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SEMANA 05 2 Sumário Ingressando em um mercado global ........................................................3 Decidindo ingressar em um mercado internacional - parte 1 ...................4 Decidindo ingressar em um mercado internacional - parte 2 ...................4 Decidindo ingressar em um mercado internacional - parte 3 ...................5 Decisão sobre em que mercados ingressar ............................................7 3 Ingressando em um mercado global Agora que já vimos algumas bases para a tomada de decisão em Marketing, vamos ver um pouco como se tomam decisões em um contexto global. Sabemos que atualmente o mundo está completamente interligado. A internet possibilita que falemos com pessoas que estão no outro lado do mundo com apensa um clique de botão. A internet permite também que compremos produtos de empresas de outros países sem sairmos da nossa casa. Nesse novo mercado global, as empresas tem o grande desafio de estar em qualquer lugar, e principalmente entregar valor ao cliente onde quer que ele esteja. Segundo Kotler (2000), o número de empresas multinacionais nos 14 maiores países do mundo cres- ceu de 7 para 14 mil nas últimas décadas. Falando dos EUA, por exemplo, 25% do produto interno bruto do país advém do comércio internacional, ou seja de venda de produtos em outros países. O autor afirma que muitas empresas já fazem Marketing internacional há muitos anos, como a Nestlé, a Proctor e Gamble, as montadoras de automóveis, etc. No entanto, tecnologias como a internet permitem que não só grandes empresas como as comentadas acima tornem-se globais, ou seja participem em mercados estrangeiros. Uma pequena fábrica de cal- çados de Novo Hamburgo / RS pode criar um site e divulgar seus produtos. Após apenas alguns meses de funcionamento já pode estar recebendo pedidos de empresas ou de consumidores da Europa, Ásia, Estados Unidos, etc. Existem algumas barreiras criadas para proteger os produtos locais de produtos estrangeiros, porém parece haver um consenso de que a melhor forma de se proteger da ameaça de produtos estrangeiros é tornar o seu produto mais competitivo, com maior entrega de valor ao cliente. Porém, para conseguir comercializar seus produtos em outros países, a empresa precisa decidir e preparar-se para o nível glo- bal. Segundo Kotler (2000) uma empresa global é uma empresa que opera em mais de um país e que faz com que vantagens em pesquisa e desenvolvimento, produção, logística, marketing e fi- nanceiras, decorrentes dessa atuação global, se reflitam em seus níveis de custos e reputação, efeitos esses não disponíveis a em- presas puramente domésticas. Essas empresas globais operam em todo o mundo. A Ford, por exemplo, seus caminhões tem cabine européia, chassi norte americano e são montados no Brasil. É claro que estamos falando de uma empresa de mais de cem anos de fundação, que possui um grande nível de organização para atuar em tantos mercados. 4 A seguir veremos o que uma empresa deve levar em conta ao ingressar em um mercado inter- nacional. Decidindo ingressar em um mercado internacional - parte 1 Conforme falamos anteriormente, na realidade de interação global que vivemos, existem algu- mas vantagens em uma empresa se tornar internacional, ou seja comercialziar seus produtos em outros países. Segundo Kotler (2000), existem alguns fatores que estão levando empresas a ingressarem ao mercado internacional: ● Empresas globais que ofereçam melhores produtos ou preços mais baixos podem atacar o mercado nacional da empresa. Quando uma empresa passa a ser conhecida internacionalmente por seus pro- dutos e seus preços, seus consumidores locais tendem a também valorizar mais seus produtos. Dessa forma, comercializando inter- nacionalmente a empresa também pode ganhar mais clientes locais. ● A empresa descobre que alguns mercados internacionais apresen- tam oportunidades de lucros maiores que o mercado interno. Ima- gine, o quanto uma empresa pode vender em um país do tamanho do Uruguai e quando ela pode vender em uma país do tamanho do Brasil. ● A empresa quer ser menos dependente de um único mercado. Ven- der sapatos apenas no Rio Grande do Sul, por exemplo, torna uma empresa calçadista dependente das condições financeiras e prefe- rências do mercado gaúcho. ● Os clientes da empresa estão viajando para outros países, exigindo atendimento internacional. Decidindo ingressar em um mercado internacional - parte 2 É importante notarmos que esses fatores tendem a impulsionar uma empresa a decidir tornar-se global. Como vimos, ao tornar-se global uma empresa obtém vantagens como mercados maio- res, com mais chance de lucro, obtém maior reconhecimento e tem a chance ainda de conquistar mais clientes internos. O seguinte esquema, elaborado por Kotler (2000), indica alguns passos que uma empresa deve tomar para realizar uma expansão internacional: 5 Exploraremos cada um desses passos. Lembrando que esses passos não garantem o sucesso da empresa, eles apenas são um guia, para que uma empresa possa expandir-se com menor probabilidade de fracasso. Antes de tomar a decisão de ingressar em um mercado a empresa, deve ficar atenta a alguns riscos, que veremos a seguir. Decidindo ingressar em um mercado internacional - parte 3 Conforme vimos, existem uma série de vantagens para uma empresa ingressar em um mercado internacional. No entanto, a empresa deve também ficar atenta a alguns riscos trazidos por Kotler (2000): ● A empresa pode não compreender as preferências do cliente es- trangeiro e não conseguir oferecer um produto competitivamente atraente. Existem exemplos clássicos como o fato de a Coca cola 6 parar com a venda de garrafas de 2L na Espanha, pois descobriu que as geladeiras dos espanhóis são pequenas, por isso o cliente espanhol não consumia o produto nesse tipo de garrafa. A Philips teve que fazer o mesmo com suas cafeteiras elétricas no Japão, pois as cafeterias inicialmente vendidas não cabiam nas cozinhas japonesas, que são conhecidas pelo seu reduzido tamanho. ● A empresa pode não compreender a cultura empresarial do país em questão ou não saber como lidar com os seus habitantes. Algumas empresas sofrem ao entrar em países como China e Brasil, pois seus produtos tendem a ser pirateados e comercializados nesses países. ● A empresa pode subestimar as normas estrangeiras e incorrer em custos inesperados. Esses custos podem ser desde a barreiras al- fandegárias não investigadas como especificações técnicas. Por exemplo, uma empresa que possui caminhões de um certo porte para levar suas máquinas na europa, pode não poder usar estes caminhões ou levar este tipo de carga no Brasil, devido as auto- rizações necessárias para o transporte de cargas diferentes. Isso geraria muito custo caso fosse descoberto após a empresa montar toda a sua operação em nosso país. ● A empresa pode se dar conta de que não possui gerentes com ex- periência internacional. Gerenciar um mercado interno é diferente de gerenciar uma operação em outros países. Dessa forma, ao in- gressar em um mercado global sem ter uma força de trabalho qua- lificada, a empresa está propensa a cometer mais erros, principal- mente no início do sua operação. Esses erros podem gerar custos que acabam por tornar todo o investimento muito caro. ● O país pode mudar suas leis comerciais, desvalorizar sua moeda ou passar por uma revolução política e desapropriar bens estran- geiros. A diminuição do risco Brasil, por exemplo, é uma prova de que as empresas terão mais segurança em investir em nosso país. A valorização e a estabilidade do Real também tem levado empre- sas a investirem no nosso páis. No entanto, países como a Bolívia, trazem grande risco de investimento, pois o seu modelo de governo leva a apropriação do estado de empresas privadas,como acon- teceu recentemente com estruturas da Petrobras e empresas do investidor brasileiro Eike Batista. Se após ter analisado criteriosamente esses riscos a empresa decidir investir no mercado internacio- nal, ela tem então que decidir em que mercado irá ingressar. Veremos como é essa decisão a seguir. 7 Decisão sobre em que mercados ingressar Após ter decidido tornar-se internacional, é hora de a empresa decidir em que mercados quer in- gressar. Ao decidir em que mercados quer ingressar, a empresa deve ter claro qual o tamanho da operação que fará, se terá fábricas, se fará o próprio transporte de seus produtos ou contratará empresas de logística especializadas, etc. É necessário também ter uma previsão de quanto se busca lucrar nesse novo empreendimento. Segundo Kotler (2000), é mais seguro que uma empresa comece ingressando em poucos paí- ses, e nesses concentrar seu comprometimento e penetração. O autor afirma que uma empresa deve se estabelecer em poucos países quando: ● Os custos de entrada no mercado e de controle de mercado são altos ● Os custos de adaptação da produção de comunicação são altos ● A população e a renda nos países escolhidos são altos ● Empresas estrangeiras dominantes podem estabelecer altas barrei- ras a entrada. Levando em conta essas afirmações de Kotler (2000), pode-se dizer que uma empresa deve inicialmente ingressar em mercados com baixos custos de entrada, que possuem baixos custos de produção e comunicação (China, por exemplo), que possuem uma grande população com bom nível de renda, e que não possua muita concorrência, ou grupos de empresas que possam impor barreiras. Uma forma interessante de uma empresa iniciar sua expansão é comercializar com países de uma mesma Zona de livre comércio. Veremos mais sobre a importância desse tipo de organiza- ção e a avaliação de mercados potenciais a seguir. Ingressando em um mercado global Decidindo ingressar em um mercado internacional - parte 1 Decidindo ingressar em um mercado internacional - parte 2 Decidindo ingressar em um mercado internacional - parte 3 Decisão sobre em que mercados ingressar
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