 
Manobras manuais
-Chin Lift (elevação do mento fraturado) e Jaw Thrust
Técnica alternativa para tração da mandíbula (Abrir a via aérea sem mover a coluna cervical)
 
 Tanto na tração da mandíbula quanto na elevação do mento em pacientes de trauma, a estabilização manual em posição neutra da cabeça e pescoço deve ser mantida enquanto a mandíbula é tracionada para frente. Essa manobra move a língua para frente, liberando a hipofaringe, e mantem a boca levemente aberta. 
 A partir de uma posição acima da cabeça do paciente, o socorrista posiciona suas mãos em ambos os lados da cabeça do paciente, dedos apontado para os pés do paciente. Os dedos são abertos na face e ao redor dos ângulos da mandíbula do paciente.
 É então aplicada pressão leve e uniforme com esses dedos para mover a mandíbula do paciente para frente e levemente para baixo
Elevação do mento
O socorrista segura os dentes ou mandíbula inferior entre o polegar e os dois primeiros dedos abaixo do queixo do paciente. Em seguida, puxa o queixo anteriormente e levemente para baixo, elevando a mandíbula e abrindo a boca.
Aspiração de secreções 
Cânula Orofaríngea ou Cânula de Guedel 
É uma técnica auxiliar para manter uma via aérea aberta mecanicamente em um paciente sem um reflexo de vômito. Permite o livre transito do ar e impede que a língua caia (obstrução da via aérea).
Primeiramente, é selecionado o tamanho da COF, a medida ideal vai da distancia da rima da boca até o lobo da orelha. A via aérea do paciente é aberta com a manobra de elevação do mento. A COF é colocada de maneira invertida, ou seja, com a concavidade voltada para cima. Após a inserção até o véu palatino, deve-se girar o dispositivo 180°, colocando a concavidade para baixo e inserindo-o totalmente na cavidade oral.
A sensibilidade tátil faz com que a utilização de um dispositivo de mascara com válvula e balão seja adequado no auxilio à ventilação. Sem suplementação de oxigênio, no entanto, o dispositivo de máscara com válvula e balão oferece uma concentração de oxigênio de 21%, assim, tão logo possível, a reserva de oxigênio e oxigênio suplementar de alta concentração devem ser conectados à bolsa do dispositivo. Quando o oxigênio é conectado sem um reservatório, a fração de oxigênio inspirada(Fi) é limitada a 0,50 ou menos, com um reservatório, a Fi de oxigênio é de 0,85 superior.
 Se o paciente ventilado estiver inconsciente e sem reflexo de vomito, deve ser inserida uma COF de tamanho apropriado, antes da tentativa da ventilação com dispositivo de máscara com válvula e balão. 
 As ventilações adequadas de um paciente adulto são atingidas quando um mínimo de 800ml/respiração é dispensado.
Ao ventilar com qualquer dispositivo de pressão positiva, a insuflação deve parar quando o tórax se elevar ao máximo. Ao utilizar o dispositivo de máscara com válvula e balão, o tórax deve ser observado para insuflação máxima e sensibilidade tátil da bolsa para reconhecer qualquer resistência aumentada quando o pulmão se estender ao máximo.
 Primeiramente deve haver estabilização manual da cabeça e do pescoço. A máscara facial é colocada sobre o nariz e a boca do paciente, e é fixada no local com polegares em sua porção lateral. Os outros dedos oferecem estabilização manual e mantem a via aérea permeável (dedos em C e E). Após isso, fixa o âmbur com ambas as mão para insuflar os pulmões (1-6, 1-6 a cada insuflada).
Mascara laríngea
Dispositivo mecânico para manter via aérea aberta sem visualização da mesma. Essa técnica de inserção as cegas tem vantagem sob a intubação endotraqueal, pois requer menos treinamento inicial com menor exigência de proficiência para ser concluída.
A desvantagem é que embora ela ofereça uma vedação ao redor da abertura glótica, essa vedação não é tão oclusiva quanto àquela oferecida pelo balão de tubo endotraqueal. A broncoaspiração permanece um problema potencial. Isso limita a utilidade da ML para pacientes completamente inconscientes. Como em qualquer via aérea no paciente de trauma, a estabilização cervical deve ser mantida durante todo o procedimento.
Primeiramente o socorrista desinfla o balão de vedação da máscara e aplica um lubrificante hidrossolúvel na superfície posterior. Segura-se a mandíbula com a outra mão, abre a boca do paciente e insere a ML. Depois, pressiona a extremidade do balão para cima contra o palato duro e comprime contra ele. A ML é guida para dentro da boca e avançado para dentro da faringe, vai avançando para dentro da hipofaringe até encontrar uma resistência. A extremidade do tubo da via aérea é mantido em posição enquanto o socorrista remove seus dedos de dentro da boca do paciente. Insufla-se o balão com ar suficiente para manter a vedação. O balão deve ser hiperinsuflado, uma vez que isso não pode danificar as estruturas da via aérea. É conectado um dispositivo de mascara com válvula e balão à ML e confirma os sons da respiração.
Intubação orotraqueal (Via Aérea Definitiva)
É preciso treinamento
Em pacientes com hipóxia que não apresentam parada cardíaca, a intubação não deve ser a primeira opção de via aérea. Deve sempre realizar a intubação após pré-oxigenar o paciente com uma alta concentração de oxigênio utilizando uma via aérea auxiliar simples ou técnica manual. O contato local com a faringe profunda, ao entubar um paciente gravemente hipóxico, sem uma pré- oxigenação eficaz, pode facilmente produzir a estimulação vagal, resultando em bradicardia perigosa. Em pacientes conscientes ou com reflexo de vômito preservado deve considerar o uso de anestesia tópica ou agentes químicos paralisantes.
Atenção!!!!
O colar cervical vai limitar o movimento de anteriorização da mandíbula, bem como a abertura completa da boca. No entanto, após a imobilização adequada da coluna cervical, o colar cervical pode ser removido, a estabilização manual da coluna cervical é mantida e é tentada a intubação. Uma vez concluída a intubação, o colar é recolocado.
 Apósa devida oxigenação, o socorrista interrompe as ventilações e segura o laringoscópio com a mão esquerda e o tubo ET (com a seringa já conectada à válvula do cuff) na mão direita. 
 A lâmina do laringoscópio é inserida no lado direito da cavidade oral do paciente até a profundidade correta, dirigindo-se ao centro da via aérea, enquanto observa-se os pontos de referência desejados.
 Após isso, o tubo endotraqueal é inserido sob visão direta, entre as cordas vocais do paciente ate a profundidade desejada. O laringoscópio é então removido, mantendo o tubo ET no lugar, quando a marcação de profundidade do lado do tubo ET é anotada. O cuff é insuflado com ar suficiente para completar a vedação entre a traqueia do paciente e o balão do tubo ET retirando-se, a seguir, a seringa do balonete. O socorrista conecta o dispositivo de máscara com válvula e balão a um reservatório ligado à extremidade proximal do tubo ET, quando a ventilação é reiniciada observando a elevação do tórax do paciente com cada ventilação aplicada. A estabilização manual de cabeça e do pescoço do paciente deve ser mantida durante todo o processo. Uma vez que o posicionamento do tubo ET é confirmado, o tubo é fixado no local, segurando manualmente para evitar o deslocamento.

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